PERIÓDICAS PAGA TAXA PUBLICAÇÕES 6000 CASTELO BRANCO 5anos PORTUGAL 2 www.gazetadointerior.pt Ano XXV | N.º 1329 |4 de junho de 2014 | Diretor: Leopoldo Rodrigues | Sai à 4ª feira | 0.60 ¤ (IVA incluído) | Email: [email protected] AGÊNCIA REGIONAL DE ENERGIA E AMBIENTE Comunidade da Beira Baixa A GAZETA OFERECE adere à MédioTejo21 pág. 10 15 Bilhetes para o CIRCO pág. 6 COM O APOIO DA CÂMARA DE CASTELO BRANCO Edifício da ESART NESTA EDIÇÃO 48ofertas de emprego pág. 5 já não é um sonho 16ofertas de formação CASTELO BRANCO Homem encontrado morto em Santo André das Tojeiras pág. 4 PENAMACOR Câmara UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO desenvolve plano Sindicato denuncia que faltam estratégico para o Concelho mais de 100 enfermeiros pág. 7 pág. 13 2|PELOURINHO Gazeta do Interior, 4 de junho de 2014 Inquérito A alimentação CONSELHO EDITORIAL António Salvado, é importante Delgado Domingos e Pedro Roseta DIRETOR para a saúde. Leopoldo Rodrigues [email protected] Tem alguns REDAÇÃO cuidados [email protected] Chefe de redação António Tavares (CP 2343) especiais? [email protected] Colaboradores permanentes: Quais? Carlos Castela (CP 2642) Clementina Leite (CO778) Paulo J. Fernandes Marques - Zona do Pinhal [email protected] Colaboradores de Desporto: Manuel Geraldes, João Perquilhas, Joaquim Ribeiro, Leal Martins, Luís Ferreira, Luís Seguro, Luís Teixeira, Miguel Malaca, Paulo Serra, Pedro Coelho, Rui Fazenda, RCB. CORRESPONDENTES Lardosa: Manuel Teles. Nisa: José Leandro, Mário Men- António Venâncio des. Oleiros: José Marçal. 79 anos Penamacor: Agostinho Ribeiro. Reformado Proença: Jorge Cardoso e Martins Grácio. Retaxo: José Luís Pires. Tenho alguns cuidados, Sertã: António Reis, João Miguel e Manuel Fernandes. pois a minha alimenta- Vila de Rei: Jorge Sousa Lopes. ção consiste no que a COLABORADORES minha mulher me faz. Abílio Laceiras, Alfredo Margarido, Alexandre Frade Correia, Alice Vieira, Alzira Serrasqueiro, Antonieta Garcia, António Abrunhosa, António Barreto, António Branquinho Pequeno, Antó- nio Brotas, António Maia (Cartoon), Armando Fernandes, Beja Santos, Carlos Correia, Carlos Sousa, Duarte Moral, Duarte Osório, Eduarda Dioní- RAZIA sio, Eduardo Marçal Grilo, Elsa Ligeiro, Fernanda Sampaio, Fernando Ma- chado, Fernando Penha, Fernando Na zona do Largo da Sé, em Castelo Branco, o último fim de sema- Rosas, Fernando Serrasqueiro, Fernando de Sousa, Guilherme d’ Oli- na foi de razia para os sinais de trânsito. Pelourinho, que passou veira Martins, João de Sousa Teixeira, João Camilo, João Carlos Antunes, pelo local, não pode deixar de reparar que alguns dos sinais pura João Carlos Graça, João de Melo, João e simplesmente foram arrancados. Outros, melhor fixados, lá re- Correia, João Mesquita, João Ruivo, Jo- aquim Duarte, Jorge Neves, José sistiram, mas ficaram no estado como o que a foto documenta. Balonas, José Castilho, José Correia Mais uma vez o vandalismo volta a deixar marcas na cidade. Tavares, José Sanches Pires, Luís Costa, Luís Moita, Manuel Villaverde Cabral, Maria Helena Peixoto, Maria João Lei- tão, Maria Manuel Viana, Miguel Sousa Tavares, Orlando Fernandes, Pedro Ar- roja, Pedro Salvado, Preto Ribeiro (Cartoon), Rui Rodrigues, Santolaya Sil- Apontamentos da Semana... va, Santos Marques, Tomás Pires (Cartoon), Valter Lemos.. PROPRIEDADE E EDIÇÃO INFORMARTE - Informação Regional,SA Maria de Lurdes CF. n.º 502 114 894 N.