Barretos, Junho de 2007 Número 03 Ano I e-mail: [email protected] Cine Barretos, O pequenino japonês de cabeça o Retorno branca, bem disposto e com um O Samurai bom humor invejável recebeu o Sabiá para mais de três horas de con- versa no Sindicato Rural do Vale do Rio Grande. O nome dele: Nobuhiro de Barretos Kawai. Pontuou a conversa com his- tórias bem humoradas, que sempre Depois de mais de 10 anos às terminavam num ensina- môscas o Cine Barretos como Fênix vai renascer das cinzas. Pre- mento, num momento filo- parem o fraque, a cartola e o me- sófico. Mostrou a força da lhor jeans, esse filme vale a pena! PÁGINAS 3 e 4 tradição japonesa na ma- neira de ser e ao contar Rodrigo Moreira como conseguiu vencer todos os obstáculos que a vida lhe impôs. O tempo de conversa com o senhor Kawai, o japonês, mostrou porque muita gen- te o admira: é inteligente, Esse menino usa paletó e grava- sempre está muito bem in- ta, mas nas horas vagas, veste camiseta e calça jeans. Então no formado, conhece os ho- lugar das leis, agita o som. Vai mens e ainda tem perspicá- assinar uma página de música para todos os gostos. cia suficiente para entender PÁGINA 8 o mundo tal como ele é: Bom Dia Estação sem falsos contornos. da Fepasa! PÁGINAS 10 e 11 Um grande momento econômico e político de Barretos teve a Es- tação da Fepasa como motivo. Muitos lutaram para trazê-la para nossa cidade e agora é saber se vale preservar essa história. PÁGINA 9 2 PALAVRAS principalmentepor ser o maior pagador de para Barretos e o quanto a cidade de- salários da cidade! Seguido da adminis- pende da forma como este setor pulsa. O comércio pulsa? tração pública, da indústria e da saúde. Da mesma forma não há dúvida que o Nessa ordem! Por ser o maior pagador comércio aponta o perfil da cidade e indi- A região central de Barretos está Pode ser o dólar, que pela cotação de salários da cidade é o setor que mais ca o caminho para a consolidação de um pulsando apesar de alguns empresários atual permite um maior volume de inves- reparte o bolo daquilo que ganha com a pólo regional de comércio. demonstrarem um certo desânimo em timento interno, refletindo inclusive na população. O que acaba refletindo no A verdade é que falta muito pou- relação ao retorno que nem sempre é tão redução de preços, elevando a renda do próprio setor. Além disso, o comércio em co, um tiquinho de nada, um empur- imediato.O certo é que a região central trabalhador. Pode ser que a procura de 2004 colaborou com cerca de 43% do rãozinho para cidade virar de vez. Te- da cidade virou um verdadeiro canteiro empresários de fora querendo investir PIB barretense, número que foi maior mos tudo aí pronto. Boas escolas de nível de obras. Em quase todas as quadras tem na cidade tenha mobilizado os próprios que os apresentados pelos setores de superior e de nível médio, bons hospitais, alguém reformando, readaptando e, aplau- empresários locais para construir ou re- agropecuária e a indústria, segundo o boa rede de comunicação, indústrias em sos, até preservando. Só para citar alguns: formar seus estabelecimentos comerci- IBGE. ascensão, o turismo entrando forte na ci- na Rua 20 entre as avenidas 21 e 25 duas ais. Pode ser o otimismo do próprio país, Todos provavelmente percebem dade e muito now-how para o lazer e a reformas acontecendo. Na esquina da que vem paulatinamente derrubando a má estes fatos, mas é sempre bom ressaltar diversão. Estamos prontos. Como diz o Rua 20, com a Avenida 23 tem novidade imagem de “país de risco” para país de o quanto o setor comércio é importante caipira: “está no ponto sim sinhô!” para breve. Uma galeria foi construída investimento. Pode ser tudo isso junto e Sabiá e-mail: [email protected] na Rua 22 entre a Avenidas 27 e 29, onde mais alguma coisa, mas o certo é que algo Direção: Ana Rita Bernardes estão instaladas três novas lojas. Na Ave- de novo está acontecendo, e para melhor. Edição: L.A. Soares Arte e Criação: Walter M. Moreira Júnior- marsdesign SP nida 21, esquina com a Rua 16 outra loja O comércio há muito tempo já é Jornalista Responsável: Luiz Alberto Soares MTb - 48.529 está sendo reformada. Etc, etc. grande merecedor de aplausos, Impressão: Gráfica Barretos PALAVRA DO LEITOR abordagem do Pitangueiras; o artigo de deste, era o esperado e vocês já Ivy Ramadan, com o qual concordo SABIAm. Longa vida ao Sabiá! plenamente; as mulheres sabidas, para as Adorei Um pecado capital, só um! quais certamente perderemos os tronos; Renata Guedes Assunção Queiroz Longa Vida ao Sabiá a entrevista com o Rubico, outro Adorei o jornal, papel impressão, texto Está escrito que um dos sete José Henrique de Freitas Advogado patrimônio barretense; e, finalmente, o