PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC- SP LUCIANO DEPPA BANCHETTI MEMÓRIAS EM JOGO: FUTEBOL, SELEÇÃO BRASILEIRA E AS COPAS DO MUNDO DE 1950 E 1954. MESTRADO EM HISTÓRIA SOCIAL SÃO PAULO 2011 No tombo: Luciano DeppaBanchetti MEMÓRIAS EM JOGO: FUTEBOL, SELEÇÃO BRASILEIRA E AS COPAS DO MUNDO DE 1950 E 1954. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC- SP LUCIANO DEPPA BANCHETTI MEMÓRIAS EM JOGO: FUTEBOL, SELEÇÃO BRASILEIRA E AS COPAS DO MUNDO DE 1950 E 1954. MESTRADO EM HISTÓRIA SOCIAL Dissertação apresentada à Banca Examinadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em História Social, sob a orientação da Prof.ª Dr.ª Estefânia Knotz Canguçu Fraga. SÃO PAULO 2011 Banca Examinadora ________________________________ ________________________________ ________________________________ Para minha mãe, Locádias. Pessoa queencarna a figura materna na mais romântica concepção do termo. Ela é a responsável. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, instituição que apoiou a pesquisa. Aos professores do Programa de Pós-graduação em História Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo que, sem exceção, ofereceram larga contribuição à pesquisa e a minha formação. E, à Betinha, secretária do programa, sempre disposta a ajudar. À professora Estefânia KnotzCanguçu Fraga que, com paciência, me orientou pelos caminhos da academia e contribuiu decisivamente para o resultado deste trabalho. Ao professor Fábio Franzini. Aqui apenas repito o que me acostumei em dizer sempre que o encontro: muito obrigado! Serei eternamente grato pelos lançamentos magistrais - dignos de Jair e Zizinho - que por diversas vezes me ofereceu, deixando-me apenas na obrigação de completar e sair para oabraço. Obrigado também à sua esposa, Elaine Lourenço. Ao professor Antônio Rago Filho que, prontamente, aceitou fazer parte da banca – mais um craque que, em muito, contribuiu com o andamento desta pesquisa. Ao professor Wanderson Fábio de Melo, por toda a sua dedicação em me ajudar a desenvolver o projeto que enviei para tentar a vaga no mestrado que, agora, concluo. Outra jogada sensacional, oferecida por um grande mestre a este banheira que tenta aproveitar as oportunidades. A Ricardo Mazzone e a seu pai, Antônio Mazzone, que em um gesto de generosidade, após um rápido contato - obrigado, Rafael (PUC-RJ) - e percebendo meu interesse por Thomaz Mazzoni, convidaram-me para uma agradável conversa que se deu na residência da família. Pude perceber que os frutos deixados por Mazzoni não se tornam aparentesapenas no meio futebolístico, no seio de seus familiares também. Aos funcionários do Arquivo Público do Estado de São Paulo, da Biblioteca da Federação Paulista de Futebol, da Biblioteca Municipal Oswaldo Eleutério (Barueri) e aos colaboradores do Instituto Museu da Pessoa.net, agradeço pelo apoio oferecido. À dona Olga Prusaits, que se prontificou em realizar as traduções que precisei. À Sandra e seu noivo que também me ofereceram apoio. Aos diversosprofessores que passaram pela minha vida e trouxeram tantos significados para o caminho que percorro. Dentre tantos, mesmo com o receio de não citar todos os nomes que deveria, não consigo deixar de mencionar ao menos os de alguns, como o de Eduardo Bonzato, de Maria Odila, de Maria Antonieta, de Reinaldo Rossi,de José Antonio, de Lúcio Menezes, de Geraldo, de Lurdinha – carinhosamente assim chamada, a minha primeira professora. Contribuições inestimáveis que preenchem meu espírito. Aos colegas do programa que, com suas intervenções, contribuíram para muitas das reflexões aqui expostas. À Lídia Noêmia, ao Edney, à amiga Regiane, ao MarceloRasta, ao Luiz Chorro, ao Leonardo Nunes, ao Rafael, ao Regis, à Micheli Tito, à Rita, ao Henrique, à Eliana, ao Cícero, à Nadia, ao Paulo, à Bebel, ao Marcelo (e nossa lembrança do The Warriors). Em especial, agradeço também à Célia – torço por seu doutorado!- e ao Felipe, que trilhou a batalha concomitantemente e que faz do futebol e dos estudos, uma ação divina. Agradeço aos professores, colegas de trabalho, Mônica Tavares, Vânia, Andreia, Edenir, Renato (in memoriam), Sandro, Cleide, Nelson, Vera, Regina e à diretora Vânia Santos. Pessoas experientes que, juntamente com todos os demais membros da comunidade escolar EMEF Francisco Zacarioto,muito me trouxeram certezas de que o caminho da educação foi minha melhor escolha. À amigaZuleika, craque da área que, mesmo com suas inúmeras tarefas, contribuiu decisivamente com este trabalho, principalmente nos momentos de maior abatimento - sempre driblando sua corintianisse, não posso deixar de dizer que, nesse tempo de mestrado, também foi ótimo ter tido a quem lembrar os três anos de invencibilidade palestrina no derby. Devo muito aos amigos, mesmo enquanto estava imerso nos estudos. Lembrar das