Universidade Federal do Ceará Centro de Humanidades Programa de Pós-Graduação Mestrado de História Social A construção do Templo da História Eusébio de Sousa e o Museu Histórico do Ceará (1932- 1942) Cristina Rodrigues Holanda Fortaleza – 2004 H669 HOLANDA, Cristina Rodrigues. A construção do Templo da História. Eusébio de Sousa e o Museu Histórico do Ceará (1932 1942) / Cristina Rodrigues Holanda. _ Fortaleza, 2004. 249 p: il Dissertação (Mestrado) em História Social. Universidade Federal do Ceará Orientador: Francisco Régis Lopes Ramos. 1. Sousa, Eusébio de – Biografia. 2. Museu Histórico do Ceará. 3. Ceará – História. 4. Fortaleza – História Francisco Régis Lopes II. Universidade Federal do Ceará. Programa de Pós-Graduação em História Social. III Título. i Universidade Federal do Ceará Centro de Humanidades Programa de Pós-Graduação Mestrado de História Social A construção do Templo da História Eusébio de Sousa e o Museu Histórico do Ceará (1932- 1942) Cristina Rodrigues Holanda Dissertação apresentada ao Programa de Pós–Graduação em História Social, da Universidade Federal do Ceará, como requisito necessário para a obtenção do título de Mestre em História Social, sob a orientação do Prof. Dr. Francisco Régis Lopes Ramos. Fortaleza – 2004 ii Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em História Social, da Universidade Federal do Ceará, como requisito necessário para a obtenção do título de Mestre em História Social. Aprovada em ___/___/___ ----------------------------------------------------------------------------- Cristina Rodrigues Holanda ----------------------------------------------------------------------------- Prof. Dr. Francisco Régis Lopes Ramos (Orientador) ----------------------------------------------------------------------------- Prof. Dr. Manoel L. L. Salgado Guimarães ----------------------------------------------------------------------------- Profa. Dra. Kênia Sousa Rios iii Resumo A pesquisa tratou de perscrutar a formação do acervo do Museu Histórico do Ceará (MHC), constituído em Fortaleza sob a direção do bacharel Eusébio Néri Alves de Sousa, no período de 1932 a 1942. A atuação de Eusébio de Sousa foi analisada com o intuito de interpretar suas concepções de história, memória e museu que influenciaram a criação e a organização da primeira instituição museológica oficial do Estado do Ceará, juntamente com as concepções dos doadores de objetos, delineadas a partir das descrições procedidas a respeito das ofertas. A montagem desse acervo nos anos trinta, que em parte se manteve até a atualidade, contribuiu significativamente para a conformação desse Museu por toda a década de quarenta, mesmo com a alternância de diretores que sucederam Eusébio de Sousa. Somente com a intervenção do Instituto do Ceará, a partir de 1951, é que o MHC ganhou um novo direcionamento. Resume Cette recherche a scruté la formation de l’amas du Museu Histórico do Ceará (Musée Historique du Ceará – MHC), constitué à Fortaleza sous la direction du bachelier Eusébio Néri Alves de Sousa, dans la période de 1932 à 1942. L’action de Eusébio de Sousa a été analysée avec le but d’interpreter ses conceptions d’histoire, mémoire et musée qui ont influencé la création et l’organisation de la première institution muséologique officielle de l’État du Ceará, avec les conceptions des donateurs des objets, délinées à partir des descriptions procédées à propos des offres. L’organisation de cet amas dans les années 1930, qui en partie se conserve jusqu’à présent, a contribué significativement pour la conformation de ce Musée pour toute la décenie de 1940, même avec l’alternance de directeurs qui ont succédé Eusébio de Sousa. C’est seulement avec l’intervention de l’Instituto do Ceará (Institut du Ceará), à partir de 1951, que le MHC a gagné une nouvelle orientation. iv Ao meu pequeno grande amor: Téo v “Os museus são muito mais do que meros recipientes para os objetos nele exibidos (...) tem sua própria história e podem nos dizer muito sobre a época em que foram construídos”. (Peter Burke). vi AGRADECIMENTOS Muitos contribuíram para a conclusão desse trabalho. Inicialmente gostaria de agradecer a FUNCAP (Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico) pelo financiamento da pesquisa. A seguir, não poderia esquecer uma das pessoas que mais me incentivou ao longo dessa caminhada: meu orientador, Prof. Régis Lopes, que se tornou um bom amigo e que tenho como exemplo de intelectual que espero um dia ser. Agradeço à Regina Jucá, sempre eficiente e atenciosa nos serviços da secretaria da Pós-Graduação em História Social. Agradeço também aos meus professores e colegas de turma do Mestrado pelos momentos de debate e conversas agradáveis (e às vezes etílicas). Entre os colegas gostaria de realçar os nomes de Sander Castelo