NORTE PODE RECEBER MENOS NA PRIMEIRA COM CARCARTÃORTTTÃÃO Págs

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Publicidade Correio Publicidade do Minho.pt SÁBADO 14 AGOSTO 2021 | Director PAULO MONTEIRO | Ano LXXXIII Série VI N.º 11888 DIÁRIO € 1,00 IVA Inc. INCÊNDIOS LITERATURA VIANA DO CASTELO I LIGA Vigilância florestal Escritora Fabíola Lopes Avanços rumo ao título de Vitória SC continua reforçada até terça-feira vence prémio Germano Silva Cidade Europeia da Cultura a dominar, mas sem marcar Pág. 4 Pág. 8 Pág. 12 Pág. 19 I LIGA SC BRAGA - SPORTING 20.30 HORAS ANTENA MINHO BRAGA AVANÇA A CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES DA CIDADE Pág. 6 UNIDOS PARA ROSA SANTOS Publicidade DE SEXXTTTAA A SEGGUNDDAA F- EIRA OFERTAOFERTFE TAA ATÉ VENCER 20% DESCONTOCON Págs. 15 a 18 * DR ENTREVISTA EURODEPUTAD0 JOSÉ MANUEL FERNANDES NAA HOHORA!HOORORA!A DEDE 1313 A 1616 DEDE AGOSTOAGOSSTTO NORTE PODE RECEBER MENOS NA PRIMEIRA COM CARTÃOCARRTTTÃÃO Págs. 2 e 3 COMPRA A POUPPOUPAPAA MMAISAIS REREGISTADOGISTTAADO PPAARTIR DE 50€ BRAAGGGAA PPAARQUE 2 14 de Agosto 2021 correiodominho.pt Entrevista José Manuel Fernandes NORTE PODE VIR A RECEBER MENOS DINHEIRO DA EUROPA JOSÉ MANUEL FERNANDES, de empréstimos, o Governo só foi buscar 2,4 mil milhões. eurodeputado do PSD, teme que P - Encontra resposta para isso? a região Norte venha a ter menos R - Encontro. O Governo não gosta da financiamento comunitário iniciativa privada. Porque é que acabaram com a parceria público-privada do Hospi- relativamente ao anterior quadro tal de Braga e com contratos com institui- ções de ensino do distrito? Por não gosta- de financiamento. rem da iniciativa privada. Tínhamos a possibilidade de milhares de milhões para Em entrevista ao Correio do Minho, a capitalização das empresas e isso não censura também a opção do Governo está a ser feito. Negociei aquilo que se chama InvestEU, que pretende mobilizar em não utilizar grande parte 400 mil milhões de euros e que tem um compartimento nacional que permite criar do montante disponível em instrumentos financeiros para a capitali- zação das empresas, mas nós estamos a empréstimos no Plano de começar a medo com a Banco de Fomen- Recuperação e Resiliência (PRR). to. Não há vontade política de se criarem instrumentos de capitalização das empre- sas. Não há o objectivo de se dar força à | José Paulo Silva | iniciativa privada. P - Como será o nosso país em 2030 P - Tem insistido na ideia de que Portu- com os novos financiamentos comuni- gal está cada vez mais na cauda da Eu- tários que aí vêm, tendo em conta que ropa no que respeita a alguns índices tem sido crítico do aproveitamento que de desenvolvimento. Em 2030 podere- Portugal tem feito dos sucessivos qua- mos não abandonar essa posição? dros de apoio? DR R - Estamos a ser ultrapassados por to- R - Aquilo em que eu tenho insistido é em dos. Há uma ideologia em curso. Alguns definir objectivos e metas. Onde quere- P - Essas questões fazem parte do dis- envolver o território, saber que envelope ministros, se pudessem nacionalizavam mos estar em termos de competitividade, curso deste e de outros governos... é que há por cada região, que objectivos tudo. É uma das razões por que estamos a de exportações, de educação, de investi- R - Olhe que não fazem muito, Ouve falar regionais é que vamos ter, que projectos é ser ultrapassados. O Portugal 2030 deve- gação e desenvolvimento, de inclusão e em empreendedorismou ou em competiti- que era possível financiar. ria ter sido negociado com os territórios. combate à pobreza, de redução das assi- vidade na esquerda? O digital é essencial. O Governo já sabe o que vai fazer com o metrias regionais em 2030? Onde quere- Quanto é que o PRR tem para infraestru- P - O PRR surge num contexto específi- Portugal 2030. Vai ver que ao Norte vai mos estar também em termos comparati- turas digitais? Zero. Tem para formação, co para responder a problemas inespe- dar um envelope inferior ao que tivemos vos com a média de desenvolvimento da mas o que adianta ter boa formação digi- rados relacionados com a pandemia. no Portugal 2020. A Grécia tem um plano União Europeia? Recursos financeiros tal e um território sem acesso à internet de Vamos agora gastar todo o dinheiro do de recuperação brutal que vai permitir um não nos faltam. Ainda temos 9 mil mi- banda larga? Não não definimos que Por- PRR e depois logo se vê como será gas- crescimento de 8% e vejo os países de lhões de euros por utilizar do Portugal tugal é que queremos, o que queremos to o do novo Quadro Comunitário? Leste a ultrapassarem-nos. 2020, que têm de ser usados até 2023. Da produzir, e depois andamos a tapar bura- R - Estamos constantemente a adiar o fu- famosa ‘bazuca’, o Plano de Recuperação