Resenha crítica- revisão

Professora: Viviane Faria RESENHA:

• Uma adolescente apaixonada por música liberta três fantasmas “gatos” do passado e acaba formando uma banda com eles. Essa é a história inicial de Julie And The Phantoms, série original da Netflix, que estreia no próximo dia 10 de setembro. Mas se o enredo parecer familiar, não estranhe. Estamos falando de um remake do seriado brasileiro Julie e os Fantasmas, que foi exibido entre 2011 e 2012 na Band e Nickelodeon. Com a direção e coreografias de Kenny Ortega (High School Musical e Descendentes) e coreografias de Paul Becker (Descendentes e Mirror Mirror), a trama ganhou nova roupagem e pretende conquistar o público adolescente. Mas não espere uma cópia do original brasileiro. A história foi modernizada e recebeu mais camadas, sem deixar de ser leve e divertida. Além disso, personagens inéditos foram criados e os que já existiam aparecem com outros nomes. • Julie And The Phantoms conta a história de Julie (Madison Reyes) uma adolescente que, ao perder a mãe, também perde a paixão pela música. Encorajada por seu pai Ray (Carlos Ponce), a garota encontra no estúdio de música desativado da mãe um CD antigo. Ao colocá-lo para tocar, acaba libertando três fantasmas mortos em 1995 por causa de um cachorro-quente estragado, que comeram minutos antes de fazer seu primeiro grande show. O encontro da banda, formada pelo guitarrista e vocalista Luke (Charlie Gillespie), o baixista Reggie () e o baterista Alex () acaba reacendendo o amor de Julie pela música, ao mesmo tempo que permite que os fantasmas voltem a tocar para o público. Isto porque, por um motivo misterioso, os fantasmas não conseguem aparecer para todos, apenas para Julie, a não ser quando estão tocando e cantando com a garota, tornando-se visíveis para todo mundo. Por não poder contar esse segredo para ninguém (afinal, quem acreditaria que ela vê fantasmas?) Julie justifica a presença “mágica” dos membros da sua banda como sendo hologramas de garotos estrangeiros. • Como toda boa série adolescente, a trama também envolve vilões e romances impossíveis, como a paixão platônica de Julie por Nick (Sacha Carlson), que namora a patricinha Carrie (Savannah Lee May). Mas também rola um clima entre Julie e Luke (que é um fantasma). Mas quem menos shippa este casal é Flynn (Jadah Marie), melhor amiga da protagonista. Outros fantasmas que aparecem na história para abalar corações são Willie (Booboo Stewart) e Caleb (Cheyenne Jackson), mas não vamos falar muito sobre eles pra não estragar a surpresa. • Dividida em 9 episódios de aproximadamente 30 minutos, Julie And The Phantoms traz um elenco com muita diversidade, a começar pela incrível Madison Reyes, estreando como a protagonista Julie. Os garotos da banda Luke (Charlie Gillespie), Reggie (Jeremy Shada) e Alex (Owen Joyner), além de lindos, também são muito talentosos. Os quatro cantam, dançam, tocam instrumentos e impressionam na interpretação. Mas não são só eles que têm números musicais. As personagens Carrie (Savannah Lee May) e Caleb (Cheyenne Jackson) têm cenas muito empolgantes, repletas de coreografias e figurinos de tirar o fôlego. https://mundodosmusicais.com/2020/09/09/resenha-julie-and-the-phantoms-impressiona-com-musicas-incriveis-otimo-elenco-e-trama-envolvente/#jp-carousel- 13836 Julie and the Phantoms: Tudo que você precisa saber sobre a série musical do momento • Você já ouviu falar de ‘Julie and the Phantoms‘? A nova série musical da Netflix estreou no dia 10 de setembro e tem feito sucesso entre o público infanto-juvenil. É uma boa pedida para quem gosta de séries leves e com episódios curtinhos para assistir durante a pandemia. Se esse é o seu perfil, não dá para perder essa produção. O diretor é Kenny Ortega, que trabalhou nos fenômenos ‘High School Musical’ e ‘Descendentes’, e a dupla de produtores executivos é formada por Dan Cross e Dave Hoge (“The Thundermans” e “Par de Reis”). • A história gira em torno de Julie Molina (Madison Reyes), uma estudante de 15 anos que perdeu o amor à música com a morte de sua mãe. Ela volta a cantar depois de conhecer três fantasmas de músicos dos anos 90, Luke (Charlie Gillespie), Reggie (Jeremy Shada) e Alex (Owen Joyner), que morreram de forma trágica. Juntos, eles montam a banda Julie and the Phantoms e vivem muitas confusões. Em nove episódios de 30 minutos, a série aborda questões comuns aos jovens, como o desentendimento com os pais, a procura por saber sobre a própria personalidade e, claro, o amor. Com personagens carismáticos e uma trilha sonora envolvente, é impossível não se apaixonar pelo elenco e torcer para que tenha uma segunda temporada (renova, Netflix!). https://jovempan.com.br/entretenimento/tv-e-cinema/julie-and-the-phantoms-tudo-que-voce-precisa- saber-sobre-a-serie-musical-do-momento.html

