Anais XXII Encontro Anual De Etologia
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ANÁLISE PRELIMINAR COMPORTAMENTAL DO CASAL DE Leopardus wiedii SCHINZ, 1821 (CARNIVORA: FELIDAE) EM CATIVEIRO Eloane Rosa ABADE 1; Gelson GENARO 2 1 Acadêmica do curso de Biologia da Universidade Católica do Paraná – PUCPR; E-mail: [email protected] ; 2 Prof. Dr. Gelson Genaro, Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto, SP. FFCLRP-USP, Programa de Psicobiologia - Ribeirão Peto, SP. Caixa Postal 390 – Centro CEP 14001-970 Ribeirão Preto, SP O gato-maracajá enquadra-se no grupo de felinos de pequeno porte, com distribuição em áreas florestais de todo o Brasil. É considerado vulnerável na lista de animais ameaçados de extinção, publicada pelo IBAMA em 2003. Em cativeiro pode atingir até 13 anos de vida. A análise comportamental do casal de maracajás no cativeiro permite contribuir com a ecologia da espécie, quando submetidos a dividir o mesmo recinto, quantificando o tempo em que cada comportamento foi desencadeado. O Zoológico de Curitiba, no Paraná, possui atualmente um casal de L. wiedii que divide o mesmo recinto há dois anos. A fêmea tem quatro anos de idade e o macho, 13 anos. De junho a agosto de 2004, com o método animal focal, observou-se o comportamento intra-específico deste casal durante a parte da manhã e a parte da tarde. Os comportamentos mais observados destes animais (macho=M; fêmea=F), considerando o tempo de desencadeamento em minutos, foram: vocalizar (m= 7'; F= 15'), estacionário (M=74'; F= 34'), brincando (M=4'; F=4'), andando pelo recinto (M=39'; F=14') e lambendo o co-específico (M=6'; F=9'). Quando permanecia estacionário, o casal mantinha contatos físicos, com a fêmea lambendo o dorso e a cabeça do macho constantemente. Durante o período de observação, notou-se início de estro para a fêmea e apenas uma tentativa de cópula por parte do macho. No entanto, se faz necessário a continuidade do estudo para que futuramente os dados obtidos possam corroborar com ações de manejo adequadas para casais desta espécie mantidos em cativeiro. Palavras-chave: cativeiro, comportamento, ecologia, extinção, gato-maracajá, manejo EVALUACIÓN DEL TEMPERAMENTO EN BOVINOS CRUZA CEBÚ Natalia Maria Alejandra AGUILAR 1,2, Osvaldo BALBUENA 3, Mateus J.R. PARANHOS DA COSTA1,4 1 ETCO - Grupo de Estudos em Etologia e Ecologia Animal; 2 Pesquisadora Bolsista Secyt - UNNE, Corrientes/Argentina, e-mail; [email protected]; 3 Coordinador de Investigacões Agropecuárias EEA INTA – Colonia Benítez, Chaco/Argentina; 4 Departamento de Zootecnia, UNESP - Jaboticabal/SP El temperamento del ganado es definido por varios autores como el comportamiento de respuesta al manejo del hombre, siendo esta respuesta atribuida al miedo, resultando en estrés con la consiguiente reducción del bienestar de los animales. En general se pasan por alto las implicancias económicas que podría tener el temperamento del ganado en la industria de la carne. El desafió actual para los productores e investigadores es caracterizar un teste para medir el temperamento que pueda ser utilizada como herramienta en la selección para los animales de producción. Así el presente trabajo tuvo como objetivo testar la aplicación de los testes ya disponibles para evaluar temperamento y reactividad de los bovinos de carne, de la región nordeste de Argentina. Se utilizaron 64 animales de 6 a 11 meses de edad, 24 novillos y 40 vaquillas. Localizados en potreros de pasturas tropicales y con suplementación. Las razas predominantes eran cruzas de cebú x europeo (Braford y Brangus), en menor porcentaje cebú puro (Brahma) y europeo puro (Hereford). Se utilizó un escore de temperamento resultante del grado de reactividad de cada animal, mientras era mantenido en la casilla de una báscula individual, donde considera los movimientos en general de los animales, registrándose los siguientes comportamientos: cantidad de movimientos, nivel de tensión, postura corporal, respiración audible, presencia/ausencia de mugidos y de golpes. Fueron evaluados con el teste cada 28 días. El modelo utilizado incluía sexos y tipos de manejos previos a la evaluación, clasificados como manejo con y sin uso de cepo. Los resultados preliminares exhiben un puntaje promedio de escore de 2,89 para las hembras en movimientos en la balanza y 2,51 para machos; tensión de hembras promedio de puntaje de 2 y para machos de 1,52; respiración promedio para hembras de 1,45 y machos de 0,91. Para los manejos los promedios de movimientos en la balanza en manejo con cepo es de 2,85 manejo sin cepo 2,65, tensión para manejo con cepo de 1,90 sin cepo 1,73. Concluyendo podemos observar que el temperamento de los bovinos es una característica cuantificable que puede ser medida a través del escore en la balanza sin embargo aún falta mucho para poder definir en forma precisa cual de estos teste es el mas aplicable y efectivo para los bovinos de nuestra región. Palabras-clave: Bienestar, comportamiento, manejo, reactividad O PÊLO: UMA ESTRUTURA QUE PERMITE INFERIR E/OU CONFIRMAR O COMPORTAMENTO Carlos C. ALBERTS1; Edislane Barreiros de SOUZA2; Wagner Ferreira dos SANTOS3; Geny Rachid CURSINO-SANTOS4; João