Plano Municipal De Gestão Integrada De Resíduos Sólidos - Pmgirs

META ENVIRON ENGENHARIA LTDA

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS

CATAGUASES/MG

PRODUTO 01 – LEGISLAÇÃO PRELIMINAR

JUNHO/2019

Realização: Execução:

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) ii Município de Cataguases/MG

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PMGIRS

PREFEITURA MUNICIPAL DE CATAGUASES GESTÃO 2017 - 2020

Prefeito Municipal: Willian Lobo de Almeida

Vice Prefeito Municipal: João Batista Alves Lima

Secretarias Municipais: Procuradoria Geral do Município Secretaria Municipal de Administração Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Gestão Institucional Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social Secretaria Municipal de Cultura e Turismo Secretaria Municipal de Educação Secretaria Municipal de Esporte Secretaria Municipal de Fazenda Secretaria Municipal de Obras Secretaria Municipal de Saúde Secretaria Municipal de Serviços Urbanos

COMITÊ DIRETOR DE ACOMPANHAMENTO DO PMGIRS DECRETO MUNICIPAL 5.082/2019

Responsável Técnica e Fiscal: Anluizi Cejara Carvalho

Coordenadora e Suplente do Comitê: Jamaica dos Reis Vilela Felipe Dutra Ladeira

Membros e Suplentes do Comitê: Poder Público: Secretaria Municipal de Obras Walber Lacerda Alves Lucas Ramos do Carmo Secretaria Municipal de Serviços Urbanos Jarbas Rabelo de Souza Junior Bruno de Castro Cunha Fiscalização de Postura José Antônio Zanela Edimar Oliveira de Souza Secretaria Municipal de Saúde Jaqueline Bastos Coutinho Elcio Amaral Ferreira Secretaria Municipal de Administração Daniely Silva Souza Valetim Aline Pires de Carvalho Secretaria de Educação Rosemary Mendonça Dias Prata Jeovana de Lacerda Peres Dornela Sociedade Civil: Câmara de Vereadores Mauro Oliveira Ruela Rogério de Oliveira Ladeira ASCATAG Cruzelina Alves Lopes Creusa Maria de Oliveira Silva ASCARGECAT Elnatã Lourciro Maria Júlia Brito Ferreira Instituto Francisca de Souza Peixoto Liliane de Paula Mendonça Carlos Henriques Soares Reis Estudantes Luciana Ribeiro Pinto Rafael de Almeida Vieira Companhia Industrial Cataguases Leonardo de Oliveira Cordeiro Stefany Carli Oliveira

META ENVIRON ENGENHARIA LTDA EQUIPE TÉCNICA

EQUIPE TÉCNICA PERMANENTE

Coordenador do Projeto Engenheiro Ambiental: Josué de Almeida Meystre

Engenheira Plena Engenheira Ambiental: Andriani Tavares Tenório Gonçalves

Auxiliar administrativo Gestora Ambiental: Eulália Zita Ferreira

Profissional da Área de Comunicação Jornalista: Juliana Silva Campos Ribeiro Pereira

EQUIPE TÉCNICA DE CONSULTORES

Especialista na Área de Resíduos Sólidos: Josué de Almeida Meystre

Advogado: Fábio Homem de Melo

Economista:

Maurilio Gomes de Magalhães

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01 – Organograma geral da Prefeitura Municipal de Cataguases ...... 54

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 – Legislação no Âmbito Federal – Casa Civil ...... 18 TABELA 02 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério do Meio Ambiente ...... 21 TABELA 03 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério da Saúde ...... 24 TABELA 04 – Legislação no Âmbito Estadual – Assembleia Legislativa ...... 24 TABELA 05 – Legislação no Âmbito Estadual – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável ...... 26 TABELA 06 – Legislação de Referência no Âmbito Municipal ...... 27 TABELA 07 – Normas Técnicas ABNT ...... 29 TABELA 08 – Resumo das receitas consolidadas estimadas no PPA 2018 – 2021 . 57 TABELA 09 – Programas identificados no PPA 2018 – 2021 ...... 57 TABELA 10 – Ações dos programas identificados no PPA 2018 - 2021 ...... 59 TABELA 11 – Despesas diretas dos programas identificados no PPA 2018 - 2021 . 60 TABELA 12 – Despesas indiretas dos programas identificados no PPA 2018 - 2021 ...... 60 TABELA 13 – Comparativo entre PPA 2014 - 2017 e o PPA 2018 - 2021 ...... 61 TABELA 14 – Comparativo entre as receitas estimadas do PPA e da LOA exercício 2019 ...... 62 TABELA 15 – Projetos/Atividades dos programas identificados na LOA no exercício de 2019 ...... 63 TABELA 16 – Despesas diretas dos projetos/atividades na LOA no exercício de 2019 ...... 64 TABELA 17 – Despesas indiretas dos projetos/atividades na LOA no exercício de 2019 ...... 64 TABELA 18 – Contratos e convênios existentes para prestação indireta de serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos ...... 72