e Isaíde Bandeira. Ao Sander devo o apoio emocional no início das minhas investigações. Á Isaíde, o ombro amigo em várias situações, envolvendo inclusive os préstimos do seu marido Gladson Timbó, que formatou com extrema competência todas as consultas elaboradas a partir do banco de dados criado por Giordano (amigo do meu irmão Carlos), que gentilmente também me auxiliou na utilização do programa Access. Outros companheiros de profissão colaboraram com propostas de leitura, empréstimo de livros, indicação de fontes e outras sugestões. São eles: Zilmar, Jeová Lucas, Ana Carla Sabino, Ana Glória Lopes, Eduardo Vasconcelos, Diocleciana Paula, Vânia, Eduardo Lúcio, Tanísio Vieira, Prof. Zairo, Kênia Rios, Antônio Luís e Prof. Manoel Salgado. Ao Tanísio sou especialmente grata por me ceder as cópias dos Códigos de Postura do século XIX. Ao Prof. Zairo (meu sogrinho) pelo empréstimo de livros e pela paciência em responder algumas curiosidades malucas que eu de vez em quando formulava. A Kênia pela participação nas minhas bancas de qualificação e de defesa, além da cópia do Código de Posturas de Fortaleza (1932) que me foi enviada. Ao Antônio Luís pela revisão final do meu texto e as longas conversas vii por telefone e email, que muito ajudaram a encaminhar a pesquisa. Ao Prof. Manoel Salgado por aceitar participar da minha banca de defesa da dissertação. Nos lugares onde pesquisei encontrei pessoas cuja colaboração foi inestimável. Na Biblioteca Pública Menezes Pimentel estão Gertrudes, Elmadan, Seu Jerônimo, Raimundinha e Dona Zuila (do Setor de Microfilmagem e Hemeroteca), Francisco de Assis e Madalena (do Setor de Obras Raras). Madalena, além de atuar na Biblioteca Pública, também me atendeu atenciosamente na Academia Cearense de Letras. No Arquivo Público do Estado está o Prof. André, pesquisador incansável. No almoxarifado do Tribunal de Contas do Estado, Crisóstomo. No Instituto do Ceará, Prof. Pires e Prof. Geraldo Nobre. No Museu do Ceará estão Cláudia Pires, Fred Barros, Kenyo Araújo, Claudenísio, Cleirton e o pessoal do núcleo pedagógico. Profissionais de outras áreas do conhecimento muito colaboraram com o presente trabalho. Ao queridíssimo Velloso, o meu muito obrigada pela leitura criteriosa acerca dos jacarés do Barão e pela foto com a qual me presenteou, incluída no tópico “Memórias de Fortaleza”. Á Prof. Silvia Porto Alegre sou agradecida pela leitura do meu texto de qualificação e às observações pertinentes. Ao Titus Riedel por me apresentar ao livro de Regina Abreu e realizar algumas fotos sobre a documentação que eu encontrei no Arquivo Público do Estado. Ao Prof. Liberal de Castro pelas indicações bibliográficas específicas da área de arquitetura e à apresentação de Dona Altair, uma das filhas de Eusébio de Sousa, que tive o imenso prazer de conhecer. Aliás, devo agradecer a companhia de Eusébio nesse período de pesquisa. Na verdade, várias pessoas acompanharam o meu trabalho, dando suporte técnico e, em muitos casos, afetivo, para que eu pudesse escrever: Á Silvia Helena, Paulino, Cavalcante, Maxwell e toda a sua família agradeço por resolverem os meus problemas de hardware e software. Ao seu João Carlos Neto, pelo acesso à Revista Numária. Ao Rui, professor da Cultura Francesa (UFC), pela tradução do resumo da minha pesquisa. À Ana pela normatização da dissertação. Á Elineuza pela elaboração da ficha catalográfica. Á Norma, do Colégio Carolino Sucupira, pela paciência em me esperar (ela sabe do que eu estou falando). Á Nívea Soares e Carolino Lino, amigas queridas sempre viii presentes para me auxiliar na pesquisa empírica. Ao Altemar pela remessa de materiais do Rio de Janeiro e pelos cuidados com o nosso filho. Á Prof. Terezinha Alencar por me ajudar, de diferentes formas, no exercício do magistério. Á Dona Helena pelo carinho. Á minha família (Dona Nilce, Seu Antônio, Carlos, Kátia e Téo) pelo incentivo. Ao pessoal da família Montenegro (Dona Wládia, Seu Peri, Alfredo, Alba, Alexandre e Teka) pela torcida calorosa que fizeram para o nascimento e a concretização do meu projeto de pós- graduação. Por fim, mas não menos importante, quero agradecer especialmente ao Zairo José, pela paciência e por toda a ajuda. Apesar das épocas de turbulência, nosso amor foi capaz de enfrentar as adversidades e nos manter unidos. ix SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 01 I – A MEMÓRIA SEGUNDO VOVÔ CEARÁ .................................................... 12 1.1 Um Missionário da Memória ................................................................. 12 1.2 Memórias sobre Vovô Ceará ................................................................. 27 1.3 Objetos da memória, por Eusébio de Sousa ........................................
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