UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA VLÁDIA DA SILVA SOUZA AS DIVISAS INTERESTADUAIS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE SOBRE A PERMANÊNCIA DO LITÍGIO TERRITORIAL ENTRE O CEARÁ E O PIAUÍ FORTALEZA 2020 VLÁDIA DA SILVA SOUZA AS DIVISAS INTERESTADUAIS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE SOBRE A PERMANÊNCIA DO LITÍGIO TERRITORIAL ENTRE O CEARÁ E O PIAUÍ Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutora em Geografia. Orientador: Prof. Dr. Francisco Amaro Gomes de Alencar. FORTALEZA 2020 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará Biblioteca Universitária Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a) S584d Silva Souza, Vládia da. As divisas interestaduais brasileiras : uma análise sobre a permanência do litígio territorial entre o Ceará e o Piauí / Vládia da Silva Souza. – 2020. 219 f. : il. color. Tese (doutorado) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências, Programa de Pós-Graduação em Geografia , Fortaleza, 2020. Orientação: Prof. Dr. Francisco Amaro Gomes de Alencar. 1. Limites interestaduais. 2. Litígio territorial. 3. Ceará. 4. Piauí. I. Título. CDD 910 VLÁDIA DA SILVA SOUZA AS DIVISAS INTERESTADUAIS BRASILEIRAS: UMA ANÁLISE SOBRE A PERMANÊNCIA DO LITÍGIO TERRITORIAL ENTRE O CEARÁ E O PIAUÍ Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Geografia da Universidade Federal do Ceará, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Doutora em Geografia. Aprovada em 11/12/2020. BANCA EXAMINADORA _____________________________________________________ Prof. Dr. Francisco Amaro Gomes de Alencar (Orientador) Universidade Federal do Ceará (UFC) _____________________________________________________ Prof. Dr. Antônio Cardoso Façanha Universidade Federal do Piauí (UFPI) ____________________________________________________ Prof. Dr. José Levi Furtado Sampaio Universidade Federal do Ceará (UFC) _____________________________________________________ Prof. Dr. Manoel Fernandes de Sousa Neto Universidade de São Paulo (USP) _____________________________________________________ Prof. Dr. Manuel Domingos Neto Universidade Federal Fluminense (UFF) _____________________________________________________ Prof. Dr. Raimundo Jucier Souza de Assis Universidade Federal do Piauí (UFPI) À minha avó Ivone (In memorian), pois o fato de eu ter chegado até aqui remonta ao que você fez por mim em minha infância. Nada disso seria possível sem você. AGRADECIMENTOS Como diria Fernando Brant e Milton Nascimento (1978), “Mas é preciso ter força, é preciso ter raça, é preciso ter gana sempre”. Esse longo processo de doutoramento me fez ter a certeza do quanto há de verdade nessa frase. Os desafios que esses quatro anos me impuseram foram muitos, assim como muitas foram as vezes em que tive que me reinventar e muitos foram os momentos em que achei que não conseguiria, e o que posso dizer agora é que a pesquisadora que iniciou este trabalho em 2016 não é a mesma que o finda em 2020. Ao final do primeiro ano de doutorado, a vida me presentou com o mais belo presente que poderia ter: minha Lia, minha flor, meu amor eterno. A maternidade foi um dom e, também, foi o primeiro desafio que tive que enfrentar: aprender a ser mãe e reaprender a pesquisar. Qualifiquei com minha filha nos braços, revezando as madrugadas entre o cansaço, o sono, as leituras, a escrita e as mamadas. Quando finalmente aprendi a ser pesquisadora ao mesmo tempo que mãe, a vida me apresentou mais uma surpresa: a convocação do concurso para assumir o cargo de professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará (IFCE). Lembro-me como se fosse hoje, um misto de alegria e desespero que compartilhei quando me vi trabalhando em um município totalmente desconhecido, distante 320 km de Fortaleza, distante da minha filha, distante da minha família e distante do meu lar. Mesmo assim sou grata pela família IFCE que Tauá me proporcionou e pela forma como tão acolhedoramente fui recebida. Agora eu teria que aprender a ser a mãe, a doutoranda e a professora. Desafio este que, ao fim de 2019, acreditei ter conseguido superar. 2020 chegou e com ele leituras e escritas fluindo, parecia inacreditavelmente perfeita a sincronia das tarefas que consegui realizar sendo mãe, pesquisadora e professora. Tudo parecia se encaixar. Até que março chega trazendo consigo doenças, medo, insegurança e uma rotina extremamente exaustiva e estressante, regadas à tão desconhecida COVID-19 e ao trabalho remoto. Aqui, no meu lar, do qual eu passava três dias por semana distante, sentindo a saudade da família, aqui, nesse lar, eu tive que, mais uma vez, me reinventar, aprender a ser a mãe, a pesquisadora e a professora que trabalha remotamente, dividindo todo o tempo entre a maternidade, atividades do lar, trabalho, pesquisa e quase nenhum tempo para si. Aqui nesse lar, que me fazia tanta falta, eu chorei inúmeras vezes de cansaço, porque queria dormir, assistir a