Relatório Final De Projeto Multiterritorial De Pesquisa

Relatório Final De Projeto Multiterritorial De Pesquisa

RELATÓRIO FINAL DE PROJETO CHAMADA CNPq/MDA/SPM-PR Nº 11/2014 Fonte: Comunidade Tijuaçu, em Senhor do Bonfim. Foto: Patricia Navarro http://www.iguaimix.com/v3/2015/06/26/ PROJETO MULTITERRITORIAL DE PESQUISA E EXTENSÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL COORDENADORA EDONILCE DA ROCHA BARROS SENHOR DO BONFIM-BA JUNHO, 2017 1 Elaboração Edonilce da Rocha Barros – Coordenadora Geral Professora da Universidade do Estado da Bahia – UNEB-DCH/III Colaboradores Ivânia Paula Freitas de Souza Sena – Coordenadora Local Professora da Universidade do Estado da Bahia – UNEB-DCE/VII Yon Leite Fontes Assessor Territorial de Inclusão Produtiva – ATIP/NEDET Cleiton Lin Oliveira da Silva Assessor Territorial de Inclusão Produtiva – ATIP/NEDET Tiala Cristine de Albuquerque de Morais Assessora Territorial de Gestão Social – ATGS/NEDET 2 RESUMO O projeto teve a finalidade de implantar e implementar o Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial - NEDET, no Território de Identidade Piemonte Norte do Itapicuru (TIPNI), visando promover o desenvolvimento sustentável, com redução das desigualdades regionais e sociais e integração das dinâmicas territoriais ao processo de desenvolvimento nacional. Os NEDET surgiram como um caminho que abre espaço para as universidades assumirem sua função social de instituição de ensino, pesquisa e extensão, entendendo o Brasil Rural como espaço de produção econômica, convívio social e de relação com a natureza, ressignificando sua atuação para superar a falsa dicotomia entre urbano e rural, a partir da abordagem territorial. Se o futuro da política de desenvolvimento territorial exige um significativo avanço na integração das políticas para o Brasil Rural e uma consequente ampliação do universo de ações governamentais que adotam a abordagem territorial, nada melhor do que a Universidade do Estado da Bahia (UNEB) inserir-se nesse processo para o fortalecimento da articulação institucional entre os órgãos federais e os entes federados, e por outro lado para a consolidação da participação social nos territórios. As ações de extensão universitária por meio do NEDET focadas no apoio técnico, assessoramento e acompanhamento ao Colegiado Territorial do TIPNI e suas instâncias, resultaram na qualificação dos seus membros em suas atribuições de Gestão Social de políticas públicas que conjugadas às atividades de pesquisas desenvolvidas durante a execução do projeto contribuíram para o avanço da ciência, por meio da difusão e transferência de conhecimentos. Do processo dialógico estabelecido com os protagonistas do processo de desenvolvimento territorial, tanto da sociedade civil quanto do poder público, destacam-se os seguintes resultados: elaboração de projetos socioprodutivos, realização do planejamento estratégico do Codeter, construção do PTDRSS, incremento da capacidade de gestão social do colegiado territorial e suas instâncias, fortalecimento e ampliação da participação da juventude e mulheres rurais nas ações territoriais, produção e divulgação de trabalhos técnicos, acadêmicos e científicos. PALAVRAS CHAVE: Política de Desenvolvimento Territorial. Colegiado Territorial. NEDET. Assessoria Técnica. 3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 5 1.1 OBJETIVOS............................................................................................. 9 1.1.1 Objetivo geral......................................................................................... 9 1.1.2 Objetivos específicos e justificativa..................................................... 9 2 TERRITÓRIO DE IDENTIDADE NORTE DO ITAPICURU –TIPNI......... 11 2.1 HISTÓRICO DO TERRITÓRIO................................................................ 11 2.2 CARACTERÍSTICA GERAIS DO TERRITÓRIO...................................... 13 2.3 A UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA NO TERRITÓRIO.............. 23 3 RESULTADOS ESPERADOS................................................................. 26 3.1 PRINCIPAIS ATIVIDADES PREVISTAS, DE ACORDO O EDITAL......... 26 3.3 DESCRIÇÃO DAS TAREFAS ESPECÍFICAS DOS MEMBROS DA EQUIPE.................................................................................................... 27 3.1.1 Assessor Territorial para a Gestão Social............................................ 27 3.1.2 Assessor Territorial para a Inclusão Produtiva................................... 28 3.1.3 Profissional responsável pela mobilização e participação de mulheres rurais nos Colegiados Territoriais....................................... 29 3.3 RESULTADOS ESPERADOS E INDICADORES DE PROGRESSO....... 30 4 METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................. 31 4.1 O ENFOQUE EPISTEMOLÓGICO.......................................................... 