TESE Laís Barros Falcão De Almeida.Pdf

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO Laís Barros Falcão de Almeida CONTROVÉRSIAS DA MPB NA REDE: Propostas Teóricas e Métodos Digitais na Internet Para Pesquisar a Sigla no Século XXI Recife 2020 Laís Barros Falcão de Almeida CONTROVÉRSIAS DA MPB NA REDE: Propostas Teóricas e Métodos Digitais na Internet Para Pesquisar a Sigla no Século XXI Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Comunicação. Área de Concentração: Comunicação. Orientador: Prof. Dr. Jeder Silveira Janotti Junior. Recife 2020 Catalogação na fonte Bibliotecária Jéssica Pereira de Oliveira, CRB-4/2223 A447c Almeida, Laís Barros Falcão de Controvérsias da MPB na rede: propostas teóricas e métodos digitais na internet para pesquisar a sigla no século XXI / Laís Barros Falcão de Almeida. – Recife, 2020. 327f.: il. Orientador: Jeder Silveira Janotti Junior. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Artes e Comunicação. Programa de Pós-Graduação em Comunicação, 2020. Inclui referências. 1. MPB. 2. Controvérsia. 3. Rede. 4. Métodos Digitais. 5. Nova MPB. I. Janotti Junior, Jeder Silveira (Orientador). II. Título. 302.23 CDD (22. ed.) UFPE (CAC 2020-173) Laís Barros Falcão de Almeida CONTROVÉRSIAS DA MPB NA REDE: Propostas Teóricas e Métodos Digitais na Internet Para Pesquisar a Sigla no Século XXI Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal de Pernambuco, como requisito parcial para obtenção do título de Doutora em Comunicação. Aprovada em: 28/05/2020. BANCA EXAMINADORA _________________________________________ Prof. Dr. Jeder Silveira Janotti Junior (Orientador) Universidade Federal de Pernambuco _________________________________________ Profa. Dra. Carolina Dantas de Figueiredo (Examinadora interna) Universidade Federal de Pernambuco _________________________________________ Prof. Dr. Thiago Soares (Examinador interno) Universidade Federal de Pernambuco _________________________________________ Prof. Dr. Christopher Dunn (Examinador externo) Universidade de Tulane _________________________________________ Profa. Dra. Simone Maria Andrade Pereira de Sá (examinadora externa) Universidade Federal Fluminense Dedico aos que, assim como eu, apreciam debates sobre música. AGRADECIMENTOS Lembrando-me do meu percurso da graduação até a conclusão do doutorado percebo quantas instituições públicas e de incentivo à pesquisa científica, assim como muitas pessoas que foram imprescindíveis para que essa conquista fosse possível. Ao ingressar no doutorado, eu não imaginava o quanto essa etapa da minha formação seria um período repleto de desafios. Por isso, mais do que nunca, eu gostaria de prestar os meus agradecimentos a todos que contribuíram para que eu pudesse finalizar esta tese. À Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que não foi a universidade da minha graduação, mas tendo feito mestrado e doutorado pelos seus prédios, salas e corredores acabou se tornando uma referência da academia para mim e que defendo com muito carinho. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) por ter me concedido uma bolsa de pesquisa, sem a qual o meu sonho de formação superior teria sido bem mais difícil de realizar. Ao meu orientador, Jeder Janotti, que mesmo em seu pós-doutorado, se fez presente e acompanhou a minha pesquisa. Tendo me orientado desde a iniciação científica ainda na graduação, ele segue sendo um mestre e amigo para mim e seus comentários sempre são ouvidos por mim com muita atenção. Aos funcionários do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFPE sempre gentis e solícitos para me ajudar com a inscrição, formulários, documentos e matrículas, e aos seus professores, pelas disciplinas ministradas que tanto me estimularam a ler e pesquisar mais sobre meu projeto de pesquisa, especialmente a matéria Cartografia de Controvérsias, da professora Carolina Dantas, que tanto teve a ver com a fundamentação teórica e metodológica da minha pesquisa. Aos professores que participaram da minha qualificação, Felipe Trotta e Thiago Soares, pelos apontamentos críticos e caminhos sugeridos que foram levados em consideração. Aos colegas de turma e do grupo de pesquisa Laboratório de Análise de Música e Audiovisual (LAMA) pelos conhecimentos adquiridos juntos. Agradeço aos membros da banca de defesa por terem aceitado o convite de avaliar o meu trabalho e pela disponibilidade em marcar data e horário que fossem possíveis para todos os envolvidos. Ao Rafael por ter sido meu colega de apartamento e um bom amigo nos primeiros anos do doutorado. Nossas saídas com o nosso orientador, André, João, Alice, Mário, Suzana e com outros colegas por Recife só fez crescer gostar mais dessa cidade. À