LISTA DE QUADROS

QUADRO 01 - Situação da implantação dos sistemas de logística reversa a nível estadual ...... 46 QUADRO 02 - Situação da implantação dos sistemas de logística reversa em Cataguases frente a PNRS ...... 47 QUADRO 03 – Fontes de recursos federais ...... 67 QUADRO 04 – Fontes de recursos Estaduais ...... 70

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas AGEVAP - Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul ANA – Agência Nacional de Águas ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária ASCARGECAT - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis em Geral de Cataguases ASCATAG - Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Cataguases ATO - Arranjos Territoriais Ótimos ATT - Área de Transbordo e Triagem A3P - Agenda Ambiental na Administração Pública BDMG - Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social CBO - Classificação Brasileira de Ocupações CEIVAP - Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul CERH – Conselho Estadual de Recursos Hídricos CLP - Contribuição de Limpeza Pública COMDEMA - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente COPAM – Conselho Estadual de Política Ambiental COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia FEAM - Fundação Estadual do Meio Ambiente FNMA - Fundo Nacional De Meio Ambiente FUNASA- Fundação Nacional da Saúde GRSS- Gerenciamento dos Resíduos de Serviço de Saúde IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estática ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço IEF - Instituto Estadual de Florestas IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas INSS - Instituto Nacional do Seguro Social

IPTU - ao Imposto sobre Propriedade Territorial e Predial LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Lei Orçamentária Anual MDR - Ministério do Desenvolvimento Regional MMA – Ministério do Meio Ambiente MS – Ministério da Saúde PAP - Plano de Aplicação Plurianual PECS - Plano Estadual de Coleta Seletiva PEEA/MG - Programa de Educação Ambiental do Estado de Minas PERS - Política Estadual de Resíduos Sólidos PESB - Política Estadual de Saneamento Básico PGRCC- Plano de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil PGRS – Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PMMG – Polícia Militar de Minas Gerais PMSB - Planos Municipais de Saneamento Básico PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos PMGRCC - Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil PMGRCCV - Plano Municipal de Gestão de Resíduos de Construção Civil e Volumosos PNEA - Política Nacional de Educação Ambiental PNMA - Política Nacional do Meio Ambiente PNMC - Política Nacional de Mudanças Climáticas PNRH - Política Nacional de Recursos Hídricos PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos PPA- Plano Plurianual PPP - Parceria Público Privada ProNEA – Programa Nacional de Educação Ambiental Pronacoop - Programa Nacional de Apoio ao Associativismo e ao Cooperativismo Social PRONINC - Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares RCC – Resíduos de Construção Civil RDC - Resolução da Diretoria Colegiada REE – Resíduos Eletroeletrônicos RSS – Resíduos de Serviço de Saúde

RSU- Resíduos Sólidos Urbanos SEDRU - Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana SEMAD - Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. SINIR - Sistema Nacional de Informação de Sobre Gestão de Resíduos Sólidos SISEMA - Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos SISMUMA - Sistema Municipal de Meio Ambiente SISNAMA - Sistema Nacional do Meio Ambiente SNVG - Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SUASA - Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária TCT – Termo de Cooperação Técnica

