MUSICA MUSICA COLECAO COLECAO Acervo pessoal Alfredo Sternheim Paulistano nascido em 1942, é jornalista e cineasta desde o início dos anos de 1960. Ao mesmo tempo que atuava como assistente de direção de Walter Hugo Khouri em A Ilha e Noite Vazia, foi crítico de cinema no jornal O Estado de S. Paulo (1963 à 1967). Nesse tempo, fez os primeiros de seus vários documentários de curta-metragem. Dois deles, Noturno e Flávio de Carvalho, ganharam o prêmio Governador do Estado da categoria em Um Maestro Para Todos Para Um Maestro 1967 e 1968. Noturno representou o Brasil no 28o Festival Diogo Pacheco Internacional de Veneza. Após produzir o programa Cinema Brasileiro na TV Educativa de Um Maestro Para Todos São Paulo (1969-1970), estreou na direção do longa-metragem ALFREDO STERNHEIM em Paixão na Praia, com Norma Bengell, Ewerton de Castro e Lola Brah (prêmio Governador do Estado de melhor roteiro de 1973). Daí em diante, paralelamente a sua atividade de jornalista e crítico na Folha da Tarde (1972-1979), fez longas como Anjo Loiro, com Vera Fischer e Mario Benvenuti, Pureza Proibida, com Rossana Ghessa, Zózimo Bulbul e Ruth de Souza, Diogo Pacheco Lucíola (do romance de José de Alencar), que representou o Brasil no IVº. Festival Internacional de Teerã, Violência na Carne, Amor de Perversão, Borboletas e Garanhões, entre outros. Contratado pela Fundação Roberto Marinho, dirigiu o tele-curso de Educação Moral e Cívica e OSPB em 1978, com histórias protagonizadas por Selma Egrei, Aldine Müller, Carlos Alberto ALFREDO STERNHEIM Richelli, Lélia Abramo, Dionizio Azevedo e outros. Escreveu nas revistas Filme & Cultura, Classe News Vídeo, Hustler, G Magazine, Sexy, Guia da Folha e desde 1993 colabora na revista Set. Deu aulas e palestras em entidades como o SESC, SENAC, a Academia Internacional de Cinema, o Planeta Tela e é autor de vários livros da Coleção Aplauso. 12083369 capa Diogo.indd 1 22/7/2010 21:14:55 Diogo Pacheco Um Maestro Para Todos ALFREDO STERNHEIM 1 12083369 miolo Diogo.indd 1 22/7/2010 17:49:50 2 12083369 miolo Diogo.indd 2 22/7/2010 17:49:50 Diogo Pacheco Um Maestro Para Todos ALFREDO STERNHEIM 3 12083369 miolo Diogo.indd 3 22/7/2010 17:49:50 4 12083369 miolo Diogo.indd 4 22/7/2010 17:49:51 5 12083369 miolo Diogo.indd 5 22/7/2010 17:49:52 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO Governador Alberto Goldman Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Diretor-presidente Hubert Alquéres Coleção Aplauso Coordenador Geral Rubens Ewald Filho 6 12083369 miolo Diogo.indd 6 22/7/2010 17:49:52 No passado está a história do futuro A Imprensa Oficial muito tem contribuído com a sociedade no papel que lhe cabe: a democratização de conhecimento por meio da leitura. A Coleção Aplauso, lançada em 2004, é um exemplo bem-sucedido desse intento. Os temas nela abordados, como biografias de atores, diretores e dramaturgos, são garantia de que um fragmento da memória cultural do país será preservado. Por meio de conversas informais com jornalistas, a história dos artistas é transcrita em primeira pessoa, o que confere grande fluidez ao texto, conquistando mais e mais leitores. Assim, muitas dessas figuras que tiveram importância fundamental para as artes cênicas brasileiras têm sido resgatadas do esquecimento. Mesmo o nome daqueles que já partiram são frequentemente evocados pela voz de seus companheiros de palco ou de seus biógrafos. Ou seja, nessas histórias que se cruzam, verdadeiros mitos são redescobertos e imortalizados. E não só o público tem reconhecido a importância e a qualidade da Aplauso. Em 2008, a Coleção foi laureada com o mais importante prêmio da área editorial do Brasil: o Jabuti. Concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), a edição especial sobre Raul Cortez ganhou na categoria biografia. Mas o que começou modestamente tomou vulto e novos temas passaram a integrar a Coleção ao longo desses anos. Hoje, a Aplauso inclui inúmeros outros temas correlatos como a história das pioneiras TVs brasileiras, companhias de dança, roteiros de filmes, peças de teatro e uma parte dedicada à música, com biografias de compositores, cantores, maestros, etc. Para o final deste ano de 2010, está previsto o lançamento de 80 títulos, que se juntarão aos 220 já lançados até aqui. Destes, a maioria foi disponibilizada em acervo digital que pode ser acessado pela internet gratuitamente. Sem dúvida, essa ação constitui grande passo para difusão da nossa cultura entre estu- dantes, pesquisadores e leitores simplesmente interessados nas histórias. Com tudo isso, a Coleção Aplauso passa a fazer parte ela própria de uma história na qual personagens ficcionais se misturam à daqueles que os criaram, e que por sua vez compõe algumas páginas de outra muito maior: a história do Brasil. Boa leitura. Alberto Goldman Governador do Estado de São Paulo 7 12083369 miolo Diogo.indd 7 22/7/2010 17:49:52 8 12083369 miolo Diogo.indd 8 22/7/2010 17:49:53 