ESTADO DO PARÁ SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SECRETARIA DE ESTADO E SAÚDE PÚBLICA PLANO ESTADUAL DE SAÚDE DO PARÁ PES-PA 2012 – 2015 BELÉM/PA 2012 GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robson Oliveira Jatene GOVERNADOR DO ESTADO Helenilson Cunha Pontes VICE GOVERNADOR DO ESTADO Francisco Sérgio Beliche de Souza Leão SECRETARIA ESPECIAL DE E. PROTEÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL Helio Franco de Macedo Júnior SECRETARIO DE ESTADO DE SAÚDE Heloísa Maria Melo e Silva Guimarães SECRETÁRIA DE ESTADO DE SAÚDE ADJUNTA Círia Aurora Ferreira Pimentel ASSESSORIA Maridalva Pantoja Dias DOS SECRETÁRIOS Rosângela Brandão Monteiro DE SAÚDE Celiana Maria de Azevedo Chaves DIRETORA DO FUNDO ESTADUAL DE SAÚDE Antonio Magalhães da Fonseca COORDENADOR DO NÚCLEO DE ASSESSORIA JURÍDICA DA SESPA Luis Otávio Romeiro Costa DIRETOR DO NÚCLEO DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE E PLANEJAMENTO Débora Francisca Silva Jares Alves DIRETORA DE DESENVOLVIMENTO E AUDITORIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Dione Albuquerque Cunha DIRETORA TÉCNICA Maria Roseana Nobre DIRETORA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Raimundo Nonato de Bittencourt de Sena DIRETOR DA ESCOLA TÉCNICA DO SUS Rita de Cássia Facundo DIRETORA OPERACIONAL Silvia Regina Nobre Moreira Bastos DIRETORA ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA Sônia Cristina Arias Bahia DIRETORA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NASAÚDE Ana Amélia Ramos de Oliveira DIRETOR DO 1º CENTRO REGIONAL Elizabeth Maria da Costa Pinheiro DIRETOR DO 2º CENTRO REGIONAL José Moreira Sales DIRETOR DO 3º CENTRO REGIONAL Breno Henry Oliveira dos Santos DIRETOR DO 4º CENTRO REGIONAL Marileide do Nascimento DIRETOR DO 5º CENTRO REGIONAL Edval Negrão Magno DIRETOR DO 6º CENTRO REGIONAL Bernardo da Silva Cardoso DIRETOR DO 7º CENTRO REGIONAL Angela Cléa Queiroz Iketani DIRETOR DO 8º CENTRO REGIONAL Eliane Caldas de Miranda DIRETOR DO 9º CENTRO REGIONAL Romel Luiz Cafezaks DIRETOR DO 10º CENTRO REGIONAL Valmir Silva Moura DIRETOR DO 11º CENTRO REGIONAL Regina Maria Lopes Branco DIRETOR DO 12º CENTRO REGIONAL João Haroldo Dias Martins DIRETOR DO 13º CENTRO REGIONAL ELABORAÇÃO DO PES 2012 – 2015 EQUIPE TÉCNICA DO NISPLAN SUMÁRIO Apresentação 1 - Informações socioeconômicas e políticas 1.1 - Características geográficas 1.2 - Informações sociais, culturais e econômicas 1.2.1 – Etnias 1.2.2 – Dialetos 1.2.3 – Culinária 1.2.4 – Cultura 1.2.5 – Economia Paraense 2 - Análise Situacional 2.1 - Determinantes sociais de saúde 2.1.1 Aspectos socioeconômicos 2.1.1.1Aspectos socioeconômicos das 12 regiões de saúde 2.1.1.2Dados gerais referentes a saneamento básico por região de Saúde 2.2 - Condições de saúde 2.2.1 Panorama demográfico 2.2.2 Vigilância Epidemiológica 2.2.2.1 Morbidade A) Doenças transmissíveis B) Agravos e doenças não transmissíveis - Doenças crônicas não transmissíveis - Violências e acidentes C) Morbidade e Fatores de Risco 2.2.2.2 Mortalidade A) Mortalidade geral B) Mortalidade Infantil C) Mortalidade Materna 2.2.3 Vigilância em saúde ambiental 2.2.4 Vigilância da saúde do trabalhador 2.2.5 Vigilância sanitária 2.3 – Ações e serviços de saúde 2.3.1 Rede de Atenção Básica 2.3.2 Assistência Farmacêutica 2.3.3 Rede de Atenção Psicossocial 2.3.4 Rede de Atenção à Pessoa com Deficiência 2.3.5 Rede de