Detection of Chemical Species in Titan's Atmosphere Using High

Detection of Chemical Species in Titan's Atmosphere Using High

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO FÍSICA Detection of Chemical Species in Titan’s Atmosphere using High-Resolution Spectroscopy José Luís Fernandes Ribeiro Mestrado em Física Especialização em Astrofísica e Cosmologia Dissertação orientada por: Doutor Pedro Machado 2019 Acknowledgments This master’s thesis would not be possible without the support of my parents, Maria de F´atimaPereira Fernandes Ribeiro and Lu´ısCarlos Pereira Ribeiro, who I would like to thank for believing in me, encouraging me and allowing me to embark on this journey of knowledge and discovery. They made the person that I am today. I would like to thank all my friends and colleagues who accompanied me all these years for the great moments and new experiences that happened trough these years of university. They contributed a lot to my life and for that I am truly grateful. I just hope that I contributed to theirs as well. I also would like to thank John Pritchard from ESO Operations Support for helping me getting the EsoReflex UVES pipeline working on my computer, without him we would probably wouldn’t have the Titan spectra reduced by now. And I also like to thank Doctor Santiago P´erez-Hoyos for his availability to teach our planetary sciences group how to use the NEMESIS Radiative Transfer model and Doctor Th´er`ese Encrenaz for providing the ISO Saturn and Jupiter data. I would like to give a special thank you to Jo˜aoDias and Constan¸caFreire, for their support and help during this work. Lastly, and surely not the least, I would like to thank my supervisor Pedro Machado for showing me how to be a scientist and how to do scientific work. And also for opening so many doors for me even though I am just now finishing my master’s degree. Thanks to him, my dream of exploring new worlds in our Universe is becoming a reality. ii Resumo O nosso Sistema Solar ´emuito diverso no tipo de planetas que cont´em.Planetas tel´uricos,que s˜aoprincipalmente constitu´ıdospor silicatos ou metais, gigantes gasosos, que s˜aoconstitu´ıdos principalmente por hidrog´enioe h´elio,e gigantes gelados, onde ´agua,metano e amon´ıacopre- dominam. Tal como as suas propriedades, as suas atmosferas tamb´ems˜aodistintas. No caso dos corpos rochosos, apenas quatro possuem uma atmosfera densa, Merc´urio,V´enus, Terra e, um dos objectos de observa¸c˜aodeste trabalho, Tit˜a. Tit˜a´eo ´unicocorpo para al´emda Terra que possui um fluido est´avel na sua superf´ıcie. A sua atmosfera ´econstitu´ıdaprincipalmente por azoto, metano, algum hidrog´enioe v´arios hidrocarbonetos. Tal como a da Terra, a atmosfera de Tit˜aest´abem estruturada em troposfera, estratosfera, mesosfera e termosfera, sendo que a atmosfera ´emais extensa do que a da Terra chegando a ter alturas de escala entre os 15 e os 50 km, pois Tit˜atem uma for¸cagrav´ıticamais baixa. Tit˜atamb´empossui ventos em superota¸c˜ao,devido a ter um per´ıodo de rota¸c˜aolongo e s´ıncronocom o de transla¸c˜ao,e sofre de efeitos sazonais devido `ainclina¸c˜aoda sua ´orbita,que coincide com a inclina¸c˜aoda ´orbitade Saturno. Em m´edia,o seu lado diurno ´emais frio que o seu lado nocturno. No p´oloonde ´eInverno, na estratosfera baixa, as temperaturas chegam a ser 25 K mais baixas que o equador, no entanto a estratopausa ´ecerca de 20 K mais quente Saturno, caracterizado pelo seu grande sistema de an´eis,possui uma atmosfera que ´eprin- cipalmente constitu´ıda por h´elio, seguindo-se metano, amon´ıaco e outros hidrocarbonetos e mol´eculascompostas por hidog´enio,f´osforo,carbono ou oxig´enio.Possui uma tropopausa bem definida perto dos 80 mbar, que separa uma estratosfera estavel em que a temperatura aumenta com a altitude de uma tropoesfera em que a temperatura aumenta com a profundidade. Devido `ainclina¸c˜aodo seu plano de rota¸c˜aosofre de efeitos sazonais tal como Tit˜a.Exitem gradientes de temperatura que diminuem com o aumento de press˜ao,chegando a ser de 40 K na estratosfera e 10 K na troposfera dos p´olos.Al´emdisso o aspecto visual de Saturno tamb´emmuda, metano, que aprece com tons de azul, ´efacilmente destru´ıdopela radia¸c˜aosolar. O hemisf´erioque estiver mais sujeito `aradia¸c˜aosolar (Ver˜ao)ter´amenos metano e ter´amais uma cor castanha enquanto que o outro (Inverno) ser´amais azulado. Quanto `adinˆamica,a atmosfera tem uma circula¸c˜ao zonal leste, com v´ariosv´orticese nuvens. Sendo o mais peculiar o v´ortice hexagonal no p´olo norte de Saturno. J´upiter´eo planeta