UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS INSTITUTO DE ARTES FRANCISCO DARLING LOPES DO NASCIMENTO OBRAS DIDÁTICAS ORIGINAIS PARA VIOLA E SUA UTILIZAÇÃO NO ENSINO DE GRADUAÇÃO NO BRASIL: INVESTIGAÇÃO E PANORAMA HISTÓRICO DE SEU DESENVOLVIMENTO. ORIGINAL DIDACTIC WORKS FOR VIOLA AND THEIR USE IN UNDERGRADUATE COURSES IN BRAZIL: RESEARCH AND HISTORICAL PANORAMA OF THEIR DEVELOPMENT. CAMPINAS 2017 FRANCISCO DARLING LOPES DO NASCIMENTO OBRAS DIDÁTICAS ORIGINAIS PARA VIOLA E SUA UTILIZAÇÃO NO ENSINO DE GRADUAÇÃO NO BRASIL: INVESTIGAÇÃO E PANORAMA HISTÓRICO DE SEU DESENVOLVIMENTO. ORIGINAL DIDACTIC WORKS FOR VIOLA AND THEIR USE IN UNDERGRADUATE COURSES IN BRAZIL: RESEARCH AND HISTORICAL PANORAMA OF THEIR DEVELOPMENT. Dissertação apresentada ao Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Mestre em Música, na área de Música: Teoria, Criação e Prática. Dissertation presented to the Arts Institute at the University of Campinas in partial fulfillment of the requirements for the degree of Master in Music, in the area of Music: Theory, Creation and Practice. ORIENTADOR: PROF. DR. EMERSON LUIZ DE BIAGGI ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELO ALUNO: FRANCISCO DARLING LOPES DO NASCIMENTO, E ORIENTADO PELO PROF. DR. EMERSON LUIZ DE BIAGGI. CAMPINAS 2017 BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO FRANCISCO DARLING LOPES DO NASCIMENTO ORIENTADOR - PROF. DR. EMERSON LUIZ DE BIAGGI MEMBROS: 1. PROF. DR. EMERSON LUIZ DE BIAGGI 2. PROF. DR. ESDRAS RODRIGUES SILVA 3. PROF. DR. RICARDO LOBO KUBALA Programa de Pós-Graduação em MÚSICA do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno. Campinas, 22 de agosto de 2017 Dedico este trabalho às minhas amadas e guerreiras mães, dona Fátima e dona Ana, à minha doce e delicada Mara, aos meus valorosos mestres e aos amigos e irmãos dessa vida. Dedico também ao inspirador Jorge Kizsely (in memoriam) AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu professor e orientador, Prof. Dr. Emerson De Biaggi, pelo empenho, dedicação e por ter acreditado que seria possível a realização deste trabalho, além de toda a paciência para com minhas limitações. Agradeço a todos os professores, tão fundamentais, que fizeram parte dessa caminhada. Em especial ao professor Ricardo Kubala, que me iniciou e inspirou este assunto e aos queridos professores da pós-graduação dos institutos de arte da UNICAMP e da UNESP pelas magnificas aulas complementares. Não posso deixar de agradecer de forma especial também, a cada um dos grandes professores de viola das universidades brasileiras, que prontamente se dispuseram a participar da nossa entrevista. Agradeço ao apoio, carinho e entusiasmo da minha amada esposa Mara, sem o qual nos momentos mais difíceis, estaria perdido. Obrigado a minha família e minha avó Maria (in memoriam) que ainda em vida pode presenciar este meu avanço. Quero agradecer também aos meus amigos pela paciência com meus sumiços e pelo apoio, sem eles a vida não seria igual: Jonatas, Douglas, Tiago, João, Cristiano, Jessé, Everton, Caio, Anderson, Gusta, Lemuel, Emmena, Nilson e tantos outros importantes. Obrigado Bel Rebello pela valorosa fonte de pesquisa, amizade e dicas. Obrigado a ABRAV pelo generoso convite e obrigado a UNICAMP pela oportunidade de aprofundar meus estudos. “For me, the story is in the sound, perhaps perfection is in imperfection. I may never be as virtuosic as a violinist, or as heroic as a cellist. I’d rather play the imperfect instrument." (Jennifer Stumm) RESUMO É senso comum entre os instrumentistas de cordas que existe pouco repertório original para viola e uma quantidade menor ainda de obras didáticas compostas originalmente para esse instrumento, como: Métodos, Estudos e Caprichos. Restaria assim aos violistas o uso de material transcrito, geralmente do violino, em seu processo de aprendizado. Buscando verificar a veracidade desta premissa e de que forma ela se formou no desenvolvimento histórico do instrumento, realizamos investigação bibliográfica, consultando livros, artigos e teses, bem como sites da internet, editoras e o currículo de conservatórios. Usamos autores como: Frédéric Lainé, Maurice Riley, Steven Lewis Kruse e Ulisses Carvalho da Silva entre outros. Também foi feita uma pesquisa com professores de 15 universidades brasileiras que lecionam em cursos de graduação em viola, objetivando descobrir o material pedagógico utilizado, de que forma esse material se relaciona com o processo histórico estudado e de onde vêm as tradições de ensino empregadas. Descobrimos farto e abundante material didático original para viola, de vários períodos e níveis, provando a imprecisão da premissa inicial. Por outro lado, constatamos incipiente utilização de obras originais nos cursos de graduação em