• Com 26 episódios divididos em duas partes, Julie e os fantasmas teve como protagonista a atriz Mariana Lessa e os fantasmas interpretados por Bruno Sigrist, Fabio Rabello e Marcelo Ferrari. A direção era de Rick Bonadio, Luca Paiva Melo e Michel Tikhomiroff. Na trama, Julie sonha em ser cantora, mas tem medo dos palcos. Tudo muda quando ela liberta Daniel, Martim e Félix de um disco de vinil e, juntos, eles montam uma banda chamada de ‘Os Insólitos’. Além de ajudarem na música, os meninos também dão um empurrãozinho para a protagonista conquistar Nicolas, seu amor de escola, interpretado por Michel Joelsas. A série teve diversas participações especiais, entre elas, Manu Gavassi, NX Zero e Bruno Gissoni, e venceu o troféu APCA como Melhor Programa Infanto-Juvenil em 2011. Referência brasileira RESENHA: O CIDADÃO DE PAPEL – GILBERTO DIMENSTEIN

• O Cidadão de Papel: A infância, a adolescência e os Direitos Humanos no Brasil, do jornalista Gilberto Dimenstein foi ganhador do Prêmio Jabuti 1994, Melhor livro de Não-Ficção, publicado pela Editora Ática. O livro surgiu da iniciativa do autor para abordar em sala de aula e discutir assuntos de uma linguagem de fácil entendimento para os jovens sobre assuntos sérios. • Dividido em 10 capítulos, o primeiro se chama “As engrenagens do colapso social”. Gilberto Dimenstein explica que o livro surgiu na década de 90, quando ministrou uma palestra para adolescentes e percebeu a preocupação dos jovens com a violência nas grandes cidades. “Vi que a falta de informação e de reflexão poderia levá-los a uma postura perigosa: o uso de mais violência”, alerta o jornalista. Então, o autor se propôs a abordar alguns dos problemas da sociedade, como as crianças de rua, a violência e a pobreza. Por que Cidadão de Papel? Segundo Dimenstein, porque a cidadania está garantida nos papéis, mas não existe de verdade. • Embora a linguagem simplificada possa incomodar muitos especialistas da área, Gilberto Dimenstein simplificou o texto para que o público-alvo, formado por crianças e adolescentes, possam absorver melhor a informação e entender termos que estão presentes nos jornais diários, mas nem sempre são de seus conhecimentos. Dimenstein comenta que a situação da infância é um reflexo de desenvolvimento econômico, político e social do Brasil, desde a violência até o desemprego. • No capítulo 2, “Cidadania”, Dimenstein explica que os meninos de rua são um dos sintomas da crise social, surgidos por causa da pobreza e falta de educação dos pais, levando os filhos a entrarem nesse ciclo, incapazes de progredir. Apesar dos direitos da criança, o autor critica a situação do país e lembra que nem mesmo os bebês estão protegidos nas famílias desestruturadas, em que o índice de violência doméstica são maiores. (...) • A última parte do livro, o capítulo 10, traz informações e propõe reflexões sobre a educação. É comentada a necessidade de investir na educação desde o ensino fundamental para que as pessoas saibam seus direitos e obrigações e possam ter melhor qualidade de vida, a questão da produtividade, a evasão e desigualdade social no nível de ensino, o analfabetismo e a exclusão digital. • Dimenstein conclui o livro abordando a importância de entender as engrenagens da crise social brasileira e da fragilidade da cidadania, a importância da democracia e dando exemplo de um projeto que ajuda a tirar as crianças da rua e oferece aulas de dança, escultura, informática e tem livros. http://www.benoliveira.com/2014/06/resenha-o-cidadao-de-papel- gilberto-dimenstein. Resenha Outer Banks- 1 temporada