º de Registo 67 anos 113 375 Doméstica ADMINISTRAÇÃO Leopoldo M. Rodrigues, Joaquim Leonardo Martins, Sim, porque tenho mui- Rui M. Esteves, tas doenças que fazem João Carlos Antunes, Helder Henriques com que eu tenha um [email protected] cuidado acrescido com SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS a alimentação. E COMERCIAIS [email protected] Joaquim Martins Gorete de Almeida [email protected] PROBLEMA DE LITERACIA – Já se sabia que Portugal ainda tem alguns problemas de iliteracia ou de iletrismo, como os DEPARTAMENTO GRÁFICO MONTAGEM, mais “puristas” prefeririam… Sabia-se que o problema era TRATAMENTO DE TEXTO muito grave em 1974 e foi para combater esse problema, E FOTOGRAFIA: Cátia Balhau que, entre outras medidas, os vários governos no pós-25 de Abril, criaram inúmeros cursos de alfabetização de adultos IMPRESSÃO Fábrica de Igreja Paroquial de S. e de segundas oportunidades e mais recentemente cursos Miguel da Sé de Castelo Branco de Aprendizagem e de Novas Oportunidades. O atual Gover- DISTRIBUIÇÃO no considerou-os um desperdício despesista e cortou com força de bloqueio, e que por culpa dele os portugueses iriam ter Informarte, S.A. Tiragem Semanal 5 000 eles, certamente por acreditar, que o problema da literacia que pagar mais impostos; O CDS, mais humilde, admitiu que não do povo português estava resolvido. percebia, mas anunciou que iria pedir esclarecimentos. ASSINATURAS ANUAIS [email protected] Enganou-se, como mais uma vez se constatou esta se- Há realmente problemas. A grande maioria dos Portugueses Nacional: 21,20¤ c/ IVA mana, a propósito da leitura do acórdão do Tribunal Consti- percebeu a decisão do Tribunal Constitucional mas o Governo não. Estrangeiro: 30,00¤• c/ IVA tucional. Alguns portugueses não perceberam a leitura (só O Governo não percebeu! Teremos que concluir que o Governo SEDE, REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO perceberam que o Governo tinha chumbado no exame e ale- também padece de iliteracia grave: Em três anos, não conseguiu Rua Sr.ª da Piedade, Lote 3A - 1º Escri. 7, graram-se com isso!), mas o Governo não percebeu mesmo aprender a ler a Constituição da República; Não consegue ainda 6000-279 CASTELO BRANCO Telef.: 272 32 00 90 Fax: 272 32 00 91 nada, e os partidos que o apoiam também não! interpretá-la; E também não consegue entender a explicação do António Lopes O 1º Ministro reuniu o Conselho de Ministros e anunciou 26 anos MEMBRO DA Tribunal que tem por missão tirar as dúvidas São problemas gra- que iria pedir uma aclaração! O PSD, na televisão, nem ten- ves! Estamos perante um caso de analfabetismo funcional! O Go- Barman tou explicar o acórdão, disse que não percebia e preferiu verno não consegue “ler” a Constituição, não a entende e também antes declarar que o Tribunal era um perigo para o País, uma não entende os Portugueses! Sim, tento fazer uma ali- mentação regulada e equilibrada. 3|OPINIÃO Gazeta do Interior, 4 de junho de 2014 Os textos são da responsabilidade dos autores que podem optar por seguir ou não o novo Acordo Ortográfico VASCO GRAÇA MOURA, UM GRANDE AMIGO GUILHERME D’OLIVEIRA MARTINS Como tradutor, basta lembrarmo-nos de «A Divina Comédia» no Parlamento Europeu, no Centro Cultural de Belém. O Porto perdeu um dos seus símbolos. Portugal fica com uma re- de Dante e de toda uma obra inultrapassável. Os maiores especi- Das últimas conversas que tivemos, devo recordar uma pre- ferência