A Videoarte No Brasil: Uma Perspectiva Histórica. O Festival Videobrasil E a Trajetória De Eder Santos

A Videoarte No Brasil: Uma Perspectiva Histórica. O Festival Videobrasil E a Trajetória De Eder Santos

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA INSTITUTO DE ARTES E DESIGN – IAD PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES, CULTURA E LINGUAGENS THAMARA VENÂNCIO DE ALMEIDA A VIDEOARTE NO BRASIL: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA O FESTIVAL VIDEOBRASIL E A TRAJETÓRIA DE EDER SANTOS COMO ESTUDOS DE CASO Juiz de Fora 2017 THAMARA VENÂNCIO DE ALMEIDA A VIDEOARTE NO BRASIL: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA O FESTIVAL VIDEOBRASIL E A TRAJETÓRIA DE EDER SANTOS COMO ESTUDOS DE CASO Dissertação apresentada ao Programa de Pós- graduação em Artes, Cultura e Linguagens, área de concentração: Teorias e Processos Poéticos Interdisciplinares, do Instituto de Arte e Design, da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre. Orientadora: Prof.ª Dra. Maria Lúcia Ramos Bueno Co-orientadora: Prof.ª Dra. Patricia Ferreira Moreno Christofoletti Juiz de Fora 2017 Histórias pessoais iluminam zonas de sombra. Vale a travessia. Ismail Xavier, 2002 AGRADECIMENTOS Muitas pessoas queridas me ajudaram a escrever essa dissertação. Algumas diretamente, ao tecer considerações e apontar questões pertinentes, e outras indiretamente, que em um aconchego de um encontro eu podia me desligar e relaxar de todas problemáticas que me rodeavam, e ainda rodeiam. Sem meus amigos, que contribuíram para que tudo fosse leve, nada disso seria possível. Agradeço principalmente pela amizade das minhas orientadoras e professoras próximas a mim, que muito mais do que proporcionar o saber, me mostraram a importância da parceria e da amizade nesse processo de construção do eu. Às queridas orientadoras, professoras e mentoras, Maria Lucia Bueno Ramos e Patricia Ferreira Moreno, por acreditarem que eu seria capaz, e por investirem parte de seus tempos na minha construção como pessoa e pesquisadora. A vocês duas meu profundo carinho e admiração, sempre. Aos professores da Pós-Graduação com que tive contato, Renata Zago, Raquel Quinet, Alessandra Brum, Luís Alberto Rocha Melo e Ricardo de Cristofaro, e a todos os outros, meus sinceros agradecimentos, vocês são incríveis. Gostaria de gratificar especialmente minha professora e amiga Renata Zago, por toda a riqueza da amizade e paciência em lidar com os meus sentimentos, que foram múltiplos durante o processo. Agradeço a Lara Velloso e a Flaviana Polisseni, secretárias do mestrado, pelos trâmites burocráticos e as boas risadas, obrigada por tudo. Com muito gosto, manifesto o meu contentamento em fazer parte do Programa de Pós-Graduação em Artes, Cultura e Linguagens, e agradeço a bolsa concedida a mim para pesquisa, foi essencial e sou muito grata por isso. Aos colegas do mestrado, por proporcionarem boas risadas e mostrarem que a vida não cabe dentro do lattes. Agradeço ao pessoal da Associação Cultural Videobrasil por serem sempre receptivos e entusiasmados por verem seu acervo explorado, e agradeço principalmente por disponibilizarem quase tudo on-line, a pesquisa não teria acontecido sem o árduo trabalho de vocês, gratidão. Meus sinceros cumprimentos a Eliska Altmann por fazer parte da banca e tecer ricas considerações para tornar esse trabalho melhor, obrigada. Agradeço também ao Clecius Campos, pela leitura e correção minuciosa. Dos amigos do coração, agradeço a amizade de longa data com as queridas Ana Carolina Gomes, Caroline Occhi e Michelle Teixeira, minhas melhores. Agradeço a amizade de Guilherme Nicolau e Ivens Antônio, ao primeiro pela companhia constante, e ao último, principalmente, pelas risadas do dia-a-dia. Eu amo e odeio todos vocês. A meus amigos de estudos e boas risadas, Claudio Melo e Henrique Grimaldi, agradeço as boas energias e a leitura desse trabalho. Outras pessoas amigas me ajudaram de formas variadas demais para que eu possa especificá-las. Devo contentar-me em mencionar Júlia Magna, Matheus Mendes, Mariana Arcoverde, Victor Hugo Gonzaga, Edmárcia Andrade, Virgínia Strack, Diogo D’Melo, Valéria Faria, Renato Abud, André Lopes, Vinicius Gonçalves, Lorena Rusth, Carol Alzei, Jéssica Mello, Amanda Mazzoni e Bowie Arman. Como já cantavam os Beatles: “eu vou longe com uma pequena ajuda dos meus amigos”. Por fim, e não menos obstante, agradeço à minha família o suporte em apoiar quem eu sou e quem eu possa vir a ser. Aos meus pais, Maria da Conceição Sobral Venâncio e Alairson Vital de Almeida, vulgo Tito e Titita, todo o meu amor e reconhecimento. À minha irmã, Thalita, gratidão. Aos meus avós que já se foram, obrigada pela inspiração. Agradeço também ao amor incondicional dos meus amigos não humanos, Stitch, Salem (em memória), e Annie Frank. RESUMO Em um contexto de ampliação do mundo da arte e das atividades artísticas, percebemos a necessidade em trabalhar o uso do vídeo pelos artistas, que