• Outer Banks, a série criada por Josh Pane, Jonas Pate e Shannon Burke, também mostra jovens correndo atrás de um tesouro, mas é como se a mesma ideia fosse transportada de um ambiente infanto-juvenil para um apenas juvenil. Vendida como um “drama teen” por conta de todo o grande apelo que o gênero tem alcançando na Netflix, a série tem muito mais a atmosfera de um filme de aventura, do que de uma produção focada em problemáticas adolescentes. E isso não se deve só ao fato de termos em mãos um elenco que em nada transmite a ideia da adolescência, mas também ao fato de que as estruturas narrativas adotadas promovem o protagonista a uma posição que não pode ser alcançada por mais ninguém na produção. E sabemos que Os Gonnies e Stranger Things, por exemplo, eram sobre coletividade. • Na trama, o jovem John B (Chase Stokes) vive uma vida desajustada numa bela cidade litorânea dos EUA. Seu pai desapareceu sem deixar rastros e ele está sempre a um passo de ir para lares adotivos. Além de trabalhar no que pode, ele divide essa existência sem amarras com um grupo de amigos que se denominan Os Pogues e também são cheios de problemas familiares ou pessoais. Quando um furacão alcança a costa da cidade e deixa tudo revirado, John B encontra pistas sobre o paradeiro de seu pai, que desapareceu por conta de um mistério envolvendo um tesouro perdido. John B estaria tranquilo para ir atrás não só do pai como do ouro, se não fosse interferência de uma poderosa família local que tem muitos interesses escusos movendo as peças do jogo. • Embora a identidade artística da série seja muito distante das obras que trabalham com a mesma premissa, Outer Banks se joga inteira na boa e velha “caça ao tesouro”, com direito a mapa, pistas desvendadas com insights repentinos e aventuras clássicas dentro de residências “assombradas”. A série segue os códigos do gênero, mas se esquece de um fator importante dessa carpintaria: o humor. Em alguns momentos chega a ser discrepante a ideia de termos uma dramaturgia que se leva tão a sério e ao mesmo tempo coloca seus personagens dizendo palavras como “lenda” e “tesouro”. O enredo da série leva tudo ao extremo e não oferece ao espectador absolutamente nenhum alívio cômico. Nem mesmo o investimento no romance entre John e Sarah (Madelyn Cline) consegue aliviar a tensão constante. • Isso não chega a ser exatamente um problema. Além de valorizar corretamente as belas paisagens da cidade e de dar a elas uma fotografia que parece estar num pôr do sol constante, a direção dos episódios é nervosa, urgente. Os roteiros usam os clichês de forma honesta e mesmo que absolutamente nada de surpreendente aconteça, tudo é feito com competência e de maneira correta. Outer Banks não reinventa a roda, ela nem mesmo tenta, mas isso não significa que o espectador não possa ser entretido com uma história coerente, ainda que ele saiba exatamente para onde ela vai. Esse é o resumo da produção: você tem plena consciência de tudo que vai acontecer, já viu essa história milhões de vezes, mas não custa nada continuar seguindo só para ver se o tal do ouro vai mesmo ser encontrado. https://www.omelete.com.br/netflix/criticas/outer-banks-1-temporada-netflix-critica

• Quando chegamos à reta final, a série apresenta uma consistência admirável na ação a que se dedica e deixa bons ganchos para a próxima e vindoura temporada (que deve se passar em duas locações diferentes). Talvez no próximo ano os criadores sejam capazes de oferecer mais consistência na abordagem dos personagens secundários e mais profundidade em seus dramas pessoais. O grande problema é que “Os Pogues” precisam de um mapa para encontrar um pouco de carisma. Outer Banks é mediana, mas não comete pecados e conseguiu apresentar uma primeira temporada digna e direta. O “tesouro” para aumentar seu potencial está por aí, ela só precisa descobrir onde está.