JORNAL DA BAIRRADA Semanário 30 de maio de 2019 Quinta-Feira Ano LXVIII • N. 2512 1 Euro (IVA 6% incluído) DIRETORA Oriana Pataco PRÉMIO GAZETA IMPRENSA REGIONAL 2013 Urbanização O Adro - Bloco 5 - Apartado 121 - 3770-909 Oliveira do Bairro | Telefone 234 740 390 | www.jb.pt | [email protected] PUB PUB Museu XII Jantar Conferência junho 19h30 Vinho 13 S U C E Anadia Bairrada S S Ã O ? o desafio da sucessão Organização Alto Patrocínio JORNAL DA BAIRRADA Semanário 30 de maio de 2019 Quinta-Feira Ano LXVIII • N. 2512 1 Euro (IVA 6% incluído) DIRETORA Oriana Pataco PRÉMIO GAZETA IMPRENSA REGIONAL 2013 Urbanização O Adro - Bloco 5 - Apartado 121 - 3770-909 Oliveira do Bairro | Telefone 234 740 390 | www.jb.pt | [email protected] OLIVEIRA DO BAIRRO EMPRESAS Região Arte urbana reforça PME Excelência ganha asas páginas 31 a 33 O mediático artista Bordalo II aceitou o desafio da Junta de Oliveira do Bairro e, a partir de lixo, deu asas a um símbolo da freguesia Águeda página 6 Oliv. Bairro Vagos Anadia Cantanhede Mealhada EUROPEIAS Bairrada pintada de laranja página 4 OLIVEIRA DO BAIRRO ANADIA ÁGUEDA CANTANHEDE Secretária de Estado Câmara vai gastar 200 mil Autarquia investe em Expofacic aposta em área de inaugura Festa da Criança euros com novo canil comunicação para socorro gaming e novas exposições página 7 página 12 página 22 última Esta União de Freguesias une terras PROJETO DA ESOB TERRAS com História e gentes com histórias para contar. De outrora, de hoje, que Larvas para HISTÓRIA perdurarão na sombra do tempo e que aqui deixamos, para, sem pressa, as ler fins alimentares e saborear. são um petisco AMOREIRA DA GÂNDARA, PAREDES DO BAIRRO E ANCAS página 8 2 Jornal da Bairrada 30 | maio | 2019 praçapública Editorial Há tanto para descobrir Oriana Pataco Diretora Caro leitor, esta edição é uma viagem no tem- Leitão da Bairrada, vai certamente torcer o na- mento em família, no Oliveira a Mexer (Oliveira po, carregada de histórias, com marca no pas- riz ao “tenebrio molitor” que, diz quem sabe, do Bairro) ou na Feira Medieval (Anadia). Para sado e projeção no futuro. Suba às asas da cego- fará muito em breve, parte da nossa alimenta- aqueles que pensam mais além, há um verão à Esta edição é nha de Bordalo II e embarque connosco nesta ção. “Agora é que a porca torce o rabo”, pensa- espreita e uma feira-festa que, galvanizada com uma viagem no viagem, que começa num pequeno país à beira- rá o leitor mais carnívoro, para quem jamais os prémios à escala nacional e internacional, ga- -mar plantado, tão perto e tão longe de uma Eu- insetos substituirão porco, vaca ou frango à sua nha cada vez mais expressão e dimensão para tempo, carregada ropa a que diz pertencer. mesa. Mas quem somos nós para refutar o pen- se assumir como o maior evento do género no de histórias, com Longe de Estrasburgo mas perto do coração samento de quem, não tarda, assumirá os des- país. A Expofacic está em contagem decres- marca no passa- da nossa Bairrada há uma união de freguesias tinos do mundo? cente e, como é habitual, há muitas novidades do e projeção no que une terras com História e gentes com histó- São eles, crianças e jovens, que têm a palavra. para conhecer e, daqui a menos de dois meses, rias para contar. De outrora, de hoje, que perdu- Mais que não seja, no dia que lhes é dedicado e usufruir. futuro.” rarão na sombra do tempo e que aqui deixamos, desta vez, não há desculpa para não os levar à Que viagem esta, caro leitor, e que não ter- para, sem pressa, as ler e saborear. Festa da Criança (Oliveira do Bairro), à aldeia mina aqui. Há tanto para descobrir nestas pá- Saboreie, sim, porque esta é uma viagem ao medieval infantil (Vagos) ou aos insufláveis ginas!... Deixe-se guiar pelos seus dedos, pe- mundo dos sentidos, que começa nos seus olhos aquáticos (Anadia). Se no final deste dia ainda los seus olhos, pelas suas emoções, e sinta e lhe aguça o palato. Se é apreciador de um bom lhe sobrar coragem e forças, desfrute de um mo- connosco orgulho nesta terra e nestas gentes. Para cá da Ria Portugal, sempre do lado errado das estatísticas António Granjeia Colunista Independentemente dos resultados das eleições europeias e dos apro- xas no total dos preços da eletricidade das famílias variou significativamen- veitamentos das mesmas, internamente a Europa proporciona-nos quase te entre os Estados-Membros, variando de dois terços na Dinamarca (64%), sempre uma oportunidade que desprezamos alegremente: a de nos com- metade em Portugal (55%) e na