O Conselho Nacional Dos Direitos Da Mulher (1985-2005)

O Conselho Nacional Dos Direitos Da Mulher (1985-2005)

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: ESTUDOS FEMINISTAS E DE GÊNERO NÍVEL: DOUTORADO POLÍTICAS FEMINISTAS E OS FEMINISMOS NA POLÍTICA: O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER (1985-2005) Volume I FABRÍCIA FALEIROS PIMENTA BRASÍLIA, DF 2010 FABRÍCIA FALEIROS PIMENTA POLÍTICAS FEMINISTAS E OS FEMINISMOS NA POLÍTICA: O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER (1985-2005) Tese de doutorado apresentada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade de Brasília como requisito parcial para a aprovação do título de Doutora em História, sob a orientação da Profa. Dra. Cristina M. T. Stevens. BRASÍLIA, DF 2010 TERMO DE APROVAÇÃO UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA FABRÍCIA FALEIROS PIMENTA POLÍTICAS FEMINISTAS E OS FEMINISMOS NA POLÍTICA: O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA MULHER (1985-2005) Tese de doutorado submetida ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade de Brasília aprovada em 22 de Dezembro de 2010 como requisito parcial para a obtenção do título de Doutora em História. Comissão Examinadora ____________________________________ Cristina Maria Teixeira Stevens UnB/IH/PPGHIS Orientadora ____________________________________ Vanessa M. Brasil UnB/IH/PPGHIS ____________________________________ Flávia Millena Biroli Tokarski UnB/IPOL ____________________________________ Liliane Maria Macedo Machado Universidade Católica de Brasília ____________________________________ Maria do Carmo Godinho Delgado Pontifícia Universidade Católica de São Paulo ____________________________________ Susane Rodrigues de Oliveira UnB/IH/PPGHIS À Profa. Diva, por abrir as portas, À Profa. Cristina, por acender as luzes . AGRADECIMENTOS Certa vez li um texto, não me recordo onde, que dizia que o bom professor não é aquele que sabe mais, mas aquele que consegue fazer com que seu aluno aprenda mais. Ao longo do doutorado, entendi que essa idéia pode ser ampliada. Um bom professor é aquele que não menospreza o progresso do aluno, mesmo quando este parece pequeno; é aquele que sabe dosar os obstáculos para não desanimar e desmotivar seu orientando. Mais que um aprendizado sobre teorias, conceitos, paradigmas e paradoxos, aprendi com a minha orientadora, Profa. Dra. Cristina Maria Teixeira Stevens, que existem pessoas que passam por nossas vidas para nos ensinar como não devemos ser e existem pessoas que ficam em nossas vidas para nos ensinar como devemos ser. Obrigada, Profa. Cristina, por me ensinar como eu devo ser e agir para com o próximo. Agradeço ainda por acreditar em mim, pelas leituras atentas, pelas contribuições pontuais e por sua disponibilidade ao longo do desenvolvimento desta pesquisa. Sem sua confiança no meu potencial e sem seu incentivo sempre indicando a direção a ser tomada nos momentos de maior dificuldade certamente essa tese não teria sido escrita. Antes de lembrar das pessoas que muito me ajudaram, presto uma homenagem à memória de meu pai, Luiz Aurélio Pimenta, cuja ausência é sentida a cada minuto de minha vida. Obrigada, pai, por me deixar a única herança que ninguém pode me tirar: o estudo. Embora uma tese de doutorado seja - pela sua finalidade acadêmica - um trabalho individual, muitas pessoas contribuíram para que o desenvolvimento e a conclusão desta pesquisa fossem possíveis. Foram diversas as que me ajudaram e são pessoas que não podem e nem devem deixar de ser lembradas. Por essa razão, expresso os meus sinceros agradecimentos: • À minha mãe e às minhas irmãs Flávia e Francele pelo amor, apoio, amizade e compreensão sempre manifestados apesar do 'débito' de atenção; • Ao João Vitor e Leonardo, meus sobrinhos-afilhados muito amados que, apenas com um sorriso, sempre me motivaram a seguir adiante; • Ao Marquinhos, pelos cafés da manhã e pelas palavras de carinho e conforto; • Ao CNPq pela concessão da bolsa de estudos, benefício sem o qual esse curso não teria sido realizado; • À Beth Saar e Sônia Malheiros Miguel, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, que desvelaram novas perspectivas para o foco de minhas pesquisas; • Às ex-presidentas do CNDM Jacqueline Pitanguy, Sylvia Maria Von Atzingen Venturoli, Anna Guasque, Cátia Maria Soares de Vasconcelos, Herilda Balduíno de Souza, Rosiska Darcy de Oliveira, Solange Bentes Jurema e a atual presidenta, Ministra Nilcéa Freire, por aceitarem ser entrevistadas e contribuírem de modo ímpar para os esclarecimentos sobre suas trajetórias no Conselho; • Em especial agradeço à Sylvia Maria Von Atzingen Venturoli, Cátia Maria Soares de Vasconcelos e Solange Bentes Jurema pela extraordinária receptividade e pela generosidade em abrir seus arquivos pessoais e ceder centenas de documentos e fotos para