UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar Dissertação A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO MORRO QUILONGONGO, PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Tângela Denise Perleberg Pelotas, 2009 1 TÂNGELA DENISE PERLEBERG A FAMÍLIA ORCHIDACEAE NO MORRO QUILONGONGO, PELOTAS, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar da Universidade Federal de Pelotas, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Ciências. Orientador: Prof. Dr. João Carlos Costa Gomes Co-Orientadores:Prof. Dr. Rodrigo Bustos Singer Profª. Drª. Rosa Lia Barbieri Pelotas, 2009 2 Dados de catalogação na fonte: (Marlene Cravo Castillo – CRB-10/744) P451f Perleberg, Tângela Denise A Família Orchidaceae no Morro Quilongongo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil / Tângela Denise Perleberg. - Pelotas, 2009. 155f. : il. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós- Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar. Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel. Universidade Federal de Pelotas. - Pelotas, 2009, João Carlos Costa Gomes, Orientador; Co-orientadores Rodrigo Bustos Singer e Rosa Lia Barbieri. 1. Orquídeas 2. Taxonomia 3. Encosta do Sudeste 3 Banca examinadora : Prof. Dr. João Carlos Costa Gomes Profª. Drª. Élen Nunes Garcia Profª. Drª. Elisabeth Regina Tempel Stumpf Prof. Dr. Paulo Grolli 4 Dedico aos meus pais, Toni Verinha e Darci, que sempre me apoiaram e me incentivaram em todos os momentos da minha vida... 5 Agradecimentos Agradeço em primeiro lugar ao meu orientador, João Carlos Costa Gomes, pelo incentivo, paciência, amizade e pelo entusiasmo que sempre demonstrou na realização do presente estudo. “Que inspiração maior poderia existir senão o amor pelas orquídeas”. Ao Rodrigo Bustos Singer que gentilmente aceitou ser meu co-orientador, e principalmente pelos ensinamentos sobre a família Orchidaceae, fundamentais para a realização deste estudo. A Rosa Lia Barbieri pela disposição e ajuda a mim oferecida e principalmente pelo carinho que sempre teve comigo. A Élen Nunes Garcia pela amizade, pelo carinho, pelos conhecimentos botânicos a mim repassados e por ter sempre um tempinho para sanar minhas dúvidas. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar pelos ensinamentos e pelo apoio recebido. Às minhas queridas amigas Denise, Tatiane, Giane, Andréia, Ana Paula e Helena pela paciência e solidariedade que sempre tiveram comigo durante todos os momentos da realização deste trabalho e pela compreensão em todas as ausências. A todos aqueles que deixaram de lado o que estavam fazendo para me acompanhar nas excursões a área de estudo, inclusive nos finais de semana, os meus mais sinceros agradecimentos. A Cristiane Magalhães que gentilmente se dispôs a me ajudar na confecção das estampas com fotos. A Janete e Vinamar que sempre me atenderam com muito carinho e atenção. Ao ilustrador botânico João Iganci pela confecção das ilustrações utilizadas neste trabalho e principalmente pela paciência que sempre teve comigo. Aos funcionários do laboratório de Biologia Molecular da Embrapa Clima Temperado, Nara e Valter, pela atenção e carinho que sempre tiveram comigo. A Noel Gomes da Costa que gentilmente se dispôs a ir até a área de estudo para avaliar as características de solo da região. Aos curadores dos herbários ICN, PACA e HAS que me receberam e me auxiliaram durante as visitas. Aos colegas e amigos do Colégio Municipal Pelotense pela compreensão e paciência, em especial a coordenadora Elisete que sempre me apoiou e me 6 compreendeu, e aos colegas Helena, Rosangela, Liliane e Maurício, pelos momentos de descontração e de incentivo. Aos colegas da área de Ciências e Biologia do Colégio Municipal Pelotense pela compreensão e solidariedade durante estes dois anos que estive envolvida na realização deste estudo. Aos familiares, por todo apoio, compreensão e auxílio em todos os momentos. Às amigas do laboratório de Ecologia do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Pelotas, em especial à Cristine e Raquel pelos momentos prazerosos de descontração. 7 Resumo PERLEBERG, Tângela Denise. A família Orchidaceae em um fragmento florestal no sul do Rio Grande do Sul, Brasil. 2009. 