minha amiga, Alice, por ter sido minha companheira de congresso e por compartilhar comigo o amor pela música. Ao meu amigo Victor de Almeida, pela leitura atenta do texto de qualificação e sugestões de como aprimorar minha pesquisa. Ao meu amigo Carlos Alberto, que compartilha comigo as angústias e as alegrias da vida acadêmica. Aos meus amigos, de longa data, Ana, Anderson, Laísa e Rita, e aos que fiz na graduação, Deriky, Emanuele Divino, Emanuelle Rodrigues, Bruno e Lucas, que seguem no meu coração. Aos meus alunos do estágio docente na UFPE, da graduação de Jornalismo da UFAL, e da especialização do Centro Universitário Tiradentes (UNIT/AL) por fazer da docência e do aprendizado um momento alegre e motivador. E às pessoas mais importantes: a minha família. Aos meus pais, Eliane e Antônio, e aos meus irmãos, Aline e Rodrigo, pelo amor e apoio incondicionais em todas as escolhas que faço. Às minhas cunhadas Rosy e Sarah pelo carinho e amizade. À minha namorada Carolina, por ser minha parceira de todas as horas e o grande amor da minha vida. E agora é só “cantar e dançar pra saudar o tempo que virá, que foi, que está. Tocar pra marcar o rito de passá”, como canta MC Tha. Com quantos gigabytes Se faz uma jangada Um barco que veleje Que veleje nesse infomar Que aproveite a vazante da infomaré (...) Eu quero entrar na rede Promover um debate (GIL, 1997). RESUMO Nos anos 1960 e 1970, a MPB (Música Popular Brasileira) assumiu uma posição central nas discussões sobre música no Brasil. Mas desde a metade da década de 1980 que a MPB divide esse posto central com outras expressões musicais brasileiras, continuando a possuir um lugar de destaque nessas discussões. Nas primeiras décadas dos anos 2000, o debate sobre MPB voltou a ter força com a internet, web, e mídias sociais, com o que a imprensa brasileira denominou Nova MPB. As tecnologias de informação e comunicação tiveram um papel importante na transformação dos debates sobre música. A descentralização da informação, somada a grande produção e disseminação de conteúdo, bem como o desenvolvimento de recursos na busca por cada vez mais participação do usuário nessas plataformas, construiu um cenário atual de desordem informacional, que torna os debates também fragmentados, complexos e caóticos, o que intensificou as incertezas sobre a sigla. O objetivo desta tese é propor uma abordagem teórica e utilizar metodologias que procurem dar conta da pesquisa sobre MPB nas ambientações digitais do século XXI. A abordagem teórica apresentada foi incluir as noções de controvérsias e redes nos estudos da MPB, sendo as controvérsias uma forma de exploração da sigla como debate público e coletivo. Nesta direção, a metodologia ampla chamada de “cartografia digital de controvérsias musicais”, reuniu métodos cartográficos com métodos digitais de pesquisa pela internet, usando ferramentas digitais online, softwares e o site-controvérsia, principalmente as abordagens metodológicas Cartografia de Controvérsias e Análise de Redes Sociais. Essas propostas foram colocadas em prática e testadas em uma controvérsia da MPB: a Nova MPB. Os resultados da pesquisa foram a contextualização, o mapeamento, a análise e o registo da Nova MPB, a partir de literatura científica, textos jornalísticos, declarações e opiniões variadas. Foi possível mostrar como essa controvérsia ganhou amplitude e foi fragmentada em rede, sendo propagada em diferentes sites de organizações jornalísticas, sites de música, blogs, e várias plataformas digitais, dentre elas os sites de redes sociais, envolvendo pontos de vistas diferentes, e lançando várias discussões relevantes, principalmente sobre o que é considerado “novo” na MPB. O “novo” entra na MPB de várias formas, muitas vezes a partir da ideia de geração, e o que foi considerado “novo” na Nova MPB foi fruto da tradução cultural dos jornalistas da imprensa brasileira, sobretudo da imprensa paulistana, que acabaram transformando a Nova MPB em uma subcategoria da MPB. Palavras-chave: MPB. Controvérsia. Rede. Métodos Digitais. Nova MPB. ABSTRACT In the 1960s and 1970s, the Brazilian Popular Music (MPB) took a central position in discussions about music in Brazil. But since the mid-1980s, MPB has shared this central post with other Brazilian musical expressions, continuing to have a prominent place in these discussions. Recently, the debate about MPB has returned to strength with the internet, web, and social media, with what the Brazilian press called Nova MPB. Information and communication technologies have had a strong effect on the transformation of music debates. The decentralization of information, coupled with the large production and

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