Atenção Materna e Infantil 2.3.6 Rede de Atenção às Urgências e Emergências 2.3.7 Linhas de Cuidados Prioritários 2.3.7.1 Atenção em Oncologia 2.3.7.2 Atenção de Alta Complexidade em Traumato – Ortopedia 2.3.7.3 Atenção ao Portador de Doenças Cardiovasculares 2.3.7.4 Atenção ao Portador de Doenças Renal Crônica 2.3.7.5 Atenção em transplantes 2.3.8 Atenção Especializada Ambulatorial e Hospitalar 2.3.8.1 Atenção Ambulatorial Especializada 2.3.8.2 Atenção Hospitalar 2.3.9 Atenção à saúde da população indígena e populações tradicionais 2.3.10 Regulação e Auditoria em Saúde 2.3.11 Ações da Política Nacional de Humanização 2.4 – Gestão na Saúde .2.4.1 Gestão Estratégica e Participativa 2.4.1.1.Descentralização Administrativa 2.4.1.2 Regionalização da Saúde 2.4.1.3 Planejamento 2.4.1.4 Articulação Interfederativa 2.4.2 Gestão do Trabalho e Educação em Saúde 2.4.2.1 Gestão do Trabalho 2.4.2.2 Educação na Saúde 2.4.3 Participação, Controle Social e Ouvidoria 2.4.3.1 – Conferência Estadual de Saúde 2.4.3.2 – Conselho de Saúde 2.4.3.3 – Ouvidorias no SUS 3 - Alocações dos Recursos Estaduais 4 - Diretrizes, Objetivos e Metas 5 – Indicadores 6 – Monitoramento e Avaliação Situacional do PES 2012 a 2015 APRESENTAÇÃO O Plano de Saúde é o instrumento que, a partir de uma análise situacional, reflete as necessidades de saúde da população e apresenta as intenções e os resultados a serem buscados no período de quatro anos, expressos em diretrizes, objetivos e metas. Configura-se como base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e o exercício da gestão do sistema de saúde, em cada esfera de governo(Ministério da Saúde) O Plano Estadual de Saúde do Pará, 2012-2015 teve sua elaboração a partir de uma análise da situação de saúde no Estado do Pará que consistiu a identificação dos Determinantes sociais de saúde; na Análise das Condições de Saúde a partir dos dados de Vigilância e Promoção da Saúde; E as informações da rede assistencial de saúde instalada, com ações e serviços desenvolvidos, além da análise dos componentes da gestão e sua área de Políticas Estratégica e Participativa, de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde e de Controle social. A partir dessa análise situacional, estabeleceram-se as diretrizes, objetivos e metas, conforme preconizado no artigo 5º da Portaria Nº 3.332/2006, contemplando o que preconiza o Plano Nacional de Saúde, nesse componente. E ainda compatibilizando as programações do Plano Diretor de Regionalização e Investimentos do Estado, com as devidas adequações ao novo desenho de Regionalização da saúde, às redes assistenciais, e às linhas de cuidados prioritários da Assistência à Saúde. Conforme recomendação da Lei complementar 141 de 13 de janeiro de 2012, O Plano Estadual de Saúde apresenta a metodologia de alocação dos recursos estaduais e a provisão anual de recursos aos municípios, para aplicação nas ações e serviços de saúde, de acordo com a pactuação na Comissão Intergestores Bipartite e no Conselho Estadual de Saúde. Este Instrumento de planejamento do sistema único subsidiará o planejamento, operacionalização, monitoramento e avaliação das ações de saúde no Estado do Pará levando em consideração as especificidades regionais, bem como sua grande dimensão territorial. Esperamos que este Plano seja de fato um instrumento que norteie as tomadas de decisão, mudando as situações identificadas como problemas, e