originou na criação de um novo segmento artístico, a videoarte. Pretendemos explorar a conceituação do termo no contexto em que estava envolvido de forma a apresentar a história dessa atividade no Brasil. O estudo, dividido em três capítulos, estabelece no primeiro, um recorte mais amplo, explorando a produção dos pioneiros da videoarte no Brasil e elucidando questões que a rodeavam enquanto atividade artística nos anos 1970. Na segunda e terceira partes, realizamos recortes mais específicos partindo do contexto dos anos 1980. No segundo capítulo é explorada a presença da videoarte no Festival Videobrasil, trabalhando as edições de 1983 a 2001. Durante a análise desse recorte, mapeamos as transformações ocorridas nesse universo que se encontram organizadas em três etapas: 1ª Etapa (1983-1985); 2ª Etapa (1986-1990); 3ª Etapa (1992-2001). No capítulo três apresentamos um estudo de caso da trajetória artística e da produção estética de Eder Santos, apontando as mudanças de sua carreira em perspectiva com as transformações ocorridas no Festival Videobrasil e no contexto da arte contemporânea em geral. PALAVRAS-CHAVE: Videoarte; Arte Contemporânea; Festival Videobrasil; Eder Santos. ABSTRACT In a context of expansion of the world of art and artistic activities, we realized the need to analyse the use of video by artists, which originated the creation of a new artistic segment, the videoart. We intend to explore the conceptualization of the term in the context in which it was involved in order to present the history of this activity in Brazil. The study, divided into three chapters, establishes, in the first one, a wider view exploring the production of videoart pioneers in Brazil and clarifying issues surrounding it as an artistic activity in the 1970s. In the second and third parts, we carry out more specific cuts starting from the 1980s context. The second chapter explored the presence of videoart in the Videobrasil Festival, focusing the editions from 1983 to 2001. During this view’s analysis, we map the changes which occurred in this universe and that are organized in three stages: Stage 1 (1983-1985); Stage 2 (1986-1990); Stage 3 (1992-2001). In chapter three we present a study case of the artistic career and aesthetic production of Eder Santos, pointing out the change of his career through perspective with the transformations occurred on Videobrasil Festival and in the context of contemporary art in general. KEY WORDS: Videoart; Contemporary Art; Videobrasil Festival; Eder Santos. SUMÁRIO DA DISSERTAÇÃO INTRODUÇÃO ......................................................................................................................01 CAPÍTULO I – REFLEXÕES ACERCA DA VIDEOARTE E SEU PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO NO BRASIL: A DÉCADA DE 1970 .....................................................04 1.1 – Uma breve contextualização da videoarte ........................................................................04 1.2 – O contexto da videoarte no Brasil: arte conceitual e novos suportes .................................11 1.3 – Aparições e produções pioneiras de grande impacto ........................................................19 1.4 – O amadurecimento da prática: a disponibilização de espaços para profissionalização, produção e exibição ..................................................................................................................33 1.5 – O dois lados da crítica: um impulso para vencer as dificuldades ......................................42 CAPÍTULO II – A VIDEOARTE NO FESTIVAL VIDEOBRASIL .................................49 2.1 – A criação do Festival Videobrasil e suas etapas ................................................................49 2.2 – 1ª Etapa (1983-1985) ........................................................................................................53 2.3 – 2ª Etapa (1986-1990) ......................................................................................................64 2.4 – 3ª Etapa (1992-2001) ......................................................................................................82 2.5 – O Videobrasil no contexto das novas mídias ..................................................................85 2.6 – Festival Videobrasil: política cultural, acervo e relações ...............................................91 CAPÍTULO III – UM ESTUDO DE CASO DA TRAJETÓRIA E DA PRODUÇÃO ESTÉTICA DO VIDEOARTISTA EDER SANTOS ...........................................................96 3.1 – A fase experimental: manipulando as imagens .................................................................96 3.2 – Rede de contatos internacionais .....................................................................................111 3.3 – Inserção em circuitos artísticos tradicionais no Brasil ....................................................120 CONSIDERAÇÕES

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