155f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas. A região sul do Rio Grande do Sul é pouco conhecida quanto à composição florística de suas florestas. Neste trabalho foi realizado o tratamento taxonômico das espécies de Orchidaceae ocorrentes no Morro Quilongongo, um fragmento de floresta estacional semidecidual, localizado na Encosta do Sudeste, no município de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul. São apresentadas descrições, chave de identificação e ilustrações das espécies, complementadas com dados sobre habitat, fenologia e distribuição geográfica. Foram encontradas 40 espécies de Orchidaceae distribuídas em 22 gêneros. Os gêneros mais representativos, em número de espécies, foram Oncidium (8 spp.), Acianthera (4 spp.) e Anathallis e Specklinia (3 spp. cada), porém, 14 gêneros (64%), apresentam apenas uma espécie. A maioria das espécies encontradas, 29 (72,5%), é epífita, sendo 9 destas também observadas frequentemente sobre rochas. Onze (27,5%) são terrestres, sendo 7 frequentemente encontradas como rupícolas. O número de espécies floridas por mês variou de 8 a 14, sendo setembro e outubro os meses com maior número de espécies floridas e abril e julho os meses com menor número de espécies floridas. As regiões do Rio Grande do Sul que apresentaram o maior número de espécies comuns à área de estudo foram a Encosta Superior do Nordeste (30 spp.), Depressão Central (27 spp.) e Litoral (26 spp.). A flora de Orchidaceae da região é pouco representada nos herbários consultados, sendo que apenas 11 (27,5%) espécies encontradas no Morro Quilongongo possuem uma exsicata representativa da região de Pelotas. Portanto, o trabalho contribui para o conhecimento da flora da região sul do Rio Grande do Sul gerando dados que justificam a preservação da área. Palavras-chave: Orquídeas. Taxonomia. Encosta do Sudeste. Morro Quilongongo. Florística. 8 Abstract PERLEBERG, Tângela Denise. Family Orchidaceae in a Forest Fragment in the South of Rio Grande do Sul, Brazil . 2009. 155p. Paper (Master of Science) – Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas Rio Grande do Sul state south region is not well-known as for its forests floristic composition. This work conducted a taxonomic treatment of Orchidaceae species occurring in Morro Quilongongo, a seasonal semi-deciduous forest fragment located in Southeast Slope, in the municipality of Pelotas, Rio Grande do Sul state. The work shows descriptions, identification key and illustrations of the species, complemented with data about habitat, phenology and geographic distribution. Forty species of Orchidaceae were found distributed in 22 genders. The most representative genders in number of species were Oncidium (8 spp.), Acianthera (4 spp.), Anathallis and Specklinia (3 spp. for each of the plants), however, 14 genders (64%) presented only one specie. The most found species, 29 (72%), are epiphyte, 9 of them are frequently observed upon the rocks. Eleven (27.5%) are terrestrial, seven are frequently found occurring in rocks. The number of species in bloom by month varied from 8 to 14. In September and October a larger number of species come into bloom. In April and July a smaller number of species come into bloom. The regions of Rio Grande do Sul which presented the largest number of these species were the Superior Northeast Slope (30 spp.), Central Depression (27 spp.) and Coast (26 spp.). The Orchidaceae flora of the region is not much represented in the consulted herbaria; just only 11 (27.5%) species found in Morro Quilongongo have a representative exsiccate of the region of Pelotas. Therefore, this work contributes to the knowledge of the South region flora of Rio Grande do Sul, providing data that justify the preservation of this area. Key words: Orchids. Taxonomy. Southeast Slope. Morro Quilongongo. Floristics. 9 Lista de Figuras Figura 1 Localização do Morro Quilongongo, Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil..................................................................................... 26 Figura 2 Foto de satélite da área do Morro Quilongongo, Pelotas, Rio Grande do Sul.............................................................................. 27 Figura 3 Regiões Fisiográficas do Rio Grande do Sul, modificadas a partir de Fortes (1959). 1 = Litoral; 2 = Depressão Central; 3 = Missões; 4 = Campanha; 5 = Serra do Sudeste; 6 = Encosta do Sudeste; 7 = Alto Uruguai; 8 = Campos de Cima da Serra; 9 = Planalto Médio; 10 = Encosta Inferior do Nordeste; 11 = Encosta Superior do Nordeste..................................................... 28 Figura 4 A. Acianthera hygrophila ; B. Acianthera saundersiana ; C. Acianthera saurocephala ; D. Acianthera sonderana; E. Anathallis dryadum ; F. Anathallis malmeana............................... 50 Figura 5 Barbosella australis (Cogn.) Schltr. A. Hábito. B. Flor. C. Perianto esplanado. D. Coluna e labelo. E-F. Labelo.................. 56 Figura 6 Campylocentrum aromaticum Barb. Rodr. A. Hábito. B. Inflorescência. C. Flor. D. Perianto esplanado. E. Labelo e coluna........................................................................................... 62 Figura 7 Cyclopogon elegans Hoehne. A. Hábito.
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