O futebol nas Gerais O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 1 02/02/12 14:56 MINISTÉRIO DO ESPORTE Ministro Aldo Rebelo SECRETARIA NACIONAL DE ESPORTE, EDUCAÇÃO, LAZER E Secretário Afonso Barbosa INCLUSÃO SOCIAL ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA, Diretor Emerson Silami Garcia FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL DA UFMG Vice-Diretor Sérgio Teixeira da Fonseca UNIVERSIDADE FEDERAL Reitor Clélio Campolina Diniz DE MINAS GERAIS Vice-Reitora Rocksane de Carvalho Norton EDITORA Diretor Wander Melo Miranda UFMG Vice-Diretor Roberto Alexandre do Carmo Said CONSELHO Wander Melo Miranda (presidente) EDITORIAL Antônio Luiz Pinho Ribeiro Flavio de Lemos Carsalade Heloisa Maria Murgel Starling Márcio Gomes Soares Maria das Graças Santa Bárbara Maria Helena Damasceno e Silva Megale Roberto Alexandre do Carmo Said O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 2 02/02/12 14:56 Silvio Ricardo da Silva José Alfredo de O. Debortoli O futebol Tiago Felipe da Silva nas Gerais ORGANIZADORES Belo Horizonte Editora UFMG 2012 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 3 02/02/12 14:56 © 2012, Os autores © 2012, Editora UFMG Este livro ou parte dele não pode ser reproduzido por qualquer meio sem autorização escrita do Editor. Coordenação editorial: Danivia Wolff Assistência editorial: Eliane Sousa e Euclídia Macedo Coordenação de textos: Maria do Carmo Leite Ribeiro Preparação de textos: Michel Gannam Revisão de provas: Danivia Wolff e Roberto Said Coordenação gráfica e Projeto gráfico: Cássio Ribeiro Formatação, capa e produção gráfica: Diêgo Oliveira EDITORA UFMG Av. Antônio Carlos, 6.627 Ala direita da Biblioteca Central Térreo Campus Pampulha 31270-901 Belo Horizonte-MG Brasil Tel. +55 31 3409-4650 Fax +55 31 3409-4768 www.editora.ufmg.br [email protected] S F995 O futebol nas Gerais / Silvio Ricardo da Silva, José Alfredo de O. Debortoli, Tiago Felipe da Silva, organizadores. – Belo Horizonte : Editora UFMG, 2012. 261 p. il. Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-7041-937-8 1. Futebol – Minas Gerais. 2. Futebol – Torcedores – Belo Horizonte (MG). 3. Futebol – Belo Horizonte (MG) – História. I. Silva, Silvio Ricardo da. II. Debortoli, José Alfredo de O. III. Silva, Tiago Felipe da. CDD: 796.334098151 CDU: 796.332(815.1) Elaborada pela DITTI – Setor de Tratamento da Informação da Biblioteca Universitária da UFMG O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 4 02/02/12 14:56 Aos amigos, colaboradores, torcedores e, principalmente, a quem compreende e respeita a grandeza do futebol. O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 5 02/02/12 14:56 Lista de ilustrações Gráficos 1. Sexo 36 2. Estado civil 37 3. Cor da pele 37 4. Número de pessoas que residem na mesma casa 38 5. Filhos 38 6. Renda 39 7. Religião 39 8. Ocupações 40 9. Influência para entrada na torcida 40 10. Situação na torcida 41 11. Formas de participação 41 12. Formas de acompanhar os jogos 42 13. Transporte para jogos fora de casa 42 14. Colaboração financeira 43 15. Envolvimento em conflitos 43 16. Opções de lazer 44 17. Itens valorizados na torcida 44 18. Itens desvalorizados na torcida 45 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 6 02/02/12 14:56 Tabelas 1. Atlético campeão de Belo Horizonte em 1913. Campeão de Minas Gerais: Morro Velho. Campeão da capital mineira: Athletico Mineiro Clube 119 2. America, o melhor de Belo Horizonte em 1913 120 3. Jogos dos quadros inferiores do America 121 Figuras 1. Seção “Vida Sportiva”, revista Vida de Minas 138 2. Foto da partida entre o América e o Queluziano, notando-se a geral e as arquibancadas 140 3. “Nota de reportagem: Saindo do Prado Mineiro, depois do último match de foot-ball” 141 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 7 02/02/12 14:56 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 8 02/02/12 14:56 Sumário Tarcísio Mauro Vago Prefácio 13 Os organizadores Apresentação 17 O FUTEBOL E O TORCER Parte 1 NO CONTEXTO DA PESQUISA E DA EXTENSÃO Silvio Ricardo da Silva José Alfredo de O. Debortoli Gibson Moreira Praça Torcedores organizados 23 Izabela Guimarães Augusto em Belo Horizonte Tiago Felipe da Silva André Silveira Gomes A escola e o rádio como Marcos de Abreu Melo possibilidades de construção de Luiza Aguiar dos Anjos conhecimentos e de diálogo com Carlos Eduardo D. M. Lages a sociedade tendo o futebol 49 Luiz Gustavo G. Braga como eixo Felipe Vinícius de P. Abrantes Os projetos de extensão do GEFuT HISTÓRIAS DO FUTEBOL Parte 2 E DO TORCER EM MINAS GERAIS Picadinho de Raposa Marcelino Rodrigues da Silva com sopa de Galo 67 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 9 02/02/12 14:56 O futebol em Belo Horizonte e a Raphael Rajão Ribeiro constituição do campo esportivo 91 (1904-1921) Os primórdios do futebol em Belo Horizonte Euclides de Freitas Couto Aspectos do pertencimento clubístico 111 (1908-1927) A invenção do torcer em Georgino