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E xp e d i e nte

Staff

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Board of Directors

Conselheiro Honorário Honorary Board Member Fernando Henrique Cardoso Presidente Chairman Synésio Batista da Costa

Vice-Presidente Vice-chairman Carlos Antonio Tilkian

Secretária Secretary Regina Helena Scripilliti Velloso

Conselheiros Members Albert Alcouloumbre Júnior José Carlos Grubisich Antônio Carlos Ronca José Eduardo Planas Pañella Antonio Delfi m Netto José Roberto Nicolau Beatriz Sverner Lourival Kiçula Bento José Gonçalves Alcoforado Maria Ignês R. de Souza Bierrenbach Boris Tabacof Nelson Fazenda Daniel Trevisan Oscar Pilnik David John Currer Morley Paulo Saab Eduardo José Bernini Roberto Oliveira de Lima Fernando Machado Terni Therezinha Fram João Nagano Júnior Vitor Gonçalo Seravalli

2 CONSELHO FISCAL Fiscal Board

Membros Members Audir Queixa Giovanni Charles Kapaz Geraldo Zinato João Carlos Ebert Márcio Ponzini Mauro Antonio Ré

CONSELHO CONSULTIVO Advisory Board Presidente Chairman Jorge Broide

Vice-presidente Vice-chairman Miriam Debieux Rosa

Membros Members Antônio Carlos Gomes da Costa Maria de Lourdes Trassi Teixeira Araceli Martins Elman Maria Machado Malta Campos Dalmo de Abreu Dallari Marlova Jovchelovitch Noleto Edda Bomtempo Melanie Farkas Geraldo Di Giovanni Munir Cury Isa Guará Norma Jorge Kyriakos João Benedicto de Azevedo Marques Oris de Oliveira Lélio Bentes Corrêa Percival Caropreso Leoberto Narciso Brancher Rachel Gevertz Lídia Izecson de Carvalho Rosa Lúcia Moyses Magnólia Gripp Bastos Rubens Naves Mara Cardeal Silvia Gomara Daffre Maria Cecília C. Aranha Lima Tatiana Belinky Maria Cecília Ziliotto Vital Didonet

3 Secretaria Executiva Áreas Executive Directorate Departments

Gerente de Desenvolvimento de Programas Direito à Educação Program Development Manager Right to Education Denise Maria Cesario Coordenadoras Gerente de Desenvolvimento Institucional Coordinators Institucional Development Manager Maria do Carmo Krehan e Roseni Aparecida dos Victor Alcântara da Graça Santos Reigota

Equipe Equipe Team Team Hellen Ferreira Barbosa, Marina Pereira de Oliveira Adelaide Jóia, Amélia Isabeth Bampi Paines, Arlete Abdala, Moacir Merlucci, Renato Alves, Tatiana de Felício Graciano Fernandes, Gregório dos Reis Jesus Pardo, Tatiana M. Viana da Silva Filho, Hérica Aires do Prado, Leandro Montalvão, Nelma dos Santos Silva, Priscila Silva dos Santos, Assessoria de Marketing Renata Sanches Martinelli Marketing Direito à Proteção Especial Coordenadora Right to Special Protection Coordinator Sílvia Troncon Rosa Coordenadora Coordinator Equipe Daniela Resende Florio Team Ana Aparecida Frabetti Valim Alberti, Bárbara Leticia Equipe de Souza, Cristiane Rodrigues, Felipe Martins Dantas Team Pereira, Fernanda Pereira Bochembuzo, Hélio José Andréia Lavelli, Márcia Cristina Pereira da Silva Perazzolo, Ivone Aparecida da Silva, Jacqueline Thomazinho, Marília Correia dos Santos, Marisa Rezende Queiroz, Kátia Gama do Nascimento, Cedro de Oliveira Marina Biagioli Manoel, Milene de Oliveira Sousa Silva, Pablo Finotti, Tatiana Cristina Molini, Tatiana Direito à Proteção Integral Pereira Rodrigues Right to Total Protection

