Renato Pinto Ferreira Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa. Universidade Fernando Pessoa Porto 2010 Renato Pinto Ferreira Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa. Universidade Fernando Pessoa Porto 2010 Renato Pinto Ferreira Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa. Trabalho apresentado à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Mestre em Ciências da Comunicação no Ramo de Jornalismo. IV Sumário A televisão é companhia constante nos lares portugueses e em todo o mundo, apesar de muitos não olharem a televisão com bons olhos. Em Portugal, os canais mais vistos continuam a ser 3 dos 4 canais generalistas emitidos em sinal aberto – a RTP1, a SIC e a TVI -, sendo que os canais por cabo já são mais vistos do que a RTP2. A programação televisiva, encarada como sendo mais que a soma dos programas – de vários tipos - introduzidos numa grelha, é a estratégia dos directores de programas para agarrar as audiências que, nos três canais mais vistos, assistem a uma programação muito idêntica. Ressalta-se actualmente a preferência dos telespectadores pela ficção nacional da TVI, que é segundo um dos responsáveis pela programação do canal a grande aposta da estação, líder de audiências. Olhar a audiência como um conjunto de cidadãos é obrigação do serviço público de televisão com direito a Contrato de Concessão para os canais RTP1 e RTP2. Eduardo Cintra Torres, por exemplo, é muito crítico em relação a esse papel actual dos dois canais públicos. Abstract Television is constant company in portuguese homes and all over the world, despite the fact that many don´t look to television with good eyes. In Portugal, the more seen channels still are three of the four main channels spread in open signal – the RTP1, SIC and TVI -, and the payed channels are already more seen than RTP2. Television programming, seen as more than the sum of the programmes – of various types - inserted in the plan, is the strategy of the programmers to catch the audiences that, in the three more seem channels, watch a very identical programmation. Nowadays, we have to emphasize the preference of the spectators to the national fiction of TVI, that is according to one of the programmers of the channel the big bet of it, leader of audiences. Looking at audiences as a group of citizens is obligation of television’s public service with a Concession Contract for the channels RTP1 e RTP2. Eduardo Cintra Torres, for instance, is very critical in what concerns to the present role of the two public channels. V Agradecimentos Agradeço ao professor Doutor Ricardo Jorge Pinto a disponibilidade de ter sido o meu orientador nesta dissertação de mestrado. Não posso esquecer de agradecer também aos meus pais pelo apoio a todos os níveis para a feitura deste mestrado e dissertação. Agradeço também à Elda Ferreira por ter acompanhado - ouvindo, apoiando e dando força - a construção desta dissertação desde o seu início. VI Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa Índice: Introdução ………………………………………………………………………….…. 4 Parte 1 – Contextualização teórica Capítulo I – A nossa televisão ………………………………………………………... 7 1.1 – A televisão: relação amor-ódio …………………………………………………... 7 1.2 – Canais generalistas Vs Canais temáticos ……………………………………….. 13 1.3 – Paleotelevisão Vs Neotelevisão Vs Hipertelevisão …………………………….. 17 1.4 – Olhar a audiência de televisão ………………………………………………….. 20 Capítulo II – A programação televisiva …………………………………………..... 24 2.1 – Programa e Programação ……………………………………………………….. 24 2.2 – Características da programação ………………………………………………… 26 2.3 – Estratégias de programação …………………………………………………..… 28 2.4 – Tipos de programas .............................................................................................. 35 Parte 2 – Os 4 canais generalistas em Portugal Capítulo I – RTP 1 e 2, SIC e TVI – História ………………………………...…… 39 1.1 – RTP1 ……………………………………………………………………………. 39 1.2 – RTP2 ……………………………………………………………………………. 41 1.3 – SIC ……………………………………………………………………………… 42 1.4 – TVI ……………………………………………………………………………… 43 Capítulo II – Programação dos quatro canais generalistas portugueses …….….. 44 2.1 – Grelha de programação de um dia da semana dos 4 canais ……………………. 44 2.2 – Breve análise da programação do dia da semana ……………………………..... 46 2.3 – Grelha de programação de um Domingo dos 4 canais ………………………..... 48 2.4 – Breve análise da programação de Domingo ……………………………………. 50 Capítulo III – Caracterização das audiências em Portugal ……………………..... 51 1 Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa Capítulo IV – Obrigações legais na programação ……………………...….……… 61 4.1 – Lei da Televisão …………………………………………………………...……. 