Cronologia Literária

Cronologia Literária

1 Portugal - Era Medieval: Trovadorismo (1189/1418) • Idade Média – Feudalismo - Poder da igreja católica. • TEOCENTRISMO *Prosa: novelas de cavalaria. *Poesia: cantigas líricas e satíricas. Dioniso 2 Portugal – Era Medieval: Humanismo (1418/1527) • Idade Média e Renascimento • Transição TEO - ANTROPO *Prosa:Fernão Lopes – historiografia. *Poesia: palaciana - Cancioneiro Geral de Garcia de Resende (1516). *Teatro: Gil Vicente – alegórico e moralizante (Ridendo castigat mores) Auto da barca do inferno (1517) Dioniso - Apolo 3 Portugal – Era Clássica: Classicismo (1527/1580) • Renascimento - Navegações - Avis - D.Sebastião. • ANTROPOCENTRISMO *Poesia: Luís de Camões - desconcerto do mundo e o Platonismo (Mito da Caverna). • épico: Os lusíadas (1572) • lírico: Rimas (1580) Apolo MANEIRSMO: transição para o Barroco. Apolo - Dioniso 4 Brasil – Era Colonial: Informação (1500 / 1601) • Descobrimento e Mercantilismo - Caráter Histórico *Prosa, poesia e teatro: informar a respeito da nova terra. Descrição dos usos e costumes indígenas (ritual antropofágico). • Feito no Brasil, por europeu e para europeu: choque cultural - fauna e flora – • Pero Vaz de Caminha, José de Anchieta, Hans Staden, Jean de Lery e outros. 5 Portugal – Era Clássica: Barroco (1580 / 1756) • Reforma X Contra Reforma • DUALISMO:Antropo + Teo *Prosa: Pe. Antônio Vieira mais conceptista (apelo intelectual) que cultista (apelo sensorial) Rebuscamento: uso de figuras – antítese (contrários); hipérbole (exagero); anáfora (repetição); prosopopéia (personificação). Dioniso 6 Brasil – Era Colonial: Barroco (1601/1768) • Ciclo da cana – BA e PE • Transitoriedade-"carpe diem". *Poesia: Gregório de Matos • satírico: painel social do século XVII – nativismo. • lírico: amoroso (mulher sensual e santa); religioso ( confronto pecado e salvação); e filosófica (existência dual). Dioniso 7 Portugal – Era Clássica: Arcadismo (1756/1825) • Iluminismo - Revolução Industrial. • BUCOLISMO: busca da paz e tranqüilidade do campo - "fugere urbem" e "inutilia truncat" (cortar o inútil). *Poesia: Barbosa du Bocage • satírico – Elmano Sadino (apelido) • lírico: Rimas (1791) - imitação de Camões: Árcade - “locus amoenus”– luz e racional (Apolo) PRÉ-ROMÂNTICO - "locus horrendus"- escuro e místico (transição). 8 Brasil – Era Colonial: Arcadismo (1768/1836) • Colônia- Ouro - Vila Rica - Inconfidência • BUCOLISMO - fingimento poético. *Poesia: Tomás Antônio Gonzaga: • satírico: Cartas chilenas (~1788)- caricatura pró- inconfidente de V.Rica. Apelido: Critilo. • lírico: Marília de Dirceu (1792, primeira parte) - amores do pastor Dirceu (Gonzaga) e da pastora Marïlia (Dorotéia). Traços pré-românticos. (Apolo - Dioniso) • Outros: Cláudio Manuel da Costa - Obras Poéticas (1768); Santa Rita Durão - Caramuru (1780); Basílio da Gama - Uraguai (1769). 9 Portugal- Era Burguesa: Romantismo (1825/1865) Revoluções Industrial (1750) e Francesa(1789) • IDEALISMO -EGOCENTRISMO- NACIONLISMO. *Prosa, poesia e teatro - 3 fases: 1.Influência Clássica: A.Garrett -teatro, Frei Luís de Sousa (1844); prosa, [1] Viagens na minha terra (1846) e poesia Folhas caídas (1853); A. Herculano – prosa histórica, Eurico, o presbítero (1844); 2. Ultra-romântica: C.C. Branco – novelas passionais e satíricas: Amor de perdição (1862) e A queda de um anjo (1866) 3. Pré-realista: J. Dinis, As pupilas do senhor reitor (1867). 