PUB Edition nº 213 | Série II, du 08 avril 2015 GRATUIT Hebdomadaire Franco-Portugais O jornal das Comunidades lusófonas de França, editado por CCIFP Editions, da Câmara de Comércio e Indústria Franco Portuguesa A 17ª edição da Semana do cinema 13 lusófono de Nice, Cannes, Grasse e Mouans-Sartoux realizou-se na semana passada. Edition FRANCE Fr Sindicato STCDE vai eleger Secretária Geral em Paris 05 “O que pensam do 25 de abril 40 personalidades portuguesas de França” - este é o tema de uma exposição de Mário Cantarinha no Consulado Geral de Portugal em Paris. Economia. O Comissário europeu 03 francês Pierre Moscovici esteve em Lisboa e disse que o deficit português pode ficar abaixo dos 3%. 09 Língua. Uma conferência sobre o A França chora 04 Português dos negócios vai ter lugar no próximo sábado, dia 11 de abril, na Sor - bonne. Manoel de Oliveira Cinema. “Mudar de vida”, o docu - 12 mentário de Pedro Fidalgo e Nelson O realizador português morreu com 106 anos Guerreiro sobre a vida de José Mário Lusa / Estela Silva Branco vai ser projetado em Paris. B U P 02 Opinião le 08 avril 2015 Crónica de opinião Paulo Pisco Deputado (PS) pelo círculo O regresso dos que emigraram? eleitoral da Europa [email protected] Durante cerca de 3 anos e meio, o Falamos acima de tudo de um país nais de fevereiro apelou sem o menor Governo emigraram mais de lítica, atração do investimento dos Governo mandou os Portugueses emi - que não tem sabido dar repostas ade - pudor à partida dos jovens desempre - 350.000 Portugueses. emigrantes, só para dar alguns exem - grar. Fê-lo com ligeireza e sem esta - quadas para criar uma economia di - gados com formação. Acima de tudo, importa explicar o plo do embuste que são estas medi - dos de alma, sem qualquer sentido nâmica, competitiva e criativa capaz No fundo, faz parte da convicção do contexto em que surgem estas pro - das para atrair os que saíram do país. da história nem dos problemas que de proporcionar empregos com boas Governo que a emigração é uma opor - postas, que fazem parte do Plano Es - Aliás, estas medidas foram anuncia - estão associados à emigração. Não condições aos seus cidadãos e de cor - tunidade, o que é a maior evidência tratégico para as Migrações, que tem das sem qualquer informação adicio - falamos de mera mobilidade, mas rigir os desequilíbrios regionais do da descrença dos próprios membros 5 eixos e 102 medidas. Seguindo nal sobre as condições para a sua sim de Portugueses que são obriga - país. Efetivamente, nada se faz para do Governo no país e no povo que go - uma tradição portuguesa de boas prá - implementação. Não se sabe que cri - dos a partir deixando tudo para trás, repovoar os territórios que estão em vernam. Se quem governa não acre - ticas em termos de integração de imi - térios serão definidos, quantas pes - sem saber aquilo que o futuro lhes re - perda populacional, o que seria muito dita no país, como se pode pretender grantes, são-lhe dedicadas 4 eixos e soas se pretende abranger e que serva. útil para combater a emigração e a que acreditem os cidadãos que dia - 91 medidas, onde se nota um ama - verbas que lhes serão destinadas. Falamos de ruturas familiares e de desertificação. riamente sofrem com os salários bai - durecimento das propostas, con - Ficou tudo no ar. milhares de famílias com filhos em É ofensiva, por isso, a euforia pró-mi - xos, desigualdades, falta de corde-se ou não com elas. É, portanto, uma manobra de propa - idade escolar que vão perder um ou gratória do Governo, que teve o seu reconhecimento e de possibilidades O mesmo já não acontece com as ganda que se destina a fazer crer que dois anos para se integrarem no seu momento de delírio quando o Euro - de evolução profissional? medidas dirigidas aos Portugueses re - o país está muito bem e que os que novo país de residência e, provavel - deputado Paulo Rangel até defendeu Surge então um grande debate sobre sidentes no estrangeiro, em que ape - tiveram de emigrar já podem voltar, mente, comprometer o seu futuro a criação de uma agência para facili - algumas medidas para promover o re - nas 3 têm alguma novidade, sendo precisamente agora que começam a profissional. Falamos de jovens com tar a emigração. Precisamente porque gresso dos que tiveram de emigrar, de que as restantes 8 não têm rigorosa - aquecer os motores para a campanha uma formação superior que vão tra - a emigração tem aspetos dramáticos que tem tido um particular destaque mente nada a ver com os objetivos eleitoral que culminará com eleições balhar nas obras ou fazer limpezas. que este Governo nunca compreen - o Programa VEM, não pela sua eficá - anunciados, uma vez que são um legislativas em