José Francisco Bertolo Crônicas Sobre Diversidades

José Francisco Bertolo Crônicas Sobre Diversidades

Campus de São José do Rio Preto José Francisco Bertolo Crônicas sobre diversidades: construindo diálogos sobre multiplicidades através do cinema e da produção textual São José do Rio Preto 2018 José Francisco Bertolo Crônicas sobre diversidades: construindo diálogos sobre multiplicidades através do cinema e da produção textual Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ensino e Processos Formativos, junto ao Programa de Pós- Graduação em Ensino e Processos Formativos, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São José do Rio Preto. Orientador: Profª. Drª. Ana Paula Leivar Brancaleoni São José do Rio Preto 2018 José Francisco Bertolo Crônicas sobre diversidades: dialogando multiplicidades através do cinema e da produção textual Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Ensino e Processos Formativos, junto ao Programa de Pós- Graduação em Ensino e Processos Formativos, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São José do Rio Preto. Comissão Examinadora Profª. Drª. Ana Paula Leivar Brancaleoni UNESP – Jaboticabal Orientadora Profª. Drª. Érika Cecília Soares Oliveira Universidade Federal de Alagoas – Maceió Profª. Drª. Rosemary Rodrigues de Oliveira UNESP – Jaboticabal Jaboticabal 09 de agosto de 2018 À minha mãe, rocha protetora. A tantas outras que tornaram este trabalho possível. AGRADECIMENTOS “Sonho que se sonha só É só um sonho que se sonha só Mas sonho que se sonha junto é realidade”. RAUL SEIXAS Do rock nacional de Raul Seixas extraí a essência de minha alma docente, ora onírica, ora solitária. Despir-me de minhas crenças tão duramente impregnadas em meu ser, quedar-me nu sem saber com quais vestes cobriria meu corpo, reconstruir-me dolorosamente para só então transformar uma quimera em materialidade. A processualidade dessa transformação tão interna concretizada na forma de ônibus prateado e brilhante cruzando um deserto de incertezas, mas aonde a vida encontra meios de resistir. Um nó na garganta se junta ao meu escrever, aos olhos embebidos em lágrimas e ao receio de cometer alguma injustiça. Mas é assim que sou. Exagerado, corajoso, afoito, passional, humano. E assim me lanço para agradecer a todos aqueles personagens que embarcaram comigo e se fizeram companhias constantes e auxílio na consolidação deste um sonho em realidade. Primeiramente a minha mãe, refúgio contra o vento e abrigo nas tempestades, por ser a minha maior incentivadora nos anos de mestrado, trabalhando a meu lado para que isso se tornasse possível e que, apenas com seu exemplo e dedicação, transmitiu-me conhecimentos vitais impossíveis de serem aprendidos em outro local. À Profa. Dra. Ana Paula Leivar Brancaleoni, minha orientadora que, tal qual o comandante do exército de nome homônimo, liderou um exército de um homem só, é verdade, mas ainda assim combativo e disposto a enfrentar os perigos do deserto. Apenas alguém como ela seria capaz de controlar essa força da natureza, não propriamente humana, cheia de angústia, dúvidas e esteticamente exagerada. À minha grande parceira Gisele Mendonça do Nascimento, referencial pop de minha vida, pelo suporte emocional desde o processo embrionário deste sonho até o choro de alívio ao pôr o ponto final, por ter me presenteado com o título desde trabalho e por ter me dado a foto da Madonna, companheira de todo o tempo, que está em minha estante. Um parágrafo é incapaz de expressar minha gratidão. Ao Professor Dr. Humberto Perinelli Neto, ouvinte de minhas lamúrias e conselheiro em diversos momentos deste trabalho, por me enveredar em caminhos nunca antes trilhados e por me fazer acreditar que as coisas não precisam ser possíveis, basta serem verdadeiras. Aos meus professores que, cada um a seu modo, incutiram em mim seus essenciais valores e me ofereceram uma nova perspectiva sobre o mundo. Em particular, o Prof. Dr. Edilson Moreira de Oliveira, pelas discussões filosóficas que agregaram muito a minha concepção entre feminismo e ambiente, e a Profa. Dra. Maria Eliza Brefere Arnoni, por me mostrar a importância da profissionalização da docência e por me fazer entender que só posso ser responsável pelo meu ensino. Ao Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de São José do Rio Preto, por oferecer as condições concretas para a realização deste trabalho. Ao até então inédito Programa de Pós-Graduação em Ensino e Processos Formativos pela peleja vitoriosa em fazer esse Mestrado acontecer. À linha de Tecnologias, Diversidades e Culturas, pela dadivosa contribuição no processo de desconstrução deste profissional docente e sua posterior reconstrução em pesquisador. Um obrigado especial à