CEPAS DE UVAS TINTAS

EM CONSTRUÇÃO

1. AGIORGITIKO – ST GEORG

A uva Agiorgitiko é a segunda mais plantada na Grécia e pertence às mais antigas do mundo. Essa uva compõe a maioria dos vinhos tintos da região de Nemea e é, por isso denominada Mavro Nemea. O nome Agiorgitiko vem da cidade Agios Georgis. Essa uva também é conhecida como St. Georg. A Aorgitiko amadurece tarde, tem cor intensiva, é aromática e comparada com a . O vinho tinto produzido é encorpado, com aroma de frutas, escuro e pouco ácido. Um pouco condimentada e com uma percepção de cereja.

2. AGLIANICO

Na época romana, a região sul da Itália, que hoje compreende as províncias da Campânia, Basilicata e Puglia, era a responsável por fornecer os vinhos de maior qualidade do Império. Mas a história da vinicultura da região começa um pouco antes. Remonta ao período em que a região era colônia grega. Esse domínio influenciou de forma decisiva a forma de produzir vinhos na região. As castas mais cultivadas até hoje são provenientes da Grécia. A casta Aglianico, originária da Grécia, é considerada a melhor uva tinta do sul da Itália. Seus melhores vinhos podem rivalizar com os Brunellos, Barolos e Amarones. Essa casta se adaptou muito bem ao clima e solo da Campânia e Basilicata. Seu ciclo vegetativo é muito longo, amadurecendo tardiamente. Esse detalhe inviabiliza seu cultivo em regiões menos quentes e úmidas. Apresenta grande concentração de taninos e acidez, própria para envelhecimento. Encontrada no Sul da Itália, principalmente em rótulos de Campania e Basilicata.

País: Itália.

3. - GARNACHA TINTORERA

Fruto do cruzamento da com petit verdot realizado pelo francês Luis Bouschet de Bernard e seu filho Henri em 1866, esta variedade é mais indicada quando misturada a outras uvas. Em Portugal, na região do Alentejo, é uma importante uva na composição de certos vinhos, onde dá um dá aromas de menta e eucalipto. Confere longevidade e cor ao vinho. Países: França, Portugal (Alentejo) e Espanha.

4. BAGA

É a principal uva da região portuguesa da Bairrada e produz vinhos bastante adstringentes. Mas bons produtores, como Luis Pato, vinificam exemplares refinados e ricos de aroma e sabor. País: Portugal (Bairrada)

5.

A mais popular da uvas do , norte da Itália é ao lado da a variedade mais cultivada do país. Dá tantos vinhos leves do dia-a-dia como exemplares escuros e frutados, com alta acidez e concentração e boa capacidade de envelhecimento. Países: Itália (Piemonte), Estados Unidos (Califórnia) e Argentina. Barbera, uma das uvas tintas mais plantadas na Itália, divide com a Nebbiolo o protagonismo de vinhedos na região do Piemonte. Existe ainda uma versão branca, conhecida por Barbera Bianca. Não devemos confundir a uva Barbera com o vinho Barbaresco que é elaborado na região do mesmo nome, também no Piemonte, porém com a uva Nebbiolo. Sua origem mais freqüentemente citada é a cidade de Casale Monferrato, no Piemonte. Na Catedral da cidade existem documentos que indicam o plantio de videiras de Barbera já no século XIII. É uma variedade que amadurece relativamente tarde, quase duas semanas após a variedade mais tardia do Piemonte, a Dolcetto. Sua principal característica é o alto nível de acidez natural, ainda que muito madura. Essa característica a torna uma ótima opção para regiões de clima quente desde que sua produtividade seja controlada. No Piemonte é amplamente utilizada, gerando vinhos desde os mais baratos e produzidos em longa escala, até vinhos encorpados, com muito boa estrutura e bastante longevidade. Algumas características são comuns aos vinhos de Barbera, coloração ruby intenso e profundo, bom corpo ainda que com moderada presença de taninos, pronunciada acidez e teor alcoólico relativamente baixo, podendo variar de acordo com as regiões onde é cultivada. As principais denominações de origem do Piemonte onde a Barbera é considerada a principal variedade são; Alba, Asti e Monferrato, esta última menos conhecida por aqui. Na região de Barbera d’Asti DOC existe uma sub-zona chamada Nizza, reconhecida como a melhor região para o desenvolvimento da variedade, por ser a parte mais quente de Asti, onde a uva atinge seu melhor ponto de maturação. Os Barbera d’Alba tendem a ser mais complexos, de maior estrutura e de cor mais escura, enquanto os Barbera d’Asti tendem a ser mais frutados, claros e brilhantes (lembrando os vinhos Beaujolais), muito elegantes e finos. Em 2008, Monferrato virou DOCG e seus Barbera de Monferrato Superiore são vinhos a serem garimpados assim como os produzidos na sub-região de Langhe também no Piemonte. Nos anos 80 e 90, em paralelo ao surgimento dos Supertoscanos, o uso de barricas em Barberas passou a ser considerado e utilizado de fato, agregando complexidade aos vinhos, especialmente em relação à maciez dos taninos, controle da elevada acidez e riqueza aromática tornando-os, também, mais longevos.

Além do Piemonte, a Barbera é também cultivada na Lombardia, na região de Oltrepò Pavese, na Emilia Romagna, em Colli Piacentini, em Bologna e Parma. Na maioria do país a variedade é utilizada em cortes com outras uvas. Na Sardegna existe ainda a Barbera Sarda. E, alguns defendem que, a Perricone ou Pignatello, autóctones sicilianas, são variações da Barbera. Fora da Itália, a variedade é cultivada em países como Eslovênia e EUA, na região da Califórnia assim como Grécia, Austrália, Israel e Romenia. Se desenvolveu muito bem na América do sul, especialmente na Argentina, nas regiões de Mendoza e San Juan, porém não são muitos os vinhos de qualidade disponíveis no mercado. Também existe algo no Brasil com um expoente máximo no momento como veremos mais abaixo em nossa recomendação de vinhos. Harmonização: (hoje sem as dicas do amigo Álvaro Galvão que está viajando e aproveitando merecidas férias) Uma das características dos vinhos de Barbera é sua capacidade gastronômica em função de seu corpo médio e boa acidez que chama comida. Quando falamos em harmonização, recorrer à regionalidade é sempre uma boa escolha e, neste caso, não poderia ser diferente. Em geral os vinhos de Barbera são ótimos parceiros para antepastos e embutidos italianos. Massas com molhos mais estruturados, com um belo ragù alla bolgnese, prosciutto di Parma, ou ainda pratos com funghi secchi e salmão defumado.

6. BASTARDO – ENXOVAL DE NOIVA NOIR - TRESSOT É uma variedade velha do vinho vermelho uva. É crescido em quantidades pequenas em muitas partes de Europa ocidental; é usado de forma mais famosa dentro dos vinhos Portugueses portuário. A cor a cereja profunda com álcool elevado e sabores de frutas de baga vermelhas. País: Portugal (Bairrada e Dão)

7. BONARDA

Outra variedade típica do Piemonte, na Itália. Seu nome completo é Bonarda Piemontese. Produz vinhos leves, frutados, melhor quando bebidos jovens. Também foi muito utilizada na Argentina para produção de vinhos do dia-a-dia para consumo interno. Países: Itália e Argentina

8.

