O PODER VAI DANÇAR (Cradle Will Rock) EUA, 1999

O PODER VAI DANÇAR (Cradle Will Rock) EUA, 1999

O PODER VAI DANÇAR (Cradle Will Rock) EUA, 1999. Cor, 35mm, 133 min. Oficina Cine-Escola e Filmes do Estação apresentam Ficha Técnica direção TIM ROBBINS roteiro TIM ROBBINS produção LYDIA DEAN PILCHER, JON KILIK e TIM ROBBINS fotografia JEAN-YVES ESCOFFIER direção de arte CHRISTA MUNRO edição GÉRALDINE PERONIA elenco JOHN TURTURRO, EMILY WATSON, JOHN CUSACK, JOAN CUSACK, VANESSA REDGRAVE, SUSAN SARANDON, ANGUS MACFADYEN E BILL MURRAY. O PODER VAI DANÇAR Sinopse Nos anos de 1930, Nova York vive um período de ebulição política e cultural. Sindicatos de trabalhadores lutam por melhores salários. Grandes industriais se aproximam do Fascismo Europeu. As políticas públicas são acusadas de promover o comunismo. Um então desconhecido diretor de teatro, Orson Welles, e sua equipe de atores preparam um musical sobre a opressão em uma pequena cidade e a luta de seus cidadãos para derrubar os corruptos do poder. Gênero: drama / histórico Classificação etária: 16 anos Tim Robbins nasceu na Califórnia, mas foi criado em Nova York. Iniciou sua carreira atuando na televisão e no teatro. Participava de uma trupe teatral chamada The Actors Gang, através da qual entrou em contato com o cinema. Ficou conhecido como ator de cinema a partir de O Jogador (1992), de Robert Altman. No mesmo ano, estreou atrás das câmaras, dirigindo e escrevendo o roteiro de Bob Roberts. Também assina a direção de Os Últimos Passos de um Homem (1995). Debate após a sessão com Rubim Aquino, professor e historiador. de Tim Robbins Grupo Estação: 20 anos projetando a diferença. Oficina Cine-Escola é um programa permanente de formação de público, Informações: que desde 1985 desenvolve ações que exploram o cinema como instrumento educativo. tel/fax: 2539-6142 www.estacaovirtual.com/oce www.estacaovirtual.com/oce e-mail: [email protected] Equipe Rua Voluntários da Pátria, 53 / 4º andar Felicia Krumholz - coordenção geral Bia A. Porto - assistente de produção Botafogo - RJ preocupava com os intervalos nos ensaios e o segundo, em acumular números para com- A ebulição política e cultural na Nova York da década de 1930 é o tema do filme O provar o sucesso de suas atividades. Na história real, os dois trabalharam juntos na mon- Poder Vai Dançar. Nas ruas da cidade, os sindicatos de trabalhadores lutam por tagem de Welles, em 1936. melhores salários. Os programas de trabalho do Governo são acusados de promover o comunismo. E grandes industriais fazem de tudo para se manter no poder come- O filme traz enredos entrelaçados de personagens verídicos e fictícios e ignora (no bom çando a demonstrar certa admiração pelo Fascismo Europeu. sentido) diferenças temporais de fatos reais para realizar uma crítica feroz à censura americana da época e uma bela homenagem a este importante período cultural. Neste conturbado cenário, um então desconhecido diretor de teatro, Orson Welles, de apenas 22 anos, dirige sua equipe de atores numa produção intitulada Cradle Will Rock. O musical fala sobre a opressão na pequena “Cidade do Aço”, controlada pelo Veja a relacão de personagens verídicos : vilão Mr. Mister por meio de chantagens e subornos até o dia em que é confrontado por um sindicalista e uma prostituta. Orson Welles - Genial cineasta, diretor de Cidadão Kane (1941), considerado um dos filmes mais importantes da história da sétima arte. Ficou famoso pela apresentação Enquanto isso, o magnata Nelson Rockefeller traz para a cidade o artista mexicano do episódio A Invasão dos Marcianos dentro do programa Radioteatro Mercury, em Diego Rivera para pintar o salão de entrada do Rockefeller Center. Mesmo