PRÁTICAS DE ARQUIVO EM ARTES PERFORMATIVAS EM ARTES PRÁTICAS DE ARQUIVO A relação entre o arquivo e as artes performativas tem PRÁTICAS vindo a ocupar um lugar de destaque no pensamento Cláudia Madeira contemporâneo, desdobrando-se em diversas vertentes: o Professora Auxiliar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigadora arquivo como processo, a performatividade do arquivo, o no Instituto de Comunicação da Nova (ICNOVA) e colaboradora do Instituto de História de Arte (IHA), nos quais é arquivo das práticas e o arquivo como prática. Este volume corresponsável pelas linhas de pesquisa “Performance Arte & Performatividades nas Artes”. Colabora no Centro de DE ARQUIVO agrega perspetivas sobre o que constitui o arquivo na Estudos de Teatro (CET-FLUL), onde integra o projeto PERPHOTO – Dramaturgias do Olhar: Cruzamentos entre Fotografia contemporaneidade, mostrando como este se constrói, e Teatro no Contexto Português e Internacional. Realizou o doutoramento em Sociologia, com um trabalho sobre dissolve e simultaneamente se materializa em formas “Hibridismo nas Artes Performativas em Portugal” (2007), e o pós-doutoramento com o projeto “Arte Social. Arte EM ARTES de memória e em experiências incorporadas. O arquivo Performativa?” (2009-2012). É autora dos livros “Novos Notáveis: Os Programadores Culturais” (Celta, 2002), “Híbrido. apresenta-se assim como uma categoria que se multiplica Do Mito ao Paradigma Invasor?” (Mundos Sociais, 2010) e Arte da Performance “Made in Portugal. Uma Aproximação no discurso de colecionadores, arquivistas, investigadores, à(s) História(s) da Arte da Performance Portuguesa” (ICNOVA, no prelo 2020). programadores, artistas e espectadores. Como universo PERFORMATIVAS plural, presente no discurso filosófico e historiográfico, Fernando Matos Oliveira traduz-se em documentos e em enunciados, continuamente Docente na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde coordena o doutoramento em Estudos Artísticos. arquivado e revificado, num movimento em se perdem e se Diretor do Teatro Académico de Gil Vicente e membro do Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX (CEIS20). Tem ganham histórias. A leitura do índice deste livro é reveladora publicado ensaios sobre teatro, performance e poesia, sendo autor dos estudos “O Destino da Mimese e a Voz do Palco: da abrangência temática e do olhar panorâmico que se O Teatro Português Moderno” (1997), “Teatralidades. 12 Percursos pelo Território do Espetáculo” (2003), “Poesia procura lançar sobre as práticas de arquivo, em diversas e Metromania. Inscrições Setecentistas [1750-1820]” (2008). Editou os volumes “Melodrama” (1996), “Conceitos e [COORDENAÇÃO] HÉLIA MARÇAL OLIVEIRA FERNANDO MATOS CLÁUDIA MADEIRA inscrições disciplinares (performance, dança, teatro, música), Dispositivos de Criação em Artes Performativas” (2017) e “Ensaios Ruminantes sobre a Obra Performativa de Patrícia CLÁUDIA MADEIRA em contexto nacional e em diálogo internacional. Portela” (2017, com Thiago Arraias). Responsável pela pesquisa e edição de dois volumes de António Pedro, fundador FERNANDO MATOS OLIVEIRA HÉLIA MARÇAL do TEP: “Antologia Poética” (1998) e “Escritos sobre Teatro” (2001). Dirige a coleção “Dramaturgia” na Imprensa da [COORDENAÇÃO] Universidade de Coimbra e coordena o comité português da rede europeia EURODRAM. Hélia Marçal Doutorada pela Universidade Nova de Lisboa (2018) com um estudo sobre a conservação da arte da performance. Desde 2018 desenvolve investigação na Tate (Londres), no âmbito do projeto “Reshaping the Collectible: When Artworks Live in the Museum”, onde colabora no Departamento de Conservação de Time-Based Media. Publicou artigos e capítulos de livros em diversos contextos, tendo também coeditado dois volumes e um número especial da “Revista de História da Arte” sobre a arte da performance em Portugal. Leciona ocasionalmente na Universidade Nova e é coordenadora do Grupo de Trabalho de Teoria, História, e Ética, do Comité da Conservação do ICOM (International Council of Museums). Professora Auxiliar no Departamento de História da Arte na University College London. A relação entre o arquivo e as artes performativas tem vindo a ocupar um lugar de destaque no pensamento contemporâneo, desdobrando-se em diversas vertentes: o arquivo como processo, a performatividade do arquivo, o arquivo das práticas e o arquivo como prática. Este volume agrega perspetivas sobre o que constitui o arquivo na contemporaneidade, mostrando como este se constrói, dissolve e simultaneamente se materializa em formas de memória e em experiências incorporadas. O arquivo apresenta-se assim como uma categoria que se multiplica no discurso de colecionadores, arquivistas, investigadores, programadores, artistas e espectadores. Como universo plural, presente no discurso filosófico e historiográfico, traduz-se em documentos e em enunciados, continuamente arquivado e revificado, num movimento em se perdem e se ganham histórias. A leitura do índice deste livro é reveladora da abrangência temática e do olhar panorâmico que se procura lançar sobre as práticas de arquivo, em diversas inscrições disciplinares (performance, dança, teatro, música), em contexto nacional e em diálogo internacional. PRÁTICAS DE ARQUIVO EM ARTES PERFORMATIVAS CLÁUDIA MADEIRA FERNANDO MATOS OLIVEIRA HÉLIA MARÇAL [COORDENAÇÃO] IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA COIMBRA UNIVERSITY PRESS TÍTULO PRÁTICAS DE ARQUIVO EM ARTES PERFORMATIVAS COORDENAÇÃO Cláudia Madeira Fernando Matos Oliveira Hélia Marçal © Ana Bigotte Vieira, Ana Maria da Assunção Carvalho, Ana Sofia Patrão, André Marcos Heitor, Andreia Nogueira, António de Sousa Dias, Berta Muñoz Cáliz, Carla Fernandes, Carlos Manuel Oliveira, Catarina Saraiva, Cláudia Madeira, Daniela Salazar, David dos Santos, Fernando Matos Oliveira, Filipe Figueiredo, Frederico Dinis, Hélia Marçal, Janaína Behling, João dos Santos Martins, José Abreu, Louis van den Hengel, Luísa Roubaud, Maria João Brilhante, Maria João Guardão, Marta Blanco, Paula Caspão, Paulo Estudante, Ricardo Seiça Salgado, Sibylle Omlin, Soraia Simões de Andrade, Thiago Arrais CONCEÇÃO GRÁFICA Imprensa da Universidade de Coimbra EDIÇÃO Imprensa da Universidade de Coimbra E‑mail: [email protected] URL: http://www.uc.pt/imprensa_uc Vendas online: http://livrariadaimprensa.uc.pt APOIO EDITORIAL E REVISÃO Cláudia Morais FOTOGRAFIA DA CAPA Pedro Medeiros PAGINAÇÃO E IMPRESSÃO Simões