PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO ERJ SERVIÇO AMBIENTAL OU SERVIÇO ECOSSISTÊMICO? Os serviços ecossistêmicos são os benefícios prestados pela natureza e sistemas produtivos aos seres vivos, como por exemplo, a manutenção do ciclo das chuvas e a regulação do clima local, regional e mundial. Os serviços ambientais são as atividades humanas de conservação e de recuperaçã o dos ambientais naturais (e consequentemente dos serviços ecossistêmicos). Serviços ecossistêmicos = benefícios diretos e indiretos providos pelo funcionamento dos ecossistemas, sem a interferência humana. Serviços ambientais = ações de manejo do homem nos sistemas naturais ou agroecossistemas Tipos de serviço ambiental NÍVEIS DE BENEFÍCIOS DOS SERVIÇOS AMBIENTAIS Fonte: Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 2005 O QUE É PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PSA)? “Uma transação voluntária, na qual um serviço ambiental bem definido é comprado por um comprador de um provedor, sob a condição de que o provedor garanta a provisão deste serviço”. (Wunder et al, 2008) • Caráter voluntário (não é instrumento de comando e controle) • Comprador (demanda pelo serviço), • Provedor (garante a oferta do serviço) • Transação (ganho econômico ou incentivos deve compensar o custo de oportunidade do produtor) • Serviço ambiental (ex: carbono, água, biodiversidade, beleza cênica) e condicionalidade (provedor deve garantir o provimento do serviço, monitoramento) INSTRUMENTOS ECONÔMICOS “Nem tudo que é muito útil custa caro (água, por exemplo) e nem tudo que custa caro é muito útil (como o diamante).” Serviços ambientais são considerados externalidades e têm características em geral de bens públicos. Externalidades : efeitos não intencionais da decisão de produção ou consumo de um agente econô mico , que causam uma perda (ou um ganho ) de bem -estar a outro agente econômico. Esta perda (ou ganho) não é compensada e é comumentemente excluída dos cálculos econômicos dos agentes. Bens públicos : não exclusividade (impossibilidade ou possibilidade proibitivamente cara de excluir o consumo do serviço) e não rivalidade (ausência de competição no consumo de um bem ou serviço) = > dificuldade em transformar valor e escassez em preço = > sobreuso dos recursos naturais e suboferta de serviços ambientais Dilema do caronista ou free-rider e tragédia dos comuns (livre acesso e a demanda irrestrita de um recurso finito termina por condenar o recurso através da superexploração ) O QUE É O PSA? PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS • PSA é um instrumento econômico dentre muitas opções de gestão para lidar com a falha de mercado relativa a tendência de suboferta de serviços ambientais pela falta de interesse dos agentes econômicos em atividades de proteção e uso sustentável dos recursos naturais. • Recompensar aqueles que produzem ou mantém serviços ambientai ou incentivarem outros a garantirem o provimento de serviços ambientais, que não o fariam sem o incentivo. • Princípio do “Protetor recebedor”. • Política pública: muito comumente adotado para incentivo a boas práticas ambientais, para aumentar aceitação social e cumprimento da legislação ambiental (Ex: PSA Costa Rica, PSA Hídrico) O PRINCÍPIO PROVEDOR-RECEBEDOR Fornecedores de serviços ecossistêmicos p.e., SAFs, matas ciliares, agricultura em curva de nível (encaram custos de oportunidade e de manutenção) + Beneficiados pelos serviços ecossistêmicos (disposição a pagar) ↓ Pagamentos: beneficiário para fornecedor (disposição a pagar ≥ custos de oportunidade, manutenção e custos de transação) O provedor garante o fluxo contínuo dos serviços através de instrumento contratual, verificado PRINCÍPIOS GERAIS DE SISTEMAS DE PSA • Caráter voluntário (não é instrumento de comando e controle) • Comprador (demanda pelo serviço), • Provedor (garante a oferta do serviço) • Transação (ganho econômico ou incentivos deve compensar o custo de oportunidade do produtor) • Serviço ambiental (ex: carbono, água, biodiversidade, beleza cênica) e condicionalidade (provedor deve garantir o provimento do serviço, monitoramento) INDUTORES DE SISTEMAS DE PSA • Interesse voluntário PSA financiado por usuários. Pessoa física ou jurídica se predispõe a realizar pagamento por serviço ambiental. Ex. Vittel (Nestlé), França, paga produtores rurais para melhoria de qualidade de água. • Pagamento mediado por governo Governo age como comprador de serviços ambientais em nome da sociedade, sendo responsável por angariar fundos para os pagamentos, coordenam o mecanismo, níveis de pagamento e áreas de destinação, e dependem de legislação específica. Ex: Bolsa verde, Produtores de Água. • Regulamentação ou acordos A definição de limites máximos de um malefício ou mínimos de um benefício ambiental pode gerar uma demanda por serviços ambientais a sociedade. Ex: Cota de Reserva Legal (Codigo Florestal), compensação ambiental; REDD+ PSA - RECURSOS