Coleção Aplauso O que lembro, tenho. Guimarães Rosa A Coleção Aplauso, concebida pela Imprensa Oficial, visa resgatar a memória da cultura nacional, biografando atores, atrizes e diretores que compõem a cena brasileira nas áreas de cinema, teatro e televisão. Foram selecionados escritores com largo currículo em jornalismo cultural para esse trabalho em que a história cênica e audiovisual brasileiras vem sendo reconstituída de maneira singular. Em entrevistas e encontros sucessivos estreita-se o contato entre biógrafos e biogra-fados. Arquivos de documentos e imagens são pesquisados, e o universo que se reconstitui a partir do cotidiano e do fazer dessas personalidades permite reconstruir sua trajetória. A decisão sobre o depoimento de cada um na primeira pessoa mantém o aspecto de tradição oral dos relatos, tornando o texto coloquial, como se o biografado falasse diretamente ao leitor. Um aspecto importante da Coleção é que os resultados obtidos ultrapassam simples registros biográ ficos, revelando ao leitor facetas que também caracterizam o artista e seu ofício. Bió grafo e biografado se colocaram em reflexões que se estenderam sobre a formação intelectual e ideoló gica do artista, contextualizada na história brasileira. São inúmeros os artistas a apontar o importante papel que tiveram os livros e a leitura em sua vida, deixando transparecer a firmeza do pensamento crítico ou denunciando preconceitos seculares que atrasaram e continuam atrasando nosso país. Muitos mostraram a importância para a sua formação terem atuado tanto no teatro quanto no cinema e na televisão, adquirindo, linguagens diferenciadas – analisando-as com suas particularidades. Muitos títulos exploram o universo íntimo e psicológico do artista, revelando as circunstâncias que o conduziram à arte, como se abrigasse em si mesmo desde sempre, a complexidade dos personagens. São livros que, além de atrair o grande público, interessarão igualmente aos estudiosos das artes cênicas, pois na Coleção Aplauso foi discutido o processo de criação que concerne ao teatro, ao cinema e à televisão. Foram abordadas a construção dos personagens, a análise, a história, a impor- tância e a atualidade de alguns deles. Também foram examinados o relaciona 9 12083369 miolo Diogo.indd 9 22/7/2010 17:49:53 mento dos artistas com seus pares e diretores, os processos e as possibili- dades de correção de erros no exercício do teatro e do cinema, a diferença entre esses veículos e a expressão de suas linguagens. Se algum fator específico conduziu ao sucesso da Coleção Aplauso – e merece ser destacado –, é o interesse do leitor brasileiro em conhecer o percurso cultural de seu país. À Imprensa Oficial e sua equipe coube reunir um bom time de jornalistas, organizar com eficácia a pesquisa documental e iconográfica e contar com a disposição e o empenho dos artistas, diretores, dramaturgos e roteiristas. Com a Coleção em curso, configurada e com identidade consolidada, constatamos que os sortilégios que envolvem palco, cenas, coxias, sets de filmagem, textos, imagens e palavras conjugados, e todos esses seres especiais – que neste universo transitam, transmutam e vivem – também nos tomaram e sensibilizaram. É esse material cultural e de reflexão que pode ser agora compartilhado com os leitores de todo o Brasil. Hubert Alquéres Diretor-presidente Imprensa Oficial do Estado de São Paulo 10 12083369 miolo Diogo.indd 10 22/7/2010 17:49:53 Para Diogo Pacheco, cuja carreira, permeada de brilho, simpatia e generosidade, impulsinou esta biografia, e Antonio Carlos Contrera, meu companheiro de sempre. Alfredo Sternheim 11 12083369 miolo Diogo.indd 11 22/7/2010 17:49:53 Sumário Introdução Alfredo Sternheim 14 A Infância e os Primeiros Sons 18 A Presença de Assis Pacheco 21 Os Ensinamentos de Koellreuter 23 Maria José de Carvalho 25 Da Crítica a Regência 32 Eleazar de Carvalho: a Vaia e o Estímulo 35 Divulgação e Estreia 45 As Lições de Magdalena Tagliaferro 49 As Óperas e a Inovação 50 As Relações nem Sempre Fáceis 53 Elizeth no Municipal 56 A Jovem Guarda 64 Viagens e Divulgação 72 Programas e Comerciais 76 A Visibilidade Global 77 Teatro, Poesia Concreta e Cinema 81 Combatendo a Ignorância 87 Investindo na Difusão 89 Experiência com Vídeo 91 O Mecenato Oficial 94 A Eterna Paixão 97 O Mito da Regência 99 Depoimentos 110 A Carreira 136 Creditos das fotografias 174 12 12083369 miolo Diogo.indd 12 22/7/2010 17:49:56 13 12083369 miolo Diogo.indd 13 22/7/2010 17:49:57 Introdução Tanto ao ser empregado como o regente de uma monarquia (aquele que, temporariamente, domina e controla um governo) ou de uma orquestra, como adjetivo transmite poder, fascínio. Principalmente entre os que exercem a regência para conduzir um concerto, uma ópera. Eles costumam ser vistos como deuses, como seres grandiosos e, muitas vezes, arrogantes. O falecido Herbert von Karajan é um exemplo.
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