BP686 Final.Pmd

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Quinta-feira Director: José Santos Alves 0.70¤ 20 Dezembro 2012 Ano XXXVII n.º 686 III Série Sub-director: Francisco Fonseca www.barcelos-popular.pt Portugal 4750 Barcelos Porte Pago Taxa Paga QR Code Entre no nosso site com o seu smartphone Semanário Regional, Democrático e Independente CARTA SOCIAL 124 deficientes sem apoio A lista de espera na área das respos- tas a pessoas com deficiências em Barcelos é preocupante. P.6 Barcelos Futuro CARVALHO DA SILVA Carvalho da Silva venceu o Prémio carreira do ISCTE-IUL, na categoria pede 17M¤ Cargos Públicos. P.5 TEMPORAL EM BARCELOS à Câmara Corte de estradas, inundações e que- P.4 e 25 da de árvores determinaram alerta vermelho para o concelho. P.12 ACIDENTE MORTAL EM LIJÓ Um homem de 71 anos perdeu a vida, na passada segunda-feira, esmagado por uma árvore. P.13 BOAS FESTAS O Barcelos Popu- lar deseja Boas Festas a todos os seus assinantes, leitores, anunci- antes e amigos. Barcelos Popular www.barcelos-popular.pt 2 20 Dezembro 2012 Barcelos Popular www.barcelos-popular.pt 20 Dezembro 2012 3 OPINIÃO O Teatro Gil Vicente Li há uns dias atrás no fala, e muito bem, de que Este país não está “JN” um artigo relaciona- ter-se-á violado as nor- do com Barcelos, nome- mas de arquitectura, adamente com o Teatro mas, infelizmente, o mal Gil Vicente onde dizia que está feito e não vale a para velhos, o referido teatro iria abrir. pena chorar sobre esses E disse cá para mim: fe- erros arquitectónicos, e lizmente que alguma coi- comenta que se aproxi- sa está a mudar na políti- mam as eleições autár- inválidos e incapazes ca barcelense voltada quicas de 2013 e o dis- para o interesse público curso é mais para seduzir e não para os «tachos» os eleitores. O apoio aos mais desfa- to da esperança média de O Estado que, nesta ma- bem remunerados. Não é Quanto a mim, não te- vorecidos é um dos ob- vida (o que faz com que téria, apenas deveria pro- preciso ser economista, é nho nada a ganhar, nem jectivos do chamado es- o número daqueles a ver e garantir a satisfação preciso sim rentabilizar o com a política, nem com tado social. O Estado, quem o Estado vai pro- de necessidades essenci- dinheiro que lá se gastou, os tachos da Câmara dentro do que podemos ver com pensões e subsí- ais não supríveis doutro que é de todos os contri- Municipal. chamar de política de dios seja maior e ocorra modo, entreviu e inter- buintes, mesmo se for Só digo isto: tanto dinhei- redistribuição da riqueza durante um período mais vém em demasiados sec- para alugar aos chineses ro está ali enterrado e sou transfere para os mais longo de tempo) e, tam- tores assumindo “com- para venderem os seus da opinião do arquitecto desfavorecidos, ou atra- bém, o facto de cada vez promissos” para com os produtos… João Barreto Faria: «Abre- vés de prestações sociais serem mais os domínios cidadãos e já não conse- João Barreto Faria, cronis- me Porra», ainda que seja monetárias propriamente onde o Estado assume gue responder nos mol- Manuel Pereira ta do Barcelos Popular e para uma loja dos chine- ditas (subsídios ou pen- “compromissos” para des que vinha responden- da Costa Barreto arquitecto de profissão ses! sões), ou através de isen- com os cidadãos de aí do às solicitações, que lhe ções de pagamentos de prover em seu auxilio, as- foram e vêm sendo feitas. taxas, uma parte dos sociado, ainda, ao núme- Digo solicitações, porque, montantes cobrados ro daqueles que, perten- em muitos casos, o Esta- àqueles que mais têm, de cendo à população acti- do actua sem ser para acordo com os critérios va, o Estado, ou porque prover à satisfação de (justos ou não) fixados estão no desemprego, ou necessidades essenciais, pelo mesmo Estado. O por outra qualquer razão, mas em resultado de pu- Estado desempenha esta vai em seu auxilio com ras opções políticas e elei- política de redistribuição prestações sociais, temos toralistas. da riqueza, entre outros, reunidas, em grande par- Acreditando que, o prin- através da segurança so- te, as condições para que cipal problema para a cial. o Estado, ao nível da pro- sustentabilidade da segu- De acordo com princípi- vidência social, entre em rança social provém da os como os de equidade dificuldades, quando até baixa taxa de natalidade e solidariedade social, é em ruptura, e seja inca- e do aumento da espe- louvável que o Estado paz de satisfazer os seus rança media de vida, a adopte medidas como “compromissos” a este resolução do problema estas, desempenhando nível. passa por aqui. um papel de Estado Pro- Estamos, actualmente, a É necessário rever os do- vidência. atravessar esta situação