UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA FACULDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO Eric Alves Dias OBSCURIDADE E CULTO AO MORTUÁRIO: Uma analogia entre o Romantismo e o movimento Grunge Juiz de Fora Agosto de 2015 Eric Alves Dias OBSCURIDADE E CULTO AO MORTUÁRIO: Uma analogia entre o Romantismo e o movimento Grunge Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação em comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito para obtenção do título de mestre em Comunicação Social. Orientador: Prof. Dr. Aluizio Ramos Trinta. Juiz de Fora Agosto de 2015 Eric Alves Dias Obscuridade e culto ao mortuário: uma analogia entre o Romantismo e o movimento Grunge Dissertação apresentada ao programa de pós-graduação em comunicação, da Universidade Federal de Juiz de Fora, como requisito parcial para obtenção do título de mestre em Comunicação. Área de concentração: Comunicação e Sociedade. Linha de pesquisa: Estética, Redes e Tecnocultura. Orientador: Prof. Dr. Aluizio Ramos Trinta. Aprovado (a) pela banca composta pelos seguintes membros: ___________________________________________________________________________ Prof. Dr. Aluizio Ramos Trinta (UFJF) — Orientador ___________________________________________________________________________ Prof.ª Dr.ª Gabriela Borges Martins Caravela (UFJF) — Convidado __________________________________________________________________________ Prof. Dr. Carlos Jáuregui (U NA/UFMG) — Convidado Conceito obtido: ________________________________________________________. Juiz de Fora, ________ de ______________________ de 20 _____. Aos que jazem em sepulturas, Aos que degustam o Lete, Ao canto calado, Ofereço. AGRADECIMENTOS Agradeço minha amada esposa, por sempre me fazer ouvir os ecos das promessas que fizemos. Obrigado pelo carinho e companhia eterna. Aos meus filhos, Yuri e Isak; jóias que muito me dão forças para seguir essa jornada. Aos meus pais por serem sempre fortaleza constante. Ao meu irmão e sua esposa. Amo muito vocês! Aos inestimáveis e incríveis: Lays, André, Jandira, Fausto e Sílvia. Obrigado pelo apoio; pela força e motivação quando mais precisei. Ao meu amigo Ezequias, pois sem ele, eu não teria “ido e vindo”. Valeu Zekinha! Aos anjos de Juiz de Fora, Raquel Gonçalves e Ana Cláudia Ferreira, por terem me acolhido e oferecido abrigo, sempre. Aos meus alicerces e fonte de inspiração acadêmica, Lúcio e Tiago. Aos amigos que sempre escutaram grunge comigo. Aos professores que fizeram parte dessa caminhada. Ao Romantismo e ao Grunge, por terem sido a motivação para esse trabalho. E finalmente, agradeço aquele que mais contribuiu para a conclusão dessa tarefa. Ao sempre gentil e paciente, Prof. Dr. Aluizio Ramos Trinta, pela orientação, pelo amparo e socorro. Por ter aparecido em minha vida. Pela sinceridade e bondade. Por simplesmente ser o que é. De onde vem este ar que desanima, Subindo como o mar ao rochedo despido? — Se o nosso coração já fez sua vindima, Viver é um mal. É um segredo de todos conhecido Charles Baudelaire Ela veio até aqui para tentar me levar Ela chamou meu nome, acho que choverá quando eu morrer Alice in Chains RESUMO A consciência sobre a morte é uma das marcas exclusivas da condição humana. Uma das grandes diferenças entre o homem e o restante da natureza, é que o animal não se sabe mortal; ou melhor, não significa a morte. Sendo assim, o homem é o único que pode significar e representar a morte por meio de diferentes formas de linguagens, de maneira a conceituá-la esteticamente. Assim sendo, o presente trabalho percorrerá sob análises literárias, versando sobre letras de músicas de algumas bandas que fizeram parte do movimento Grunge nos finais do século XX, em analogia com diversas obras que compõe a estética literária romântica do século XIX. Abordaremos especificamente os conjuntos Alice in Chains e Nirvana, juntamente com alguns trabalhos dos escritores Edgar Allan Poe e Charles Baudelaire. Ao longo desse estudo, enfocaremos as semelhanças entre estes autores, explanando de que maneira foi concebida a ideia de que tanto nas letras das músicas — bem como nos ambientes de alguns videoclipes — que se enquadram no movimento Grunge, quanto em obras românticas do século XIX, há tendências profundamente voltadas para temáticas fúnebres e sentimentais. Em suma, o presente estudo visa apresentar a postura do romântico em relação ao mundo, ilustrando suas atitudes e ideais transgressores por meio de expressões artísticas que cultuam a morte. Palavras-chave: Estética. Morte. Romantismo. Grunge. ABSTRACT The consciousness about death is one of the exclusive traits of human condition. One of the biggest differences between man and the rest of nature is that the animal is unaware about its own mortality; or rather, it does not give meaning to death. Thus, man is the unique being who can represent and