Núcleo de Tecnologia da Informação Coordenadores Information Technology Staff Coordinators Andrea Santoro Silveira e Helder Delena Equipe Team Equipe Daniela Maria Fonseca, Danieli Giovanini do Carmo Team Leite, Fabiana de Lima Loures, Janaine Aparecida Carolina Teixeira Nakagawa, Daniela Queiroz Lino, Ferreira de Sá, Vânia Ferreira Silva Santos Domiciano de Souza, Elaine Cristina Rodrigues Barros, Gerson Lopes Alves, Letícia Souto Maior, Núcleo Administrativo-Financeiro Lilyan Regina Somazz Reis Amorim Administrative-Financial Staff

Equipe Team Alain Joseph Moujaes, Fernanda de Fátima da Silva, Gisele Correa, Luis Enrique Tavares Júnior, Maria do Carmo Neves dos Reis, Maria Dolores de Oliveira, Mariana Colturato de Souza, Paulo Rogério Pires

4 F i c h a

T é c n i c a

Technical File Texto e edição Text and Edition Ana Aparecida Frabetti Valim Alberti Tatiana Cristina Molini

Colaboração Contribution Andrea Santoro Silveira Daniela Resende Florio Denise Maria Cesario Helder Delena Maria do Carmo Krehan Roseni Aparecida dos Santos Reigota Silvia Troncon Rosa Victor Alcântara da Graça Fotos Revisão Pictures Proofread Pedro Rubens Priscila Hlodan Jhone P. Santos

Tradução Projeto Gráfi co Translation Graphic Design Phil Turner R.EPENSE

Diagramação e arte fi nal Editing and Layout Felipe Martins Dantas Pereira Pablo Finotti

Impressão Printed by Efeito Graph

5 Missão Promover a defesa dos direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes. Visão Uma sociedade justa e responsável pela proteção e pleno desenvolvimento de suas crianças e adolescentes. Valores Ética Transparência Solidariedade Diversidade Autonomia Independência Estratégias Estímulo e pressão para a implementação de ações públicas.

Fortalecimento de organizações não-governamentais e governamentais para prestação de serviços ou defesa de direitos.

Estímulo à responsabilidade social diante dos direitos da criança e do adolescente.

Articulação política e social na construção e defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Conhecimento da realidade brasileira quanto aos direitos da criança e do adolescente.

6 M V V e

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t Mission To promote the defense of the rights and exercise of citizenship on the part of children and adolescents. é Vision A fair society that assumes its responsibility for the full development of its children and adolescents. g Values Ethics Transparency i Solidarity Diversity Autonomy Independence a Strategies Stimulus and pressure for the implementation of public actions. s The strengthening of non-government and government organizations in providing services and defending rights.

Stimulus for social responsibility regarding the rights of children and adolescents.

Political and social articulation in the construction and defense of the rights of children and adolescents.

7 S u m

á r i o

8 Cenário da Infância e Adolescência no Brasil ...... 12

Nossas Atividades ...... 24 Direito à Proteção Integral ...... 24 Direito à Educação ...... 35 Direito à Proteção Especial ...... 48

Participação em movimentos de infl uência nas políticas públicas ...... 54

Produção e Disseminação de Conhecimento ...... 58

Sustentabilidade ...... 62

Nossos Parceiros ...... 114

English Version The Scenario of Childhood and Adolescence in ...72 Our Activities ...80 The Right to Full Protection ...80 The Right to Education ...90 The Right to Special Protection ...99 Participation in Events and Movements to Infl uence Public Policies ...104 Production and Dissemination of Knowledge ...107 Sustainability ...110 Our Partners ...114

9 C a r t a d o

P r e s i d e n te

10 Nossos 18 anos!

ano de 2008 foi marcado por grandes comemorações: os 60 anos da Declaração O Universal dos Direitos Humanos, 20 anos da Constituição Federal do Brasil e os 18 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A Fundação Abrinq, na sua missão de promover e defender os direitos e o exercício da cidadania de crianças e adolescentes, também comemorou seu décimo oitavo aniversário.