e Linhares, Lda. ISBN 978‑989‑26‑1953‑8 ISBN DIGITAL 978‑989‑26‑1954‑5 DOI https://doi.org/10.14195/978‑989‑26‑1954‑5 DEPÓSITO LEGAL 468730/20 © DEZEMBRO 2019, IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA 7 ARQUIVOS, CATIVAÇÕES, REATIVAÇÕES Cláudia Madeira, Fernando Matos Oliveira, Hélia Marçal 15 I. PERFORMANCE, DOCUMENTAÇÃO E EFEMERIDADE 17 ARQUIVOS DE AFETO. A PERFORMANCE E O DEVIR DA MEMÓRIA Louis van den Hengel 37 ORAL HISTORY INTERVIEWS IN CONTEMPORARY ART: ARTISTIC AND SCIENTIFIC METHODS Sibylle Omlin 55 COLECIONAR PARA QUE FUTURO? NOTAS SOBRE ARQUIVOS PRIVADOS DA ARTE DA PERFORMANCE Cláudia Madeira, Fernando Matos Oliveira 65 RE-ENACTMENT COMO PRÁTICA DE RESISTÊNCIA NO MUSEU Hélia Marçal 83 A RELAÇÃO ENTRE OBJETO E PERFORMANCE ENTENDIDA COMO ECOSSISTEMA – A PARTIR DOS EXEMPLOS DE GUSTAV METZGER E FERNANDO VELÁZQUEZ Ana Maria da Assunção Carvalho ÍNDICE 93 LINHA DE FUGA 2018: DOCUMENTAÇÃO E PRÁTICAS DE ARQUIVO SUBJETIVAS NUM LABORATÓRIO DE ARTES PERFORMATIVAS Catarina Saraiva, Janaína Behling, Marta Blanco 105 ARQUIVO E DOCUMENTAÇÃO DE PERFORMANCES SONORAS E VISUAIS AO VIVO Frederico Dinis 129 II. DANÇA, ARQUIVO E MOVIMENTO 131 GENEALOGIAS DA DANÇA ENQUANTO PRÁTICA ARTÍSTICA EM PORTUGAL Ana Bigotte Vieira, Carlos Manuel Oliveira, João dos Santos Martins 149 DANCE’S POSTHUMOUS FREQUENTATIONS IN TIMES OF COMPULSIVE ENLIVENMENT Paula Caspão 171 TKB: AN OPEN PLATFORM AS “ARCHIVE” OF COMPOSITIONAL PROCESSES IN PERFORMING ARTS Carla Fernandes, David dos Santos 185 10000 POROSIDADES PARA UM ARQUIVO PERFORMATIVO: O MUSÉE DE LA DANSE E OS SEUS GESTOS Daniela Salazar 203 LABORATÓRIO OU A PRÁTICA TELEVISIVA ENQUANTO ARQUIVO Maria João Guardão 213 PORTUGAL COREOGRAFADO. O CORPO DA “POLÍTICA DO ESPÍRITO” Luísa Roubaud 241 III. TEATRO, MÚSICA E REPORTÓRIO 243 TEATRO Y MEMORIA: EL FONDO DOCUMENTAL DEL CENTRO DE DOCUMENTACIÓN TEATRAL Berta Muñoz Cáliz 263 O TRABALHO DA IMAGEM OU PARA CONHECER A BASE OPSIS Maria João Brilhante, Filipe Figueiredo 275 ANARQUIVO DO TEATRO UNIVERSITÁRIO EM PORTUGAL: O CASO DO CITAC Ricardo Seiça Salgado 293 UMA CORRIDA DE FUNDO: O MUSEU NACIONAL DO TEATRO E DA DANÇA ENQUANTO ARQUIVO DAS ARTES Ana Sofia Patrão 303 COLECVIVA: "TEATRO-MÚSICA" COMO PERFORMANCE António de Sousa Dias 323 DA PRÁTICA DE ARQUIVO À ARTE PERFORMATIVA. NOTAS BREVES SOBRE O LUGAR DO ARQUIVO NO PROJETO DE INVESTIGAÇÃO MUNDOS E FUNDOS José Abreu, Paulo Estudante 335 A (IN)EXISTÊNCIA DE PRÁTICAS DE ARQUIVO EM ÂMBITO MUSICAL. O CASO DOS COMPOSITORES CONTEMPORÂNEOS NACIONAIS Andreia Nogueira 357 DA PROGRAMAÇÃO AO ARQUIVO. PRÁTICAS TANGENCIAIS André Marcos Heitor, Fernando Matos Oliveira 369 PRÁTICAS DE ARQUIVO EM MÚSICA E PERFORMANCE: DIÁLOGOS E PERSPETIVAS DE CAMPO Soraia Simões de Andrade 375 MIGRAÇÃO DE MATERIAIS E ARQUIVO MUTANTE. O CASO DE PATRÍCIA PORTELA Thiago Arrais (Página deixada propositadamente em branco) I. A relação entre o arquivo e as artes performativas tem vindo a ocupar um lugar de destaque no pensamento contemporâneo, desdobrando-se em diversas vertentes: o arquivo em movimento, a performatividade do arquivo, o arquivo das práticas e o arquivo como prática. Este volume agrega perspetivas sobre o que
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