Alemanha (54%) para apenas 6% em Mal- pararmos com os melhores. ta. Em média, na UE, os impostos e taxas representaram mais de um terço Devíamos acompanhar o EuroStat (https://ec.europa.eu/eurostat) e per- (37%) dos preços de eletricidade das famílias no segundo semestre de 2018. ceber quanto nos ludibriam. Basta seguirmos com atenção alguns dos arti- gos que são elaborados por esta agência europeia, para vermos como Por- tugal aparece sempre do lado errado das estatísticas. Os preços da energia nos agregados familiares na UE aumentaram em comparação com 2017 + 3,5% para a eletricidade e + 5,7% para o gás. Não é novidade e o governo até pode dizer que em Portugal os preços nem subi- ram tanto como na média europeia. Mas falta-nos, como sempre, mostrar o lado menos bom das estatísticas. Expresso nos padrões de poder de compra (PPS), uma referência co- mum que elimina as diferenças gerais de preços entre países, pode-se ob- servar que os menores preços domésticos de eletricidade foram encon- trados na Finlândia (13,7 PPS por 100 kWh) e Luxemburgo (13,8), seguidos pela Holanda (15,2), Malta (15,7), França (16,4), Suécia (16,5) e Lituânia (17,3). Os preços mais elevados expressos em PPS foram registados em Portugal Este resultado dos impostos nada tem que ver com a venda aos chineses, (28,2), Alemanha (28,0), Espanha (27,4), Bélgica (26,6), Roménia (26,3), Chi- com o custo da energia, e o blá-blá habitual. Este roubo faz-me sempre lem- pre (24,5) e Polónia (24,3). brar duas frases de Margaret Thatcher sobre a natureza humana. “Ninguém Mais de metade do preço da eletricidade é constituído por impostos e ta- se lembraria do Bom Samaritano se ele só tivesse boas intenções. Ele pos- xas na Dinamarca, em Portugal e na Alemanha. A parte dos impostos e ta- suía também dinheiro.” Departamento Comercial Projeto Gráfico Artigo nº16 da Lei de Impressão: 234 740 390 [email protected] Imprensa Transparência da Centro de Impressão Coraze Lúcia Marques propriedade (Unip., Lda) Fundadores Manuel Granjeia, Aulácio de [email protected] Propriedade A NOV Comunicação SGPS, Edifício Raínha 4.º Piso Esq. Almeida, Manuel O. Silvestre, Nancy Margarido Editorial Jornal da Bairrada, Lda. S.A. é ainda detentora de uma 3720-232 Oliveira de Azeméis Manuel Caetano da Rosa, Manuel F.B. Sousa, Manuel Santos [email protected] Tiragem mensal participação social de 75% na Tel.: 910252676 / 910253116 / Vieira, Manuel dos Santos ABRIL: 30.000 exemplares Empresa Jornalística Região 914602969 Pereira, António Grangeia Novo, Departamento N.C. 502428082 de Leiria, Lda. proprietária do [email protected] Modesto Santos Pereira e Joaquim Grangeia Seabra Administrativo Inscrição na ERC nº101875 semanário Região de Leiria. Diretora Geral Adelaide Tomás Assinatura anual impressa: Ângela Gil Diretora (Coordenadora Administrativa, Gerência Redação, edição, Portugal - 30€ Oriana Pataco (CP 4517 A) Comercial e Financeira) Francisco Manuel Gameiro administração e sede: Europa - 50,50€ [email protected] [email protected] Rebelo dos Santos; Joaquim Paulo Rua Dr. Alberto Tavares de Extra Europa - 71€ Maria Abreu Cordeiro da Conceição e Paulo Castro Urb. O Adro, bloco Redação [email protected] Miguel Gonçalves da Silva Reis. 5 - n.º 25 Assinatura anual digital: Catarina Isabel Cerca (CP 2140 A) 3770-205 Oliveira do Bairro 15€ [email protected] Departamento Gráfico Sócios com mais de 10% Telefone: 234740390 Todos os direitos reservados. 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Entende- Imaginemos a historieta daquele das frustrações de quem as pratica, de está, de certeza, pejada de desacertos remos, todavia, a incapacidade, natu- pai que, com tão humilde como igno- forma tão sádica, descarregando so- e desconsertos, geradores dos mui- ral ou provocada, de alguns lograrem rante convicção, apregoava: «do meu bre os caloiros, os azeites da sua raiva tos desconfortos individuais e colec- alcançar as almejadas posições. filho, vou fazer dele bombeiro “volun- que procuram encobrir, sob a capa de tivos, familiares ou de grupos bem Pela natureza das coisas, é facto que tário”, quer queira, quer não queira». costumes e usos. Atitudes inconfes- conhecidos. os humanos sejam constituídos por Este e outros modelos idênticos sadas, altamente reprováveis, dentro Por isso se torna notório um mal- diferenças de carismas pessoais que, promovem uma geração de frustra- daquela comunidade que deveria ser -estar quase geral a fazer-se reper- na sua diversidade, podem facilitar dos.