Tadeu Ribeiro PAES 5; Fernando FREI 1; Bruna PORCHIA1, 2; Vanessa MORENO2; Juliana Ranzani de LUCA1; Iris Amati MARTINS1; Ana Paula Ferreira de OLIVEIRA1,3; Gabriel Aranda SELVERIO1,2 1Laboratório de Comportamento de Vertebrados - FCLAs-UNESP; 2Laboratório de Mutagênese e Genética Molecular -FCLAs-UNESP; 3Laboratório de Neurobiologia e Peçonha -FFCLRP-USP; 4Laboratório de Genética Molecular e Micororganismos -FMRP- USP; 5Laboratório de Parasitologia -FCLAs-UNESP Todos os mamíferos terrestres são cobertos de pêlos ou, no mínimo, os possuem em abundância em alguma região do corpo. Sendo os pêlos estruturas voltadas, entre outras funções, para proteger a pele dos efeitos da abrasão, é natural que estejam sempre em contato com o meio e, portanto, se desgastem. Dessa forma, em geral, estão sempre crescendo e/ou são regularmente substituídos. Por estes motivos, é inevitável que pêlos estejam presentes nos ambientes onde são feitos os estudos com mamíferos, desde os etológicos até os ecológicos. Na verdade, os pêlos são o material biológico durável mais abundante. Sua utilização em pesquisas de campo não somente é recomendável como, às vezes, é a única possível. A análise dos pêlos pode abranger desde a comparação de coloração e macroestrutura (comprimento, espessura e forma) até traços genômicos, passando pelo estudo de componentes químicos agregados e de sua microestrutura anatômica. Em geral, no estudo do comportamento de animais é essencial que o animal seja visualizado. No entanto, alguns animais são muito difíceis de serem observados. São naturalmente raros na natureza, têm hábitos secretivos e/ou noturnos; são camuflados, silenciosos e tímidos. Invisíveis, portanto. Os felinos são um bom exemplo. Por outro lado, outros mamíferos são extremamente visíveis. Numerosos, diurnos, gregários e menos tímidos. Mas tanta informação visual pode confundir e hipóteses comportamentais, como as devidas ao grau de parentesco, por exemplo, precisam ser confirmadas. Os primatas são o exemplo aqui. Em ambos os casos o pêlo pode auxiliar no estudo etológico. O pêlo é a estrutura cuja obtenção é a menos invasiva e a que fornece mais informação. As fontes mais comuns de pêlos são fezes, cercas, ramos, armadilhas e, até, museus. A análise combinada dos pêlos e suas fontes pode fornecer informação valiosa ao etólogo. A espécie estudada pode ser identificada pela análise morfológica do pêlo. Nesta etapa, a dieta também pode ser revelada, desde que a fonte sejam as fezes. Uma vez conhecida a espécie, outras informações, provavelmente somente conseguidas por meio de análises genéticas são essenciais para se conhecer a espécie de interesse: gênero (sexo) do animal, parentesco entre os conspecíficos, território e variabilidade genética, entre outros. Em um estudo conjunto, nossos laboratórios conseguiram completar este ciclo de informações contidas no pêlo, desde as fezes até a informação genômica. Palavras-chave: DNA, ecologia, etologia, extração HOMENS GRISALHOS: O INÍCIO DO FIM OU O FIM DO INÍCIO? Carlos C. ALBERTS1; Fernando FREI2; Davi VIVEIROS1; Michele Fernandes PEREIRA1; Juliana G. MARTINELLI1; Livia B. dos SANTOS1; Camila O. SANTOS1 1Laboratório de Comportamento de Vertebrados, FCLAs – UNESP; 2Laboratório de Estatística Aplicada Cabelos grisalhos são um fenômeno, praticamente universal no ser humano, de alteração da coloração dos pêlos do corpo. O motivo é uma despigmentação de fios individuais da cabeleira e de outros pêlos crescente ao longo do processo. O fenômeno está, geralmente, ligado à idade, ainda que outros fatores também possam influir. A teoria mais aceita para sua ocorrência é o alto custo energético da pigmentação que seria, conforme o avanço da idade, desviado para a manutenção de outros sistemas orgânicos mais importantes também alterados pela passagem do tempo. Cabelos grisalhos são atualmente bastante comuns em seres humanos de meia idade, mas no passado a expectativa de vida da população em geral era de apenas 30 a 35 anos ainda que, raramente, houvesse indivíduos que sobrepujassem em muito esta idade. É, portanto, inegável que os cabelos grisalhos indiquem o fim da juventude, ou mesmo, o inicio da velhice. Assim, é esperado o que parece ser uma grande tendência entre as mulheres para o tingimento dos fios brancos. Entre os homens, no entanto, isto é bem mais raro. Em ambos os casos a motivação parece ser o apelo sexual: mulheres parecem ser atraídas por homens grisalhos, enquanto o contrário não ocorreria. A explicação tradicional para este aparente interesse feminino por homens grisalhos é de ordem ambiental (por aprendizado, portanto): a cultura humana teria disseminado a idéia que homens grisalhos possuem mais bens e experiência no trato com a parceira. O presente trabalho investiga uma motivação evolutiva, ainda que não excludente à explicação tradicional: os homens grisalhos, ao contrário dos jovens, possuem uma aptidão evolutiva comprovada. Ou seja, sobreviveram à juventude. Na faixa etária dos 15 aos 39 anos existe a maior probabilidade de morte e/ou incapacitação de humanos do sexo masculino por motivo de doenças, violência (marginalidade social, guerras), agressividade etc.