fazendo 1938. A adaptação da obra A Guerra dos Mundos, do escritor inglês H. G. Wells, dei- algumas objeções ao trabalho "obsceno" de Rivera, ele está pagando muito bem xou os EUA em pânico acreditando tratar-se de uma transmissão ao vivo da invasão. para que o pintor acate suas ordens. Marc Blitzstein - Dramaturgo de forte influência brechtiana e idealista, escreveu Cradle Will Rock "assombrado" pelo fantasma do próprio Brecht. Ao mesmo tempo, um paranóico ventriloquista tenta tirar os ideais comunistas da Olive Stanton - Moradora de rua contratada, inicialmente, como ajudante de Cradle cabeça dos integrantes de sua trupe e a propagandista italiana Margherita Sarfatti Will Rock. Após um teste, ganhou o papel principal. Não há registros dela depois da s vende telas de Da Vinci a milionários, para arrecadar fundos para financiar as forças noite de abertura da peça. n i de guerra de Mussolini. b John Houseman - Produtor de Cradle Will Rock, foi parceiro de Welles no rádio (inclusi- b ve no Radioteatro Mercury) e teatro durante anos. Também aventurou-se como ator. o R Na véspera da estréia, o musical de Welles acaba sendo ameaçado de não acontecer, Margherita Sarfatti – Ex-amante judia de Mussolini. Contactava industriais america- já que o teatro é fechado por soldados do exército americano. Os artistas, ao luta- m nos para fornecer aço à indústria bélica italiana e vendia obras de arte para financiar i rem por sua liberdade de expressão, acabam por espelhar os conflitos da época. E T a empreitada fascista. contrariando tudo e todos, surge um breve, porém triunfante, momento de esperan- e Diego Rivera - Um dos maiores artistas plásticos mexicanos, dedicou-se ao muralis- d ça. mo. Foi casado com a também artista plástica Frida Kahlo, que tem uma pequena apa- , rição no filme, representada por Corina Katt Ayala. R O Poder Vai Dançar é uma interessante reflexão sobre a relação entre a arte e o poder e como a corrupção se infiltra nessas duas esferas. Assim, esse mal é apre- Nelson Rockfeller - Dono da mais famosa fortuna dos EUA. Envolveu-se mais tarde A sentado no governo, em grandes empresas e corporações, em instituições como sin- com a política, tornando-se um expoente do conservadorismo americano. Ç dicatos e nas figuras dos próprios artistas. William Randolph Hearst - Magnata das comunicações. Comandou uma poderosa N campanha na mídia, acusando o Programa Federal de Teatro de ser dirigido por comu- A Nelson Rockefeller, seguindo uma tendência de monumentalização do capital, nistas. Serviu de inspiração para Orson Welles em Cidadão Kane. D empenha-se em construir uma imagem de apreciador e mecenas das artes. Diego Hallie Flanagan - Diretora do Programa Federal de Teatro. Foi considerada comunista I Rivera, aceita o trabalho por dinheiro, mas, precisa afirmar sua posição de prin- por ter estudado na União Soviética. A cipal representate do movimento muralista como um artista livre, ainda que ven- V dido. Comunista, Rivera compõe um mural com o rosto de Lênin, uma célula de sífilis e outras imagens ''ultrajantes''. Rockfeller paga o serviço, mas destrói a Fontes R obra. Isso se passa em 1934. E Instituto Gutenberg [On-Line]: http://www.igutenberg.org/guerra124.html D O mesmo conflito está entre o sindicato dos atores e o Programa Federal de Teatro, NoOlhar.com :: Vida e Arte: http://www.noolhar.com/opovo/vidaearte/160561.html O criado durante a recessão econômica com objetivo de gerar trabalho para artistas Cornflake Promisses [On-Line]: http://www.cornflakepromises.hpg.ig.com.br/cradlewill.htm desempregados e que conseguiu atender 25% da população dos EUA. O primeiro se P O.

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