coordenação do Programa, que por todo esse trajeto, sempre foi muito batalhadora e atenciosa. À preciosa banca de qualificação, muito atenciosa na leitura de meu texto e oferecendo o retorno que eu precisava, além de apontar possíveis caminhos para o ônibus trilhar. Foi um imenso prazer deslizar pelas trilhas indicadas. Foram contribuições que acabaram me despertando para o meu papel fundamental como professor e pesquisador. Destaco a Profa. Dra. Érika Cecília Soares Oliveira pelos apontamentos valiosos acerca do pós-colonialismo e a Profa. Dra. Rosemary Rodrigues de Oliveira por me fazer enxergar o meu valor como professor e mediador nos processos de construção dos diálogos com minhas alunas. E ao Prof. Dr. Caio Samuel Franciscati da Silva, cuidadoso em suas contribuições. Meu profundo e sincero respeito a vocês. Às minhas valiosas crianças que se disponibilizaram a compartilhar comigo seus pensamentos e me permitiram atuar na construção de novas ideias. Quando leio suas letras juvenis impressas naquelas folhas de papel almaço, sinto-me estimulado a continuar. Obrigado por existirem. Vocês são um dos principais motivos que me fazem abrir os olhos todas as manhãs. Às mães e responsáveis das crianças pela confiança em mim depositada. Obrigado por acreditarem que esta pesquisa seria capaz de transformar pessoas e pelas palavras de apoio quando apresentei esta a vocês. À minha supervisora Sonia Maria Gonzalez Galbiati, por estar comigo desde o meu primeiro ano escolar até meus anos como docente. Obrigado por, mais que me inserir no mundo das palavras e dos números, mostrou-me a importância da afetividade na relação docente/discente. Foram conselhos preciosos que tornaram minha vida profissional mais doce. Às minhas diretoras Lucimar Ribeiro de Mendonça e Maria Cecília Parpinelli da Silva, por, apesar das adversidades, terem compreendido a importância de minha pesquisa e darem total apoio para o desenvolvimento do trabalho. Obrigado por estarem dispostas e abertas a novos aprendizados na luta contra o preconceito. À rede de suporte humano que fui construindo ao logo deste mestrado, seja durante as disciplinas, seja durante os eventos em que participei. Neste tocante, um muito obrigado a Alexsandra Cáceres Sampaio e ao Rafael Gombrade, meus companheiros de disciplinas. Saiba que vocês dois tornaram meu primeiro semestre bem mais suportável, além da minha força motivadora de toda segunda-feira. Obrigado ao meu eterno aluno Caio Santos, sem o qual as transcrições teriam demorado mais tempo que o previsto. Obrigado ao Hamilton Vieira, pela generosa acolhida, por me permitir fazer parte de seu círculo de amizades e pelo auxílio bibliográfico em momentos de perdição. Muito obrigado. Às mulheres da minha vida que despertaram em mim a sensibilidade e a importância da delicadeza do olhar feminino. Estas mulheres desempenharam divinamente seus papéis na minha formação: minhas irmãs Maria José, que tem capacidade de sorrir mesmo o mundo lhe dizendo não; Márcia, que concilia as funções de mãe, profissional e irmã sendo prática, tresloucada e doidivana; e Mônica, que quase aos trinta ressurgiu das próprias cinzas e aprendeu que ainda há muito para aprender. Aos meus amigos e às minhas amigas por nunca desistirem de mim e entenderem que nem sempre era possível estar junto deles, em especial nos meses finais de intenso trabalho e digitação. Lígia Pontes, José Henrique Sierra, Jéssica Garve, Jéssica Menezes, Mateus Scapim, amigos de tempos em que eu nem mesmo sabia quem eu era. Hoje fica a dúvida sobre o que eu criei e o que vocês inventaram. E ao Henrique Brener que, mesmo chegando aos 45 minutos do segundo tempo, fez- se importante e soube entender o processo de construção deste texto, me dando suporte emocional e afetivo. Obrigado, pesseguinho. E, por fim, meu agradecimento àquela que se tornou o símbolo desde trabalho: Butterfly. Mesmo que você não tenha ideia, saiba que esse trabalho só se tornou possível porque você me afetou profundamente. Foi sua metamorfose, de lagarta à borboleta, que me fez querer pegar o ônibus prateado e enfrentar o deserto para garantir que outras vidas, assim como você, possam resistir. Desejo que, se algum dia você ler este trabalho, saiba que ele existe para que outras como você possam voar com liberdade... “Em todo o meu trabalho, o objetivo é nunca ter vergonha: de quem você é, do próprio corpo, do próprio físico, dos seus desejos, das suas fantasias sexuais. A razão pela qual intolerância, sexismo, racismo, homofobia existem é o medo. As pessoas têm medo de seus próprios sentimentos, medo do desconhecido. E o que eu estou dizendo é: não tenha medo”. MADONNA RESUMO As denúncias de ações

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