
... ,,,, -_.,..-.. .... ...,.._,;, ........._ .. _,-...... ... ..,., ........ ........._ -·.. ' O QUILOMBO DOS PALMARES ~e livro foi publicado, em 1946, sob o título Guerras de los Palmares, como o vol. 21 da coleção Tierra Firme, do Fondo de Cultura Económica, do México, cm tradução de Tomás Muiíoz Molina. ~ ,;. "" t i. -'Y' • /}: , · , e1 e e ú t> '1 LDd , J.;-c-. ')'-'--.P.~ : J S f: J i: .,.) - 1" Exemplar N'! 057S 1958 Obra executada na., oflcln,u da São Paulo Editora S/A. - Slo Paulo, Brull BIBLIOTECA PEDAGÓGICA BRASILEIRA SÉRIE 5.ª * B R A S I L I A N A * VoL. 302 EDISON CARNEIRO -.~ * \. ),. O QUILOMBO dos PALMARES 2.ª EDIÇÃO (Revista) COMPANHIA EDITORA NACIONAL ·' SÃO PAUL O DO AUTOR Religiõer Negras - Civilização Brasileira, S/A. - Rio de Janeiro, 1936. Castro Alves - Liv. Jos~ Olympio - Rio de Ja­ neiro, 1937. Negros Bântus - Civilização Brasileira, S/A. - Rio de Janeiro, 1937. Trajetória de Castro Alves - Editorial Vitória - Rio de Janeiro, 1947. - 2.ª ed., Editorial Andes - Rio de Janeiro, 1958. O Quilombo dos Palmares - Editôra Brasiliense - São Paulo, 1947. Candomblés da Bahia - Edição do Museu do Es­ tado, Bahia, 1948. - 2.ª ed., Editorial Andes - Rio de Janeiro, 1954. Dinâmica do Folclore - Rio de Janeiro, 1950. Antologia do Negro Brasileiro - Editôra Globo - Pôno Alegre, 1950. A Linguagem Popular da Bahia - Rio de Janeiro, 1951. A Cidade do Salvador - Organização Simões - Rio de Janeiro, 1954. O Folclore Nacional (bibliografia) - Editôra Souza - Rio de Janeiro, 1954. Pesquisa de Folclore - Edição da Comissão Na­ cional de Folclore, 1955. A Conquista da Amawnia - Edição do Ministério da Viação e Obras Públicas (Coleção Mauá), 1956. A Sabedoria Popular - Edi ão do Instituto Na- .... :~-.,it I T • UNIVERSiD,\Dt üG Oi\,i\Sll SEÇÃO REGISTRO A esta edição acrescentei algwmas n()'l)as 'tfquisiçóes no conhecimento de Palmares, sobretudo referentes à expedi­ ção de Bartolomeu Bezerra, que, ainda que se não tenha realmente organiz,ado, faz recuar a existência do quilombo para os primeiros tmos do Século XVII. O ensaio genérico sôbre os quilom­ bos, que abre o livro, posszvelmente dará ao leitor uma idéia melhor sôbre êsse fenômeno histórico, fornecendo-lhe o panorama geral em que Palmares - que de maneira alguma foi um caso isolado de rebeldia - se enquadra. E. C. tNDICE SINGULARIDADES DOS QUILOMBOS • . 13 O QUILOMBO DOS PALMARES Introdução. - A CAMPANHA Nos PALMARES. 1) Um sonho de liberdade. - 2) As reações do escravo no Brasil. - 3) Um Estado negro. - 4) O inimigo "de portas adentro". - 5) As expedições holandesas. - 6) As investidas luso-brasileiras. - 7) Luta pela posse das terras. - 8) As defesas palmarinas. - 9) A resistência dos negros. - 10) A lenda e a realidade sôbre o Zumbi. 11 ) Domingos Jorge Velho e a vitória nos Palmares. - 12) O número de entradas ao quilombo. - 13) Trezentos anos depois . 29 l - ÜS NEGROS NO QUIWMBO, 1) A floresta dos Palmares. - 2) Como os negros se aproveitavam das matas. - 3) As melhores terras da capitania de Pernambuco. - 4) Os primeiros anos do qui­ lombo. - 5) A floresta era desconhecida e hostil. - 6) O rigor do cativeiro. - 7) Os mocambos dos Palmares. - 8) A justiça e a religião no quiloml>o. - 9) A lavoura dos quilombolas. - 10) Mulatos e índios entre os pal­ marinos. - 11) Combatentes e trabalhadores. - 12) O quilombo era um estímulo pan os negras das redondezas. - 13) Os chefes do~ Palmares. - 14) Zumbi. - 15) As razzias 10 O QUILOMBO DOS PALMARES dos negros. - 16) Os "colonos" dos palmarinos. - 17) A guerra pesava nos cofres da Coroa. - 18) A pobreza dos moradores vizinhos. - 19) O quilombo no folclore alagoano . 