um filme, porque estava cansada de pensar, porque achava que não iria conseguir. Chorei, como choro agora, porém, neste momento as lágrimas são de alegria, porque eu estava errada, porque eu consegui. Porque eu tive e tenho força, raça, gana e “a estranha mania de ter fé na vida”. Eu não teria conseguido isso se estivesse sozinha ao longo dessa caminhada. Então, nesse momento da minha vida, em que um ciclo se concretiza e outros começam, agradecer é um ato de fundamental reconhecimento a todas as pessoas que, de maneira direta ou indireta, contribuíram para que essa pesquisa fosse concluída. Diante da imensa alegria que este momento me concede, quero deixar registrado os meus mais sinceros agradecimentos a Deus, razão de tudo que existe, por me fazer resiliente e persistir, mesmo diante do cansaço. Por sempre ter me conduzido aos caminhos certos, por ser a minha força, por nunca me deixar só, por ser o motivo de minha existência e a razão de minha fortaleza. À minha mãe e, principalmente, à minha avó Ivone (In memorian), porque eu sei que nada disso seria possível sem você, vozinha. Espero que onde estiver saiba que você salvou a minha vida, devo muito do que sou hoje a você. Ao meu amor, pilar, esposo, amigo e companheiro Cleyton, por toda paciência, compreensão e por todo o amor a mim dedicado. Por ser esse paizão para a Lia, por ter segurado a barra tantas vezes, para garantir que eu me relegasse aos momentos de solidão da escrita e, claro, por ter me auxiliado na execução das minhas tabelas. À minha filha, minha pequena Lia, que é o meu amor maior, a luz que ilumina os meus dias, a razão da minha felicidade e por quem eu me faço tão forte. Filha você me deu forças para continuar. Ao amigo, professor e orientador Amaro, pela valiosa orientação, pela confiança a mim prestada, por me fazer acreditar em mim e por sempre me encorajar a seguir em frente. Você, professor, foi a figura mais parecida de um pai que já tive na minha vida, obrigada por tanto apoio que o senhor me deu a cada desafio que galguei e a cada conquista que alcancei. Minha gratidão será eterna. Aos professores Levi Furtado, Manuel Domingos, Manoel Fernandes, Antônio Façanha e Raimundo Jucier, que gentilmente aceitaram fazer parte da banca de defesa dessa tese, assim como à professora Florice Raposo, que esteve presente na minha banca de qualificação e acompanha meu desenvolvimento acadêmico desde o início da graduação. Ao colega Antônio Rodrigues, que me acompanhou desde o mestrado, por estar sempre à disposição e por toda a atenção a mim concedida. À amiga Juliana que me acompanha nas pesquisas desde o mestrado, por, mesmo sendo tão atarefada, sempre disponibilizar tempo para me ajudar, seja com os mapas, seja lendo meu texto, seja dizendo: eu tenho certeza de que você vai conseguir. Ju, eu não tenho palavras para expressar o tamanho do carinho e gratidão que sinto por você. À amiga da turma de doutorado Ívna, iniciamos o doutorado como colegas e desenvolvemos uma amizade linda que levarei para a vida. Agradeço a você, porque todas as vezes em que eu achei que não ia conseguir, você estava lá para me acalmar, para suavizar as dores que esse processo de pesquisa nos traz. Você estava aqui, mesmo fisicamente longe, para me consolar quando eu precisava e para comemorar quando eu conseguia. Sou grata a Deus, porque nesse processo doloroso que foi o doutorado, Ele me presenteou com sua amizade. Aos amigos Lucas, meu querido My, e Kennedy, meu querido Kennin, por tantas vezes em que compartilhamos relatos de pesquisas, momentos de angústias, momentos de alegrias. Eu amo vocês! À amiga, “xovem” Cássia, que me ensinou português tão bem. Você foi um do grandes presentes que o IFCE me deu, estar com você significa rir, significa aprender, significa ser uma feminista melhor. Aprendi, cresci e gargalhei muito com você, que a vida nos proporcione mais disso. Obrigada por me ajudar com as dúvidas de português, mas principalmente, obrigada por existir na minha vida e amenizar as dores de saudade da minha família, quando estamos em Tauá. Ao amigo Ronald, outro presente que o IFCE me deu, obrigada pelas riquíssimas contribuições na parte histórica do meu trabalho, obrigada pela amizade, pela parceria, pelos momentos de risadas e discussões intelectuais profícuas. Levarei você e Magdala no meu coração. Ao meu amigo mais lindo, mais engraçado, mais solícito, mais fofo, Saulo, por sempre estar presente quando preciso. Obrigada pelo companheirismo, levarei nossa amizade para a vida toda. À amiga Andreia, nos tornamos amigas antes de nos conhecer, ao desbravar os desafios que a caminhada no IFCE nos impôs. Tenho imenso carinho e admiração por você, obrigada pela reciprocidade, parceria e cumplicidade que temos. Às mais lindas, maravilhosas e radiantes Rai, Antônia (minha Tonton), Ludovida, Karine – The house’s sisters – os dias em Tauá não seriam os mesmos sem vocês.
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