31 4.2 PRINCIPAIS ETAPAS DO TRABALHO................................................... 33 4.2.1 Apresentação do Projeto/NEDET/UNEB/MDA/SDT............................. 33 4.2.2 Identificação e organização da documentação do Codeter................ 33 4.2.3 Visita às Instituições do Território........................................................ 34 4.2.4 Articulação Institucional........................................................................ 34 4 4.25 4.2.5 Elaboração de Projetos................................................................. 34 4.2.6 Sistematização das Atividades e Publicações..................................... 34 5 RESULTADOS ALCANÇADOS.............................................................. 35 5.1 DESTAQUE DOS PRINCIPAIS RESULTADOS ALCANÇADOS............. 35 5.2 TABELA DE INDICADORES.................................................................... 44 6 PRODUÇÕES CIENTÍFICAS, TÉCNICAS, ARTISTICAS OU CULTURAIS RESULTANTES NO PERÍODO, RELACIONADAS AO PROJETO................................................................................................ 47 7 AVANÇOS E DIFICULDADES NO PERCURSO DE TRABALHO.......... 52 8 IMPACTOS DAS AÇÕES DO PROJETO NO TERRITÓRIO................... 54 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 57 REFERÊNCIAS........................................................................................ 61 APÊNDICE A – DOCUMENTAÇÃO FOTOGRAFICA............................. 63 5 1 INTRODUÇÃO Na Bahia, desde que o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)1, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), introduziu o Programa Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Territórios Rurais, em 2003, com o objetivo de “promover o planejamento e a autogestão do processo de desenvolvimento sustentável dos territórios rurais e o fortalecimento e dinamização de sua economia”, que a mobilização da sociedade civil foi muito forte. Nasce daí, a configuração dos territórios de identidade do estado, tendo como fundamento o conceito utilizado pelo MDA, cuja compreensão é a de que o território é um espaço físico, geograficamente definido, geralmente contínuo, caracterizado por critérios multidimensionais, tais como o ambiente, a economia, a sociedade, a cultura, a política e as instituições, e uma população com grupos sociais relativamente distintos, que se relacionam interna e externamente por meio de processos específicos, onde se pode distinguir um ou mais elementos que indicam identidade e coesão social, cultural e territorial” (BARRETO, 2014, p. 11-12). Buscando distinguir os elementos que indicassem a identidade e coesão social, cultural e territorial e assim definir a delimitação compatível com a realidade do estado, organizações da sociedade civil, instituições federais e estaduais atuaram na mobilização dos atores locais para aprofundar as discussões em torno da proposta do MDA e construir uma nova formatação territorial a partir da identificação dos espaços já constituídos. Nesse sentido, no período de 2003 a 2006, foram realizadas várias atividades, dentre as quais o levantamento das delimitações geográficas existentes, reuniões entre as organizações e as bases locais para opinarem quanto à inserção dos municípios nos territórios, analisando os seus múltiplos aspectos: culturais, geoambientais, políticos- institucionais e econômicos. Desse processo, foram revelados 25 territórios de 1 O MDA foi extinto em maio de 2016, por Michel Temer, quando assumiu a Presidência da República no período do julgamento no Senado do impeachment da Presidenta Dilma Rousseff. 6 identidade, iniciando-se a mobilização para a criação dos seus espaços representativos, os Colegiados Territoriais. Os Colegiados Territoriais são arranjos institucionais dos quais se espera que assumam a gestão de um conjunto cada vez mais diversificado e amplo de iniciativas territoriais que concretizem os procedimentos necessários à promoção do desenvolvimento, por intermédio de processos de organização, capacitação, planejamento, articulação institucional e gestão social de iniciativas que enfrentem as restrições ao desenvolvimento e estruturem instrumentos de políticas públicas que sejam fundamentais para destravar as soluções de desenvolvimento sustentável do território. (BRASIL, 2014, p. 7). Ao assumir o governo da Bahia em 2007, o governador Jaques Wagner reconheceu a legitimidade da divisão territorial que foi conformada e adotou os territórios de identidade como unidades de planejamento das políticas públicas do estado da Bahia. Iniciou-se, portanto, o processo de implantação de uma Política de Desenvolvimento Territorial (PDT). Essa política está vinculada à Diretoria de Planejamento Territorial (DPT), uma unidade vinculada

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