61 4.2 – Contrato de concessão do serviço público de televisão ………………………… 63 Capítulo V – Análise de discurso de responsáveis pela programação televisiva dos 4 canais ……………………………………………………………………………….. 68 5.1 – O perfil do programador ……………………………………………………...… 69 5.2 – O papel da televisão …………………………………………………………….. 72 5.3 – Critérios de escolha da programação ………………………………………….... 74 5.4 – Caracterização de cada um dos canais ………………………………………….. 76 5.5 – Programas que melhor caracterizam os canais …………………………………. 78 5.6 – Tendências para o futuro da programação em Portugal ………………………... 81 Capítulo VI – A visão do crítico: Eduardo Cintra Torres ………………………... 84 Conclusão …………………………………………………………………………..... 90 Bibliografia ……………………………………………………………………………92 Anexos ………………………………………………………………………………... 95 2 Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa Índice de Figuras: Figura 1 – Shares de audiência de Setembro de 2009 ………………………...……… 54 Figura 2 – Evolução do share de audiência mensal em percentagem …………...…… 55 Figuras 3 e 4 – Estrutura da Oferta e da Procura por tipo de programa ……………… 57 Figura 5 – Estrutura da oferta dos canais de Janeiro a Março de 2009 ………………. 58 Figura 6 – Estrutura da procura dos canais de Janeiro a Março de 2009 …………….. 59 Índice de Tabelas: Tabela 1 – Grelha de programação de uma quinta-feira dos quatro canais generalistas portugueses ……………………………………………………………………..…….. 44 Tabela 2 – Grelha de programação de um Domingo dos quatro canais generalistas portugueses …………………………………………………………………………… 48 Tabela 3 – Top Programas de Setembro de 2009 ……………………………….……. 56 Tabela 4 – Audiências do dia 22 de Outubro de 2009 ……………………………….. 56 3 Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa Introdução Este trabalho pretende falar sobre televisão. Dentro dela abordaremos a programação televisiva como forma de abordar este fenómeno da “janela para o mundo” que está há muito tempo já enraizada no quotidiano dos cidadãos por todo o mundo. Após uma contextualização teórica acerca do papel da televisão na sociedade e outros enquadramentos de caracterização actuais deste meio que poderemos considerar transversais à escala planetária, debruçar-nos-emos sobre a realidade portuguesa, mais concretamente ao cenário oferecido pelos quatro canais generalistas portugueses emitidos em sinal aberto: a RTP1, a RTP2, a SIC e a TVI. Os motivos de escolha de tal tema para a dissertação de mestrado são fáceis de explicar. O autor tem uma abordagem positiva ao meio de comunicação social televisão. Mantém uma relação próxima com a TV: antes de mais enquanto telespectador atento e apaixonado a tudo o que passa no pequeno ecrã, tanto a nível nacional como numa escala global; e também por já ter dado o seu contributo, a nível profissional e enquanto apresentador de televisão, através de trabalho realizado em dois canais por cabo, ao que se poderá somar a vontade de no futuro poder contribuir ainda mais. São inúmeras as questões para as quais tentaremos obter respostas ao longo deste trabalho. Algumas delas são as seguintes. Qual a percepção do papel que a televisão poderá efectivamente desempenhar na sociedade? De que forma podemos abordar a crescente importância dos canais por cabo? Que fase da realidade televisiva estamos nós a viver e quais as diferenças em relação à televisão do passado? Como podemos nós olhar e perceber as audiências de televisão? O que é a programação de um canal? Que estratégias usam os programadores para tentar garantir o máximo de audiências? De que géneros televisivos podemos nós falar, entre a grande oferta dos canais? Estas questões no que diz respeito a uma primeira parte de contextualização teórica. Depois, na segunda parte do trabalho, falaremos da realidade portuguesa no tocante aos quatro canais generalistas emitidos em sinal aberto. Que canais e que história dos mesmos temos para toda a população portuguesa que possui uma televisão em casa? A que obrigações legais estão sujeitos esses canais na prossecução dos seus 4 Teorias e práticas da Programação Televisiva: a realidade portuguesa objectivos? O que é isso de serviço público de televisão? Como é a programação desses canais? Quem vai à frente nas audiências durante o período de construção deste trabalho? Quais as ideias-chave de responsáveis ligados à programação destes quatro canais generalistas portugueses? De que forma podemos olhar criticamente para a programação destes canais portugueses? Para responder a estas e outras questões, fomos procurar atentamente numa bibliografia diríamos relevante neste tipo de estudos (relevante porque foi a seguida pelos autores portugueses que se debruçaram e debruçam sobre este fenómeno), o que podemos e devemos dizer sobre programação televisiva e os canais que temos. Para além da consulta
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