A " prima" da Cabernet Savignon. A Cabernet Franc é cultivada em Bordeaux para a produção de vinhos tintos, mas é ali quase sempre minoritária nos cortes com as cepas e Merlot, exceto no premier grand cru de Saint-Émillion, Château Cheval Blanc (60%). Essa cepa predomina em certas regiões do Loire. Ao contrário da Cabernet Sauvignon, quase não foi exportada, e sua reputação se deve à sua participação no clássico corte bordalês. A Cabernet Franc não tem os taninos nem a acidez e a estrutura da Cabernet Sauvignon, mas oferece aromas frescos e frutados e um gosto característico de fruta madura. A Cabernet Franc tem maior produtividade que a Cabernet Sauvignon, porém é mais suscetível a doenças. No geral, apresenta toques mais herbácros em seus vinhos, menos extrato (menos corpo), menos taninos, menor acidez, portanto fácil de beber principalmente quando jovem. É bastante plantada no norte e nordeste da Itália, nas regiões do Triuli e Alto Adige, produzindo belos vinhos. É pouco plantada na Espanha e Portugal, e já foi bastante plantada no Brasil, mas hoje não é uma cepa importante do Novo Mundo, tem mais o estilo europeu.

Terceira uva tinta mais importante de Bordeaux (Pommerol e Saint Emilion), é mais leve e com menos taninos que a cabernet sauvignon e amadurece mais cedo. É muito usada no corte com outras uvas. Na região do Loire dá vinhos mais herbáceos, onde é conhecida como Breton. É a uva principal do insensado e caro Château Cheval Blanc. Países: França (Bordeuax, Loire), Argentina, Austrália, Estados Unidos (Califórnia) e Nova Zelândia.

9. CABERNET SAUVIGNON

A cepa de maior prestígio no mundo. A Cabernet Sauvignon e a Cabernet Franc, sua prima são duas variedades de base do vinho tinto de Bordeaux. A Cabernet Sauvignon é a cepa de maior prestígio no mundo inteiro: foi plantada em todo lugar onde se produz vinho. Essa cepa desenvolveu-se em Bordeaux e seu nome começou a ser conhecido por volta do final do século XVIII e início do XIX. Com baixo rendimento, a Cabernet Sauvignon só é cultivada onde se deseja obter um vinho de qualidade. Seus bagos são muito escuros, pequenos e com uma casca espessa: pouca polpa e muita casca. Ela produz um vinho austero, tânico e muito colorido, que portanto é mesclado freqüentemente com o de outras variedades, como a Cabernet Franc e a Merlot. É o princípio do corte bordalês, imitado em inúmeros vinhedos espalhados pelo Novo Mundo.

A Cabernet Sauvignon tem uma maturação tardia que limita seu uso nas zonas de cultura temperadas com outonos amenos, ao contrário da Cabernet Franc, que amadurece mais cedo. Em um clima demasiado quente e num solo muito fértil, o vinho pode se "açucarar" e carecer de acidez; em um clima demasiado fresco, pode apresentar aromas herbáceos. Os degustadores a identificam por sua cor: vermelho-escuro com uma nota violácea em sua primeira juventude, que se torna vermelho-tijolo com o tempo. Seus aromas lembram o cassis nos vinhos jovens e a madeira de cedro nos vinhos mais evoluídos. O gosto do vinho jovem da Cabernet Sauvignon é com freqüência áspero em razão de seus taninos. O envelhecimento em barril de carvalho dá bons resultados; os degustadores buscam as notas amadeiradas e apreciam a harmonia existente entre os aromas frutados da cepa, a concentração de seus taninos e a contribuição da madeira, quando o vinho foi envelhecido em barril de carvalho novo. Um vinho de Cabernet Sauvignon que não ficou em contato com a madeira será menos agradável. Essa cepa confere uma estrutura aos vinhos de guarda: um grande Bordeaux tinto de um bom ano continuará a melhorar durante décadas. A Califórnia produz inúmeros vinhos de qualidade a partir de seus milhares de hectares de Cabernet Sauvignon. Há mais de um século, o Chile tem vinhedos de Cabernet Sauvignon nos quais são obtidos excelentes resultados. A cepa foi bem aceita no solo australiano, em Coonawarra (no sul), no Hunter Valley, na Nova Gales do Sul, e em alguns vinhedos isolados de clima fresco. Na Nova Zelândia, os primeiros vinhos de Cabernet Sauvignon são decepcionantes, mas a vinha é ainda jovem, e é preciso esperar mais de dez anos para que essa variedade exprima seu potencial de qualidade. A Cabernet Sauvignon é cultivada na África do Sul com algum êxito, embora produza melhores resultados mesclada com a Merlot e a Cabernet Franc. A mais clássica e conhecida das variedades de vinífera, base do corte usado nos grandes vinhos de Bordeaux (Latour, Mouton-Rothshild, Lafite, Latour, Margoux etc). É uva mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Tem amadurecimento tardio e produz tintos secos de semi-incorpados a incorpados; tânico quando jovem, garante um melhor envelhecimento da bebida na garrafa e a passagem pelo barril de carvalho pode aparar suas arestas. Tem um amplo espectro de aromas: frutas vermelhas, café, chocolate geléia e tabaco, quando envelhecidos. No Chile tem uma característica mais mentolada. Enriquece quando misturada à merlot, cabernet franc, shiraz, petit verdot ou . Na Austrália geralmente é mesclado ao shiraz. Produz os melhores tintos do Brasil e do Chile. Países: França (Bordeaux), Estados Unidos (Califórnia), Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, Itália e Brasil. É a uva de vinhas mais famosas do mundo. Bordeaux Médoc especificamente devem sua fama e prestígio. Também foi capaz de se aclimatar a áreas tão diversas como a planície de Bekaa no Líbano, o frio Ilha Sul da Nova Zelândia ou em solos secos em Alicante, na Espanha, mas está em Médoc e Califórnia, os dois extremos climáticos, onde Cabernet atinge o seu máximo desenvolvimento. Fala-se de Bordeaux originado pelo Vidure antiga olhar (vinha de disco rígido), atribuído a Jean-Baptiste de Secondat, do século XVIII francês agrônomo e filho de Montesquieu, e Sauvignonne Vidure, ambos identificados com a cepa Biturica citados tanto por Plínio e pela Cadiz Colmuela para se referir, como o botânico Pierre Gallet, os vinhos que eles produziram os antigos habitantes do Médoc, o vibisci Bituriges. Mas no final do século, quando o barão Joseph-Hector de Braune reconstruída a partir numerosos vinhedos de Bordeaux cepas tintas branca e agrupadas, previamente inseridos entre os brancos. Mas prevalece em toda a natureza que dá vinhos de cor concentrada, intensa, com uma avenida de ligação aroma particular, definida e viva, e facilmente identificáveis. Recorda groselha e trufa somente quando cultivadas no Medoc, e notas de pimenta verde e cedro, quando cultivada em áreas quentes. O sabor é muito afiado e focado, com um toque ácido tânico e peculiar. Expressar todas as suas qualidades com um rendimento inferior a 50 hl / ha. No francês, apesar do tempo chuvoso, os solos aluviais incrível fuga pode reter o calor do cascalho e faz com vencimento cepas (abaixo), enquanto a ação de um sol moderado completa o desenvolvimento das uvas ( acima). Califórnia Cabernets, pelo contrário, maduro, com sol forte, sem nevoeiro, temperaturas elevadas e irrigação abundante. O resultado são vinhos de alta qualidade (13% Alc.vol.), Mas com bastante acidez e uma nota distinta balsâmico, um toque de álcool e da queima do acento maturação rápida. O Bordeaux é mais elegante, complexo e rico em nuances pela lenta maturação, embora a intensidade aromática é menor. A tensão de produção não é apenas abundante, mas a quantidade de mosto é proporcionalmente menor devido à menor quantidade de pele e, portanto, a abundância de compostos fenólicos (cor e taninos) em comparação com outras variedades. Estas características permitem uma maior e mais seguro envelhecimento em barricas e garrafas, sem a tensão acabou de perder a intensidade da cor e acidez. Como Muscat revela sua personalidade para mastigar a fruta, embora no caso do Cabernet, suas características são detectados na pele. O pedúnculo do cacho é quase zero, tornando- muito difícil, custa muito mais caro desta operação também exigem poda longa. A variedade de sabores que podem ser encontrados em vinhos feitos com base nessa tensão são: azeitona, passas, pimenta, chocolate, rapé, cedro e hortelã.

