Revisitando O Tambor Das Flores Copia Original Final

Revisitando O Tambor Das Flores Copia Original Final

“Revisitando o Tambor das Flores” A Federação Espírita e Umbandista dos Cultos Afro-Brasileiros do Estado do Pará como Guardiã de uma Tradição Taissa Tavernard de Luca 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA “REVISITANDO O TAMBOR DAS FLORES” A FEDERAÇÃO ESPÍRITA E UMBANDISTA DOS CULTOS AFRO- BRASILEIROS DO ESTADO DO PARÁ COMO GUARDIÃ DE UMA TRADIÇÃO TAISSA TAVERNARD DE LUCA PROFª. DRA. MARIA DO CARMO TINOCO BRANDÃO ORIENTADORA RECIFE 2003 3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA “REVISITANDO O TAMBOR DAS FLORES” A FEDERAÇÃO ESPÍRITA E UMBANDISTA DOS CULTOS AFRO- BRASILEIROS DO ESTADO DO PARÁ COMO GUARDIÃ DE UMA TRADIÇÃO TAISSA TAVERNARD DE LUCA Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, sob a orientação da Profª. Dra. Maria do Carmo Tinoco Brandão, para a obtenção do grau de Mestre em Antropologia RECIFE 2003 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA “REVISITANDO O TAMBOR DAS FLORES” A FEDERAÇÃO ESPÍRITA E UMBANDISTA DOS CULTOS AFRO- BRASILEIROS DO ESTADO DO PARÁ COMO GUARDIÃ DE UMA TRADIÇÃO TAISSA TAVERNARD DE LUCA Banca Examinadora: Profª. Dra. Maria do Carmo Tinoco Brandão – Orientadora. Profª. Dra. Marilu Márcia Campêlo – Examinadora Externa. Profº. Dr. Bartolomeu Tito Figueirôa – Examinador Interno. RECIFE 2003 5 Essa dissertação foi pensada como homenagem a uma pessoa por quem eu tenho muito carinho; a querida professora Anaíza Vergolino. É a minha forma de dizer muito obrigada pelo afeto, pela dedicação e pelo zelo que têm dispensado a mim e a minha formação profissional 6 Hino da FEUCABEP A FEUCABEP Ao raiar de um novo dia Fala aos quatro ventos Já sem o lamento Dois irmãos de além mar São negros Onde a luz veio nascer Firmaram! Dos orixás o seu poder Vitória A nossa luta consagrou Vencemos Salve Iansã, Ogum e Xangô Branca e Vermelha é a nossa bandeira Forma comigo, irmão a trincheira É branca a bandeira Irradiar É força Epé Epé, Axuê Babá Unidos com garra ao ideal Lutamos pelo bem e contra o mal. (Letra e música de Ayrton Soeiro) 7 Agradecimentos Construir uma dissertação é um processo coletivo que se inicia no ato de seleção do candidato a uma vaga no Programa de Pós-Graduação. Gostaria de agradecer aqui a cada uma das pessoas que acompanharam meu percurso até o dia desta defesa. Seria injusto iniciar essa seção sem referir primeiramente à Deus. Obrigada por ter abençoado o meu caminho, escutado meus anseios, relevado meus ímpetos, enfeitado minha vida apenas com pessoas lindas e estado ao meu lado a todo instante. Aos meus pais Marco Alberto e Vera Maria, meus avós Mário e Yolanda, minhas irmãs Gabriela, e Tainá, minhas “tias” Gabriela e Cristina e meus sobrinhos Pedro Arthur e Aimê; pelos ensinamentos de que devo seguir sempre em frente fazendo bom uso das pedras no meio do caminho. Aos meu tios Marises, Yeda e Pedro, pessoas especiais na minha vida, amigos fiéis que estão por perto em qualquer circunstância ainda que ela lhe desagrade. À minha Madrinha - a quem amo muito - Ilze (Inha Io) pela credibilidade, pelo apoio, pelo carinho e pela certeza de estar sempre comigo em qualquer ocasião. Às “irmãs” Gabi, Iracema e Ligia, que deixei em Belém e que permaneceram torcendo e rezando por mim. Pela amizade sincera, pelo amor incondicional e pela companhia de suas lindas cartas, lidas sempre de maneira saudosa. Ao “irmão” Almir que ganhei de Recife e que daqui vou levar dentro do meu coração pela vida inteira. Sem seu colo, seu carinho, sua paciência, sua amizade e sua presença constante eu jamais teria conseguido chegar até aqui. Ao amigos queridos Sebastião (Sabá), Luzanira, Érika, Wagner, Nete, Nazira e Regina pelo bem que me faz o carinho, a preocupação e a companhia dessas pessoas. Sinto-me muito feliz por merecer essas amizades. Aos outros amigos que Recife me deu de presente, Aluízio, Felipe, Luís Felipe, Jane, Antonielly e muitos outros. A Daniella Jatobá que, mesmo tão longe está sempre junto de mim, obrigada pelo presente que é sua amizade. A toda minha turma formada por pessoas especiais que vão ficar sempre no meu coração Abmalena, Danielle, Germana, Suziene, Luís, Cristiano, Joselito, Sévia, Helena, Alekssandra, James, Isabela, Carol, Clarissa e todos os demais, se é que o cansaço da madrugada me fez esquecer de alguém. À minha orientadora Maria do Carmo Tinoco Brandão por ter acreditado em meu projeto de pesquisa e acompanhado o mesmo, viajando até Belém para conhecer meu campo. 