(1897-1912) [Microform]

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"''%: -^Si^^ LIBRARY OF THE UNIVERSITY OF ILLINOIS AT URBANA-CHAMPAICN 869.908 R35p 1912 v.l ^r^ NOnCE: Retum or raiMw ali Library Matorialsl The Mlnlmum Fee for each Lost Book is $50.00. The person charging this material is responsible for its return to the library from which it was withdrawn on or before the Latest Date stamped below. Theft, miftilation, and undariining of books are reasons for discipli- nary action and may result in dismlssal from the University. To renew call Telephone Center, 333-S400 UNIVERSITY OF ILLINOIS LIBRARY AT URBANA-CHAMPAIGN X \ L161—O-1096 'Sgmé^^-r^ávSíS^lfek.È- *. ^*i ,,.,,. *r ._ >Ja..>.«-s;^5^&*í_. ya^iJí^A^ jz-^a^ AjZAj^ A.€>CíA £>/^ yií/^^<í<ij^^íaL^ <íZ^-t^^<=<- ^ / /^^z^i^t^e^c/ic / Paginas Eseolhidas è lísfc- Academia Brazileira ^^^(y^^TlVO DE rA-l;RJA "l!líf^ PAZ SOLDAD.AN Paginas 1 \^ Escolhidas Dentre as obras dos primeiros Académicos e dos seus Sucessores (1897-1912) 'MIIIIIIIIIMIIJIIII- 2* EDIçÃo Revista e melhorada por JOÃO RIBEIRO E MARIO de ALENCAR ^ LIVRARIA GARNIER 109, RUA DO OUVIDOR, 109 6, RUE DES SAINTS-pèRES, 6 RIO DE JANEIRO PARIS "J-^^- -.W. ADVERTÊNCIA E'esta a segunda edição desde algum tempo preparada das Paginas Escolhidas da Academia. Houve sempre curiosidade, cada vez mais crescente, de conhecer as producções literárias dos nossos Académicos e, aos editores pareceu de utilidade reunir em um ou dois volumes algumas amostras do engenho d'aquelles nossos escriptores principaes. Que a idea foi bem inspirada bem o prova o êxito d'este livro que se reimprime agora. Muitas alterações foram feitas sobre a edição primitiva. No intervallo entre uma e outra foram eleitos numerosos académicos, e havia que lhes dar um lugar n'esta reimpressão. D'est, arte, como o intuito conhecido d'esta pequena anthologia é dar uma noticia dos escriptores e académicos actuaes, não poderiam ser contemplados os novos eleitos, sem que soffressem reducções importantes as paginas que já figuravam na collectanea anterior. Ainda assim, e a mau grado nosso, avolumou-se a matéria excedendo os estreitos limites que sobriamente havíamos traçado. Em muitas d'estas paginas conservamos a orthographia acadé- mica (da sua primeira reforma) quando assim o quizeram os seus auctores, segundo as próprias contribuições que escolheram; pois, em alguns casos, foram elles próprios que fizeram ou indicaram a selecção dos trechos. Como regra geral, a escolha foi da nossa responsabilidade. A "5^ desproporção que existe entre algumas partes resultou de emba- ^raços e difficuldades que não podemos remover. -'^ Quanto á ordem dos auctores, seguimos a alphabetica desde a ^ primeira edição, e foi aliás a que adoptou a própria Academia na "^enumeração das suas cadeiras. Entretanto, para os novos eleitos -p achamos que o lugar mais próprio lhes cabia ao lado dos seus ^ »;< antecessores. ^ N'esta segunda edição, ha, a propósito de cada académico, uma breve noticia bio-bibliographica ; e nas paginas preliminares encontrarão os leitores os documentos da inauguração da Academia e os sens Estatutos. J. R. e M. A. A ACADEMIA BRAZILEIRA 1. Acta da sessão inaugural. 2. Discurso de abertura pelo presidente Machado de Assis. 3. Discurso do secretario geral, Joaquim Nabuco. 4. Estatutos da Academia. 5. Algumas disposições do rejimento in- terno. 6. Primeiros sócios da Academia, e cadeiras dos seus patronos. O pensamento de fundar, entre nós, uma academia de letras não pertenceu talvez á geração atual. Desde os tempos coloniais, em varias cidades do Brazil, se fundaram academias literárias, sob a inspiração das que tão numerosas se haviam criado na metrópole portugueza. Nos últimos tempos, para nós como para o mundo inteiro, a expressão modelar das academias era a da Academia Franceza, de prestijio universal. Desde 1894 que um dos nossos homens de letras, Lúcio de Men- donça, pensava em congregar os literatos da sua geração em uma companhia semelhante á da Academia Franceza. Este pensamento se foi formando na fase literária da Semana e depois na da Revista ^razileira. Cuidou-se, a principio, em entregar a realização daidea ao Governo, devendo a instituição ter definidíimeate carater oficial. A idea não pareceu pratica ; ou antes os nossos governos sempre foram e são reconhecidamente infensos á proteção de qualquer espécie de literatura que não seja a dos jornaes e pelos motivos que todos sabem. E não era nobre nem conveniente, que as letras procurassem abrigar-se á sombra dos poderes públicos, quando não tinham ellas e nem teem ainda os recursos essenciais á sua independência. Formariam, de certo, mais uma repartição publica, parasitaria e inútil. Foi, portanto, idea feliz leval-a a efeito sem aparato oficial, e esperar que os poderes públicos reconhecessem (como reconhe- ceram mais tarde) a utilidade d'esse tentamen. Os trabalhos preparatórios e as primeiras reuniões realizaram-se na sala da redaçào da Revista brazileira, em 1896, com os seus re- datores e colaboradores. Logo no ano seguinte foi possível inau- gurar a Academia sob a presidência de Machado de Assis (julho de 1897). Transcrevemos em seguida os documentos oficiais da fundação. A ACADEMIA BRAZILEIRA _ 8 — OS discursos então pronunciados, os estatutos, e a distribuição das cadeiras da academia pelos seus primeiros quarenta titulares. As cadeiras da Academia teem cada uma a sua denominação própria, tomada do nome dos nossos antigos poetas e escritores, que são os patronos segundo a expressão consagrada oficialmente. 