10. CANAIOLO – CANAIOLO NERO

A uva vermelha Canaiolo ou Canaiolo Nero pode ser encontrada na região central da Itália e na Sardenha. Importante uva para mistura na Toscana e na parte central da Itália . Faz parte do conteúdo do Chianti. É o que torna a maciez uva na composição do Chianti, no século XVIII era ainda mais popular que a Sangiovese. Hoje ele é usado principalmente nas regiões centrais da Itália, também na montagem, salvo alguns casos esporádicos. A uva Canaiolo é muito resistente. O aroma forte e a cor escura são suas características próprias, sendo misturada a outras espécies, como o Sangiovese. Geralmente não é utilizada sozinha para a produção de vinho por ressaltar o gosto amargo. O Canaiolo Nero está presente em 15 vinhos certificados (DOC). Região: Itália (Toscana)

11.

Das variedades mais cultivadas na Espanha, também cresceu na Califórnia, Argentina, Chile, México, África do Sul, China, etc Muitas vezes ocorrem no solo de ardósia como o Priorado, os vinhos são geralmente aromas leves, predominantemente violeta floral, e com muita cor e abundância de taninos.

Originária do norte da Espanha é das espécies mais cultivadas na França, particularmente na região de Languedoc-Roussillon. Normalmente é misturada com a grenache e a cinsault, e resulta em vinhos mais comuns, de mesa, de cor escura e forte teor de álcool. Países: França (Languedoc-Roussillon), Espanha, Estados Unidos (Califórnia)

12. CARMENÈRE

Originária de Bordeaux, hoje é uma uva praticamente só cultivada no Chile, onde não se adaptou melhor do que na França. Até a década de 90 era confundida com a merlot - um exame de DNA esclareceu a confusão. É usada tanto para vinhos de corte como em varietais chilenos. É mais escura que a merlot e de taninos macios. País: Chile

13. CINSAULT - ESPAGNE, HERMITAGE, MALAGA

Cepa encontrada principalmente na região de Languedoc-Roussilon, na França. Ali é associada à grenache e à carignan, e produz bebidas leves e pouco aromáticas. Na região do Rhone, a mesma uva com melhores cuidados produz vinhos mais concentrados e aromáticos. No Líbano, é responsável pelo emblemático Château Musar. Países: França, Espanha, África do Sul e Líbano.

14. CORVINA

Traz sabores concentrados e aromas de cereja ao tintos de Valpolicella, com destaque para os Amarone e Recioto. País: Itália

15. DEMÊNCIA

16. DOLCETTO

Uva italiana que apesar do nome não é doce. Vinificadas resultam em rótulos suaves do Piemonte, próprio para o dia-a-dia, com alta acidez e que devem ser bebidos ainda jovens. Na região do Piemonte, melhor tratada, a uva é envelhecida em barris de carvalho e resulta em líquidos mais ricos e complexos. País: Itália, Arrentina e Austrália.

17. DURIF – PETIT

Mais encontrada na Califórnia País: França e EUA (Califórnia)

18. EROlDEGO

Encontrada na região setentrional italiana, resulta em tintos com bastante estrutura e sabor de groselha preta. No Brasil são encontradas alguma experiências interessantes com esta uva País: Itália (Trentino Alto Adige), Brasil

19.

20.

A uva do Beaujolais Esta é a única cepa do Beaujolais, um dos vinhos tintos leves mais célebres do mundo. A Gamay produz um estilo de vinho amplamente imitado, ainda que raramente oriundo da mesma cepa. É rica em aromas primários e em sabores de frutas maduras. Nos vinhos produzidos com a Gamay, o caráter da cepa predomina. A cepa Gamay não produz vinho de guarda, exceto nos crus do Beaujolais e unicamente nas melhores safras.

É a uva usada na produção do Beaujolais, um vinho mais leve, produzido nesta região da Borgonha, para ser bebido bem jovem. Os rótulos mais conhecidos são de Beaujolais Noveau, que são lançados todo mês novembro. Mas há rótulos de maior qualidade, com capacidade de envelhecimento, os chamados Cru Beaujolais. Os aromas de morango, cereja e banana são característicos do vinho produzido com a uva gammay. País: França (Borgonha)

21. GARNACHA (VERMELHO), ALICANTE, GARNACHA, CANNONAU

É a segunda estirpe mais cultivada na Espanha, com quase 14% da área cultivada, você consegue um bom vinho com teor de álcool, cor vermelho- ouro atraente e acidez moderada

Apesar de ser uma uva muito cultivada no mundo é pouco vista em rótulos de garrafas pois é usualmente misturada. É presença fundamental do renomado Châteauneuf-du-Pape e na maioria dos vinhos do Rhône. Países: França (Rhône), Espanha, Austrália, Itália e Estados Unidos.

22. GRIGNOLINO

Região: Itália (Piemonte)

23. MALBEC – CÔT - AUXERROIS

Originária de Bordeaux, onde é muito tânica, e usada somente misturada a outras cepas, esta uva se tornou emblemática na Argentina, onde é responsável pelos melhores vinhos tintos produzidos no país, de cor escura, denso e aromas florais. Começa a render alguns rótulos no Chile também. Países: França, Argentina e Chile.

COT Como é conhecida a Malbec em Bordeaux, em Cahors, onde também recebe o nome de AUXERROIS

24. MERLOT

Associada sempre às regiões bordalesas de Saint Emilion e Pomerol, onde dá origem ao Pétrus, o maior ícone desta cepa. É a mais cultivada em Bordeaux, com quase o dobro de hectares que a Cabernet Sauvignon. Usada em cortes ou varietais de grande sucesso, sua popularidade é crescente, por ser menos tânica, com a acidez ligeiramente menor e de textura mais aveludada do que a Cabernet Sauvignon. Amadurece de uma a duas semanas antes dela e se adapta bem a regiões mais frias ou úmidas, como norte da Itália, sul do Brasil ou Nova Zelândia. É muito difundida em todo o mundo e tem presença importante no cone sul, notadamente no Chile. Seus aromas típicos são ameixa, cereja preta, chocolate e ervas. França (Bordeaux: Pomerol, St-Émilion), Itália (Norte) Similar à cabernet sauvignon, entretanto mais suave, tem sabor mais macio, menos tanino e aromas mais frutados. Tem uma maturação mais fácil e rápida que sua parceira cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta. Base de grandes vinhos do Pomerol, como o famoso Château Petrus. Na Califórnia, nos Estados Unidos, também rendeu grandes exemplares. Também muito usado no Novo Mundo e plantada em várias partes do planeta onde se faz vinho. Países: França (Bordeaux), Norte da Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil. No dialeto Bordéus, Merlot significa "noir petit oiseau (Blackbird), e Merlot é as primeiras uvas da época coincide com o momento em que estas aves comem os seus frutos. Seguindo a pista para a sua etimologia, Petit Lafitte, em seu livro "O Vigne de Bordeaux" (1868), procurou a origem do termo na semelhança entre a plumagem melro negro com frutos azuis da videira. Embora pareça ser da mesma família de Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot, balisca aliada aos romanos, não se refere ao século XVIII nas vinhas de Pomerol e Saint-Emilion, e sua presença não indica no Médoc do século XIX. A partir do final deste século, também as datas da sua incorporação no cantão suíço de Tessin, a língua italiana, e estende-se posteriormente por todo o norte da Itália. Hoje ela é cultivada em 14 regiões vinícolas do país, especialmente na área de Veneza, onde não há sequer um "Rota da Merlot." Ele é usado para vinhos jovens, bastante fraco e, com exceções, de qualidade média.As primeiras vinhas de Merlot foram introduzidas por um personagem chamado Eloy Lecanda, que no final do século XIX, misturá-los para a vinificação, entre aqueles que sublinham a grande Vega Sicilia. O Merlot sempre viveu à sombra da famosa Cabernet Sauvignon, a uva considerados complementares para misturar com isso e, em menor medida Cabernet Franc. Apenas atingiu proporções notáveis na Saint-Emilion e Pomerol, especialmente em Bordeaux. Hoje, no entanto, é comum encontrar uma única variedade de uva, a maioria jovens, que se beneficiam de sua fragrância grande. É o aroma do vinho de cassis, compotas de frutos vermelhos e violeta. A pele da baga é mais fino do que o Cabernet Sauvignon, a brotação e amadurece mais cedo do que isso, não tanta intensidade e taninos, e sua cor é menos profundo e concentrado, mas, em contrapartida, é rica em fruta e açúcar. Também atinge o seu pico mais cedo do que o Cabernet Sauvignon. Em cupaje de Pomerol, representando até 85% e, no caso de Chateau Petrus de até 95%, incluindo idade da vinha e da qualidade de um pesado de argila do solo estratos de metais ferrosos. Em Saint-Emilion cerca de 60% do cupaje, embora estas proporções estão a diminuir, uma vez que vai para áreas mais quentes, algo como Graves (cerca de 40%) e Médoc (entre 20 e 30%) . Uma vantagem dessa variedade está a ser aclimatado muito bem a solos diferentes (aceita melhor do que o Cabernet Sauvignon, solos de argila úmida) e diferentes microclimas. Também é valorizada pelo seu rendimento, que a levou a ser o sexto no ranking, por extensão, de todas as cepas cultivadas em França. Na Europa de Leste, a Eslovénia é o país que é cultivada, a Hungria produz vinhos doces com boa acidez e nariz muito frutado, e também é encontrado na Roménia e na Bulgária. A variedade de sabores que podem ser encontrados em vinhos feitos com base nessa tensão são: rosas, bolo de frutas, especiarias, menta, chocolate, cassis e ameixa