give meaning to death through different forms of language, in order to conceptualize it aesthetically. Therefore, this study will cover the literary analysis, dealing with the lyrics of some bands of the late twentieth century Grunge movement, in analogy with several works that make up the romantic literary aesthetic of the nineteenth century. Specifically, the songs of Alice in Chains and Nirvana, along with some works of the writers Edgar Allan Poe and Charles Baudelaire. Throughout this study, we shall focus on the similarities between these works, explaining the idea that both the lyrics of the songs that fit into the Grunge movement - as well as the environments of some video clips - and the romantic texts of the nineteenth century have trends deeply rooted on funereal and sentimental themes. In short, this study aims to present the romantic attitude toward the world, illustrating its transgressive attitudes and ideals through artistic expressions of worship to death. Palavras-chave: Aesthetics. Death. Romanticism. Grunge. LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 01: Safo ..................................................................................................................... 30 FIGURA 02: Abadia no bosque de carvalhos .......................................................................... 37 FIGURA 03: Alice in Chains ................................................................................................... 52 FIGURA 04: Nirvana ............................................................................................................... 57 FIGURA 05: Nirvana, capa: MTV Unplugged in New York .................................................. 60 FIGURA 06: Alice in Chains: Dirt ........................................................................................... 61 FIGURA 07: Alice in Chains: Them Bones ............................................................................. 63 FIGURA 08: Alice in Chains: Them Bones ............................................................................. 63 FIGURA 09: Alice in Chains: Them Bones ............................................................................. 64 FIGURA 10: Alice in Chains: Grind ........................................................................................ 65 FIGURA 11: Alice in Chains: Grind ........................................................................................ 66 FIGURA 12: Alice in Chains: Grind ........................................................................................ 66 FIGURA 13: Nirvana: Heart Shapped Box .............................................................................. 73 FIGURA 14: Nirvana: Heart Shapped Box .............................................................................. 73 FIGURA 15: Kurt Cobain art ................................................................................................... 74 FIGURA 16: Kurt Cobain art ................................................................................................... 74 FIGURA 17: Alice in Chains: Nothing Safe ............................................................................ 75 FIGURA 18: A liberdade guiando o povo................................................................................ 85 FIGURA 19: A Grécia nas ruínas de Missolonghi ................................................................... 86 FIGURA 20: Elle ...................................................................................................................... 88 FIGURA 21: Theda Bara with skeleton ................................................................................... 89 FIGURA 22: Fragmentos anatômicos ...................................................................................... 91 FIGURA 23: Blade Runner: O Caçador de Andróides .......................................................... 112 FIGURA 24: Akira ................................................................................................................. 112 FIGURA 25: Akira ................................................................................................................. 112 FIGURA 26: Ghost in the Shell ............................................................................................. 112 FIGURA 27: Ghost in the Shell ............................................................................................. 112 FIGURA 28: Final Fantasy VII: Midgar ................................................................................ 115 FIGURA 29: Final Fantasy VII: Midgar ................................................................................ 115 FIGURA 30: Final Fantasy VII: Midgar ...............................................................................
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