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS...... v LISTA DE TABELAS ...... vi LISTA DE QUADROS ...... vii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...... viii 1. APRESENTAÇÃO ...... 13 2. INTRODUÇÃO ...... 16 3. LEGISLAÇÃO PRELIMINAR ...... 17 3.1. Legislação Federal ...... 18 3.2. Legislação Estadual ...... 24 3.3. Legislação Municipal ...... 27 3.4. Normas Técnicas (ABNT)...... 29 4. ANÁLISE DO ARCABOUÇO LEGAL DAS ESFERAS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL FRENTE AO PLANEJAMENTO MUNICIPAL ...... 33 4.1. Políticas e Sistemas de Meio Ambiente ...... 33 4.2. Planos de Saneamento e de Resíduos Sólidos ...... 36 4.3. Plano Diretor e Lei de Parcelamento e Uso e Ocupação do Solo ...... 40 4.4. Coleta Seletiva ...... 41 4.5. Logística Reversa ...... 44 4.6. Resíduos do Serviço de Saúde ...... 48 4.7. Resíduos de Construção Civil ...... 50 4.8. Resíduos Volumosos ...... 51 4.9. Estrutura Organizacional Administrativa ...... 54 4.10. Sistema Orçamentário ...... 56 4.10.1. Plano Plurianual (PPA) ...... 56 4.10.2. Lei Orçamentária Anual (LOA) ...... 61 4.10.3. Sistema de cobrança por serviços prestados ...... 64 4.11. Aporte de Recursos Federal e Estadual ...... 66 4.12. Prestação de Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos...... 70 4.13. Educação Ambiental ...... 73 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ...... 75

ANEXO 01 – Legislações de Políticas e Sistemas de Meio Ambiente ...... 83 ANEXO 02 – Legislações de Planos de Saneamento e de Resíduos Sólidos ...... 84 ANEXO 03 – Legislações de Plano Diretor e Lei de Parcelamento e Uso e Ocupação do Solo ...... 86 ANEXO 04 – Legislações de Coleta Seletiva ...... 87 ANEXO 05 – Legislações de Logística Reversa ...... 89 ANEXO 06 – Legislações de Resíduos do Serviço de Saúde ...... 90 ANEXO 07 – Legislações de Resíduos de Construção Civil ...... 91 ANEXO 08 – Legislações de Resíduos Volumosos ...... 92 ANEXO 09 – Legislações da Estrutura Organizacional Administrativa ...... 93 ANEXO 10 – Legislações do Sistema Orçamentário ...... 94 ANEXO 11 – Legislações de Prestação de Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos Sólidos ...... 95 ANEXO 12 – Legislações de Educação Ambiental ...... 96 ANEXO 13 – Legislações de Resíduos Sólidos ...... 97 ANEXO 14 – Legislações de Mudanças Climáticas ...... 101 ANEXO 15 – Normas Técnicas (ABNT) ...... 102

1. APRESENTAÇÃO

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) é uma exigência da Lei Federal nº 12.305/ 2010 (BRASIL, 2010a), que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e da Lei Federal nº 11.445/2007 (BRASIL, 2007), que estabelece diretrizes nacionais para saneamento básico.

Trata-se de um instrumento para cuidar dos detalhes técnicos operacionais do serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, permitindo ao município programar e executar as atividades necessárias ao seu adequado gerenciamento.

Além de propor em seu conteúdo temas que envolvam fatores sociais, ambientais e econômicos, o PMGIRS visa estimular a recuperação energética e de matéria prima, assegurando meios para seguir a hierarquização da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos, estabelecida na PNRS, de não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento, para somente então proceder com a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

O Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CEIVAP), por meio do Plano de Aplicação Plurianual (PAP), aprovou a aplicação de recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso da água na bacia para elaboração do PMGIRS aos municípios integrantes da bacia hidrográfica, que inclui o município de Cataguases.

Por meio do Termo de Cooperação Técnica (TCT) da Agência Nacional de Águas (ANA), processo 013/2017/ANA, o município de Cataguases obteve recurso financeiro junto a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (AGEVAP) para a elaboração do PMGIRS.

Com isso, foi aberto processo licitatório nº 029/2018, tomada de preço nº 002/2018 do tipo técnica e preço, onde a empresa Meta Environ Engenharia LTDA foi a vencedora, firmando contrato com a Prefeitura Municipal de Cataguases para elaboração do PMGIRS conforme o conteúdo mínimo definido na Lei Federal nº

12.305/2010 (BRASIL, 2010a) e regulamentado pelo seu Decreto nº 7.404/2010 (BRASIL, 2010b).