10 Brasil – Era Nacional: Romantismo (1836/1881) • Independência do Brasil - Império • IDEAL – ESCAPISMO –LIBERDADE- NACIONALISMO (a cor local) *Poesia: 3 gerações ou fases: 1. Nacionalista: G. Dias - indianismo. 2. Ultra-romântica: A. de Azevedo - mal-do-século (dúvida, tédio, busca da morte) e "spleen“ - byronismo. Outros: Casimiro de Abreu, Fagundes Varela. 3. Condoreira: C. Alves - preocupação social (república e abolição), oratória, hipérboles altissonantes - hugoanismo. Dioniso 11 Brasil – Era Nacional: Romantismo (1836/1881) *Prosa: 4 tipos de romances, segundo José de Alencar: 1. Urbano: enfoca a sociedade burguesa do segundo reinado. 2.Histórico: enfoca a sociedade fidalga da colônia. 3.Indianista: identidade nacional. 4.Regionalista: [2] Til (1872), de José de Alencar • Obs: fora da tipologia – [3] Memórias de um sargento de milícias (1854) de M.A. de Almeida - documental, folclórico, social de costumes, pré- realista e picaresco. *Teatro: Martins Pena – comédias de costumes urbanas e rurais. 12 Portugal – Era Burguesa: Realismo / Naturalismo (1865/1890) • Naturalismo = Realismo + termos científicos (Positivismo, Determinismo, Evolucionismo) • Enfoque social-Minuciosidade-Materialismo (Apolo) *Poesia: Antero de Quental - Odes modernas (1865) e Cesário Verde - O livro de Cesário Verde (1887). *Prosa: Eça de Queirós - painel da social: "Cenas portuguesas" .Duas fases: 1.Realismo social: O crime do padre Amaro (1876) - interior; O primo Basílio (1878) – Lisboa; Os Maias (1888) - alta burguesia. 2.Realismo Tradicional (fantasista): A ilustre casa de Ramires (1900), [4] A cidade e as serras (1901). 13 Portugal – Era Burguesa: Simbolismo (1890 /1915) • Final do século XIX - Crise do Positivismo - Psicologia. • MUSICALIDADE – SUGESTÃO - INTROSPECÇÃO - TRANSCENDENTALISMO - NONSENSE. (Dioniso) • *Poesia: Camilo Pessanha -"o poeta da dor": musicalidade sutil e fluidez do tempo - Clepsidra (1920), relógio d'água. • Uso de figuras de linguagem: aliteração (repetição de fonemas consonantais); sinestesia (mistura de sensações); cromatismo (sugestão de cores), onomatopeias. 14 Brasil – Era Nacional: Sincretismo Cultural (1881/1922) • Mistura de cinco escolas: 1. Realismo (1881): M. de Assis - Memórias póstumas de B.Cubas (1881), Q.Borba (1891), [5] M.p.B. Cubas (1881). 2. Naturalismo (1881): A. Azevedo – [6] O cortiço (1890) e Raul Pompéia (1863/1895) - O ateneu (1888). 3. Parnasianismo (1882):"o poeta é um ourives"– O Bilac. 4. Simbolismo (1893):"sugerir, eis o sonho!"-Cruz e Sousa. 5. Pré-modernismo (02): "consciência crítica da realidade“ Euclides da Cunha - Os sertões (1902), A dos Anjos - Eu (1912); Lima Barreto, Triste fim de policarpo quaresma (1915); Monteiro Lobato, Urupês (1918), figura do Jeca Tatu. 15 Portugal – Era Moderna: Modernismo (1915/hoje) • Revista “Orfeu” . 3 fases: 1. Orfismo (15/27): ruptura com o passado e adoção das vanguardas - Futurismo (velocidade), Cubismo (geometrização), Dadaísmo (negação) e Surrealismo (mundo onírico). Fernando Pessoa (Alberto Caeiro – camponês; Ricardo Reis – médico; e Álvaro de Campos – engenheiro), e Mário de Sá- Carneiro. 2. Presencismo (27/40): José Régio, e Casais- Monteiro. 3. Contemporânea (40/hoje): várias vertentes: Neo-realismo - Alves Redol e Virgílio Ferreira; Surrealismo - A. M. Lisboa, Miguel Torga -; Realismo-Fantástico - José Saramago e outros. 16 Brasil – Era Moderna: Modernismo (1922/hoje) • Semana de Arte Moderna - fevereiro de 1922 - Teatro Municipal de São Paulo. 