8 Aos professores João Simões Cardoso e Mário Lima Brasil que me aceitaram em suas pesquisas quando a única contribuição que eu lhes tinha a dar era a minha vontade de aprender À professora Marilú Campelo que também me acolheu em sua pesquisa, pelo incentivo que me dispensou durante minha graduação, no processo de seleção e por todo o período de realização deste mestrado. Aos professores Raymundo Heraldo Maués e Maria Angélica Motta Maués pelo apoio constante, e pela atenção com que têm recebido meus trabalhos em ocasião de congressos. Aos professores do Programa de Pós-Graduação em Antropologia de Recife, em especial a prof. Aparecida Nogueira e ao prof. Bartolomeu Tito Figuerôa pelos quais eu tenho muito carinho. À professora Conceição Pina que realizou a correção ortográfica desta dissertação. À Elizabeth Figueiredo pela paciência com o que tem me ensinado a podar todas as minhas arestas. Às funcionárias do Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, Ademilda, Ana e Regina, companhias constantes durante o primeiro ano de curso. Especialmente: Ao povo-de-santo da capital paraense, principalmente à Antônio Gomes da Cruz, Pai Benedito Saraiva e Aldo Ferreira, pelo carinho com que têm me recebido e pelas lindas entrevistas concedidas sempre de forma paciente. O envolvimento com essas pessoas me trouxe alegrias profissionais e pessoais. Muito Especialmente: À professora Anaíza Vergolino meu muito obrigada pelo seu cuidado. Sou-lhe grata também por ter proporcionado meu contato com o campo de pesquisa, o acesso a todos os dados aqui utilizados, por ter concedido entrevistas valiosas, me acudido nos momentos de maior sufoco e sido meu norte tanto no que se refere a minha formação profissional quanto pessoal. Sem essa pessoa eu não teria sido capaz de chegar até aqui. 9 Resumo Os cultos afro-brasileiros na capital paraense possuem uma forma muito peculiar de organização social. Trabalhos anteriores ressaltam a inexistência de um ‘terreiro de raiz’, que siga o modelo maranhense ou baiano, dispondo de genealogia, formação de família e mito fundador que remeta à África. Mediante a essa realidade que rompe os modelos tradicionais, as casas de culto afro-brasileiros de Belém, se agrupam em torno de instituições de caráter civil que se relacionam, entre si, de maneira conflituosa. Neste contexto, o presente trabalho elege por objeto de estudo a mais antiga dessas instituições; a Federação Espírita e Umbandista dos Cultos Afro-Brasileiros do Estado do Pará; na tentativa de mostrar sua estrutura interna, bem como, o lugar ocupado pela mesma diante do campo religioso afro-paraense. 10 ABSTRACT The Afro-Brazilian rituals in the capital city of the state of Pará, north of Brazil, have a peculiar method of organizing its social groups. Previous studies emphasize the existence of a “terreiro de raiz” (ritual site), originated from the maranhense and bahiano models, having the genealogy, family members and founding myth, which is originated from Africa. By means of this reality and breaking the old-fashioned models, the Afro-Brazilian ritual sites in Belém get together through civil institutions. The relationship between these institutions is conflicting. This study is based on the oldest institution among all the existing ones: “Federação Espirita e Umbandista dos Cultos Afro-Brasileiros do Estado do Pará” (a local Afro-Brazilian ritual institution) and attempts to show the internal organization and the place it takes in the Afro- Paraense religious field as well. 11 Lista de Anexo Anexos______________________________________________________167 Anexo 1: Documentos da FEUCABEP___________________________168 Documento 1: Exemplar da Primeira Ficha de Filiação da FEUCABEP_169 Documento 2: Hino da FEUCABEP_______________________________170 Documento 3: Arma da FEUCABEP______________________________171 Documento 4: Edital de Convocação para Assembléia Geral da FEUCABEP ______________________________________________________________171 Documento 5: Convite para o Tambor das Flores___________________172 Documento 6: Tabela de Preços__________________________________173 12 Sumário Dedicatória_______________________________________________________________5 Agradecimentos___________________________________________________________7 Resumo__________________________________________________________________9 Abstract________________________________________________________________10 Introdução______________________________________________________________13 · Encontro Etnográfico – Aspecto Metodológico e Trajetória do Trabalho de Campo_________________________________________________________________16 Capítulo 1: Mapeamento do Campo Religioso Afro-Brasileiro em Belém do Pará: Uma disputa entre instituições __________________________________________________22 1.1. Campo

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