Paulo Renato Da Silva

Paulo Renato Da Silva

PAULO RENATO DA SILVA ¿ALPARGATAS SÍ, LIBROS NO? Produção Cultural e Legitimidade Política durante o Governo de Perón (1946-1955). CAMPINAS 2009 i FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IFCH - UNICAMP Silva, Paulo Renato da Si 38a Alpargatas sí, libros no? Produção cultural e legitimidade política durante o governo de Perón (1946-1955) / Paulo Renato da Silva . - - Campinas, SP : [s. n.], 2009. Orientador: José Alves de Freitas Neto. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. 1. Peronismo. 2. Intelectuais. 3. Difusão cultural. I. Freitas Neto, José Alves de . II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. III.Título. (sfm/ifch) Título em inglês: Alpagatas sí, libros no? Cultural production and political legitimacy during the government of Perón (1946-1955) Palavras chaves em inglês (keywords) : Peronism Intellectuals Cultural diffusion Área de Concentração: História Cultural Titulação: Doutor em História Banca examinadora: Janice Theodoro da Silva , Maria Helena Rolim Capelato, Miriam Viviana Garate, Leandro Karnal, José Alves de Freitas Neto Data da defesa: 05/06/2009 Programa de Pós-Graduação: Historia ii À minha esposa Rosangela, pessoa inigualável. Ao meu avô Mário, que partiu durante esta caminhada. À Ana Júlia e Alice, provas de que a vida continua...e muito bem. v AGRADECIMENTOS Esses agradecimentos se misturam a uma necessidade de me declarar para algumas pessoas que são importantes para mim afetivamente, talvez por eu estar tão distante fisicamente da maioria delas. Agradeço à minha mãe Terezinha que, sem nenhuma intenção, construiu a minha primeira imagem acerca da Argentina e do peronismo através de uma gravação de Não chores por mim Argentina, interpretada pela cantora Cláudia, que escutava em uma fita cassete. Ao meu pai Wilson, que segue me surpreendendo como Pai, com letra maiúscula. Ao meu irmão Wilson e minha cunhada Raissa que me proporcionaram uma das maiores alegrias deste período, batizar minha sobrinha Alice. Ao meu irmão Eduardo com quem dividi tantas incertezas nesta caminhada. Obrigado pelo apoio, pela presença tão forte em minha vida, por ser o melhor amigo que um irmão pode ter. À minha querida irmãzinha Ana Júlia, cujo “beijinho doce” apaga tudo o que não importa. Ao meu avô Mário por tantas histórias deliciosas sobre o seu passado e do interior paulista. Saudades eternas. Ao meu sogro Vicente e minha sogra Maria Dalva, pessoas de fé inabalável, o meu muito obrigado pelas sinceras e constantes orações. O mesmo agradeço às minhas tias Néia, Zobeide e Marlene. Ao meu cunhado Ronaldo e minhas cunhadas Isabel e Tatiane pelo carinho de sempre. À Rosangela pelo privilégio de tê-la como esposa, amiga, companheira e incentivadora incondicional. Essas palavras são muito pouco perto do que você representa em minha vida. A Ricardo, Ana Flávia, Fernando, Fabiana, Juce, Alessandra, Vanessa e Aline, queridos amigos desde os tempos da graduação. À Eliane Morelli, querida amizade surgida nos bancos da pós. vii A Ivia e João, com os quais compartilho o particular interesse pela história argentina. A Alexandre, Lisandra, Ângela e Eliana pelas noites inesquecíveis de boa comida e excelentes conversas. Ao meu orientador José Alves de Freitas Neto pelo aprendizado e tantos estímulos nos rastros da América; ao meu amigo “Zé” por tantos bons momentos compartilhados. Aos professores Leandro Karnal e Miriam Gárate pelos comentários na banca de qualificação. Espero, na medida do possível, ter avançado desde então. Ao professor Karnal por ter me acompanhado em meus primeiros passos na História da América. Às professoras Maria Helena Rolim Capelato e Janice Theodoro por terem aceitado participar da defesa. Não poderia deixar de agradecer aos colegas, amigos e alunos do curso de História de Porto Nacional da Universidade Federal do Tocantins. À Cida e Rita pela generosidade sobretudo nos primeiros dias. A Ana Lúcia e Samuel pela paciência em me esclarecer tantas dúvidas. À Paulete e Temis pela amizade em um momento em que buscava – e busco – novas referências. Pesquisar nos arquivos argentinos é um exercício de paciência, é montar um quebra cabeça, pois raramente se encontra uma coleção completa. Exceção foi a excelente biblioteca da Academia Argentina de Letras. Não me lembro do nome das duas senhoras que lá trabalhavam, mas gostaria de agradecê-las pela atenção, pelo empenho em procurar tantos materiais e pela inabalável noção de bem público: não realizaram nenhum questionamento sobre o meu interesse em pesquisar aqueles materiais. A mesma facilidade em solicitar os materiais encontrei na Biblioteca Nacional da Argentina, ainda que sejam lamentáveis as lacunas e o estado de conservação de determinadas coleções, vítimas, inclusive, de goteiras. Finalmente, agradeço ao CNPq e à FAEP