1 ACTA DA SESSÃO INAUGURAL Aos vinte dias do mez de julho de 1897, prezentes, ás 8 horas da noite, em uma das salas do edifício do Pedago- gium, os académicos Srs. Machado de Assis, Joaquim Nabuco, Rodrigo Octávio, Silva Ramos, Inglez de Souza, Araripe Júnior, Arthur Azevedo, Barão de Loreto, Filinto de Almeida, Graça Aranha, Guimarães Passos, José Veríssimo, Olavo Bilac, Silvio Romero, Teixeira de Mello, Urbano Duarte e Visconde de Taunay (17), o Sr. Presidente abre a sessão. Justificaram ausên- cia carta os Srs. Lúcio de Mendonça e Valentim por Magalhães (2) ; achavam-se ausentes desta cidade os Srs. Affonso Celso, Alberto de Oliveira, Aluizio Azevedo, Clóvis Beviláqua, Domicio da Gama, Eduardo Prado, Garcia Redondo, Luiz Guimarães, Magalhães de Azeredo, Oliveira Lima, Raymundo Corrêa e Salvador de Men- donça (12); deixaram de comparecer os Srs. Alcindo Guanabara, Carlos de Laet, Coelho Netto, José do Patrocínio, Luiz Murat, Medeiros e Albuquerque, Pedro Rabello, Pereira da Silva e Ruy Barbosa (9). Além do Sr. Prezidente, que proferiu uma alocução ao declarar aberta a sessão, o Sr. Rodrigo Octávio, 1° secretario, leu a Memoria Histórica dos trabalhos preliminares para a instalação da Academia e o Sr. Joaquim Nabuco, secretario geral, proferiu um discurso inaugural. Pouco depois de 10 horas levantou-se a sessão. II ABERTURA PELO Sr. MACHADO DE ASSIS PRESIDENTE Senhores, Investindo-me no cai^o de prezidente, quizestes começar a Academia Brazileira de Letras pela consagração da idade . Si não sou o mais velho dos nossos colegas, estou entre os mais velhos. E' simbólico da parte de uma instituição que conta viver, confiar da idade funções que mais de um espirito eminente exerceria melhor. Agora que vos agradeço a escolha, digo-vos que buscarei na medida do possível corresponder á vossa confiança. — 9 — A ACADEMIA BRAZ] LEI RA f> Não é precio definir esta instituição. Iniciada por um moço, aceita 6 completada por moços, a Academia nace com a alma nova, e na- turalmente ambiciosa. O vosso desejo é conservar, no meio da fe- deração politica, a unidade literária. Tal obra exije, não só a com- preensão publica, mas ainda e principalmente a vossa constância. A Academia Franceza, pela qual esta se modelou, sobrevive aos acontecimentos de toda casta, ás escolas literárias e ás transforma- ções civis. A vossa ha de querer ter as mesmas feições de estabili- dade e progresso. Já o batismo das suas cadeiras com os nomes preclaros e saudosos da ficção, da lirica, da critica e da eloquência nacionais é indicio de que a tradição é o seu primeiro voto. Cabe-vos fazer com que elle perdure. Passai aos vossos suces- sores o pensamento e a vontade iniciaes, para que elles os trans- mitam lambem aos seus, e a vossa obra seja contada entre as solidas e brilhantes pajinas da nossa vida brazileira. Está aberta a sessão. » III DISCURSO DO Sr. JOAQUIM NABUCO SECRETARIO GERAL Meus Senhores, Uma vez que conversávamos sobre os nossos esta- tutos, achei ouzado darmos, como tranquilamente se propunha, o titulo de perpetuo ao nosso secretario ; pensava eu então no constran- jimento do nosso colega a quem tocasse lançar aquelle soberbo desa- fio ao nosso temperamento. Não imajinava estar falando em defeza própria. A primeira condição de perpetuidade é a verosimilhança, e o que tentamos hoje é altamente inverosímil. Para realizar o inverosimil o meio heróico é sempre a fé ; a homens de letras que se prestam a formar uma Academia, não se pôde pedir a fé ; só se deve esperar delles a boa fé. A questão é se ella bastará para garan- tir a estabilidade de uma companhia exposta como esta a tantas causas de desanimo, de dispersão e de indiferentismo. Si a Acade- mia florecer, os críticos deste fim de século terão razão em vêr nisso milagre ; terá sido com efeito um extraordinário enxerto, uma verdadeira maravilha de crusamento literário. A nossa formação não passará incólume ; seremos acusados de nos termos escolhidos a nós mesmos, de nos termos feito Imortaes e em numero de quarenta. Si não tivéssemos quadro fixo, receia- vamos não ser uma companhia. Tendo-o, si fossemos menos de quarenta, como não se diria: « A Academia Franceza, que é a Aca- demia Franceza, e se reúne em Paris, donde ninguém quer sair, precisa ter quarenta membros para trabalhar, e entre nós onde nin- guém se reúne, no Rio de Janeiro, donde se vive em Paris, julgamos poder ter só vinte, ou trinta ? » Si fossemos mais, estais ouvindo o tom de desdém : « A França, que é a França, só tem quarenta aca- démicos, e nós, que não temos quasi literatura, temos a pretenção T.

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