HÍDRICOS • construção de terraços e de bacias de infiltração; • readequação de estradas vicinais; • proteção de nascentes; • conservação florestal; • restauração florestal; • saneamento ambiental; • práticas sustentáveis de produção PSA - RECURSOS HÍDRICOS PRINCIPAIS ATORES ENVOLVIDOS • Comitês de Bacia Hidrográfica • Órgãos gestores de Recursos Hídricos • Grandes Usuários de Água • Prefeituras municipais • ONGs locais POSSÍVEIS FONTES DE FINANCIAMENTO • Orçamento da União, Estados e Municípios • Fundos Estaduais de Recursos Hídricos e Meio Ambiente; • Fundo Nacional de Meio Ambiente; • Bancos, Organismos Internacionais (ONG’s, GEF, BIRD etc); • Empresas de saneamento, de geração de energia elétrica e usuários e indústrias; • Recursos da cobrança pelo uso da água; • TAC, Compensação financeira por parte de usuários beneficiados; • Mecanismo de Desenvolvimento Limpo / Kyoto. PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS NO ERJ PROGRAMA ESTADUAL DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PRO PSA) Decreto Estadual nº 42.029 de 15 de junho de 2011 • Estabelece o PRO-PSA - Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais, no âmbito da Política Estadual de Recursos Hídricos, como subprograma do PRO HIDRO; • Os investimentos do PRO -PSA deverão priorizar as áreas rurais e de mananciais de abastecimento público , observados os critérios a serem aprovados pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERHI; • Necessita de regulamentação, cabendo ao Conselho Estadual de Recursos Hídricos - CERHI expedir as resoluções necessárias à regulamentação do PRO- PSA (em discussão no GT PSA CERHI); • O PRO-PSA é coordenado pela Secretaria de Estado do Ambiente – SEA, através do INEA (criação do GT PSA INEA em 2014). PROGRAMA ESTADUAL DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PRO PSA) Decreto Estadual nº 42.029 de 15 de junho de 2011 São considerados serviços ambientais, passíveis de retribuição, direta ou indireta, monetária ou não, as práticas e iniciativas prestadas por possuidores, a qualquer título, de área rural situada no Estado do Rio de Janeiro, que favoreçam a conservação, manutenção, ampliação ou a restauração de benefícios propiciados aos ecossistemas , que se enquadrem em uma das seguintes modalidades: I - conservação e recuperação da qualidade e da disponibilidade das águas; II - conservação e recuperação da biodiversidade; III - conservação e recuperação das faixas marginais de proteção - FMP; IV - seqüestro de carbono originado de reflorestamento das matas ciliares, nascentes e olhos d´água para fins de minimização dos efeitos das mudanças climáticas globais. PROGRAMA ESTADUAL DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS (PRO PSA) Decreto Estadual nº 42.029 de 15 de junho de 2011 As iniciativas do PRO-PSA destinadas a retribuir serviços ambientais prestados deverão conter: I - os tipos e as características dos serviços ambientais prestados; II - os critérios para a seleção das áreas prioritárias ; III - os critérios de elegibilidade e priorização dos participantes; IV - os critérios para o cálculo das retribuições; V - as definições dos prazos, mínimos e máximos, a serem observados nos contratos; VI - os critérios para o monitoramento dos serviços ambientais prestados; VII - os mecanismos institucionais para obtenção de recursos financeiros destinados à gestão do PRO-PSA. Varre-sai Projeto Modalidade RH Municípios Início Programa Fundo de Boas Práticas Socioambientais em Microbacias - PSA Água RH VI Silva Jardim, Saquarema, Casimiro de Abreu 2007 FUNBOAS Projeto Produtor de Água e Floresta - PSA Água RH II Rio Claro 2008 PAF Guandu 15 municípios que abrangem da RH II (Engenheiro Programa por Pagamento de Paulo de Frontin, Itaguaí, Japeri, Paracambi, Serviços Ambientais - PRO PSA PSA Água RH II Queimados e Seropédica e, parcialmente, Barra do 2012 Guandu Piraí, Mangaratiba, Mendes, Miguel Pereira, Nova Iguaçu, Piraí, Rio Claro, Rio de Janeiro e Vassouras) Programa Produtor de Água na Bacia PSA Água RH VIII Nova Friburgo e Casimiro de Abreu 2013 do Rio Macaé 13 municípios , sendo 8 municipíos no ERJ (Areal, Programa de Pagamento de Serviços RH III, IV, Paty dos Alferes e Paraíba do Sul, Barra Mansa, Ambientais com foco em recursos PSA Água 2014 VII, IX Resende, Carapebus, Italva) e 5 municípios em hídricos - PSA Hídrico CEIVAP SP/MG Projeto Recuperação de Serviços de 12 municípios (Natividade; Porciúncula; Cambuci; PSA Clima e Biodiversidade a Bacia do RH VII e Italva; Itaocara; Itaperuna; Laje do Muriaé; Santo Biodiversidade 2014 Rio Paraíba do Sul na Mata Atlântica IX Antônio de Pádua; Varre-Sai; Cardoso Moreira; São e Carbono do Brasil Fidélis; Bom Jesus de Itabapoana) Projeto Águas do Rio PSA Água RH II Miguel Pereira 2014 Projetos em curso: 9 projetos PSA Hídrico no
Details
-
File Typepdf
-
Upload Time-
-
Content LanguagesEnglish
-
Upload UserAnonymous/Not logged-in
-
File Pages33 Page
-
File Size-