Além do conteúdo mínimo previsto pela Lei Federal, o termo de referência do edital traz o manual de referência (AGEVAP, 2014) com as diretrizes para elaboração PMGIRS que incluiu itens complementares.

O objetivo do PMGIRS do Município de Cataguases/MG é provocar uma mudança gradual de atitudes e hábitos na população cujo foco vai desde a geração até a destinação final dos resíduos sólidos. Para isso, o PMGIRS será elaborado de acordo com as seguintes etapas:

 Plano de trabalho, identificação e nivelamento dos agentes facilitadores;  Estudos preliminares das legislações específicas;  Caracterização municipal em relação aos dados geográficos, socioeconômicos, ambientais, entre outros;  Diagnóstico da situação atual da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos com a estruturação dos dados gerencial, operacional e social;  Coleta de dados primários e secundários caracterizando o atual serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;  Caracterização dos resíduos sólidos segundo origem, volume e formas de destinação e disposição final adotados;  Oficina participativa para nivelamento e validação do diagnóstico;  Prognóstico com as propostas das situações problemáticas levantadas no diagnóstico;  Concepção de programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos, metas e ações de emergência;  Mecanismos e procedimento de controle social e monitoramento dos projetos e das metas do PMGIRS;  Oficina participativa para nivelamento e validação do prognóstico;  Consolidação dos dados e das informações produzidas;  Audiência pública para validação do PMGIRS.

Durante a elaboração do PMGIRS de Cataguases/MG as etapas serão apresentadas na forma dos seguintes produtos:

 Produto 1 – Legislação Preliminar;  Produto 2 – Caracterização Municipal;  Produto 3 – Diagnóstico Municipal Participativo;  Produto 4 – Prognóstico;  Produto 5 – Versão Preliminar do PMGIRS;  Produto 6 – Versão Final do PMGIRS;  Produto 7 – Relatório Síntese do PMGIRS.

2. INTRODUÇÃO

O presente documento consiste no Produto 01 – Legislação Preliminar, parte integrante do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) de Cataguases/MG, que será elaborado seguindo as legislações vigentes e o manual de referência (AGEVAP, 2014), buscando soluções para os resíduos sólidos em todo o território municipal, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável. Para a elaboração deste primeiro produto foram levantadas as legislações federais e estaduais e analisada a integração com a legislação municipal e demais decretos regulamentadores na área de limpeza pública, manejo de resíduos sólidos, educação ambiental e de saneamento básico.

Outro ponto levantado no estudo foi a situação orçamentária do município apresentada pelo Plano Plurianual (PPA), pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA). No orçamento municipal foram observados os investimentos já realizados no município em relação à gestão de resíduos sólidos, bem como os contratos em vigência, analisando as possibilidades futuras de investimentos na área com o aporte de recursos federal e estadual.

Portanto, nesta primeira etapa, a partir do levantamento do arcabouço legal a nível federal, estadual e municipal, será realizado um diagnóstico para verificar as divergências e as convergências entre os dispositivos legais aplicáveis, com o intuito de apresentar ao município as eventuais lacunas existentes.

O resultado do diagnóstico orientará os gestores municipais no planejamento, estruturação da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos, apontando as adequações necessárias que serão apresentadas posteriormente.

3. LEGISLAÇÃO PRELIMINAR

Neste item serão listadas as leis, normas e regulamentos a nível Federal, Estadual e Municipal no que se refere à gestão dos resíduos sólidos, educação ambiental e saneamento básico. As alterações das mesmas não serão listadas uma vez que suas publicações já estão atualizadas com as novas redações.

Para facilitar a consulta às legislações, as mesmas foram organizadas pelos temas abaixo e encontram-se em anexo.