Nesses 18 anos, atuamos como ponte entre quem precisa de ajuda e quem quer ajudar. Os recursos arrecadados entre pessoas físicas e jurídicas são utilizados em ações que propiciam, às crianças e adolescentes, o acesso à educação, saúde, cultura, lazer, aprendizagem, preparação para o mundo do trabalho e inclusão digital. Também são aplicados em iniciativas de combate ao trabalho infantil, à violência doméstica e à exploração sexual infanto-juvenil.

Além disso, desenvolvemos estratégias e produzimos conteúdos que conscientizam a sociedade e contribuem com as ações das organizações da sociedade civil, das empresas e do poder público.

Desde a nossa criação, buscamos o compromisso de todos os setores sociais, entendendo que a ação em parceria é o caminho para reverter as relações que fazem do Brasil um país com tantas desigualdades sociais.

Aprendemos que a soma de esforços entre o poder público, o setor privado, as organizações sociais, as famílias e os cidadãos pode transformar essa realidade.

Nesse ano de comemorações, e com o intuito de avaliar o percurso das políticas públicas nestes 18 anos do ECA, realizamos o Congresso Brasileiro dos Direitos da Criança e do Adolescente. Nele, discutimos, com todos os setores representados, os avanços e os atuais desafi os para a garantia dos direitos da parcela infanto-juvenil da população brasileira.

Neste relatório, apresentamos dados do atual cenário brasileiro e considerações referentes à situação do Brasil no alcance das metas do milênio para a criança e o adolescente, compromisso assumido pelo governo junto à Organização das Nações Unidas (ONU) e expresso no documento “Um Mundo para as Crianças”. Em seguida, descrevemos todas as atividades e resultados dos programas e projetos desenvolvidos pela Fundação Abrinq ao longo do ano.

Esperamos que as informações e análises aqui apresentadas contribuam para o conhecimento de nossa realidade e maior engajamento na causa da infância e adolescência.

Ótima leitura!

Synésio Batista da Costa Presidente

11 C CENÁRIO DA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL e “É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à n saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profi ssionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de á toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão” (artigo 227 da Constituição Federal) r Após 18 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, a realidade para milhões de crianças e adolescentes brasileiros continua dramática. Embora alguns índices i nacionais , como o de mortalidade infantil, estejam diminuindo, o cenário apresenta variações signifi cativas quando se analisam o diferentes regiões e grupos sociais do país. As disparidades étnicas, raciais e regionais são perceptíveis no conjunto de indicadores, sejam eles relacionados à saúde, educação ou proteção social.

População infanto-juvenil1

0 a 3 anos 10,958 milhões 4 a 6 anos 9,032 milhões 7 a 9 anos 10,470 milhões 10 a 14 anos 17,848 milhões 15 a 17 anos 10,262 milhões 18 a 19 anos 6,963 milhões TOTAL 0 a 19 anos 65,533 milhões

Do total de crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, 46% vivem abaixo da linha da pobreza, em famílias com rendimento mensal de meio salário mínimo per capita. Deste total, 19,6% vivem com rendimento mensal familiar de até um quarto do salário mínimo2.

O documento “Um Mundo para as Crianças” defi ne como meta a erradicação da pobreza, reduzindo-a pela metade até 2015. Neste sentido, programas de transferência de renda podem ser considerados perspectivas para a população

1. Fonte: IBGE/ Síntese de Indicadores Sociais 2008/tabelas 1.2 e 2.4 2. Fonte: Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar - PNAD 2007

12 Cenário da Infância e Adolescência no Brasil abaixo da linha da pobreza, já que possibilitaram o alcance de 78,3% da meta, de acordo com o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento do Brasil (PNUD). No entanto, tais programas, sozinhos, não são sufi cientes para a superação dessa realidade. É preciso integrá-los a outras ações, como a promoção do nível de instrução e de inserção no mercado de trabalho.