Jorge S. Neto Belo Horizonte Da assistência ao pertencimento 129 clubístico (1904-1930) O amadorismo, o profissionalismo, Rodrigo C. B. Moura os sururus e outras tramas O futebol em Belo Horizonte na década 147 de 1930 TORCER, EDUCAÇÃO Parte 3 E REDES DE SOCIABILIDADE As mulheres torcedoras do Cruzeiro Esporte Clube Priscila Augusta F. Campos presentes no Mineirão 167 Suas características e relações com o clube e com o estádio O torcer no futebol como Luiz Gustavo Nicácio possibilidade de lazer 187 e a educação física escolar O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 10 02/02/12 14:56 O futebol em uma cidade do interior de Minas Gerais Tiago Felipe da Silva Os significados do torcer pelo Esporte 203 Clube Democrata À sombra das chuteiras virtuais Mariana Alves Rodrigues Sobre as possíveis relações entre o 221 futebol virtual e o não virtual Futebol e psicologia Marina de Mattos Dantas A instrumentalização do atleta e alguns indícios de uma especialidade 239 emergente Sobre os autores 259 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 11 02/02/12 14:56 O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 12 02/02/12 14:56 Prefácio De muitas maneiras, escritos sobre o futebol vêm sendo produzidos no Brasil. Mas um livro que contemple o futebol, entrelaçado a uma de suas mais instigantes e belas manifestações – o torcer –, já é coisa rara de ler. Foi a esse desafio que se lançou o Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas da Universidade Federal de Minas Gerais (GEFuT-UFMG), que agora, após investimentos de pesquisa e reflexão, compartilha seus achados e suas proposições. Uma das significativas contribuições desta obra coletiva é assumir um modo inovador de pensar o futebol para então pôr em circulação outras e diferentes escritas sobre ele. É o que possibilita aos autores, especialmente, trazer ricas evidências da presença de outros protago- nistas na permanente (re)criação do futebol, tão decisivos como os 22 que estão em campo: as pessoas – tantas pessoas –, que, na condição de torcedoras, buscam e ao mesmo tempo atribuem sentidos ao futebol – são, assim, seus praticantes, de outras formas, tantos jeitos. São homens, são mulheres, são crianças que também participam e partilham desse fascinante jogo. A ele dedicam seu tempo, seus afetos, suas paixões. A ele se entregam, oferecendo seus melhores sentimentos, senão os piores. Nele, buscam alegria e, se por vezes a encontram, em outras tantas experimentam sofrimento e dor. Se por sua causa partilham amizades, também por ele alimentam rixas e ódios de quem sequer se conhece, apenas porque torcem por times diferentes. O futebol e o torcer no futebol nos envolvem, nos exigem, nos mostram, expõem nossas entranhas, nossas pulsões, essa nossa frágil O FUTEBOL NAS GERAIS.indb 13 02/02/12 14:56 O FUTEBOL NAS GERAIS 14 e sempre cambiante condição humana. Se é invenção nossa, somos também por ele inventados como humanos, em um jogo que mistura o delicado e o brutal, que tantas vezes se encontram e se roçam, no campo e fora dele. O que se passa em uma partida de futebol ultrapassa em muito os limites de espaço e de tempo que sua regra impõe. E se alguém acredita mesmo que “a regra é clara” – o que é já motivo de muita controvérsia –, ainda mais e maiores são as polêmicas, os conflitos ou os sururus, antes e após o apito final. Afinal, para apreender e compreender o futebol é preciso considerar mais do que a disposição e os deslocamentos dos jogadores pelo campo, mais que a tática e a plasticidade de cada time, mais que a genialidade de uns poucos e o comum de muitos jogadores. Tudo isso é futebol, sim. Mas tudo isso sem a presença do outro – aquele que torce, que grita, que xinga, que ri ou que chora com o corpo todo – ainda não é o futebol em toda a sua expressão. Os que estão nas arquibancadas (de todos os tipos e feitios, quando existem, aí incluindo cercas, muros, morros, árvores e o que mais se precisar para assistir a uma partida) não contam? E quem dirá que o futebol é só aquele praticado seguindo-se regras oficiais? Como no carnaval cantado por Paulinho da Viola, há também uma plataforma assumida por aqueles que não precisam, não esperam e nem mesmo querem que organizem tanto o seu futebol. Sabem fazer, sabem praticar, até melhor e mais bonito, o futebol que é o deles. Os muitos espaços das cidades, grandes e pequenas, das vilas, da roça – as avenidas, as ruas, as calçadas, as praças, os quintais, as varandas, os terrenos baldios, os pátios, os corredores e as quadras de escolas (e até suas salas, se preciso for), as areias de rios, de praias e de cachoeiras, qualquer canto e recanto, enfim –, transformados por tanta gente em campos (carinhosamente, em campinhos…) de futebol, e futebol prati- cado com regras as mais criativas que fazem nascer mil e mais modos de jogar e de torcer… Ora, esses muitos futebóis contam, sim, e contam muito.
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