bem escrito, conciso, mas com todas as pecados capitais é a Vaidade. Um Recebi hoje o Sabiá. Não chorei como lúcido e atual artigo sobre entretenimento informações.quero ser leitora assídua!!!! pecadinho comum é verdade, mas o José Renato, mas tive com o jornal um e turismo. Ganhei um presente ao receber Domigo, quando cheguei, falei que haviam o Sabiá. E com ele, mais um problema: bem corriqueiro! Claro que têm alguns gesto de carinho que só reservo às deixado o jornal na portaria do prédio para ocasiões em que termino de ler um livro como vou guardar os futuros números ? o papai, ele já havia lido. Bom estou exageros. Por exemplo, o sujeito que de que gostei muito: aliso o livro, Sim, porque esses futuros números, a se aguardando a próxima edição e desejo não aguenta passar em frente de um carinhosamente, tentando com isso conservar a qualidade do número 2, todo o sucesso ao Sabiá! espelho sem se admirar. Os exage- acariciar a obra que me deu tanta merecem ir para os arquivos das escolas Sucessooooooo! e para as bibliotecas de todos aqueles que ros também levam ao cúmulo de felicidade. Fiz isso com o Sabiá. É Luiz Paulo Vieira verdade, é isso mesmo. Terminada a amam conservar as boas obras da Parabéns pelo jornal. Fantástica a edição, algumas esqueléticas modelos leitura, acariciei-o, dizendo a mim mesmo: inteligência humana. Longa vida! parabéns. Fantástico! Com certeza o acharem que tem gorduras localiza- que coisa linda! O nome, um achado. Longa Vida ao Sabiá Sabiá será uma empreitada de muito das onde só tem osso. Roceiro que sou, acho o canto do sabiá a Júlio Cesar Vilela de Salis sucessooooooooooooooooo! Quero registrar parabéns ao “Sabiá”. Na dose certa este pecado capital música mais linda que existe. Mais linda Viagem ao passado que Bach e Debussy, meus preferidos. Jornal de qualidade ímpar, merecedor de Carlos Nunes dos Santos deixa de ser tão capital assim, vira Tudo, tudo me tocou, desde o Editorial. todo respeito, nasceu com a formosura Parei de ler o Sabiá no início da leitura só um pecadinho. Por isso vamos a Assim, destaco, ou melhor, não destaco, peculiar ao pássaro e seu canto, parabéns sobre o córrego Pitangueiras. Ele fez alguns aplausos, os quais agrada- porque tudo ali está bom demais: os a toda a equipe que tem imperado na boa parte do meu tempo de menino, e informação, demonstrando capacidade de cemos antecipadamente. aplausos à preservação do patrimônio sinceramente, emocionei-me! Só voltei a arquitetural; a poética, mas incisiva, inovação e qualidade, acredito no sucesso ler após retornar da viagem ao passado... 3 CINEMA Luzes! Câmera! Ação! Cena 4 - As irmãs sapecas Duas irmãs maiores enganaram a menor Sabiá Apresenta:O Novo Cine Barretos e sairam às escondidas para ir ao Cine Protagonistas: Gabriel Jorge Ferreira, Secretaria Barretos assistir Mazzaropi. A pequena Municipal da Cultura e Conselho Municipal da Cultura. Ator Convidado: Fundo Municipal da Cultura que de boba não tinha nada, botou a boca Música: Levanta, sacode a cultura e dá a volta por cima. no trombone. Tanto que o pai ficou Figurantes: Todo mundo que gosta de cinema. irritado, pegou a bicicleta e foi até o cine Barretos, chegou lá aquela filona. Uma dobrava a avenida 17 e a outra a avenida 19. Procurou e achou as duas irmãs lá felizes, comendo pipoca: “Já pra casa, se a sua irmã não pode, então voltam as duas já para a casa. Ninguém vai ao cinema”. Cena 1 - Amar foi Minha Ruína Cena 2 - Um dia de festa Cena 3 - A feira de gibis Lá foram as duas chorando, olhando de No dia 17 de dezembro de 1946 as Quando fala de cinema os olhos de dona Em 1949 John Wayne dava as caras em viés o cartaz, as pessoas na fila, a pipoca pessoas esperavam ansiosas pela Nair Lellis brilham. Lembra de todos os Tempo das Diligências um pouquinho que ia caindo. A menor, claro, levou umas inauguração do Cine Barretos. O filme, grandes clássicos. Da Ingrid Bergman a antes do peão começar a virar herói por sapecadas das irmãs sem o pai saber. Mas Amar foi Minha Ruína, ganhador do Oscar Humphrey Bogart. Lembra que ir ao aqui. Em 1953 Os Brutos Também ficaram espertas, o negócio era levar a do ano. Uma história de amor, retrato da cinema naquela época era uma festa, um Amam, clássico absoluto do faroeste pestinha para ver o ídolo Mazzaropi. época, mostrava como o egoísmo podia evento social. Os homens iam de paletó americano. Em 1957 viria Rastros de Ódio arruinar a vida das pessoas. Sentado numa e gravata as mulheres muito bem novamente com John Wayne, que já era Cena 5 - Anos oitenta poltrona, provavelmente com sua melhor vestidas, de tailleur e sapato alto.
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