viola no Brasil, fruto da replicação do ensino de obras transcritas. Contudo, constatamos o progressivo conhecimento e adoção das obras didáticas originais. Palavras-chave: Viola. Obras didáticas. Métodos. Estudos. Caprichos. ABSTRACT It is common sense among string players that there is little original repertoire for the viola, and fewer didactic works composed exclusively for this instrument, such as: Methods, Studies and Caprices. Therefore, violists should be restricted to employing transcribed material, usually from the violin, in their learning process. In order to verify the veracity of this assumption, we did bibliographical research on books, articles and thesis, as well as on internet sites, publishers and curricula of conservatories. We use authors like: Frédéric Lainé, Maurice Riley, Steven Lewis Kruse and Ulisses Carvalho da Silva among others. We also carried out a research with 15 professors at Brazilian universities, in the scope of undergraduate viola courses, in order to find out what pedagogical material is employed, in what way this material is related to the historical process studied and where the teaching traditions employed come from. The results of this investigation revealed a vast and abundant didactic material originally composed for the viola, from various periods and technical levels, proving the imprecision of the initial premise. On the other hand, the use of original works is still incipient in undergraduate courses in Brazil, result of the replication of teaching transcribed works. However, we note the progressive knowledge and adoption of original didactic works. Key words: Viola. Didactic Works. Methods. Studies, Caprices. LISTA DE IMAGENS Figura 1 Divisão do estudo segundo Flesch ............................................................................. 20 Figura 2 Partes da viola ............................................................................................................ 32 Figura 3 Viola modelo Otto Erdesz. ......................................................................................... 37 Figura 4 Viola modelo Hiroshi Iizuka. ..................................................................................... 37 Figura 5 Viola arpa. .................................................................................................................. 38 Figura 6 Viola Contralto modelo Vuillaume. ........................................................................... 38 Figura 7 Viola Pellegrina. ....................................................................................................... 39 Figura 8 Viola modelo Tertis.................................................................................................... 39 Figura 9 Modelo Stradivari 38,8 cm e Viola-Alta 48,5 cm, ..................................................... 44 Figura 10 Anonyme français, Bal à la cour des Valois Vers 1580 ........................................... 46 Figura 11 Balthasar de Beaujoyeulx. (1582). Balet Comique De La Royne............................ 47 Figura 12 Chrétien Urhan. ........................................................................................................ 75 Figura 13 Professor Théophile Laforge. ................................................................................... 81 Figura 14 Conservatório de Bruxelas. ...................................................................................... 83 Figura 15 Hermann Ritter. ........................................................................................................ 85 Figura 16 Lillian Fuchs. .......................................................................................................... 88 Figura 17 Maurice Vieux. ......................................................................................................... 91 Figura 18 Professores do conservatório de Paris. ................................................................... 100 Figura 19 Universidades no Brasil ......................................................................................... 120 Figura 20 Cursos mais antigos................................................................................................ 122 Figura 21 Local de formação dos professores ........................................................................ 124 Figura 22 Locais e níveis de cursos ........................................................................................ 127 Figura 23 Nacionalidade dos professores ............................................................................... 130 Figura 24 Formação como instrumentista .............................................................................
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