essencial. Vasco Graça Moura foi incansável na defesa alistas do grande poeta florentino são unânimes em reconhecer a ocupação constante relativamente ao culto das Humanidades. da cultura portuguesa. Sou testemunha do seu trabalho constan- fidelidade de Vasco ao sentido fundamental dessa obra-prima da Estávamos de acordo com o empobrecimento cultural nas socie- te. Tinha qualidades de trabalho extraordinárias, únicas e punha- literatura mundial. Poucos portugueses atingiram esse nível de dades contemporâneas e em especial da escola. Se é verdade que as ao serviço do seu enorme talento. Aproveitava todos os mo- respeito geral na defesa das Humanidades. Foi, nesse sentido, um os melhores hoje têm qualidade superior aos melhores de há qua- mentos para dar-se à criação de poeta, de ensaísta, de escritor. espírito do Renascimento nos nossos dias - e nunca o esquecere- renta anos, não é menos certo que tem havido empobrecimento É um grande amigo que perco, que conheço há cerca de mos por isso. E não esqueço a passagem relevantíssima na Tele- nos níveis médios, com perigoso esquecimento dos clássicos. quarenta anos e com quem tive sempre uma relação de admira- visão, na Imprensa Nacional, na Comissão dos Descobrimentos, Vasco Graça Moura, quando realizou a referida edição de «Os ção e estima pessoal. Membro ativo do Centro Nacional de Cul- Lusíadas» para os mais jovens, contribuiu decisivamente para tura deixa-nos um lugar insubstituível. Sempre nos encontrá- colmatar esse vazio – devendo hoje os educadores compreender mos numa ligação muito próxima e de confiança mútua. É uma que têm de ser mais exigentes no desenvolvimento das atividades das grandes referências da cultura portuguesa contemporânea. de aprendizagem ligadas às raízes culturais e ao melhor que foi pro- O Vasco era de uma inteligência viva, acutilante, claríssima e O recente ensaio duzido, ao longo da história, na língua e na literatura. Se a apren- determinada. Não podemos esquecer o poeta e o ensaísta sobre as identidades dizagem de qualidade para todos é a marca fundamental do de- dotadíssimos. “ senvolvimento, não podemos esquecer que esta exige trabalho, Foi um escritor de todos os ofícios e sempre com elevadíssima europeia e portuguesa é de memória, leitura direta dos textos fundamentais, capacidade de qualidade e sensibilidade, capaz de abranger de um modo amplo dizer de cor e de usar a vitalidade do melhor uso do idioma. E nes- e compreensivo, a identidade portuguesa e a sua ligação univer- uma grande lucidez e se diálogo, que nunca esquecerei, o meu Amigo Vasco sempre sal desde os clássicos aos modernos. O recente ensaio sobre as pertinência, devendo soube ligar as Humanidades literárias à ciência – como ficou identidades europeia e portuguesa é de uma grande lucidez e claríssimo quando na Comissão dos Descobrimentos nos legou pertinência, devendo constituir um motivo sério e obrigatório de constituir um motivo sério um testemunho vivo da capacidade inovadora científica e técni- reflexão. Tivemos oportunidade de debater o tema e concordo e obrigatório de reflexão. ca, literária e filosófica do tempo áureo da história portuguesa. plenamente com as suas preocupações e conclusões. Leia-se a revista «Oceanos» e facilmente verificamos que aí está Era um humanista dos tempos de hoje - frontal, corajoso, Tivemos oportunidade de uma insuperável Enciclopédia sobre a gesta portuguesa no mun- empenhado.