a mínios em que os Estado Contudo, esta actuação, qual urge resolver. deve intervir, com que re- dependendo do modo As medidas adoptadas cursos o deve fazer e como é feita e domínios para tal têm sido de, por adoptar medidas de com- onde o Estado intervém, um lado, aumentar a re- bate ao desemprego, pode, em determinadas ceita, quer à custa de mas, mais do que isso, é circunstâncias, falhar, tor- uma maior contribuição necessário rejuvenescer a nar-se deficitária, ou até dos cada vez em menor nossa população com impossível. Por via desse número (porque tem au- medidas sérias de fomen- receio, tem-se falado mentado o desemprego) to da natalidade, pois são muito, nos últimos tem- que podem pagar, quer à aqueles que agora e no pos, sobre o problema da custa da integração de futuro nascerem que da- sustentabilidade da segu- diversos fundos “priva- qui a uns anos constitui- rança social. dos” de pensões, e, por rão a população activa De factores como a taxa outro, à custa da diminui- que vai financiar a segu- de natalidade; esperança ção quer dos domínios rança social de que nós, media de vida; o número onde o Estado intervém que hoje somos financia- de pessoas que compõe como providente, quer dores e, de alguma forma a população activa e taxa dos montantes com que e em alguma medida, de desemprego, entre vai em auxílio. também, já recebedores, outros, depende a sus- Em nossa opinião, esta amanhã seremos, princi- tentabilidade da seguran- “receita” é um paliativo e, palmente, se não exclusi- ça social. por isso, não resolverá o vamente, recebedores, se É à população activa, e, problema, apenas o adi- não for mais, através da dentro desta, àqueles que ará. pensão de reforma por efectivamente trabalham, É certo que o estado pro- velhice, cuidados de saú- que o Estado vai buscar, videncia, tal como o co- de, ou do lar de terceira em grande parte, a sua nhecemos (um Estado idade onde, eventual- receita. Ora, se o desem- intervencionista em de- mente, muito acabarão prego é elevado, menor masiados sectores da vida os seus dias. é a fonte de receita do social), é impraticável. Sem descurar a poupan- Estado, quer ao nível dos Não é possível um Esta- ça, o caminho é este. impostos, quer ao nível do “faz tudo” e “dá das contribuições e coti- tudo”. Se é certo que Até um dia destes. zações para a segurança tempos de crise exigem social, já que menos são medidas excepcionais e aqueles que contribuirão. transitórias, a sustentabi- Se a isto juntarmos o en- lidade da segurança so- velhecimento que se ve- cial far-se-á, no entanto, Marcelino rifica da população, resul- com medidas duradou- Abreu tante da baixa taxa de ras, que surtam efeitos natalidade e do aumen- duradouros. Barcelos Popular www.barcelos-popular.pt 4 20 Dezembro 2012 Accionado Tribunal Arbitral para a Parceria Público Privada Privados exigem 17M¤ à Câmara Pedro Granja para a PPP era a de redi- a devida licença camará- Texto e foto reccionar as 43 obras que ria, com as consequênci- o PSD tinha previsto para as legais de que daí po- Os parceiros privados da o concelho, apostanto derão advir. Relativamen- Parceria Público Privada em infra-estruturas como te a estes três equipa- (PPP) Bacelos Futuro re- sedes de Junta ou cemi- mentos, Costa Gomes correram para o Tribunal térios, em detrimento de disse ao BP, apenas, que Arbitral para exigir que a piscinas ou outros equi- estes se encontram na Câmara pague 17 mi- pamentos desportivos. “fase final de licencia- lhões de euros, 8 relati- No entanto, e tal como mento”. Mas a polémica vos às obras que já arran- aconteceu com o contra- continuou, quando se caram e 9 de indemniza- to da água, os socialistas tornaram públicas, em ção pelo fim da PPP. As- “esbarraram” nas cláusu- notícia do Barcelos Popu- sim, é mais um contrato las contratuais e, sobre- lar, as actas das reuniões assinado no tempo do tudo, no fracasso nego- do Conselho de Adminis- Câmara de Fernando Reis cial com os parceiros tração e Assembeia Geral que vai ser discutido em pivados. Em 2011, Costa da BF, dos anos de 2010 sede de arbitral, depois Gomes anunciou em As- e 2011, onde tem a assi- do contrato de concessão sembleia Municipal a sus- natura de Costa Gomes a da água e saneamento, pensão da PPP e já no fi- aprovar desvios orçamen- que, recorde-se, levou à nal desse ano a sua re- tais das obras em mais de condenação do municí- núncia ao cargo de presi- 100 por cento. Na altu- pio na ordem dos 172 dente da Barcelos Futuro ra, o presidente da Câma- milhões de euros. (BF), alegando incompa- ra não se quis pronunci- A Câmara já reagiu, infor- tibilidades de funções.

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