Tempos De Revoltas No Brasil Oitocentista: Ressignificação Da Cabanagem No Baixo Tapajós (1831-1840)

Tempos De Revoltas No Brasil Oitocentista: Ressignificação Da Cabanagem No Baixo Tapajós (1831-1840)

1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA WILVERSON RODRIGO SILVA DE MELO TEMPOS DE REVOLTAS NO BRASIL OITOCENTISTA: RESSIGNIFICAÇÃO DA CABANAGEM NO BAIXO TAPAJÓS (1831-1840) Recife 2015 2 WILVERSON RODRIGO SILVA DE MELO TEMPOS DE REVOLTAS NO BRASIL OITOCENTISTA: RESSIGNIFICAÇÃO DA CABANAGEM NO BAIXO TAPAJÓS (1831-1840) Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Pernambuco, como exigência parcial para a obtenção do título de Mestre em História. Orientador: Prof.º Dr. Flávio Weinstein Teixeira. Recife 2015 Catalogação na fonte Bibliotecária Helena Azevedo, CRB4-1737 M528t MELO, Wilverson Rodrigo Silva de. Tempos de revoltas no Brasil Oitocentista: Ressignificação da cabanagem no baixo Tapajós (1831-1840) / Wilverson Rodrigo Silva de Melo. – Recife: O autor, 2015. 271 f. : il. ; tab.; Bibliogr. 30 cm. Orientador: Prof. Dr. Flávio Weinstein Teixeira. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. CFCH. Programa de Pós-Graduação em História, 2015. Inclui referências. 1. História. 2. Revoltas, Insurreições. 3. Brasil Oitocentista. 4. Baixo- Tapajós. 5. Cabanagem. I. Teixeira, Flávio Weinstein (Orientador). II. Título. 981.01 CDD (22.ed.) UFPE (CFCH2015-93) 3 4 A meu alicerce emocional; A minha avó materna, Dinair (in memorian), pelas inúmeras conversas e histórias sobre a Amazônia que tivemos durante a infância e tempo de convivência, as quais despertaram, o meu interesse sobre a Cabanagem no Baixo Amazonas, Tapajós e Arapiuns. A Eunice, minha avó paterna, pelas inúmeras orações e intercessão, creio que durante este longo processo de alguma maneira me ajudaram a enfrentar e vencer desafios. José Ruimar, meu pai, pela compreensão nos momentos de ausência ao longo deste trabalho. A minha mãe, Valdenira, pelo incentivo, companheirismo, cumplicidade e contribuições neste. Aos meus irmãos Guilherme e Ricardo que colaboraram neste, com seus abraços e carinho. Aos estudantes e Pesquisadores que militam no Projeto Memórias da Cabanagem. Por vocês, parte do que sou, dedico-lhes este trabalho. 5 AGRADECIMENTOS Um trabalho de pesquisa desta dimensão demanda tempo, engajamento, horas de leituras, e em meu caso, também me custaram alguns fios de cabelos (risos). No entanto, ainda que os homens sejam dotados de atributos para sobreviverem sozinhos, é de nossa natureza constituir relações, instituir caminhos de interdependência. Um velho sábio um dia me disse: “Quem constrói paredes, constrói isolamento, quem constrói pontes, constrói relacionamentos”. Embora atualmente a visibilidade material seja este trabalho, ele não nasceu pronto, muitos foram os amigos e colaboradores que, nos bastidores, contribuíram de forma ímpar para a reflexão de muitos pontos desta dissertação. Mas, a simpatia e aproximação com o tema da Cabanagem começou antes mesmo da graduação. Ainda cursando o Ensino Médio, já me deleitava a ler obras e artigos sobre o tema, porém foi no cerne da Universidade que a visão acerca do tema foi ampliada. Quero registrar aqui as reflexões, orientações e pontuações da Prof.ª Dra. Francisca Canindé na graduação em História no Centro Universitário Luterano de Santarém (CEULS/ULBRA). Professora, sua competência, gentileza e simplicidade marcaram o meu caminhar acadêmico. Muito obrigado pela bibliografia sugerida e, outras vezes, até mesmo concedida, para a construção de trabalhos acadêmicos e do Projeto de Mestrado lá em 2011. Entre os amigos do tempo de graduação, faço questão de lembrar-me de Everaldo de Sousa Pereira, ou como eu chamava “Seu Everaldo”, amigo engajado e animador de minhas pesquisas. Você foi uma fonte de inspiração. Sendo o aluno mais velho da classe, depois de anos sem voltar à escola, você galgou pelo término do Ensino Médio e o acesso à Universidade. Não foram poucas às vezes em que depois das aulas à noite, íamos para sua casa (também lanchonete) e ficávamos fazendo trabalhos, leituras e reflexões de meus trabalhos durante horas. Muito obrigado a você, Everaldo, à sua esposa Valdirene, e ao seu filho Junior por terem me aturado (risos). Faço uma pausa especial para agradecer a amizade e contribuição do amigo Prof.º Dr. Florêncio Almeida Vaz, frade franciscano, antropólogo e ativista indígena, 6 professor na Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém. Florêncio, sem dúvida, você foi um dos grandes responsáveis por este trabalho, por ter me possibilitado adentrar nos meandros da Cabanagem. Lembro-me de tê-lo conhecido em um “Seminário de Arqueologia” em Santarém realizado em maio de 2009 na Universidade Federal do Pará (UFPA), na ocasião eu era apenas um estudante de graduação no 1º semestre do Curso de História na ULBRA, e Florêncio estava em fase de conclusão e defesa de Tese na UFBA. Durante o evento surgiu a proposta de criar uma comissão para trabalhar em parceria com o IPHAN e Florêncio gentilmente sem me conhecer, apenas de ter ouvido algumas falas minha no evento, apontou-me para presidir a comissão na categoria