4.f 1J - As INVESTIDAS HOLANDESAS, 1) A dominação holandesa no Brasil. - 2) Plano de destruição dos Palmares. - 3) A expedição de Rodolfo Baro (1644). - 4) A expedição Blaer-Reijmbach (164.S'), - 5) Rodolfo Baro e o capitão Blaer . .. .. .. .. .. .. 83 III - As PIUMEIRAS EXPEDIÇÕES, 1) O manuscrito da Tôrre do Tombo e as suas contra­ dições. - 2) O Mestre de Campo Zen6bio Accioly de Vasconcelos (1667) sobe o Panema até a Serra do Co­ monati. - 3) As "uniões" entre as vilas vizinhas ao qui­ lombo. - 4) Medidas de segurança do govêmo. - .S') A entrada de André da Rocha e Jácome Bezerra (1671). - 6) Três colunas, sob o comando de Jácome Bezerra (1672), convergem sôbre os mocambos. - 7) A incursão de represália do capitão-mor Crist6vão Lins (1673). - 8) O governador Pedro de Almeida prepara~e parai atacar. - 9) Estêvão Ribeiro Baião. - 10) A entrada de Manuel Lopes (167 5) .. .. .. .. .. .. .. 95 IV - FERNÃO CAun.Ho. 1) A carreira militar de Fernão Carrilho. - 2) O acôrdo entre as vilas vizinhas e a primeira entrada (1676) de Fernão Carrilho. - 3) A entrada de 1677 e a derrota dos palmarinos. - 4) Outras operações. - 5) A embaixada de paz do rei Ganga-Zumba. - 6) Festas e compensações pela vit6ria. - 7) Zumbi não aceitou a paz. - 8) A trégua não demorou muito. - 9) A "expedição punitiva" ÍNDICE 11 de Gonçalo Moreira (1679) contra o Cucaú. - 10) A contribuição de Alagoas. - 11) André Dias investe con­ tra os Palmares (1680). - 12) O bando do sargento.mor Manuel Lopes. - 13) Manuel Lopes atravessa o quilombo, de Alagoas para Serinhaém (1682). - 14) Fernão Car· rilho (1683 ) assalta novamente os Palmares. - 15) O "auxílio" de 50 soldados do capitão João de Freitas da Cunha (1684). - 16) Uma nova arma para os negros - a paz. - 17) A última entrada de Fernão Carrilho (1686). - 18) Os planos de Fernão Carrilho para a des· truição dos Palmares . .. • . .. .. 109 V - Ü ASSALTO FINAL. 1) Domingos Jorge Velho, chamado pelo governador Souto.Maior, movimenta-se para os Palmares. - 2) A guerra do Açu. - 3) Uma peste no Recife. - 4) As Ca. pitulações entre o governador e os paulistas. - 5) Os 1'ficiais da Câmara de Pôno Calvo pedem o estabeleci­ mento de três aldeias de índios nas "cabeceiras" dos povoados. - 6) Os paulistas, à sua chegada aos Palmares, são derrotados pelos negros (1692). - 7) As "agregações" de Domingos Jorge Velho. - 8) Os crimes cometidos pelos paulistas. - 9) Um retrato do Mestre de Campo. _ 10) Os moradores não queriam a vizinhança do Têrço. _ 11) · Elogio dos paulistas como combatentes. - 12 ) Os paulistas passam dez meses na praia desena do Parataji. - 13) A "cêrca" do Zumbi. - 14) Tropas de socorro chegam aos Palmares. - 15) Anilharia. - 16) A contta­ cêrca de Bernardo Vieira de Melo e a cêrca oblíqua do Mestre de Campo. - 17) A perseguição aos negros em fuga. - 18) Soldados. - 19) Festas pela restauração dos Palmares. - 20) O governador Caetano de Melo e Castro contra os paulistas. - 21) Bernardo Vieira de Melo. - 22) Operações de limpeza. - 23) A mone <!o Zumbi. - 24) O acontecimento mais imponantc da carreira militar 12 O QUILOMBO DOS PALMARES de André Funado de Mendonça. - 25) Domingos Jorge Velho pede munições ao governador do Brasil. - 26) Discórdias entre os paulistas. - 27) Os negros "sempre serão 30 vêzes 30" . 