pela bolsa e pelo financiamento que viabilizaram o desenvolvimento deste trabalho. viii O amor e a amizade desconhecem a distância. ix RESUMO. Esta pesquisa levantou a produção cultural argentina durante o governo de Juan Domingo Perón (1946-1955). O estudo indicou a existência de uma expressiva produção cultural alinhada com o peronismo, resultado de uma política cultural do governo. Entretanto, essa política cultural não prevaleceu na produção cultural do período. A ascensão de Perón não impediu o reconhecimento de escritores antiperonistas como Borges, Bioy Casares, Victoria Ocampo e Julio Cortázar, dentre outros, ligados à tradição liberal argentina. Além disso, entre os próprios peronistas, as propostas culturais do governo provocaram divergências quanto à centralidade do nacionalismo, à formação que deveria ser dada aos setores populares e ao legado da tradição liberal. Palavras-Chaves: peronismo; intelectuais; produção cultural; setores populares. ABSTRACT. This research investigated Argentina’s cultural output during the government of Juan Domingo Perón (1946-1955). The study identified the existence of substantial cultural output aligned with Peronism as a result of the government’s cultural policies. However, these policies did not completely direct the country’s cultural production during this period. For instance, Perón’s rise to power did not prevent recognition of antiperonist writers such as Borges, Bioy Casares, Victoria Ocampo, and Julio Cortázar, among others, who represented Argentina’s liberal tradition. In addition, the government’s cultural proposals led to meaningful disagreements among the Peronists themselves over the centrality of nationalism, the training proffered to the population at large, and the legacy of the liberal tradition. Keywords: Peronism; intellectuals; cultural production; popular sectors. xi SUMÁRIO INTRODUÇÃO.....................................................................................................................1 CAPÍTULO I. HISTORIOGRAFIA E PRODUÇÃO CULTURAL NA (DES)CONSTRUÇÃO DA HEGEMONIA PERONISTA..............................................15 A historiografia sobre o movimento operário e a criação da hegemonia peronista..............22 Gino Germani e a Sociologia Científica...............................................................................23 Gino Germani e a Literatura argentina..................................................................................29 Murmis e Portantiero: a aliança de classes e a “revisão” de Germani..................................31 Daniel James: resistência e integração ou integração e resistência?.....................................35 A historiografia sobre o movimento operário argentino e a “concretização” do discurso peronista................................................................................................................................41 Década de 1990: crise, historiografia sobre o peronismo e a consolidação do cultural...................................................................................................................................43 CAPÍTULO II. PERCURSOS DE ESCRITORES ANTIPERONISTAS EM TEMPOS DE PERÓN..........................................................................................................................59 Preenchendo o “vazio” cultural.............................................................................................60 Borges, escritor argentino.....................................................................................................67 Um peronista continuador de Borges e um poeta homenageado por peronistas e antiperonistas.........................................................................................................................81 De Emagrecer comendo a Victoria Ocampo: uma comparação entre dois catálogos da editora Sudamericana (1941/42-1950)..................................................................................85 De catálogos a cartas e diários de escritores: perseguições políticas e produção cultural durante o governo de Perón...................................................................................................89 Percursos de escritores antiperonistas em um “território” peronista: a vida cultural argentina a partir do La Prensa controlado pela CGT........................................................................100 xiii CAPÍTULO III. FIERRO NÃO ESTÁ SÓ: PROPOSTAS E PERIÓDICOS CULTURAIS NACIONALISTAS DURANTE O GOVERNO DE PERÓN...............113 Peronismo, nacionalismo e política cultural.......................................................................113 A cultura no discurso de Perón e Evita...............................................................................116

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