brincadeiras, dos churrascos, das cervejadas, das discussões clubísticas e das peladas, sem dúvida, eram um grande lenitivo; melhor ainda, quando foi possível colocar em prática essas atividades fundamentais para a saúde. Por isso, agradeço àqueles que passaram a fazer parte imprescindível de minha vida e de minha família e que, pelo meu coração verde, passaram a ser identificados por seus respectivos clubes de coração: Marcos Palestrino-Palmeirense, Éder Corintiano, Kelma Palmeirense (que sempre destaca a relação entre memória e o ato de torcer) e Rogério Sãopaulino, Roberta Palmeirense, Paulinha e André Corintianos. Além da Dani Dadário e da Tati Brondi Corintianas, do Vitor Palmeirense (historiador, nato!)e do José Francisco Corintiano (craque da história, também um grande incentivador). Ao meu sobrinho Alax (exclusivamente, para mim, Zé ), a minha irmã Paula Deppa (linda, quando veste-se de Palmeiras) e ao meu cunhado Fábio Santista, estudioso do futebol que, como se não bastasse ter me ajudado com indicações interessantes, sempre deixa escancarada a porta de sua generosa geladeira, revestida com o lema: “Mi cerveza tu cerveza” . Ao meu pai,por manter as portas de casa sempre abertas epor me legar o amor pelo Palmeiras. A minha mãe, por tudo. E, por recomeço (jamais, por fim!), à Ligia que, na distância sempre se fez presente e na presença se faz intensa. (...) hoje, as culturas do mundo colocadas em contato umas com as outras de maneira fulminante e absolutamente consciente transformam-se, permutando entre si, através de choques irremissíveis, de guerras impiedosas, mas também através de avanços de consciência e de esperança que nos permitem dizer - sem ser utópicos e mesmo sendo-o - que as humanidades de hoje estão abandonando dificilmente algo em que se obstinavam há muito tempo - a crença de que a identidade de um ser só é válida e reconhecível se for exclusiva, diferente da identidade de todos os outros seres possíveis. EdouardGlissant RESUMO Luciano DeppaBanchetti Memórias em jogo: futebol, Seleção Brasileira e as Copas de 1950 e 1954. Há o devido espaço para as memórias e histórias do futebol? Existe uma memória do universo futebolístico que se faz mais difundida? Ao buscar respostas para tais questões, é possível perceber que, apesar de toda a diversidade e do alcance do fenômeno nas mais diversas regiões do país,contraditoriamente, identifica-se o predomínio de uma memória do futebol no Brasil que se faz divulgada constantemente através dos mais variados meios, ou seja, há uma tendência à busca pela singularidade, ao estabelecimento de uma visão do passado que procura repetir alguns dados e, na mesma intensidade, acaba por silenciar outros, constituindo, dessa forma, uma ideia que se pretende generalizante do que seria um modelo de futebol brasileiro.Assim, considerando o quanto é intensa a relação entre futebol e memória, esta dissertação tem por objetivo principal problematizar as construções a respeito do passado do universo futebolístico, buscando analisar a trajetória percorrida por alguns membros desse meio das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, nos momentos que envolveram a participação da Seleção Brasileira nas primeiras Copas do Mundo do pós-guerra, mais exatamente, do período de abstinência da disputa da Taça Jules Rimet, nos anos 1940, aos dias movimentados dos jogos dos Campeonatos Mundiais de 1950 - realizado no Brasil - e de 1954 - vivido em território suíço. Através da análise de diversas fontes, como jornais (especialmente os da Fundação Cásper Líbero), revistas e memórias, procurou-se ressaltar as expectativas, as euforias e as decepções, entre diversos sujeitos participantes de diferentes grupos diretamente envolvidos com o universo do futebol da época – autoridades de Estado, dirigentes esportivos, jogadores, imprensa, torcedores. Histórias que contribuíram para tornar o futebol esse fenômeno social de enorme relevância que se verifica atualmente. Palavras-chave: Futebol. Seleção Brasileira. Memórias. Imprensa. História Social. ABSTRACT Luciano DeppaBanchetti Memory Conflict: Football, Brazilian National Team and World Cups 1950 and 1954 Is there a proper space for memories and stories about football? Is there a memory of the football world which becomes more widespread? In seeking answers to these questions, it is possible to perceive that despite all the diversity and importance of the phenomenon in several regions of the country, we can, in contradiction, identify the predominance of a single memory of the football in Brazil, widely spread through a variety of means. This demonstrates that there is a tendency to look for uniqueness, to establish a vision of the past that tries to constantly repeat some data and, at the same intensity,
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