3 fases: 1. Fase Heróica (1922/1930): ruptura com o passado, representado principalmente pelo Parnasianismo – M. de Andrade, O de Andrade, Manuel Bandeira e outros. - 2. Fase de Construção (1930/1945): a) prosa regionalista de 30 ou neo-realismo social: Jorge Amado – [7] Capitães da areia (1937) - e Graciliano Ramos – [8] Vidas secas (1938). b) poesia social e existencial: Cecília Meireles, C. D. de A. e Vinícius de Moraes - [9] Sentimento do mundo(1940) 17 Brasil – Era Moderna: Modernismo (1922/hoje) 3. Fase de Pesquisa (1945/ hoje) : a) prosa regionalista de 45 ou neo-realismo universal, nas obras de João G. Rosa – Sagarana (1946); b) prosa intimista ou introspectiva, nas obras de C. Lispector; c) poesia geométrica/participativa, de J. Cabral; d) poesia concreta (cartaz) - Haroldo e Augusto de Campos; e)teatro moderno - Nelson Rodrigues, Dias Gomes, Zé Celso e outros. Os grupos TBC, Arena, Oficina, Opinião... f) cinema moderno, desde as chanchadas de Oscarito e Grande Otelo, passando pelo cinema novo, pelo cinema-protesto, até o pornô-chic; g) conto, principalmente na década de 70, com Murilo Rubião, Dalton Trevisan, Rubem Fonseca e outros; h) crônica - Rubem Braga, Luís Fernando Veríssimo e outros. 18 Tradições Artísticas APOLO e DIONISO sol – brilhante vinho - ébrio equilibrado desequilibrado claro obscuro objetivo subjetivo racional sentimental 19 DIONISO transição APOLO TROVADORISMO teocentrismo HUMANISMO CLASSICISMO MANEIRISMO antropocentrismo BARROCO dualismo ROCOCÓ ARCADISMO PRÉ-ROMANTISMO bucolismo ROMANTISMO idealismo PRÉ-REALISMO REALISMO IMPRESSIONISMO realismo SIMBOLISMO transcendentalismo PRÉ-MODERNISMO MODERNISMO PÓS-MODERNISMO prosaísmo ATUAL ? 20 exercícios Leia o texto com atenção: “(...) contemplo duas divindades artísticas dos gregos, Apolo e Dioniso, e nelas reconheço as representações vivas de dois mundos de arte que diferem essencialmente em sua natureza e seus fins respectivos. Apolo (...) pode sozinho suscitar a felicidade libertadora na aparência transfigurada; enquanto que, ao grito de alegria mística de Dioniso, o julgo da individualização se rompe, e se abre o caminho para as causas geradoras do Ser, para o fundo mais secreto das coisas (...)” (A origem da tragédia, de F. Nietzsche) 21 01. Pela leitura do texto do filósofo alemão, pode- se dizer que o estilo dionisíaco na História da Arte e, em especial, na História da Literatura apresenta: a) equilíbrio, clareza e harmonia; b) objetividade, racionalismo e equilíbrio; c) subjetividade, misticismo e clareza. d) obscuridade, harmonia e racionalismo; e) misticismo, subjetividade e desequilíbrio. 22 Leia os textos: I - A vós correndo vou, braços sagrados, Nessa cruz sacrossanta descobertos, Que, para receber-me, estais abertos, E, por não castigar-me, estais cravados. (Gregório de Matos) II - Torce, aprimora, alteia, lima A frase; e, enfim, No verso de ouro engasta a rima, Como um rubim. (Olavo Bilac) 23 III - Vem, ó Marília, vem lograr comigo Destes alegres campos a beleza, Destas copadas árvores o abrigo. (Barbosa du Bocage) 02. Considerando os conceitos de apolíneo e dionisíaco, os textos acima transcritos evidenciam, respectivamente, os estilos: a) dionisíaco, apolíneo, apolíneo; b) apolíneo, dionisíaco, apolíneo; c) dionisíaco, apolíneo, dionisíaco; d) apolíneo, apolíneo, apolíneo; e) dionisíaco, dionisíaco, dionisíaco. 24 .

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