Trajetoria-Floresdacunha.Pdf

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Trajetória Política Nascido em Santana do Livramento, em 1880, Flores da Cunha governou o Rio Grande do Sul 1930 a 1937. Formado em Direito, foi delegado de Polícia na capital federal e iniciou a carreira política como deputado estadual, ao retornar aos pampas e se filiar ao Partido Republicano Rio-Grandense (PRR). Depois, elegeu-se para a Câmara Federal e, posteriormente, prefeito de Uruguaiana. Em 1930, já como senador, apoiou a candidatura presidencial de Getúlio Vargas e a revolução deflagrada naquele ano. Com a vitória do movimento, Flores da Cunha foi imediatamente nomeado interventor federal no Estado. Já governador constitucional em 1935, começou a se afastar do presidente. Em 1937, rompido com Vargas, foi forçado a deixar o governo gaúcho e exilou-se no Uruguai. Voltou ao Brasil só cinco anos depois, quando cumpriu pena de nove meses na Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Em 1945, elegeu-se deputado constituinte pela União Democrática Nacional (UDN). Na Câmara Federal, exerceu seguidos mandatos até janeiro de 1959. Síntese das realizações de Flores da Cunha no Governo do Rio Grande do Sul: Assumiu como Interventor em 28.11.1930, já que Getúlio Vargas assumira a Presidência do Brasil em decorrência da Revolução iniciada em 3 de outubro de 1930. 1. Ajuste fiscal a) No Tesouro: esse estava exaurido com as despesas com a Revolução. A partir de 1931 já conseguiu restabelecer o equilíbrio, que foi mantido em todo o seu período de governo. b) Na Viação Férrea: o equilíbrio foi atingido a partir de 1932. 2. Criação da Bolsa de Fundos Públicos de Porto Alegre (Bolsa de Valores) – Decreto nº 4.850, de 19.8.1931. 3. Criação do Instituto Sul Rio-Grandense de Carnes – Decreto nº 5.648, de 13.7.1934. 4. Criação da Secretaria de Agricultura, Indústria e Comércio – Decreto nº 5.969, de 26.6.1935 (Primeiro titular: Raul Pilla). 5. Instituto do Vinho (serviços de assistência técnica; serviços experimentais; e serviços de pesquisas) 6. Instituto do Mate 7. Instituto do Pinho 8. Instituto do Arroz (IRGA). 9. Criação do Instituto de Previdência do Estado (IPE) – Decreto nº 4.842, de 8 de agosto de 1931. 10. Criação do Tribunal de Contas do Estado do RS – Decreto nº 5.975, de 26.6.1935. 11. Criação do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, como parte integrante da Brigada Militar – Decreto nº 6.197, de 6.4.1936. 12. Criação do Juizado de Menores de Porto Alegre mediante o Decreto nº 5.367, de 1º de julho de 1933, do então Interventor Flores da Cunha, com o respectivo Abrigo, uma Escola de Reforma e um Conselho de Assistência e Proteção para colocar em prática o Código de Menores – Decreto nº 17.943, de 12.10.1927. 13. Criação da Imprensa Oficial em 1934, sendo que a 1º de junho de 1935 o “Diário Oficial” substituiu o jornal “A Federação”. 14. Criou a Universidade de Porto Alegre (constituída pelas Faculdades de Medicina e Direito, as Escolas de Engenharia, Agronomia e o Instituto de Belas Artes) – Decreto nº 5.758, de 28.11.1934. Primeiro reitor: Desembargador André da Rocha. 15. Criação, na Universidade, da Faculdade de Educação, Ciências e Letras – Decreto nº 6.194, de 30.3.1935. 16. Criação da Secretaria dos Negócios da Educação e Saúde Pública – Decreto nº 5.969, de 26 de junho de 1935. – Primeiro titular: Othelo Rosa. 17. Criação do Conselho Estadual de Educação – Decreto nº 6.105, de 25 de novembro de 1935. 18. Construção do prédio da Escola Normal de Porto Alegre (Instituto de Educação Flores da Cunha), que funcionava anteriormente no centro, na esquina da Duque de Caxias com a Marechal Floriano (hoje pertencente ao Colégio Sévigne). 19. Os festejos do Centenário da Revolução Farroupilha, em 1935, redundaram na urbanização do atual Parque Farroupilha. 20. Construção da primeira rodovia de concreto armado e macadame, como a de Porto Alegre – São Leopoldo (antiga “faixa velha”, que constitui a avenida principal de Esteio e Sapucaia, passando em São Leopoldo, por dentro do Horto Florestal da CEEE). 21. Na ferrovia, construiu a variante Barreto-Gravataí (lembrando em termos ferroviários, a rodovia Tabaí-Canoas), encurtando o caminho de Porto Alegre a Santa Maria. 22. Em seu período de Governo, mas não por sua iniciativa, mas da Sociedade de Engenharia, sendo apresentado projeto de lei pelo Deputado Alexandre Martins da Rosa, foi aprovada a criação do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem, com votação em 14.7.1937. 23. Em 1936 criou a Frota Rio-Grandense (para escoar a produção gaúcha via marítima). Foi encampada pelo Loide Brasileiro após os acontecimentos de 1937. 24. Municípios criados em sua administração: Carazinho e Santa Rosa (1931); Arroio do Meio, Farroupilha e Getúlio Vargas (1934). Fonte: Regina Portella Schneider. Flores da Cunha; o último gaúcho legendário. Porto Alegre: EST; Martins Livreiro, p. 119-155. .

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