25.

Variedade cultivada por toda Itália, com maior destaque na região central. Produz vinhos mais rústicos e é muito usada junto à sangiovese. Não deve ser confundida com a cidade da região da Toscana de mesmo nome, que produz o famoso Vino Nobil di Montepulciano, que aliás é feito a partir da uva sangiovese. País: Itália

26. MOURISCO TINTO

27. MOURVÈDRE - MONASTRELL – MATARO

Uva típica do Sul da França, mas também muito cultivada na Espanha. É um pouco tânica e tem um toque animal. Geralmente é misturada a outras uvas, como shyrah, grenache e cinsault. Ajuda a dar cor e estrutura ao vinho. Bastante utilizada na Provence, na França, e na e Penedès, na Espanha.

Países: França, Espanha e Austrália

28. NEBBIOLO

A grande uva do norte da Itália, de colheita mais tardia, colhida em fins de outubro, quando a névoa - nebbia, em italiano - toma conta da paisagem, justificando seu nome. Com ela se faz o Barbaresco e o Barolo - "o vinho dos reis e o rei dos vinhos", segundo Voltaire. Dá origem a líquidos tânicos, alcoólicos, de boa acidez e longevos, mas nem sempre com muita cor. É pouco cultivada fora dessa região por ser muito sensível às variações de solo e clima. Por esse motivo, pode ser comparada com a , embora tenha perfil aromático diferente. Costumo descrever a Nebbiolo como "a Pinot Noir com uma névoa tânica", que com a idade se dissipa e descortina a elegância de grandes vinhos. Quando jovens, seus vinhos podem ter florais como violeta e rosas. Com a idade desenvolvem couro e especiarias. Nebbia em italiano significa névoa, uma característica do clima da região onde esta variedade é cultivada, nos montes de Alba e Monforte. Resulta no nome da uva que produz os melhores e mais valorizados tintos italianos: Barolo e o Barbaresco. São bebidas intensas, frutadas, bastante tânicas, de aromas complexos (florais, frutas, trufas e até piche!) e com alta acidez, o que torna obrigatório o envelhecimento em barris de carvalho para aparar as arestas. Melhora com os anos e acompanhado de um prato de comida mais forte. País: Itália

29. NERO D'AVOLA

A grande uva tinta da Sicília, maior ilha do Mediterrâneo e segunda maior região produtora de vinhos da Itália, depois do Veneto. Geneticamente esta uva se assemelha a Syrah. No clima quente e solo vulcânico da ilha proporciona vinhos fortes e encorpados, os mais comuns são rústicos e pesadões, os melhores são longevos e mais equilibrados, atingindo a excelência. Cepa típica da região de Sícilia, no Sul da Itália. Produz vinhos de qualidade, escuros, densos e com potencial de envelhecimento. País: Itália Nestes posts sobre Uvas & Vinhos, não vamos nos ater somente às tradicionais cepas mais conhecidas, mas enveredaremos por regiões diferentes e uvas autóctones das regiões mais diversas de nossa vinosfera. Nesta semana passamos na Sicilia, sul da Itália, para falarmos da Nero D’Avola uma uva autóctone da ilha.

Originária da Sicília, esta variedade tinta tem aparecido com maior freqüência em vinhos varietais no mercado mundial. Até pouco tempo atrás, era usada básicamente em assemblages com o intuito de aportar cor e corpo. É a uva tinta mais tradicional e importante da região, também conhecida como Calabrese, é responsável por alguns dos melhores tintos da Sicília, além de participar do corte do tradicional vinho Marsala. Sua origem nos remete a centenas de anos atrás, na cidade Avola, ao sul da ilha, na parte meridional da província de Siracusa, onde a uva parece ter sido descoberta por produtores locais. Hoje é cultivada por toda a ilha, mas com maior destaque na região sul, graças a seu clima e solo, ideais para o desenvolvimento da Nero D’Alvola. É muito comparada à uva Syrah, seja em suas características físicas como organolépticas e preferência por regiões geográficas mais quentes e ensolaradas. Quando vinificada sozinha, produz vinhos com grande intensidade de cor, potencial de envelhecimento, especialmente quando passa por barricas de carvalho, boa estrutura, taninos robustos porém macios, mostrando comumente notas de ameixa e chocolate. A Sicilia foi durante muito tempo um exportador de vinhos a granel, inclusive para outras regiões da Itália, tendo priorizado por demasiado tempo, quantidade sobre qualidade. Somente de uns tempos para cá é que houve uma reformulação e inversão de prioridades, podendo hoje contar com um número considerável de bons vinhos possibilitando escolher vinhos mais ou menos robustos, mais amistosos, de maior guarda ou para serem tomados jovens. Abaixo seguem algumas indicações de vinhos que acho serem uma boa porta de entrada para os sabores desta uva devendo-se tomar cuidado com o nível de teor alcoólico dos rótulos advindos desta região já que o excessivo calor pode gerar níveis bastante altos. Os rótulos não são muitos, mas são de vinhos provados e aprovados, com preço final consumidor aproximado e todos de um estilo de bom corpo e volume de boca, porém mais elegantes, equilibrados e saborosos sem perder a tipicidade e sabores únicos desta cepa. Gosto de bons vinho e ponto, porém estas uvas autóctones geram vinhos por demais interessantes e diferenciados que fazem meu dia! Espero que façam o seu também.