cos. Que país queremos com o Portugal turo e a não nos modernizarmos. Se reti- P - Não se ouvem muitas vozes a recla- e Resiliência (PRR), temos em subven- 2030? Devíamos ter começado por aí, rássemos o dinheiro dos fundos europeus, mar contra a redução de verbas no ções a fundo perdido 13, 9 mil milhões de porque o PRR é mais flexível e até tem fi- não havia praticamente investimento pú- Portugal 2030 para o Norte de que fala. euros. O Governo só quis ir buscar 2,4 nanciamento a 100%. blico em Portugal. Começamos até a usar R - Isso é porque anda tudo anestesiado. mil milhões de 14,5 mil milhões de em- esses fundos para o Orçamento de Estado, A opinião pública perdoa tudo. Nada ga- préstimo. E ainda temos, do chamado P - Recentemente defendeu uma gestão o que é ilegal. O princípio dos fundos é o rante que os recursos financeiros que fi- Portugal 2030, mais 30 mil milhões de regional dos novos fundos europeus. Is- da adicionalidade, acrescentar valor, não carem disponíveis nos programas opera- euros. Se somar tudo isto, dá mais de 23 so não vai acontecer no novo Quadro? substituir despesa do Orçamento de Esta- cionais temáticos, que são de âmbito milhões de euros por dia. O que adianta R - Para além disso, disse outra coisa. No do. O PRR é positivo, não é bom. Precisá- nacional, sejam investidos no Norte. Con- ter muito dinheiro se não se sabe o que fa- Portugal 2020, a região Norte teve 3,4 mil vamos de uma economia forte, o Governo sidero um desastre e inaceitável Portugal zer com ele? Ou se não se investe bem? milhões de euros. A Norte continua a ser a não gosta da iniciativa privada. A Grécia ter mais dinheiro e o Norte, que é a região Devíamos usar estes recursos para sermos região mais pobre do país. Vai ter menos foi buscar tudo o que estava disponível mais pobre, vir a ter menos do que teve mais convergentes e mais coesos, o que dinheiro do que com o Norte 2020? Era em empréstimos para colocar nas empre- até 2020. Mas é o que está preparado. Po- implica sermos mais competitivos. inaceitável. O que deveríamos fazer era sas. Nós tínhamos mais de 14 mil milhões de escrever. correiodominho.pt 14 de Agosto 2021 Entrevista 3 Entrevista disponível em vídeo Youtube RadioAntenaMinho Braga | Poadcast www.antena-minho.pt José Manuel Fernandes O maior desafio europeu §perfil JOSÉ MANUEL FERNANDES é deputado no Parlamento Europeu desde 2009. É o coordenador do é a baixa natalidade Grupo do Partido Popular Europeu (PPE) na Comissão dos Orçamentos e membro da Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais. Representa P - A União Europeia (UE) definiu que o PPE no grupo de negociações do vai ter de encontrar novas receitas pa- ra financiar os PRR. Esse trabalho não novo Quadro Financeiro Plurianual está a ser feito? 2021-2027. Natural de Vila Verde, R - Com uma colega francesa, sou nego- foi presidente da Câmara Municipal ciador do Parlamento Europeu na questão local entre 1997 e 2009. dos recursos próprios, isto é, das receitas É presidente da comissão política do Orçamento. distrital de Braga do PSD e P - Há uns anos discutia-se um imposto presidente da mesa da assembleia europeu. É disso que estamos a falar? geral do Sporting Clube de Braga. R - Não há impostos europeus, porque quem tem de os ratificar são os parlamen- tos nacionais. A UE vai buscar o dinheiro défice, mandámos pessoas para o desem- para o mecanismo de recuperação e resi- prego. O objectivo da neutralidade carbó- liência aos mercados financeiros. Os or- nica em 2050 vai destruir emprego, pelo çamentos futuros, sobretudo a partir de que é essencial existir já um plano para 2027, é que vão pagar essa dívida. Até lá, que os novos empregos que sejam criados só vão ser pagos juros, o que tem um peso evitem a exclusão. pequeno nos orçamentos. Depois de 2027, o peso da dívida será de 10% do or- P - Ao cidadão comum o encerramento çamento. Se não tivermos receita nova, da refinaria pode parecer sensato teremos um corte nos novos fundos de in- quando temos de combater as altera- vestimento. Para Portugal seriam mais de ções climáticas e reduzir as emissões 3, 3 mil milhões de euros. O que quere- para a atmosfera. mos são novas receitas para pagar essa dí- R - Mas continua a precisar da matéria vida, aprovada no acordo interinstucio- prima. O que se vai fazer é ir buscá-la a nal, vinculativo para a Comissão, Espanha. Só no transporte está a aumen- Parlamento Europeu e estados membros. tar as emissões. O Ambiente ganhou? Não queremos sobrecarregar os cidadãos. Não. Ganharam os espanhóis. Isto faz-se A Comissão Europeia já deveria ter apre- com soluções alternativas e programando sentado uma proposta de taxa sobre os gi- com objectivos alcançáveis.

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