 Políticas e Sistemas de Meio Ambiente (ANEXO 01);  Planos de Saneamento e de Resíduos Sólidos (ANEXO 02);  Plano Diretor e Lei de Parcelamento e Uso e Ocupação do Solo (ANEXO 03);  Coleta Seletiva (ANEXO 04);  Logística Reversa (ANEXO 05);  Resíduos do Serviço de Saúde(ANEXO 06);  Resíduos de Construção Civil (ANEXO 07);  Resíduos Volumosos(ANEXO 08);  Estrutura Organizacional Administrativa (ANEXO 09);  Sistema Orçamentário (ANEXO 10);  Prestação de Serviços Públicos de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos (ANEXO 11);  Educação Ambiental (ANEXO12);  Resíduos Sólidos (ANEXO 13);  Mudanças Climáticas (ANEXO 14);  Normas Técnicas da ABNT (ANEXO 15).

3.1. Legislação Federal

TABELA 01 – Legislação no Âmbito Federal – Casa Civil

LEGISLAÇÃO SÚMULA Define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das Lei nº 5.764/1971 sociedades cooperativas. Lei nº 6.766/1979 Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas Lei nº 6.803/1980 críticas de poluição, e dá outras providências. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos Lei nº 6. 938/1981 de formulação e aplicação, e dá outras providências. Lei nº 7. 365/1985 Dispõe sobre a fabricação de detergentes não biodegradáveis. Constituição Dispõe sobre a Constituição da República Federativa do Brasil Federal de 1988 Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos Lei nº 7.802/1989 resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública. Alterada pela Lei 8.883, de 8 de junho de 1993 e pela lei 8.987, de 12 de fevereiro de 1995, esta Lei nº 8.666/1993 ultima dispondo sobre o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos previstos no art. 175 da Constituição Federal. Última alteração e atualização foram efetuadas pela lei 9.854, de 27 de outubro de 1999. Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Lei nº 9.433/1997 Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e Lei nº 9.605/1998 atividades lesivas ao meio ambiente. Define o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, cria a Agência Nacional de Lei nº 9.782/1999 Vigilância Sanitária, e dá outras providências. Dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação Lei nº 9.795/1999 Ambiental e dá outras providências. Proíbe o uso industrial de embalagens metálicas soldadas com liga de Lei nº 9.832/1999 chumbo e estranho para acondicionamento de gêneros alimentícios, exceto para produtos secos ou desidratados. Dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada Lei nº 9.966/2000 por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional e dá outras providências. Lei nº 9.976/2000 Dispõe sobre a produção de cloro e dá outras providências.

TABELA 01 – Legislação no Âmbito Federal – Casa Civil (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Regulamenta os Art. 182 e 183 da Constituição Federal, e estabelece Lei nº 10.257/2001 diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Institui normas gerais para licitação e contratação de parceria público-privada Lei nº 11.079/2004 no âmbito da administração pública. Dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Lei nº 11.107/2005 Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979; 8.036, de 11 de maio de 1990; 8.666, de Lei nº 11.445/2007 21 de junho de 1993; 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Lei nº 12.055/2009 Institui a data de 05 de junho como O Dia Nacional da Reciclagem. Institui a Política Nacional Sobre Mudança do Clima – PNMC e dá outras Lei nº 12.187/2009 providências. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605 de 12 Lei nº 12.305/2010 de fevereiro de 1998, e dá outras providências. Estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens destinadas à acumulação de água para quaisquer usos, à disposição final ou temporária de rejeitos e à acumulação de resíduos industriais, cria o Sistema Nacional Lei nº 12.334/2010 de Informações sobre Segurança de Barragens e altera a redação do art. 35 da Lei no 9.433, de 8 de janeiro de 1997, e do art. 4o da Lei no 9.984, de 17 de julho de 2000 Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei Lei nº 12.527/2011 no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras providências. Lei nº 12.725/2012 Dispõe sobre o controle da fauna nas imediações dos aeródromos. Lei nº 13.186/2015 Institui a Política de Educação para o Consumo Sustentável. Lei nº 13.249/2016 Institui o Plano Plurianual da União para o período de 2016 a 2019. Decreto nº Dispõe sobre licenciamento de atividade mineral, o uso do mercúrio metálico 97.507/1989 e do cianeto em áreas de extração de ouro, e dá outras providências. Dispõe sobre o controle da produção e da comercialização de substância que Decreto nº comporta risco de vida, à qualidade de vida e ao meio ambiente, e dá outras 97.634/1989 providências. Decreto nº Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos 875/1993 Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Regulamenta a Lei nº. 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o Decreto nº transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a 4.074/2002 utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências.