30. PERIQUITA - CASTELÃO PORTUGUÊS, CASTELÃO FRANCÊS

Plantada no sul de Portugal, dá vinhos de boa estrutura, que envelhecem bem; é também a marca do popular tinto lusitano mais exportado para o Brasil. País: Portugal

31. PETIT VERDOT

Variedade típica da região de Bordeaux, na França. Dá sabor, cor e taninos ao corte bordalês. País: França (Bordeaux)

32. PINOT NOIR

Uva típica da Borgonha, produz os vinhos mais admirados pelos enólogos e enófilos do mundo. Sua qualidade está ligada diretamente ao onde está plantada. É uma uva de difícil de cultivar e vinificar e pode gerar tanto tintos inexpressivos como muito complexos. São vinhos de coloração clara para média com relativo baixo tanino e acidez. Os grandes pinot noirs têm aroma intenso, complexo e sensual, e evoluem muito bem na garrafa. Os exemplos mais clássicos são os renomados (e caros) vinhos de Romanée- Conti, Volnay, Clos de Vougeat e outros tantos da Borgonha. Menos feliz em outras regiões do mundo, tem apresentado algum sucesso no Chile com preços bem mais acessíveis. A pinot noir também faz parte da receita que compõem os vinhos da . Países: França (Borgonha, Champagne), Chile, Itália, África do Sul. França (Borgonha, Champagne), Alemanha, Califórnia, Chile Por sua delicadeza e complexidade é amplamente considerado o melhor cepa tinta de vinhedos do mundo. Os melhores exemplos desta variedade podem ser encontrados ao norte da Borgonha, da Côte d Or. Seu reinado na terra de Borgonha, é comparável àquela exercida pelo Cabernet Sauvignon de Bordeaux, mas isso não é nada brevemente de "civilizado", Pinot Noir é extremamente delicada e difícil de extrair suas melhores qualidades. É difícil encontrar bons exemplos do seu reduto de origem, exceto, talvez, alguns vinhos do Alto Adige, Itália e Hungria Sul, mas também produzida na Alemanha, Suíça, Áustria e Europa Oriental. Necessita de frio, de modo que as experiências de vinhos varietais, na Austrália, Califórnia e África do Sul não tenham se destacado em excesso, e me parece mais promissora, porque eles são mais latitude adequada, o norte-americano de Oregon Pinot Noir, e Nova Zelândia. A baixa produtividade é essencial para vinhos de qualidade, na Borgonha, o padrão é de cerca de 25 hl / ha. Apenas isto irá garantir que a sua pele dura mantém as características de coloração rica. Por outro lado, a variedade de clones existentes faz com que os produtores de vinho franceses escolhem frequentemente o mais fácil de crescer e melhor desempenho. A metade norte de (Côte de Nuits) são alcoólatras mais do que os do sul (Côte de Beaune). No entanto, é quase tão difícil de descrever como cultivar a cepa de onde eles provêm. O arco é tão variada que pode ir, nos vinhos jovens, desde o delicado eo cheiro de framboesa esmagada Pinot Noir da Costa de Beaume, o cheiro de morangos sol aqueceu um Cru Côte de Nuits, ou o cheiro da tinta que pode apreciar alguns dos Chalonnais Cote mais ao sul. Na maturidade, um Borgonha bom adquirir uma complexidade admirável e aroma pode ter aromas de violetas, trufas ou até mesmo a caça. Neste caso, a combinação do solo-clima da estirpe parece ser mais importante do que para as outras variedades. Por sua sensibilidade à Botrytis é mais adequado para os solos profundos e bem drenados, mas cresce bem em solos calcários de Champagne, que está envolvida no desenvolvimento do famoso espumante Blanc de Noirs. A cepa poderia ter sido cultivado e pelos gauleses antes da invasão romana e pode diminuir algumas das primeiras variedades selvagens selecionadas pelo homem. Entre as descrições feitas pelos romanos, poderia corresponder à Allobroges Vitis, origem de Syrah, Petit Syrah ou Mondeuse. Pinot apareceu pela primeira vez na língua escrita, em 1347, referindo-se a um conjunto compacto de abacaxi (pino em francês). No século XV, as aldeias de Bourgogne Pinot, forneciam vinhos (incluindo o Pinot ) para a Espanha. A sua cultura foi relegada para a Catalunha. A variedade de sabores que podem ser encontrados: rosas, cerejas, violetas, framboesas e morangos.

33. PINOTAGE

Esta casta é fruto de um cruzamento genético entre duas castas francesas, Pinot Noir a Cinsault. Criada em 1925, em Stellenbosch, na África do Sul, esta cepa tornou-se emblemática do país. Lá, ela rende desde rosados, passando por tintos leves, que lembram a parente Pinot Noir, até vinhos mais robustos, amadurecidos em carvalho. Os aromas típicos são: cassis, groselha, amora, framboesa, além de especiarias e uma nuança muito característica, normalmente descrita como aroma de acetona ou verniz. A Pinotage também é bastante cultivada no Brasil e na Nova Zelândia. uva criada da África do Sul, surgida em 1920, do cruzamento entre a pinot noir e a realiazada pelo professor Perald. Pode resultar num vinho muito frutado (banana, frutas vermelhas) e capaz de envelhecer bem em barris de carvalho. Os exemplares mais simples lembram borracha queimada e são muito rústicos. País: África do Sul

34. RACIOANO

De sabor delicado e ligeiramente condimentado é usada cortes da Rioja

35. RONDINELLA

Utilizada no corte dos tintos italianos Amarone, Valpolicella e Bardolino

36. SANGIOVESE

A variedade mais importante da Itália, disseminada por diversas regiões de norte a sul do país. Está fortemente associada à Toscana, onde é a base de tintos tradicionais como o Chianti (no qual aparece misturada com outras variedades como a Canaiolo) e o Brunello di Montalcino, onde aparece sozinha, com o nome de Sangiovese Grosso, ou Brunello. Tem boa tanicidade e acidez. Aromas de especiarias, frutas vermelhas, como ameixa, e alcaçuz. É também a base de muitos supertoscanos como o Tignanelo, e muitas vezes aparece misturada a uvas de Bordeaux, como Cabernet Sauvignon e Merlot. Embora pouco adaptada fora da Itália, a Sangiovese é vista em alguns países, sobretudo de imigração italiana, embora raramente renda exemplares de qualidade. Itália (Toscana, Emilia-Romagna) trata-se da variedade mais plantada na Itália, é a base dos grandes vinhos da Toscana - Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobilo de Montpulciano. O nome significa o sangue de Júpiter. É uma cepa de amadurecimento tardio, bem ácida, tânica e frutada. Países: Itália, Estados Unidos e Argentina

37. SYRAH - SHIRAZ

Uva do Rhone, na França, que resulta vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos e na boca evocam frutas vermelhas (amoras). Na Austrália, com o nome de Shiraz, dá exemplares tânicos, apimentado e de boa maturação. É responsável pelos grandes rótulos deste país Países: França (Rhône), Austrália, África do Sul e Argentina França (Rhône, Provence, Languedoc), África do Sul, Austrália Syrah (vermelho clássico) A tinta é a terceira variedade, que, juntamente com Sauvignon e Pinot Noir Sauivignon, acções de prestígio e honra. Seus melhores vinhos são, situado perto da grande Borgonha e Bordeaux. Seus principais configurações geográficas de ambos sua cultura e seu desenvolvimento por si só, são: ao norte, pela tradição, o Vale do Ródano e da nova versão do Mundo das terras australianas. Ambos vão receber o selo categoria opulenta vinhos tintos, vigoroso, encorpado, taninos e lotes de corantes, aroma característico de violetas e cassis, leve defumado, e uma grande capacidade de envelhecimento. Não confunda a variedade, também conhecida como Syrah Grosse Petite Syrah ou Mondeuse. qualidade da uva é a primeira. O Syrah está sentada bem em solos graníticos, pedras e até mesmo de calcário-argilosos. A origem da cepa pode ser na cidade persa de Shiraz, no Irã hoje, ou em Siracusa (Sicília). Chegada do Vale do Rhone pode ter ocorrido nas mãos dos colonos gregos. Outros, como Hugh Johnson, ponto de origem incerta, enquanto que Jancis Robinson diz que a tensão já estava estabelecido na Rhone na época da ocupação romana. Outra teoria datas do evento, no século XIII e é atribuída ao ter sido um eremita do Ródano. A Austrália é provavelmente um par de séculos atrás, entre os 400 recolhidos por estaquia Vitis James ocupado em sua viagem à Europa em 1832. Em 1840, Sir Walter Macarthur descreveu em seu "Cartas sobre a Videira" e "A uva boa, boa e robusta resultados não parecem estar sujeitos a acidentes e doenças." O Syrah Hermitage, como é conhecido aqui tem sido o esteio da mesa tinto australiano de um século atrás, mas não foi reconhecido como vinhos de qualidade, um jogo para os seus colegas franceses, até recentemente. Nos anos cinqüenta, Max Schubert criado para Penfolds Grange Hermitage, o primeiro vinho da variedade que removeu-se pela sua qualidade mas o grande boom nos próximos anos oitenta. Origem: Califórnia, Nova Zelândia, Itália, Grécia, África do Sul, Brasil, México e Argentina. A variedade de sabores que podem ser encontrados em vinhos feitos com base nessa tensão são: groselhas, framboesas, amoras, especiarias, pimenta e alcatrão.

