2011/2012 TENDÊNCIAS 2012 2011/2012 TENDÊNCIAS Governo Federal Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República Ministro Wellington Moreira Franco Fundação pública vinculada à Secretaria de Socicom – Federação Brasileira das Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação o Ipea fornece suporte técnico e institucional às ações governamentais – possibilitando a formulação de inúmeras políticas públicas e programas de desenvolvimento brasileiro – e disponibiliza, para a sociedade, pesquisas e estudos realizados por seus técnicos. Presidente José Marques de Melo Presidente Vice-Presidente Marcio Pochmann Ana Silvia Lopes Davi Médola Diretor de Desenvolvimento Institucional Diretora Administrativa Geová Parente Farias Anita Simis Diretor de Estudos e Relações Econômicas Diretora Relações Internacionais e Políticas Internacionais, Substituto Margarida Maria Krohling Kunsch Marcos Antonio Macedo Cintra Diretor de Relações Nacionais Diretor de Estudos e Políticas do Estado, Elias Gonçalves Machado das Instituições e da Democracia Alexandre de Ávila Gomide Site: www.socicom.org.br Diretora de Estudos e Políticas Macroeconômicas Socicom Vanessa Petrelli Corrêa Federação Brasileira das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação Diretor de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2050, 3º. e Ambientais Andar – Bela Vista, SP Francisco de Assis Costa CEP 01318-002 E-mail: [email protected] Diretor de Estudos e Políticas Setoriais de Inovação, Regulação e Infraestrutura Carlos Eduardo Fernandez da Silveira Diretor de Estudos e Políticas Sociais Jorge Abrahão de Castro Chefe de Gabinete Fabio de Sá e Silva Assessor-chefe de Imprensa e Comunicação Daniel Castro Ouvidoria: http://www.ipea.gov.br/ouvidoria URL: http://www.ipea.gov.br 2011/2012 TENDÊNCIAS Organizadores Daniel Castro José Marques de Melo Editor João Claudio Garcia Rodrigues Brasília, 2012 © Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – ipea 2012 Panorama da comunicação e das telecomunicações no Brasil / organizadores: Daniel Castro, José Marques de Melo.- Brasília : Ipea, 2012. 4 v. : gráfs., tabs. Inclui bibliografia. Conteúdo: v. 1. Indicadores.- v. 2. Flagrantes.- v. 3. Memória.- v. 4. Tendências. ISBN 978-85-7811-138-0 1. Comunicação. 2. Telecomunicações. 3. Análise Histórica. 4. Brasil. I. Castro, Daniel. II. Melo, José Marques de. III. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. CDD 384.0981 As opiniões emitidas nesta publicação são de exclusiva e inteira responsabilidade dos autores, não exprimindo, necessariamente, o ponto de vista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ou da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas. SUMÁRIO APRESENTAÇÃO..................................................................................7 CAPÍTULO.1 INDÚSTRIAS CRIATIVAS E DE CONTEÚDOS DIGITAIS – 2011.........................9 Alexandre Kieling CAPÍTULO.2 SERVIÇOS, APLICATIVOS E CONTEÚDOS DIGITAIS MULTIPLATAFORMAS – AVANÇOS NO CAMPO PÚBLICO DE TELEVISÃO DIGITAL .............................95 Cosette Castro CAPÍTULO.3 MAPA COGNITIVO: ENSINO DA COMUNICAÇÃO NO BRASIL ....................195 Maria Cristina Gobbi CAPÍTULO.4 PERSPECTIVAS E ANÁLISES DAS TENDÊNCIAS PROFISSIONAIS E OCUPACIONAIS PARA A ÁREA DE COMUNICAÇÃO NO BRASIL ................273 Andréa Ferraz Fernandez CAPÍTULO.5 A REGULAÇÃO NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES E COMUNICAÇÃO NO BRASIL ..................................................................315 Monique Menezes CAPÍTULO.6 COMUNICAÇÃO E TELECOMUNICAÇÕES NOS PAÍSES BRICS E MERCOSUL ...........................................................................................379 Irene Cristina Gurgel do Amaral APRESENTAÇÃO Estudar e compreender a comunicação e seus ramos é desafio que não esmorece à medida em que avançam as pesquisas no Brasil. O processo de digitalização das mídias transforma o espectro de atuação de profissionais vinculados a processos comunicacionais em algo ainda mais vasto, espraiando-se para atividades que há apenas duas décadas encontravam-se restritas à informática, ao desenho industrial ou às telecomunicações. O advento da interação em plataformas de comunicação ocasiona uma revolução de efeitos ainda imprecisos para a democracia e a liber- dade de expressão. Essa interação, permitida pelo progresso tecnológico que proporciona ban- cos de dados inimagináveis há 30 anos, reunindo em portais cada vez mais com- plexos material em vídeo, áudio, videojogos, texto, desperta-nos para uma revo- lução comunicacional. A comunicação de massa deixa de ser a protagonista que imperou até o final do século 20 e, paulatinamente, cede espaço à comunicação digital fragmentada, por meios cada vez mais numerosos. Bens de consumo ainda acessíveis a poucos no Brasil, a TV com internet, os tablets, e os smartphones de última geração oferecem ao público a prerrogativa de escolher entre aplicativos e conteúdos extremamente diversificados. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Federação Brasilei- ra das Associações Científicas e Acadêmicas de Comunicação (Socicom) trazem, portanto, sua contribuição ao estudo desse cenário dinâmico e suas implicações sobre o ensino superior, a formação profissional, as tendências ocupacionais, as novas tecnologias, os marcos regulatórios, além de seus reflexos em países BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do Mercosul. O material exposto nas próximas páginas é resultado de uma Chamada Pública (nº 50 de 2011) lançada pelo Ipea, com o objetivo de selecionar pes- quisadores para seis áreas temáticas do projeto Panorama da Comunicação e das Telecomunicações: estado do conhecimento 2011; indústrias criativas e de conteúdos digitais 2011; tendências profissionais, ocupacionais e do terceiro setor no campo da comunicação 2011; serviços, aplicativos e conteúdos digitais multiplataformas para o campo público; regulação; e indicadores e perfil nacio- nal. Chegou-se a uma verdadeira radiografia dessa área do conhecimento que não se limita a revelar o estado da arte, mas, como adianta o título deste volu- me, aponta tendências e, sobretudo, posiciona-se como embasamento valioso à formulação de políticas públicas. 8 Panorama.da.Comunicação.e.das.Telecomunicações.no.Brasil.2011/2012 No entanto, os indicadores aqui analisados, assim como os investimentos públicos voltados para estudos que permitam um melhor conhecimento sobre o campo da comunicação no Brasil, estão distantes do necessário. A iniciativa do Ipea e da Socicom é uma colaboração de grande relevância ao debate e deve servir de motivação para que outros entes públicos debrucem-se sobre o tema e incenti- vem a busca por políticas mais adequadas em termos de infraestrutura e conteúdo da comunicação, e acesso democrático. O avanço tecnológico e o ritmo intenso de transformações nessa indústria demandam, ainda, outros indicadores que abram novas frentes de pesquisa, por exemplo, sobre economia criativa. O acompanhamento eficaz de características como os serviços de última geração, os profissionais atuantes em nichos extrema- mente recentes e os aplicativos desenvolvidos em quantidade e qualidade pro- porcionarão matéria-prima essencial à análise de impactos sociais e econômicos. Uma boa leitura a todos! João Cláudio Garcia Editor CAPÍTULO 1 INDÚSTRIAS.CRIATIVAS.E.DE.CONTEÚDOS.DIGITAIS.–.2011 Alexandre Kieling1 1.TENDÊNCIAS O universo das indústrias criativas e de conteúdos digitais ainda é um terreno que não se encontra seguramente delimitado tanto no campo conceitual, como na abordagem genérica, que procura dar conta das atividades criativas de produção de arte, conhecimento e/ou informação que gerem propriedade intelectual, obje- to cultural ou serviço que resultem em algum valor (CAVES, 2001)2. A era pós-industrial, que se encaminhava pelo consumo imaterial em con- tramarcha ao consumo material da era industrial, resulta numa economia sim- bólica (BORDIEU, 1996) que gera novos processos de produção, circulação e consumo que, na sociedade do conhecimento e/ou da informação (CASTELS, 1999), perturbam o controle e a verticalização das grandes indústrias de produção cultural e de entretenimento. Sobretudo, em razão de que o processo econômico não se restringe apenas à produção em escala massiva, mas também movimenta-se rumo à segmentação e aos nichos. Com a aproximação do processo criativo à tecnologia, que desembocou no recente fenômeno que, progressivamente, digitaliza todas as etapas da realização criativa, da distribuição e do acesso aos bens culturais, gerando esse tencionamen- to entre os sistemas verticais (grandes conglomerados ou cadeias hierarquizadas) e os horizontais (arranjos produtivos locais e clusters), alimentou-se a ideia de distinção entre os processos industriais introduzindo, inclusive, a perspectiva da indústria de conteúdos digitais. Esta última categorizada particularmente pela digitalização das mídias ou meios analógicos (rádio, jornal, TV, fotografia), pelo armazenamento e circulação de dados e pelo desenvolvimento de videojogos. 1. Alexandre Kieling – Doutor em Comunicação e professor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da Uni- versidade Católica de Brasília, e-mail [email protected]; Daniel Pedroso – Mestre em Comunicação, doutorando e coordenador da TV Unisinos - Universidade do Vale do Rio dos Sinos (RS), e-mail [email protected]; colaboraram com a pesquisa as mestrandas
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