setembro ou outubro. Falamos de profissionais e investiga - deu, esta euforia acabou por ser re - cia, generosidade, abrangência ou mero decalque daquilo que são as É, acima de tudo, uma instrumenta - dores muito qualificados, mal pagos freada pela indignação generalizada condições (que se desconhecem), orientações da Secretaria de Estado lização descarada das expectativas e sem oportunidades ou possibilidade e pelo coro de críticas ao Governo. O mas por ser ridículo que se proponha das Comunidades. Reforço de servi - dos Portugueses, tanto dos que estão de progredir em empresas ou na in - que não impediu uma reincidência apenas apoiar 30 ou 40 projetos, ços consulares, apoio ao movimento no país, como dos que foram empur - vestigação. da Ministra das Finanças, que em fi - quando só durante a vigência deste associativo, participação cívica e po - rados para a emigração. Chronique d’opinion Par José Marreiro Artiste peintre Qui veut adopter un Docteur…? [email protected] Oups! Que vois-je dans le LusoJornal une chose pareille, surtout après nis, sans ressources aucune, aucun «émigrés», mais pas les leurs. Les au - ma selle… Maudit tour d’Europe! Aux du 10 décembre, en bonne place toutes les tribulations que j’ai pu lire «Ministrothon» dans le coin, aucun tres, ceux des pays «riches», si j’en Champs Elysées certes, on y arrivera dans la rubrique des «opinions». Une dans les différents journaux. Oh! Trois «Présidothon». Mais que fait le peu - crois les nouvelles lois. Cette généra - certainement, mais pas à ceux aux - bataille, serait-elle sur le point de fois rien, je vous rassure… Que ple? Vite, à vos mouchoirs et surtout tion n’a déjà que trop donné, la quels on pense. Apportez des fleurs… commencer? Ah!? Un Monsieur, pour quelques millions d’euros qui ont dis - à vos portes monnaies. deuxième et la troisième ne rapporte Je crois… ne pas le citer, commence très bien paru, passes droits, favoritismes à tout A ce propos, «Cherche peuple sus - plus rien, ils le savent tous au vu de Grégaire, nous le sommes devenus son texte et dérape petit à petit au fil va et banqueroutes annoncées «pour ceptible d’adopter des Docteurs de ce qu’ils font pour nous. Alors, pour - par la force des choses mais qu’al - de l’écriture, sans parler de la fin où mieux économiser certainement», toutes les couleurs politiques, en dé - quoi perdre son temps? Argent frais, lons-nous choisir aux élections? Oui, là, en apothéose, il s’englue complè - vente de patrimoines à l’étranger, aux tresse grave, aveugles devant les faits c’est tout ce qu’ils veulent, pour une qui allons-nous favoriser et amener au tement et revendique ses couleurs… étrangers et j’en oublie… Rien d’im - et en mal d’amour… Ecrivez vite au meilleure redistribution! Et on n’en pouvoir cette fois-ci? Viva, viva, oui, oui! portant je vous dis! «Vraiment pas de journal qui transmettra». fait pas partie! Voilà ce qu’ils veulent, Un clientéliste, un attentiste, un op - Oh! Rien de grave, je vous rassure, quoi écailler une morue». Moi, je ne suis que spectateur, un à voir la grande braderie qui se fait portuniste, un corrompu, un menteur, certainement pour répondre à l’article Allons bon! Ce n’est la faute de per - pauvre spectateur il est vrai, mais chez nous. à fortiori, encore un Docteur incom - édité le 19 novembre et qui parlait sonne bien sûr, nous le savons bien! avec une carte d’électeur et elle… elle Et bien sûr, les prix s’envolent, des pétent certes, mais forcément malin, des moyens mis à notre disposition, «Nous autres qui sommes au sum - n’a pas de couleur. Moi, je n’assimile contrats sont caduques (EDP), pour ça, sans nul doute. «nous les Portugais de seconde mum de l’ingénuité…». pas les idéaux et ceux qui les défen - aussitôt les remplacer par d’autres, En avons-nous le choix? A priori non, zone», comme on nous appelle à l’As - Bientôt, un autre Gouvernement s’of - dent aux couleurs d’un parti, même si bien plus avantageux pour eux, bien mais que cela ne vous empêche pas semblée de la République, «excusez frira à nous, on ne va quand même celui-ci se dit blanc comme neige, les entendu. Les autoroutes sont hors de de penser par vous-même et d’aller du peu»! C’est vrai que moi aussi, je pas reprendre d’anciens tolards tout intérêts de chacun viennent ternir prix, c’est simple, il n’y a que des voter surtout. Nous sommes de sim - l’ai trouvé peu crédible ce Monsieur de même. Pardon! Visiteurs de pri - cette blancheur immaculée. plaques minéralogiques étrangères ples gouttes d’eau, issus d’un pays, et à l’ouest de ce qui se passe sur le sons, autant pour moi, autant que Et c’est bien dommage.
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