Syrah ou Shiraz, dependendo em que parte do mundo é cultivada, é mais uma das grandes uvas Francesas que percorreram o mundo como a Cabernet Sauvignon, Merlot e Chardonnay entre outras. Estudos a apontam como a sétima cepa mais plantada no mundo (2005) com cerca de 150.000 hectares plantada pelo mundo afora. Hoje certamente deve ser bem mais! Dizem que sua origem, e nome advêm da cidade de Shiraz na Pérsia antiga tendo sido disseminada pelos Fenícios, porém estudos de DNA realizados por um grupo de pesquisa da Universidade de Viticultura e Enologia da Califórnia em 1998, determinaram que a origem é mesmo do sul da França, proveniente da “cruza” das cepas Dureza e Mondeuse Blanche. Foi exatamente nessa região, norte do Rhône, que esta cepa ganhou fama e daí se espalhando pelo mundo ganhando popularidade na versão varietal e em diversos cortes. Está muito presente, também en toda a costa mediterrânea, em especial no Languedoc Francês onde aparece muito em assemblages. Do Rhône à África do Sul, passando pela Sicília, Portugal, Chile e Austrália, são inúmeros os estilos de vinhos elaborados devido aos mais diversos em que são plantados. Como em qualquer outra cepa, impossível generalizar! O que é fato é de que em algumas regiões, têm apresentado uma exuberância difícil de ser sobrepujada. É uma cepa bastante tânica gerando vinhos bastante encorpados de grande estrutura e capacidade de envelhecimento. Os bons exemplares de Syrah tendem a trazer consigo uma certa dose de mineralidade, fruta intensa e uma marca muito própria de especiarias com uma certa alusão a pimenta gerando um final de boca algo picante. Os Australianos tendem a ser mais potentes e intensos,com maior presença de fruta madura e algo de chocolate enquanto os Europeus puxam para um estilo mais elegante, porèm de grande estrutura, com taninos aveludados de boa textura e algo mais especiados. Eu, pessoalmente, tenho uma queda para um estilo de vinhos mais elegantes e tendo a optar por estes vinhos encontrados em toda e qualquer região, e cepa, então os exemplos abaixo têm muito essa cara. Os grandes vinhos como Penfolds Grange, vinho mítico Australiano, Incógnito e Quinta do Monte D’Oiro de Portugal, Planeta Syrah da Sicília e os grandes Cote-Rôtie e Hermitages, apesar de deliciosos, não são para o bolso de qualquer um. Porém, existe vida fora desses grandes vinhos e nós pobres mortais podemos nos deliciar com outros exemplares de bons vinhos Syrah que cabem em nosso bolso. Para quem quiser começar a curtir esta cepa e experimentar todos os seus sabores e estilos, eis aqui algumas dicas de bons vinhos a serem provados sem perder as calças.

38. TANNAT - MANDIRAN

A cepa se tornou o símbolo enológico do Uruguai. Trazida para o país no final do século XIX, a casta tinta é original do sudoeste da França, onde serve de base para o Madiran, um líquido retinto e excessivamente tânico. Hoje, o Uruguai tem mais superfície plantada desta uva do que a própria França, representando aproximadamente um terço de seus campos de cultivo. Apesar de centenários, alguns desses vinhedos ainda produzem. O nome Tannat vem de tanino, substância responsável pela adstringência e cor escura nos tintos. O vinho Tannat uruguaio revela estilo diverso do francês, devido a diferenças clonais e de terroir. No geral, o Tannat de nossos vizinhos é menos agressivo e mais frutado que o gaulês, mantendo as características de cor escura, com taninos marcados, teor alcoólico médio e afinidade com carvalho. No caso de exemplares mais jovens, é bem-vinda uma passagem pelo decantador antes de chegar às taças. Uma curiosidade: a Tannat é também conhecida localmente pelo nome de "Harriague", referência ao basco francês Don Pascual Harriague, que teria introduzido a cepa no país, em 1870. uva do sudoeste da França, hoje é a variedade emblemática do Uruguai, altamente tânica e com perfume de amora e framboesa. Bons produtores têm domado o tannat no Uruguai e bons rótulos têm surgido no mercado Países: Uurguai e França. Apesar das alegações e grande probabilidade de que a cepa tenha origem Basca, é na região francesa do Mandiran, ao pé dos Pirineus, onde ela criou raízes profundas. Diversos estudos mostram que esta cepa é campeã de polifenóis e, consequentemente, gera vinhos com mais quantidade de resvesterol e de grande “tanicidade”, tanto que o próprio nome da cepa é derivado da palavra; taninos. Retinto na cor, muita fruta negra, algo defumado, chocolate, especiarias, tradicionalmente geram vinhos de boa complexidade aromática, mostrando-se no palato muito rico, um vinho de grande estrutura e poderoso com grande capacidade de guarda. Tudo vero e uma cepa que, até pouco mais de uma década atrás possuía poucos admiradores e, mesmo na França, era considerada uma uva secundária de baixa penetração no mercado internacional se restringindo a um consumo mais regionalizado. Foi com a chegada do Uruguai ao mercado, que os vinhos desta cepa ganharam espaço e se revigoraram mundialmente. Os emigrantes bascos trouxeram as cepas em sua viagem para o Uruguai nos idos de 1870 onde virou um ícone da vitivinicultura local assim como a malbec o é para a Argentina. Os uruguaios trabalharam muito bem esta cepa conseguindo “domá-la” e com isso gerando vinhos mais amistosos que os destacaram em nossa vinosfera. Essa “doma” feita através de micro- oxigenação durante a fermentação, e a extração dos caroços (grainhas) assim como a aplicação adequada de madeira, tende a amansar a fera produzindo taninos mais redondos tornando o vinho mais amistoso. A adição de merlot no corte, uma tradição uruguaia, tem o objetivo de amansar o tannat tornando-o mais palatável. No Mandiran é comum a adição de Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon com o mesmo intuito. Como a natureza é sábia, a cepa também possui uma acidez bastante acentuada que ajuda a equilibrar os fortes taninos e alimenta a longevidade dos vinhos. São vinhos de que gosto muito, mas não tenho provado tanto quanto gostaria. Para mim, apesar da fama dos Malbec, são os Tannats o perfeito acompanhamento para um churrasco e produzem vinhos com uma variedade bastante grande de estilos, dos mais simples e suaves aos de extrema complexidade e capacidade de guarda. Eis o que o amigo Álvaro Galvão (Divino Guia) especialista em harmonização fala sobre esta cepa; “Carnes gordurosas em geral vão bem por causa dos taninos, e podem ser levadas à cocção do mesmo modo que o Barolo em reduções lentas e demoradas, para amaciar as carnes :”brasato “é isso, por que não usar a Tannat? Carnes de caça, mesmo as aves, dependendo da cocção,(preferencialmente em molhos, pois o tanino ajuda a enxugar a suculência, assim como o álcool é hidrófilo) ficam muito bem.Ex Galinha D’angola, Pato, Cabrito ao molho (carnes fortes, partes mais suculentas). Alguns queijos de mofo branco, que hoje se usam colocar geléias as mais variadas, como os Brie e os Camembert, ficam excelentes, claro que em porções pequenas, aperitivo e sem exagero das geléias, preferencialmente as de frutas vermelhas maduras.