135 VI - UMA QUESTÃO DE TERRAS. 1) A Muralha da China. - 2) Prêsas. - 3) Os quintos reais. - 4) O Têrço dos Palmares. - 5) Meio sôldo. - 6) Os hábitos das Ordens militares. - 7) Luís da Sil­ veira Pimentel. - 8) Sesmarias. - 9) O "paralelogramo de terra" de Domingos Jorge Velho. - 10) Povoadores. - 11) Mulheres. - 12) Os dízimos a Deus. - 13 ) A "indecência" dos paulistas. - 14) Os alagoanos contra o Mestre de Campo. - 15) A meia légua de terra dos índios de Santo Amaro. - 16) O sôldo dos Homens Pretos. - 17) Domingos Jorge Velho funda a vila de Atalaia . .. 169 BmLIOGRAFIA ÚTIL . ..... .. 197 DOCUMENTOS Relação das guerras feitas aos Palmares de Perrurmbuco- no tempo do governador d. Pedro de Almeida, de 1615 a 1678 . .. •••. , . .. , . .. ..... 201 Os sucessos de 1668 a 1680 ......... .... ............... 223 Diário da viagem do capitão João Blaer aos Palma,res ( 164s) 2Sl Meia légua de terra para a igreja da Senhora das Brotas . .... 261 Cartas de João de Lencastre .. .. ... .... ....... ..... 263 Outros documentos . 265 Singularidades dos quilombos Q recurso mais utilizado 1>elos negros escravos, no Brasil, para escapar às agruras do cativeiro foi sem dúvida o da fuga para o mato, de que resultaram os qui­ lombos, ajuntamentos de escravos fugidos, e posterior­ mente as entradas, expedições de captura. Infelizmente, não dispomos de documentos fidedignos, minuciosos e circunstanciados a respeito de muitos dos quilombos que chegaram a existir no país; os nomes de vários chefes de quifomhos estão completamente perdidos; e os antigos cronistas limitaram-se a exaltar as fadigas da tropa e a contar, sem detalhes, o desbarato final dos quilombolas. A despeito dessa vagueza de informações, é possível o estudo genérico das características e peculiaridades dos quilombos. Até agora, apenas o escritor Amaury Pôrto de Oliveira interessou-se por um estudo dessa natureza, sob o aspecto particular de forma de luta contra a escra­ vidão, e o grafico Duvitiliano Ramos analisou com su­ cesso a "posse útil" da terra nos Palmares. Em verdade, se desprezarmos o episódio em favor do quadro geral, observaremos que, embora ocorridos em diversos pontos do território nacional, e em épocas diferentes, os quilom­ bos apresentam uma fisionomia comum - tanto nos mo­ tivos que impeliram os negros para o recesso das matas como na organização social e econômica resultante da vida em liberdade. O movimento de fuga era, cm si mesmo, uma negação da sociedade oficial, que oprimia os negros escravos, cli- 14 O QUILOMBO DOS PALMARES minando a sua língua, a sua religião, os seus estilos de vida. O quilombo, por sua vez, era uma reafirmação da cul­ tura e do estilo de vida africanos. O tipo de or~anização social criado pelos quilomholas estava tão proximo do tipo de orsanização então dominante nos Estados africa­ nos que, amda que não houvesse outras razões, se pode dizer, com certa dose de segurança, que os negros por êle responsáveis eram em grande parte recém-vmdos da África, e não negros crioulos, nascidos e criados no Bra­ sil.
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