CULTURA DIÁLOGOS BRASILEIRA HOJE Presidente da República Michel Temer Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão Fundação Casa de Rui Barbosa Presidente Marta de Senna Diretor Executivo Marcelo Viana Diretor do Centro de Pesquisa Antonio Herculano Lopes Chefe do Setor de Filologia Flora Süssekind Chefe do Setor de Editoração Benjamin Albagli Neto Projeto gráfico do miolo, da capa e da luva: Plano B Edição de texto: Flora Süssekind e Marília Soares Martins Entrevistas suplementares: Marília Soares Martins Preparação e revisão de texto: Rachel Valença e Rosalina Gouveia Equipe de pesquisa biobibliográfica: Flora Süssekind, Tânia Dias, Marília Soares Martins, com a colaboração de Ana Carolina Nascimento, Aline Mendes Soares, Bárbara Bergamaschi e Rachel Dias de Matos (bolsistas FCRB) Pesquisa iconográfica: Flora Süssekind, Marília Soares Martins e Tânia Dias Assistentes de pesquisa iconográfica: Ana Carolina Nascimento e Bárbara Bergamaschi (bolsistas FCRB) Consolidação institucional das autorizações e da compilação imagética: Tânia Dias, com a colaboração de Aline Mendes Soares e Ana Carolina Nascimento (bolsistas FCRB) Verificação dos créditos e refiguração das legendas: Tânia Dias, com a colaboração de Aline Mendes Soares e Ana Carolina Nascimento (bolsistas FCRB) Produção editorial e gráfica: 7Letras Apoio administrativo à produção editorial: Adriana Seixas Magalhães Assistente de produção editorial (FCRB): Rowena Esteves Estagiária de produção editorial (FCRB): Iohanna Sanches Todos os esforços foram realizados para a obtenção das autorizações dos detentores de direitos das imagens reproduzidas nesta publicação. No entanto, nem sempre foi possível obter informações que levassem a encontrar os titulares. Nos poucos casos em que isso ocorreu, informamos que os seus direitos foram reservados. C968 Cultura brasileira hoje : diálogos [recurso eletrônico] / organização, Flora Süssekind e Tânia Dias. – Rio de Janeiro : Fundação Casa de Rui Barbosa, 2018. 3 v. 1 e-book em formato pdf (660 p.) ISBN 978-85-7004-389-4 (v. 2) 1. Cultura – Brasil – Séc. XXI. I. Süssekind, Flora, org. II. Dias, Tânia, org. CDD 306.0981 Letícia Krauss Provenzano CRB-7/6334 CULTURA DIÁLOGOS BRASILEIRA Organização Flora Süssekind e Tânia Dias HOJE 2 “É muito muito mais empolgante e satisfatório para todo mundo quando se tem contemporâneos” (Gertrude Stein, Composition as explanation, 1926) NOTA PRÉVIA (volume 2) Um projeto de longa duração, como a série Cultura Brasileira Hoje: Diálogos, realizada na Fundação Casa de Rui Barbosa, contém inevitavelmente o rastro de uma história institucional mais ampla, a memória de políticas culturais que o tornaram possível e, é claro, a intervenção pessoal daqueles que o idealizaram e levaram adiante. Envolve igualmente muita gente, não apenas o grupo de entrevistados, escritores, artistas, cineastas e intelectuais de diferente formação e de várias gerações e regiões do país, mas também seus entrevistadores, além dos pesquisadores, funcionários e bolsistas ligados ao projeto, que têm nessa dimensão coletiva expansiva um de seus elementos fundamentais de estrutu- ração e transformação. Se na nota introdutória ao primeiro volume de depoimentos sublinhamos o que nos levou a idealizá-los sob a forma de um projeto sistemático de diá- logo entre pesquisa e produção contemporânea, e assinalamos as característi- cas estruturais da série Cultura Brasileira Hoje: Diálogos, na nota ao segundo volume, vamos nos deter brevemente no contexto institucional que possibili- tou a sua realização, a transcrição e a edição dos encontros, assim como a sua publicação em livro. A primeira fase do projeto se iniciou, durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, tendo como ministro da Cultura Gilberto Gil, um período de grande otimismo na Fundação Casa de Rui Barbosa. Os gestores da Casa Rui, oriundos do Centro de Pesquisa da ins- tituição, em particular a diretora da área de pesquisa, a pesquisadora e filóloga Rachel Teixeira Valença, e o então presidente da FCRB, o também pesquisador e escritor José Almino de Alencar, entusiastas do projeto, nos ofereceram todo o apoio necessário, o que foi fundamental para que, durante dois anos seguidos (2004 e 2005), a série Cultura Brasileira: Hoje pudesse manter a periodicidade que idealizáramos e apresentar depoimentos mensais em dupla de artistas e intelectuais brasileiros de diferentes áreas de atuação, que eram gravados em 5 fitas cassete e em vídeo e compilados no acervo audiovisual da Fundação Casa de Rui Barbosa. Ao que se visava, com o projeto, era, por um lado, um redimensionamento do trabalho historiográfico e de estudo textual, assim como da própria noção de cultura literária com que se trabalhava no Setor de Filologia, intensificando a interlocução e a compreensão crítica da