39. - TINTO FINO, CENCIBEL, TINTA RORIZ ARAGONÊS

A mais importante uva de qualidade da Espanha, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Usualmente misturada à garnacha e mazuelo. Dá um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho que lhe confere aromas de tabaco. Países: Espanha, Portugal e Argentina

Espanha (Rioja), Portugal Falar de Tempranillo é falar de Espanha onde as primeiras videiras foram plantadas por volta do ano 1.100 aC, na região de Cádiz (perto de Jerez de La Frontera), provavelmente pelos Fenícios. Os primeiros vinhos eram adocicados e pesados. Contudo, durante o século 8º até 15º, a Espanha esteve sob ocupação dos mouros e, para a cultura desse povo, a produção de vinhos não era prioridade. Sendo assim, o desenvolvimento vitivinícola ficou estagnado até meados do século XV. O padrão de qualidade conhecido atualmente, aparece depois da crise da phylloxera, no século 19. Hoje a Espanha se encontra entre os três maiores produtores mundiais, sendo a maioria dos seus vinhos tintos elaborados com Tempranillo, uva ícone do país, em forma varietal ou em cortes com Garnacha, Graciano e Mazuelo e uvas internacionais como Cabernet Sauvignon e Merlot em menor escala. A origem de seu nome vem provavelmente da palavra espanhola temprano, que significa cedo, devido á precocidade de seu ciclo vegetativo em relação às outras variedades tintas da região. Seu cultivo predomina na região de Rioja, com cerca de 70% dos vinhedos, mas está espalhada pelo país com nomes muitas vezes diferentes como; Ull de Llebre (Catalunha); Cencibel (La Mancha); Tinto Fino ();Tinta del Pais (Ribera del Duero onde a presença é também bastante forte) e Tinta de Toro (Toro). Possui casca espessa e escura, bago de tamanho médio, acidez não muito alta e equilibrada, normalmente não produzindo vinhos com alto teor alcoólico, variando entre 10,5 e 13 %. Em geral, os vinhos de Tempranillo são elegantes, estruturados e complexos quando passam por madeira. Seu estilo fica entre os tintos de Bourgogne e Bordeaux. Podem apresentar aromas de frutas vermelhas como morango, caramelo e especiarias, mas não é, tradicionalmente, uma uva que gera vinhos de forte presença aromática sendo mais exuberante em boca. A complexidade aromática, quando existente, vem normalmente com o corte com cepas outras que, preferencialmente, também lhe aportem maior acidez. Por suas características, é bastante resistente á oxidação o que lhe permite um maior tempo de contato com madeira, tradicionalmente carvalho americano, como nos casos dos Reservas e Gran Reservas que passam no mínimo 24 meses em barricas e uma longevidade bastante estendida. Conforme Oz Clarke em seu livro, & , a Tempranillo é uma uva que não reproduz muito o seu terroir, ao contrário da Pinot Noir, e sim suas próprias características o que faz com que seus sabores sedutores se possam sentir nos mais diversos locais onde é plantada, preferencialmente em regiões quentes. Sua complexidade vem mesmo é do estilo de vinificação a que a uva é submetida. Além da Espanha, a Tempranillo é cultivada em outros países como Portugal, nas regiões do Douro (onde é conhecida como Tinta Roriz)) e do Alentejo (com o nome de Aragonez) assim como na Argentina e Austrália onde os vinhedos desta cepa têm aumentado exponencialmente. Dizem que será a uva do futuro, especialmente no Novo Mundo, então esperemos para ver. Jovens Tempranillos, tendem a ser de corpo leve para médio, macios e amistosos devendo assim como os pinots, serem servidos levemente refrescados, por voltas dos 15 a 16º quando melhor demonstram toda a sua sedução, alcançando a plenitude dos sentidos como bem me recordou meu amigo Juan Rodriguez, o mestre da Tempranillo no Brasil. Os vinhos de Ribera Del Duero, Toro e Douro (Roriz) tendem a ser mais encorpados com uma carga tânica maior precisando de mais tempo para se abrir e mostrar toda a sua exuberância ao palato. Definitivamente, vinhos para serem decantados. A difícil casta dos vinhos ícones da Ibéria – Tinta Roriz, Aragonez ou Tempranillo A Tinta Roriz embora represente 25% da superfície vitícola portuguesa, a custo é tida como uma casta de excelência. Segundo opinião quase unânime juntos dos enólogos a trabalhar no Douro, produz muito, exige muitas intervenções em verde, a maturação processa-se irregularmente até no mesmo cacho, em suma, é uma casta difícil de trabalhar, principalmente em viticultura de montanha, onde existem muitas exposições solares e diferentes altitudes. Em Portugal é a base de suporte para um blend de vinho apto a envelhecer, lembro o Barca Velha 1999, com cerca de 50% de Tinta Roriz, 40% entre Touriga Nacional e Touriga Franca e 10% Tinto Cão, estagiado por 18 meses em meias-pipas novas de carvalho francês, e o Pêra-Manca 2003, 50% Aragonez e 50% Trincadeira, tradicionalmente estagiado por 18 meses em tonéis de 3.000 litros com mais de 50 anos. Em Espanha o cenário é completamente diferente, na Rioja, considerada a sua origem, 57% das vinhas, mais de 27.500 hectares, estão ocupados com Tempranillo e nos vinhos da Ribera del Duero ela é quase sempre componente único. Da Rioja trago ao espírito o cultural e clássico Viña Tondonia Tinto Gran Reserva 1991, Tempranillo (75%), Garnacho (15%), Mazuelo e Graciano (10%), envelhecido 9 anos em barricas, com 2 trasfegas por ano, feitas à mão. Da Ribera del Duero o portentoso Pingus 2004, Tempranillo (100%) com supervisão biodinâmica e 100 pontos de Robert Parker. Para ter elegância, acidez e fruta fresca num Tempranillo precisamos de um clima ameno. Mas para ter elevada concentração de açúcares fermentescíveis e cor intensa da sua casca espessa precisamos de calor. Na Ribera del Duero este aparente contraditório é possível devido ao clima continental e às médias altitudes de até 800 metros. Na Rioja as elevadas temperaturas e as baixas altitudes originam excesso de fruta em compota e baixo teor em ácidos, esta falta de frescor é agravada pela aparente predisposição genética da Tempranillo para absorver potássio, provocando o aumento do nível de sais de ácidos orgânicos, com a conseqüente subida do pH. Neste caso a solução passa pelo blend com uvas de maior teor em ácidos orgânicos. Comportamento vitícola A Tinta Roriz é uma variedade: - com uma fertilidade apta em cachos grandes (como na foto abaixo das vinhas na Casa dos Gomes no Dão). - de alta produtividade (8 a 18 ton/ha), variando muito com o tipo de solo, o clima e o clone. - aneira, alterna com os anos, ou seja, em bons anos, produz vinhos encorpados, retintos, muito aromáticos, míticos e em anos maus produz apenas vinho. - de muito fácil condução da copada. - bastante sensível ao Oídio e exageradamente sensível ao Míldio. - de mediana susceptibilidade ao stress térmico e hídrico (em anos quentes e secos é necessário reduzir de modo drástico a área foliar das videiras e o número de cachos, por forma a baixar o consumo de água). - precoce com curto ciclo de maturação. - prefere solos profundos, bem drenados e com reduzida disponibilidade hídrica, uma vez que elevado teor de água provoca atrasos no pintor e redução da qualidade.