O Programa Bolsa Família, que atualmente benefi cia cerca de 10 mil famílias, ainda apresenta alcance insufi ciente, dada a existência de 18,13 mil famílias cadastradas, mas que ainda não recebem o benefício. Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apenas 58,74% das famílias cadastradas recebiam o benefício em 2008, o que revela a necessidade de ampliação da cobertura do programa.

Mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil vem caindo. Baixou de 46,9 por mil nascidos vivos em 1990, para 24,9 em 2006, e para 24,32 em 20073. Entre 2000 e 2007, a redução foi de 2,45 pontos percentuais.

No entanto, entre a população infantil indígena, a mortalidade é de 48,5 para cada mil nascidos vivos4. Entre fi lhos de mães negras, a mortalidade de menores de 1 ano é de 27,9 por mil, 37% acima do registrado entre fi lhos de mães brancas. Estes dados revelam a desigualdade étnica no tratamento da questão, indicando que a universalização do acesso ao sistema de saúde, a qualidade do pré-natal e a disseminação de informações quanto a hábitos saudáveis durante a gestação ainda são importantes desafi os.

Por estados, os maiores índices estão em Alagoas, Maranhão, e Paraíba, enquanto a menor taxa de mortalidade é registrada em estados do Sul e Sudeste: Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina5. Há, portanto, desigualdade também entre regiões brasileiras, o que exige um maior envolvimento dos diferentes órgãos governamentais para a superação destas realidades.

A meta é reduzir a mortalidade infantil em um terço, até 2010, e em dois terços até 2015. Assim, a redução de 2,45 pontos percentuais entre 2000-2007 indica que as ações foram insufi cientes.

Mortalidade na infância

De acordo com estimativa da Rede Interagencial de Informação para a Saúde, o indicador da taxa de mortalidade na infância (entre crianças menores de 5 anos), em 2007, foi de 23 óbitos para cada mil nascidos vivos.

A proporção de óbitos de crianças menores de 5 anos foi, em 2005, de cerca de 6% do total de óbitos para cada mil nascidos vivos, sendo a região Norte (13,79%) a maior responsável por estes índices, seguida da região Nordeste (8,62%)6.

3. Fonte: Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar - PNAD 2007 4. Fonte: Unicef 2004 5. Fonte: Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar - PNAD 2007 6. DATASUS

13 A principal causa de mortes entre crianças menores de 5 anos é, ainda, as condições do ambiente em que vivem. Do total de óbitos, 4,13% tiveram como motivo doenças respiratórias agudas e 5,61% ocorreram por doenças diarréicas, com a região Norte apresentando taxas superiores às nacionais. Assim, questões como saneamento básico e aumento no número e na cobertura das equipes de Saúde da Família são de grande relevância.

A meta é a redução da mortalidade na infância em dois terços até 2015, não devendo passar de 20 a cada mil nascidos vivos. Os dados indicam que ela será atingida se for mantido o atual ritmo de redução.

Mortalidade materna

Atualmente, a taxa de mortalidade materna é de 74 por 100 mil nascidos vivos. O Brasil perde, em média, 1,6 mil mulheres por ano. Quando aplicado o fator de correção de “um ponto quatro” (1.4), devido à subnotifi cação, esse valor é multiplicado por 40% e totaliza cerca de 2 mil mortes maternas a cada ano7.

Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) revelam que, em 2005, no Brasil, 53,63% dos nascidos vivos tiveram 7 ou mais consultas de pré-natal. Já na na região Nordeste este valor cai para 35,98%, e na região Norte para 29,1%. Estes dados, quando comparados ao ano de 2000, revelam um aumento na cobertura de pré-natal entre os nascidos vivos. Porém, pesquisas recentes revelam a necessidade de qualifi car e ampliar a cobertura das equipes de Saúde da Família e das consultas de pré-natal.