o enriquecimento de minhas análises; • Aos meus colegas de doutorado Silvéria Santos e Thiago SantAnna por compartilharem comigo momentos de alegrias e de angústias; • Aos amigos da Revista Em Tempo de Histórias Émerson Dionísio, Diana Geber, Guilherme Barbosa e Lea Carrer. Ao trabalhar no corpo editorial desta Revista tive a grata oportunidade de conhecer o Prof. Anderson Batista de Melo, que se tornou meu amigo-irmão; • Ao Anderson Batista de Melo pelos sábios conselhos, compreensão, amizade, paciência, cuidado e generosidade dispensados a mim nos últimos anos; • Aos colaboradores e ao Conselho Editorial da Hinterlândia pela força e estímulo; • À todos os professores do Programa de Pós-graduação em História, especialmente Prof. Dr. Estevão Chaves de Rezende Martins, Profa. Dra. Albene Mirian F. Menezes, Prof. Dr. Antônio José Barbosa, Profa. Dra. Cléria Botelho da Costa e Profa. Dra. Vanessa M. Brasil, pelos aconselhamentos e orientações, além das palavras de incentivo e motivação; • Às professoras Tânia Navarro-Swain e Diva do Couto Gontijo Muniz pelas contribuições teórico-metodológicas; • Às professoras do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília Marilde de Loiola Menezes e Flávia Birolli pela participação na qualificação deste trabalho e por suas valiosas sugestões; • À todos os funcionários do Programa de Pós-graduação em História e do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT/UnB) que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização deste trabalho; Por fim, um grande “obrigada” aos amigos que estiveram presentes em momentos importantes dessa minha trajetória: Adriano Vivan, Alessandra Lisboa, Alice Damasceno, Aline Hidaka, Átila Rabelo, Cláudia Cardoso, Cláudio Souza, Grasiela Pereira, Isabela Velasque, Izabel Silva, Leonice Bispo Lisboa, Marina Dessen e Rosângela Lameira. “Desta lenta gestação, vão nascer inesperados frutos. Não terminou a aventura da qual participei apaixonadamente: a dúvida, os reveses, o aborrecimento, marcar passo, em seguida a luz entrevista, uma esperança, uma hipótese confirmada. Depois de semanas e de meses de ansiosa paciência, a embriaguez do êxito.” Simone de Beauvoir, em A idade da discrição Por que ser feminista? Anabela Santos 1 A questão salta de boca em boca, conspira aqui e acolá, e levanta-se com regularidade: Por que ser feminista? Ser feminista não é um defeito, não é um equívoco, não é um acaso. Ser feminista não é um capricho, uma vaidade, um atributo de uma elite. Ser feminista não é uma fantasia ou coisa de mulher frustrada. É-se feminista por necessidade. É-se feminista por obrigação. Como? Porquê? Eu explico. Que posição adotar numa sociedade que segrega parte do seu corpo constituinte? Como erradicar os resquícios patriarcais que vivificam a hegemonia do falo na atualidade? De que modo poderemos nos transformar em indivíduos construtores de uma estrutura social mais equitativa, justa e inclusiva? A resposta para as questões anteriores é apenas uma: ser feminista. A impregnação de uma atitude feminista nas ações e percepções individuais/coletivas conflui irrefutavelmente para a reedificação de modelos de sociabilidade menos discriminatórios, mais iguais. Todas e todos serão beneficiados. Ser feminista faz parte da construção humana e social! O feminismo – atravessado por múltiplas correntes e pensares – não é coisa de mulher. Os seus propósitos dizem respeito a todos e a todas porque a edificação de uma sociedade mais livre, justa e equitativa beneficia mulheres e homens. É necessário expandi-lo, revigorá-lo e assumi-lo. 1 Com adaptações. Disponível em: http://feministactual.wordpress.com/2008/07/03/porque-ser-feminista/ Acesso em Maio de 2009. LISTA DE SIGLAS ABMCJ - Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica ABONG - Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais AC - Acre AIDS - Síndrome da Imunodeficiência Adquirida AL - Alagoas AM - Amazonas AMB - Associação dos Magistrados Brasileiros ANC - Assembléia Nacional Constituinte ANMTR - Articulação Nacional das Mulheres Trabalhadoras Rurais ANPUH - Associação Nacional de História ARENA - Aliança Renovadora Nacional ART. - Artigo AWID - Association for Women's Rights in Development BA - Bahia B.H - Belo Horizonte CCDM - Conselho Cearense de Direitos da Mulher CDMB - Centro de Desenvolvimento da Mulher Brasileira CGT - Comando Geral dos Trabalhadores CE - Ceará CECF - Conselho Estadual da Condição Feminina CEDAW - Committee on the Elimination of Discrimination against Women CEDIM - Centro de Estudos, Documentação e Informação sobre a Mulher CEPAL - Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe CFEMEA - Centro Feminista de Estudos e Assessoria CLADEM - Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher CLT - Consolidação das Leis do Trabalho

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