Como curiosidade, em 1988 e no berço riojano, fruto de uma mutação natural por factores ambientais desconhecidos, surgiu a variedade Tempranillo Blanco numa videira de Tempranillo onde todas as varas originaram cachos de casca escura, excepto uma que produziu cachos de pequenas bagas esverdeadas. A Tempranillo Blanco viu aumentada o número de indivíduos por multiplicação vegetativa daquela única vara.

Comportamento enológico Quando originários de vinhas de baixo rendimento, 6 a 8 ton/ha, os vinhos de Tinta Roriz são sempre de cor vermelha intensa, nariz de ameixa e frutos silvestres, tais como, groselha, framboesa, mirtilo, amora, que se tornam mais complexos com a evolução em barrica e/ou garrafa. As principais características em boca são a textura envolvente, macia, sedosa e aveludada, apoiada em firmes taninos, e o bom equilíbrio de acidez e álcool. Quando o vinho estagia em carvalho novos aromas surgem: baunilha, coco (típicos do carvalho americano), especiarias, anis, charuto (típicos do carvalho francês). Com rendimentos de 10 ton/ha para mais, os vinhos adquirem uma coloração menos intensa, mais aberta, o nariz simplifica, quando jovem, o vinho vive muito dos básicos e muito etéreos aromas fermentativos frutados, tornam-se menos encorpados, mais ligeiros e de estrutura média, geralmente, estes são vinhos fáceis, próprios para o consumo diário. Nestes vinhos a opção por madeira para nada mais serve do que complementar a estrutura e, por vezes, melhorar a plausível deficiência aromática. Varietal ou blend? A decisão terá que ser tomada com base na vinha e no vinho. Para ser um varietal harmonioso e prazeroso terá de ser obtido de uva sã irrepreensivelmente madura, quer ao nível aromático, quer fenólico, e com um óptimo equilíbrio de açúcares e ácidos. Como isto das UVAS & VINHOS não é tão fácil como escrever, quando não acontece, a Tinta Roriz, ou melhor, os seus espessos taninos são os alicerces e os pilares fundamentais da estrutura de um lote de vinho preparado para viver por vários anos. Se a Touriga Nacional é o nariz, a Tinta Roriz é a boca do vinho. A alta carga tânica influencia também a estabilidade corante do vinho, normalmente, a cor deste vinho mantém-se bem ao longo do envelhecimento. Em resumo, a Tinta Roriz é uma casta polemica, capaz do pior, isto é, produzir vinhos bastante fracos, de cor insuficiente, taninos agressivos e sabores herbáceos, devido à sua exagerada capacidade produtiva. Mas capaz do superlativo, ou seja, produzir vinhos únicos, memoráveis quando controlados todos os fatores que interferem na produção: escolha do solo, do porta-enxerto, fertilização equilibrada, adequada condução da sebe vegetativa e monda de cachos ao pintor, se necessário. O resto o enólogo orienta!

40. TINTA AMARELA

41. TINTA BARROCA

Cepa usada na mistura do Porto e em tintos do Douro País: Portugal (Douro)

42. TINTA CIÃO

43. TINTA FRANCISCA

44. TINTO CÃO

Uva de alta qualidade das regiões portuguesas do Dão e do Douro é reconhecido pelo seu caráter apimentado. No Douro é muito usada na composição do vinho do Porto. País: Portugal (Douro e Dão)

45.

Mais leve que a touriga nacional, também é parte da receita do vinho do Porto. Usado ainda em tintos secos de mesa da região do Porto. País: Portugal (Douro)

46. TOURIGA NACIONAL

Uva autócne superior, presente em vinhos portugueses; encorpado, de cor forte, sabor intenso e muito tânico é típico da região do Douro. Usada na receita do vinho do Porto, também é uma uva que produz varietais com muita tipicidade. Países: Portugal e Austrália

Em Portugal é a casta mais difundida por todo o território continental, daí o termo Nacional como complemento democrático-geográfico a esta surpreendente Touriga. Estados Unidos da América, Austrália, África do Sul, Argentina, Chile, Brasil são países que a naturalizaram porque dupla- cidadania, como um Shiraz australiano, um Malbec argentino, um Carménère chileno, um Tannat uruguaio ou o mais recente Merlot brasileiro, ainda ninguém lhe conferiu. Com natural singeleza, elegância, potência e monstra polivalência a Touriga Nacional pode aparecer na forma de: - vinho espumante, como por exemplo os Murganheira Blanc de Blancs Touriga Nacional e do Luis Pato na Bairrada; - vinho tinto seco fino, aqui prefiro a delicadeza dos Tourigas do Dão em detrimento dos Tourigas do Douro porque são fruto de solos de origem granítica e sedimentar e de amenas temperaturas bem típicas de um qualquer verão beirão; - vinho licoroso, seja qual for Vinho do Porto Vintage ou Late Bottled Vintage originário dos melhores patamares de um bardo da mais antiga Região Demarcada do Mundo. Por característica, a Touriga Nacional é uma variedade muito fértil, isto é, todas as gemas deixadas à poda brotam e brotam também muitas feminelas que adensam a copada, embora seja pouco produtiva porque é propícia ao desavinho (acidente fisiológico em que não ocorre a transformação das flores em fruto) e à bagoinha (acidente fisiológico em que no mesmo cacho aparecem, além de bagas normais, bagas de dimensões reduzidas, bagas que não são bagas). Possui, no entanto, baixa produtividade geralmente decorrente do seu elevado vigor e do seu caráter retumbante que juntos dificultam o ótimo arejamento da flor, impedindo assim o correto desenvolvimento da fecundação, resultando menos cachos. Portanto, esta é uma casta muito exigente quanto à forma de ser conduzida. Como virtudes ela revela: - estar bem adaptada a uma grande diversidade de solos; - ser satisfatoriamente rústica, suportando condições médias de stress hídrico; - ser muito resistente às doenças e pragas habituais da vinha; - ter uma maturação intermediária, originando cachos pequenos a médios, ligeiramente compactos, de baga pequena com película espessa e cor negro-azulada. Comportamento enológico A Touriga Nacional é uma casta muito consistente em termos de qualidade dos vinhos originados ao longo dos anos. Os mostos apresentam um teor alcoólico médio a elevado e uma acidez total titulável média a elevada, ou seja, gerando equilíbrio. Os vinhos têm cor retinta intensa, com forte presença de tonalidades violáceas. O aroma é igualmente intenso desde os frutos pretos maduros (amoras, framboesas) às perfumadas flores (violetas, rosas), lembrando por vezes também algo mais silvestre, rosmaninho, alfazema, esteva, etc. Muito rico em substâncias fenólicas, na boca é volumoso, estruturado e persistente, possuindo um elevado potencial para envelhecimentos prolongados. Portanto, vinificada em varietal, por si, sem carvalho, a tendência é gerar vinhos intensamente corados, frescos, bem equilibrados em álcool e ácidos, de taninos macios. A passagem por barrica aumenta a sua complexidade aromática e tende a melhor estruturá-los. Quando usada em cortes, porta- se como o nariz, o perfume do vinho.

47. TRINCADEIRA

Outra cepa original portuguesa, com toques apimentados e condimentados País: Portugal (Alentejo)

48. - PRIMITIVO

Produz tintos secos com muito colorido e frutado, com notas de pimenta e sabor que lembra groselha preta. Uva característica dos vinhos da Califórnia, apesar de ser originária do sul da Itália, onde tem o nome de primitivo. Países: Estados Unidos (Califórnia), Itália