mais massivo do Sistema Solar, tendo mais do dobro da massa de todos os outros planetas combinados. A sua composi¸c˜ao´ea que se aproxima mais a uma composi¸c˜ao proto-estelar de todos os gigantes gasosos, mas abundˆanciade elementos pesados como o carbono ou o nitrog´enio ´etrˆesa cinco vezes maior do que seria esperado numa proto-estrela. Indicando que J´upiterformou-se com planetesimais gelados e adquiriu massa suficiente para atrair grandes quantidade de g´asda nebulosa. A sua atmosfera, `asemelhan¸cada de Saturno, ´emaioritaria- mente composta por h´elio,seguindo-se metano, amon´ıaco,hidrocarbonetos, alguns gases nobres e mol´eculascompostas por hidrog´enio,f´osforoou oxig´enio.Abaixo do n´ıvel de 1 bar de press˜ao, a troposfera de J´upiter´ecaracterizada por v´ariasnuvens dominadas por v´ariasesp´eciesqu´ımicas diferentes. Perto dos 5 bar existe forte evidˆenciasde nuvens de ´agua. Para n´ıveis acima dos 300 mbar de press˜aoencontra-se a estratosfera, onde neblinas combinam com nuvens de amon´ıaco que est˜aocontaminadas com hidrocarbonetos e possivelmente o al´otropo de f´osforoque poder´a dar a cor vermelha em certas zona desta camada. A press˜oesabaixo de 1 µbar encontra-se a termosfera onde ocorre desassocia¸c˜aode mol´eculaspor part´ıculascarregadas e auroras gi- iii gantescas ocorrem nos p´olos. Dinamicamente, existem dois tipos de teorias para a atmosfera de J´upiter:modelos superficiais, que dizem que os jactos s˜aoconduzidos por turbulˆenciasem pequena escala, onde a produ¸c˜aode jactos ´edevido `acombina¸c˜aode penas estruturas para formar estruturas maiores, no entanto estes jactos s˜aoinst´aveis, e modelos profundos, baseados na rota¸c˜aoorganizada de s´eriesde cilindros paralelos ao eixo de rota¸c˜ao,que conseguem explicar bem o jacto pr´ogradono equador de J´upiter, mas produz um n´umeromuito pequeno de jactos largos. Os dados de Tit˜ae parte dos dados de Saturno foram adquiridos atrav´esdo espectr´ografo UVES do VLT. UVES ´eum espectr´ografoque esta desenhado para operar com alta eficiˆencia dos 300 nm at´eaos 1100 nm. Possui dois bra¸cos(vermelho e azul) que podem ser operados em separado ou ambos ao mesmo tempo. O bra¸covermelho cobre a radia¸c˜aodos 420 nm at´easo 1100 nm e est´aequipado com um mosaico CCD feito com um chip EEV e um chip MIT. O bra¸co azul cobre a luz dos 300 nm at´eaos 500 nm e apenas tem um CCD EEV. Os restantes dados de Saturno e os dados de J´upiterforam fornecidos pela Doutora Th´er`ese Encrenaz. Estes dados s˜aoespectros obtidos pelo ISO, o primeiro observat´oriode infra-vermelhos orbitante. Estava equipado com uma cˆamerade infra-vermelhos, com dois detectores , o SW e o LW, que cobria a radia¸c˜aodos 2.5 aos 17 micr´ometros,o foto-polarimetro ISOPHOT (2.5 aos 240 micr´ometros)e dois espectr´ometros,o SWS (2.4 at´e45 micr´ometros),de onde provieram os dados, e o LWS (45 a 196.8 micr´ometros). A redu¸c˜aodos dados de Tit˜afoi feita com o recurso `a pipeline do UVES do EsoRelfex. Esta pipeline faz a calibra¸c˜aoem bias, flat e dark como tamb´emfaz a calibra¸c˜aoem comprimento de onda dos dados. Como esta pipeline ´egeral, para o caso de uma fonte extensa como Tit˜afoi necess´ariomudar o m´etodo de extrac¸c˜aopara ’2D’. A redu¸c˜aodos dados UVES de Saturno foi feita usando a pipeline de Espectroscopia de Alta-Resolu¸c˜aodo IA, que de maneira semelhante ao EsoReflex, faz as calibra¸c˜oesdos dados. Esta pipeline calcula os desvios de Doppler em cada ponto da imagem do alvo para medir a velocidade dos ventos, mas isso vai para al´emdos objectivos deste trabalho. Para a detec¸c˜aode mol´eculasem Tit˜arecorreu-se `asbases de dados de transi¸c˜oesmolec- ulares HITRAN e ExoMol. Nelas procurou-se quais as mol´eculas que seriam poss´ıveis serem encontradas no espectro de Tit˜adentro dos limites de comprimento de onda. Verificou-se que 16 seria H2 , HD e H2O 16 Para Tit˜adetectou-se v´arias poss´ıveis transi¸c˜oesde H2O ,H2 e HD como tamb´emuma poss´ıvel transi¸c˜aode C3. At´eser feita a calibra¸c˜aoem fluxo do espectro para se obter unidades f´ısicas,n˜aose pode considerar todas as detec¸c˜oescomo certas pois pode haver altera¸c˜oesna forma do espectro. No entanto, vindo-se a confirmar a detec¸c˜aode C3, ser´aent˜aoconfirmada a previs˜aodescrita na proposta de observa¸c˜ao. Nos dados UVES de Saturno detectou-se a banda de CH4 nos 619 nm mas a calibra¸c˜ao´e fluxo destes dados n˜aoser´aposs´ıvel, pois nenhuma estrela de calibra¸c˜aofoi observada durante as observa¸c˜oes.Detectou-se nos dados do ISO a emiss˜aoC4H2 nos 15.92 µm.

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