melhorando as condições de vida e de saúde em todos os municípios paraenses. POR UM SUS EFETIVO! Helio Franco de Macedo júnior Secretário de Estado de Saúde Pública 1- INFORMAÇÕES SÓCIOECONÔMICAS, DEMOGRÁFICAS E POLÍTICAS DO PARÁ: 1.1- CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS O Pará (topônimo de origem tupi e significa mar) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o segundo maior estado do país com extensão de 1.247.689,515 km²,. Situado no centro-leste da região Norte faz divisa com o Suriname e o Amapá a norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, Tocantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e Roraima e Guiana a noroeste. O clima é quente e úmido durante todo o ano, com ventos constantes e alto índice pluviométrico. Temperatura média anual é de 27ºc. O relevo é baixo e plano; 58% do território encontram-se abaixo dos 200 metros. As altitudes superiores a 500 metros estão nas serras de Carajás, Caximbo e Acari. Cobertura vegetal Entrar no mundo exuberante, mas ao mesmo tempo cheio de mistérios e surpresas da vegetação do Pará é começar uma aventura por uma parte considerável da Floresta Amazônica, um verdadeiro santuário para botânicos, ecologistas e outros estudiosos da natureza. Quem embarca nessa viagem vai deparar-se com uma cobertura vegetal diversificada, que inclui desde as florestas equatoriais e cerrados, até os campos, que reinam na monumental ilha do Marajó. Não podemos falar da cobertura vegetal paraense sem mencionarmos, primeiramente, a Floresta Amazônica, considerada a "mais rica floresta pluvial equatorial do mundo", tanto em extensão como em variedade de espécies vegetais e animais. A expressão "Inferno verde" foi cunhada por Alberto Rangel, fascinado pelas características da vegetação. Abrangendo cerca de milhões de km², dos quais 60% estão em território brasileiro, a Floresta Amazônica apresenta, floristicamente, uma variedade superior à existentes nos continentes asiático e africano, que pode chegar a 800 mil plantas, incluindo todos os grupos já catalogados. No entanto, apesar de toda essa diversidade, apenas no estuário do Rio Amazonas, no Estado do Pará, são encontradas duas espécies dominantes na vegetação local: as palmeiras do buriti (Mauritia flexuosa) e do açaí (Euterpe oleracea), conforme ressalta o pesquisador William Rodrigues na publicação "Amazônia, Fauna e Flora". Toda riqueza da vegetação amazônica, na parte pertencente ao Estado do Pará, está distribuída nas matas fechadas e campos alagados. Os quatros tipos de florestas existentes no território paraense, são a Ombrófila Densa, Ombrófila Aberta, Estacional Decidual e Estacional Semidecidual. Queimadas: Nos últimos 20 anos o Pará vem sofrendo um acelerado processo de devastação de sua vegetação nativa, em função da derrubada de matas e das queimadas. Usadas geralmente para retirar a cobertura vegetal de grandes áreas, destinadas às atividades agrícolas ou pecuárias, as queimadas tornaram-se um pesadelo em determinadas áreas do Estado. A queima e a derrubada indiscriminada de árvores deixam a região sensível a mudanças no clima. Sem a proteção da mata, podem ocorrer também incêndios espontâneos. Mas os perigos não param por aí. A fumaça decorrente das queimadas lança na atmosfera gases, partículas de materiais e grande quantidade de gás carbônico.
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