discente (talvez ele nem lembre disso, risos). O importante, quero destacar, é que depois deste encontro, só encontrei meu amigo antropólogo por um acaso, em Abril de 2010, quase um ano depois, na saída de uma xerox próximo à Igreja de Fátima na avenida São Sebastião. Foi este encontro que me inseriu de vez nas discussões sobre a Cabanagem. Perguntei a Florêncio sobre sua Tese e, em meio a um rápido diálogo, ele comentou sobre uma excursão que iria ocorrer no final dos meses de maio e junho – a Caravana da Memória Cabana -, a partir daquele encontro me agreguei a ele na organização desta Caravana, e a trilha pelos caminhos da historiografia da Cabanagem ocorreriam de forma natural, ou como ele mesmo diz, de forma “meteórica” (risos). Quero agradecer imensamente a todos os membros que compuseram a Caravana da Memória Cabana, por terem permitido inserir-me nesta expedição que documentou muitas entrevistas sobre a memória coletiva da Cabanagem em Maio de 2010. Quero registrar meus agradecimentos à Deborah Goldemberg (antropóloga), Florêncio Almeida Vaz (antropólogo), Leandro Mahalem de Lima (antropólogo), Nicolau Kietzmann (jornalista), Cristiano Burlan (cineasta), Clodoaldo Corrêa (cinegrafista), Karime Rubez (fotógrafa), Juan Jerez (Músico clássico e engenheiro), Aline Binns (artista plástica), os acadêmicos de Direito da UFPA e UFOPA (Edivan Arapiun, Renan Maurício, José Renato e Daniele Barroso), Seu Miranda (chefe de cozinha da expedição) e Deusdete (guia comunitário). Em particular, agradeço às contribuições epistêmicas do antropólogo, Dr. Leandro Mahalem de Lima da USP. Em 2010, os diálogos e trocas de saberes 7 ampliaram minha visão sobre as fontes documentais e a historiografia ligada ao tema da Cabanagem. Mas a conclusão do Mestrado só seria possível mediante o ingresso no programa do PPGH/UFPE, por isso agradeço a Valéria, Luizinho, Ramon e Seu Joaquim, que me hospedaram em Belém em novembro de 2012, ainda durante o processo de seleção do Mestrado em História da UFPE. Sem dúvidas, eu não teria conseguido a aprovação, sem a gentileza e cordialidade de vocês durante o mês todo em que me viram chegando e saindo de casa. Lembro-me que lá ia eu, saindo de ônibus de Belém para Recife, mas retornando com muitas histórias de aventuras para contar (risos), mas faz parte, os maus bocados também nos amadurecem. A vocês meu muito obrigado. Sou grato à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) por ter me acolhido e propiciado toda a estrutura necessária para minha formação de pesquisador. Igualmente agradeço à agência de fomento CAPES, que tem se empenhado para ampliar os avanços na pesquisa e educação no Brasil, fazendo isto pelo estímulo e investimento na formação de mestres e doutores, enfatizo que sem a bolsa da CAPES este trabalho não teria sido possível de realizá-lo. Quero registrar meus agradecimentos às secretárias do PPGH, Sandra Regina e Patrícia Regina, muito obrigado pelo tratamento cordial e profissional, agradeço demais pelos muitos “galhos quebrados”, pela compreensão de minhas adversidades compartilhadas com vocês. Recordo-me de tomar o tempo de Sandra logo no início do Curso, para me informar como exatamente funcionavam todos os tramites da Pós-Graduação em História da UFPE. Novamente muito obrigado, porque na reta final da Defesa de Dissertação, vocês tiveram muita paciência ao ouvirem minha voz praticamente todos os dias (risos), quando eu ligava de Santarém para a secretaria do PPGH vocês até já conheciam minha voz (risos). Grato também sou pela agilidade e cordialidade de vocês no processo de pós-banca e colação de grau extra, sem dúvidas, só foi possível graças a vocês. Agradeço aos professores do PPGH/UFPE, em especial a Regina Beatriz, Isabel Guillen, Antonio Torres Montenegro, Durval Muniz de Albuquerque, Marcus Carvalho, e a Prof.ª Lady Selma do PPGA/UFPE. As discussões em sala de aula, as conversas em gabinete, as conversas no elevador (Marcus Carvalho), as sugestões 8 de bibliografias e tratos metodológicos foram fundamentais na elaboração desta Dissertação. A você Prof.º Dr. Antonio Torres Montenegro, faço um agradecimento especial, pois minha escolha pelo PPGH/UFPE se mesclou com o objetivo de estudar e aprender sobre os conceitos e metodologias da história oral; o senhor é uma das maiores autoridades do tema na América Latina. Recordo-me que no primeiro contato em meados de 2012 sua cordialidade e gentileza se estenderam a ação de se propor a ler e corrigir o projeto de Mestrado. Muito obrigado professor, pois sua leitura ímpar naquele momento lapidou a coluna vertebral do “Frank Stein”, e hoje a criatura [dissertação] está finalmente acabada. Agradeço aos amigos/colegas do Curso de Mestrado, pelas discussões teóricas em sala de aula e pelas sugestões de fontes e arquivos em Recife, em especial agradeço a Dirceu Marroquim, Anderson Bruno, Paulo Souto, Tasso Araújo, Jônatas Cruz (todos do PPGH/UFPE), Kalhil Gilbran (UFRPE), Grasiela Morais (Mestre em História pela UFRPE e aluna ouvinte no PPGH). Obrigado por acolherem este santareno/paraense na terra do frevo e dos maracatus-nação.

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