hora presente. E, por outro lado, trata- va-se, igualmente, de ampliar e diversificar, de modo sistemático e contínuo, as práticas de registro e de arquivamento até então privilegiadas na Casa de Rui Barbosa. A escolha das duplas, de inteira responsabilidade das idealizadoras e organi- zadoras da série jamais sofreu qualquer imposição, interferência ou censura por parte dos gestores da instituição. Isso desde 2004 até o início de 2017, quando se realizou o último encontro incluído nestes volumes. E, enquanto essa independência se mantiver, pretendemos prosseguir com os encontros, no ritmo possível tendo em vista as condições de funcionamento da instituição. Sempre trabalhamos com uma lista bastante vasta de duplas pré-imaginadas e de depoentes, que era guiada fundamentalmente pela contribuição de cada um ao seu campo literário, intelectual, artístico ou interartístico de atuação e também pelo potencial do diálogo que se poderia estabelecer de forma ampla com os cenários da cultura, da crítica e da política cultural contemporânea bra- sileira. É claro que nem sempre foi possível convidarmos algumas das duplas imaginadas naquele momento, e alguns dos encontros planejados levariam anos para se realizarem. Outros até hoje ainda não foram possíveis. Ora por dificuldades financeiras ou burocráticas, que nos impediram, por exemplo, de cobrir de modo mais sistemático todas as regiões do país; ora porque outras instituições já se dedicavam a isso (como é o caso de muitos músicos, que nos diziam já ter dado depoimento para o Museu da Imagem e do Som, e encerra- vam assim a questão), ora por questões de agenda ou de afinidade intelectual e artística entre os convidados; ora porque alguns convidados sonhavam com formas de pagamento absolutamente indisponíveis no serviço público ou sim- plesmente porque muita gente das áreas de artes e cultura hesita em discutir publicamente o próprio trabalho, em formular explicitamente uma poética e pensar sobre o seu lugar de atuação no contexto contemporâneo. Esses foram apenas alguns dos empecilhos com que tivemos que lidar. Outra questão que logo se impôs, diante da qualidade e densidade dos depoi- mentos e debates em contraposição ao registro sofrível dos vídeos e áudios, foi a necessidade de conseguirmos meios para editar o material compilado por nós. Recebemos, ao longo dos anos, incontáveis pedidos de acesso a esses encontros, que infelizmente não eram de fácil decodificação nas fitas de que dispúnhamos. 6 Foi somente em 2010 que essa possibilidade começou a tomar forma. Nesse momento, quando já haviam sido estabelecidos na FCRB, cinco anos antes, os programas de bolsas científicas (Programa de Iniciação Científica/Pibic-CNPq e Programa de Incentivo à Produção do Conhecimento/FCRB), pudemos con- tar com o auxílio de uma bolsista – Rachel Dias de Matos – que, por dois anos, praticamente sozinha, transcreveu e reviu transcrições amadoras anteriores de mais de 60 horas de fitas gravadas. A participação da bolsista, então cursando a graduação em letras, foi fundamental inclusive porque, ao percebermos seu entusiasmo diante do testemunho de autores e artistas que muitas vezes jamais estudara, tivemos a certeza da relevância também didática daquele material no âmbito das áreas abrangidas pelo projeto. Cabia à bolsista fazer uma transcrição literal dos diálogos sem omitir quais- quer elementos característicos da linguagem falada. Buscava-se com isso res- peitar o estilo de fala de cada um, pois nele se atualizam formas particulares do pensamento e da realização poética, crítica e intelectual do grupo de depoen- tes. Ainda desse processo inicial de revisão das transcrições participaram Júlia Lanzarini de Carvalho e Gabriela da Silva Santos Pinheiro. Com a volta ao projeto de Rachel Dias de Matos agora já graduada, em 2013, e com a entrada das bolsistas Clarissa Oliveira Nanchery (2013), Aline Mendes Soares (2014) e Nina Vincent Lannes (2014) iniciou-se o trabalho de edição e revisão, enviando-se, a princípio, as transcrições aos depoentes para que eles mesmos editassem ou complementassem seus textos. Pouquíssimos, porém, puderam se ocupar dessa difícil tarefa, e com a lentidão do trabalho, realizado em meio às pesquisas e aos estudos em curso, resolvemos interromper tempo- rariamente os encontros da série até que estivessem editados os já realizados e registrados. Apenas em 2015, quando a pesquisadora Lia Calabre se tornou presidente da Fundação Casa de Rui Barbosa (pela primeira vez em eleição direta pelos fun- cionários da instituição), quando o país já se encontrava no segundo mandato de Dilma Rousseff, foi que pudemos retomar a série, com a garantia de que se tentariam conseguir verbas para a publicação dos depoimentos. Mas, de fato, só se conseguiria essa
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