A meta estipulada pela ONU é a redução da taxa para um terço até 2010 e três quartos até 2015. O aumento de 41% apresentado entre 2000 e 2006 - passando de 52,3 mulheres para 74, por 100 mil - indica o possível não cumprimento da meta.

Mortalidade Materna (por 100 mil nascidos vivos) Metas para 2010

25% Região Norte 22% Região Nordeste 20% Região Sul 18% Região Sudeste 15% Região Centro Oeste

7. Fonte: Ministério da Saúde

14 Gravidez na adolescência

No Brasil, 11,81% das mulheres brasileiras na faixa de 15 a 19 anos de idade (992.104) já tiveram pelo menos um fi lho, o que contraria a tendência geral de fecundidade da população brasileira nos últimos 10 anos8.

Segundo a Unesco, 80% dos adolescentes brasileiros tornam- se sexualmente ativos por volta dos 15 anos de idade. Ainda de acordo com o mesmo estudo, a maioria tem pouco ou quase nenhum conhecimento sobre planejamento familiar e métodos contraceptivos9.

Em 2007, a taxa de gravidez na adolescência foi de 70 fi lhos nascidos vivos para cada 1000 adolescentes10.

Recentes registros de partos do SUS revelaram que o número de mães pré-adolescentes cresceu. A quantidade de meninas entre 10 e 14 anos que deram à luz em hospitais públicos e conveniados passou de 24,8 mil, em 2005, para 26,3 mil em 2007 - um aumento de 6%.

Os dados indicam uma redução na faixa etária sexualmente ativa, o que implica a elaboração de estratégias específi cas. Cabe destacar a necessidade de aprimorar o sistema de acesso a métodos contraceptivos.

É preciso ainda que se promova uma reformulação na abordagem do assunto, considerando não somente as questões fi siológicas e informativas sobre os métodos, como também a compreensão dos padrões de relação humana que estão sendo estabelecidos (relação de poder, capacidade de negociação e planejamento, co-responsabilização dos parceiros no processo, entre outros). Assim, campanhas e ações de conscientização desenvolvidas nas escolas devem tocar também em estruturas culturais, sociais e de gênero implicadas na gravidez precoce.

8. Fonte: IBGE – Síntese de Indicadores Sociais 2008 e Pesquisa Nacional de Demografi a e Saúde 9. Fonte: Unesco 10. Fonte: Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar - PNAD 2007

15 HIV/AIDS

O Brasil conseguiu frear a proliferação do HIV/AIDS, sexto “Objetivo do Milênio” da ONU, e estabilizou a sua propagação em 32 mil novos casos por ano.

O país tem 620 mil soropositivos, dos quais 200 mil recebem cuidados do sistema público de saúde. O restante inclui pessoas que têm o HIV, mas não desenvolveram a doença e aqueles que desconhecem que são portadores do vírus.

Atualmente, o Brasil é referência mundial tanto no tratamento da doença, com a oferta gratuita de todos os medicamentos, quanto em sua prevenção, por meio da distribuição de preservativos masculinos e femininos. Como desafi os, o país se impôs ampliar o diagnóstico precoce, reduzir a transmissão vertical (da gestante para o bebê), focar ações nos grupos vulneráveis e assegurar sustentabilidade dos insumos de prevenção e tratamento11.

Há uma clara estabilização da epidemia nos últimos seis anos. Segundo o PNUD, “isto estaria ligado à participação de toda a sociedade em um programa pró-ativo e agressivo baseado em uma estratégia que inclui prevenção, tratamento e defesa dos direitos humanos das pessoas infectadas”.

A meta estipulada internacionalmente defi ne a prevalência da doença em 25% dos homens e mulheres entre 15 e 24 anos até 2010. Segundo o Ministério da Saúde, por meio de seu Programa DST-AIDS, entre os casos diagnosticados em 2000, 11,25% foram detectados entre jovens de 15 a 24 anos, passando para 8,45%, na mesma faixa etária, no ano de 2008.

Desnutrição

Nos últimos cinco anos, o número de crianças desnutridas com até 1 ano de idade caiu em