TABELA 01 – Legislação no Âmbito Federal – Casa Civil (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às infrações às regras de prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por lançamento Decreto nº de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição 4.136/2002 nacional, prevista na Lei no 9.966, de 28 de abril de 2000, e dá outras providências. Decreto nº Regulamenta a Lei no 9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política 4.281/2002 Nacional de Educação Ambiental, e dá outras providências. Promulga a Emenda ao Anexo I e Adoção dos Anexos VIII e IX à Decreto nº Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento Transfronteiriço de 4.581/2003 Resíduos Perigosos e seu Depósito Dispõe sobre a criação do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Decreto nº Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos 5.098/2004 Perigosos - P2R2, e dá outras providências. Decreto nº Promulga o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos 5.472/2005 Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de 2001. Decreto nº Dispõe sobre a composição, estruturação, competência e funcionamento do 5.811/2006 Conselho Nacional de Economia Solidária - CNES. Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e Decreto nº entidades da administração pública federal direta e indireta, na fonte 5.940/2006 geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências. Decreto nº Regulamenta a Lei no 11.107, de 06 de abril de 2005, que dispõe sobre 6.017/2007 normas gerais de contratação de consórcios públicos. Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, Decreto nº estabelece o processo administrativo federal para a apuração destas 6.514/2008 infrações e dá outras providências. Decreto nº Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece 7.217/2010 diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras providências. Decreto nº Dispõe sobre o Programa Nacional de Incubadoras de Cooperativas 7.357/2010 Populares - PRONINC, e dá outras providências. Decreto nº Institui o Sistema Nacional do Comércio Justo e Solidário - SCJS, cria sua 7.358/2010 Comissão Gestora Nacional, e dá outras providências. Regulamenta a Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Decreto nº Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de 7.404/2010 Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a implantação dos Sistemas de Logística Reversa e dá outras providências. Institui o Programa Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Decreto nº Recicláveis o Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de 7.405/2010 Lixo criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua organização e funcionamento, e dá outras providências. Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe Decreto nº sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5o, 7.724/2012 no inciso II do § 3o do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição. Decreto nº Institui o Programa Nacional de Apoio ao Associativismo e Cooperativismo 8.163/2013 Social - Pronacoop Social, e dá outras providências. Regulamenta o art. 33 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui Decreto nº a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e complementa os art. 16 e art. 17 9.177/2017 do Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 e dá outras providências.

TABELA 01 – Legislação no Âmbito Federal – Casa Civil (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Dispõe sobre a alienação, a cessão, a transferência, a destinação e a Decreto nº disposição final ambientalmente adequadas de bens móveis no âmbito da 9.373/2018 administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Consolida atos normativos editados pelo Poder Executivo federal que dispõem sobre o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, de que trata a Decreto nº Lei nº 12.114, de 9 de dezembro de 2009, e a Política Nacional sobre 9.578/2018 Mudança do Clima, de que trata a Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009. Aprova os textos da Emenda ao Anexo I e dos dois novos Anexos (VIII e IX) Decreto à Convenção de Basiléia sobre o Controle do Movimento Transfronteiriço Legislativo nº de Resíduos Perigosos e seu Depósito, adotados durante a IV Reunião da 463/2001 Conferência das Partes, realizada em Kuching, na Malásia, em 27 de fevereiro de 1998 Decreto Aprova o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Legislativo nº Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de 2001. 204/2004 Decreto Lei nº Dispõe sobre o controle da poluição do meio ambiente provocada por 1.413/1975 atividades industriais. Determina que os projetos específicos de tratamento e disposição de Portaria MINTER resíduos sólidos ficam sujeitos a aprovação do órgão ambiental estadual nº 53/1979 competente. Portaria MINTER Estabelece normas para a localização de indústrias potencialmente nº 124/1980 poluidoras junto às coleções hídricas. Instrução Normativa Disciplina as condições de armazenamento e transporte de bifenilas SEMA/STC/CRS policloradas (PCBs) e/ou resíduos contaminados com PCBs. nº 1/1983 Fonte: Brasil (2019a)

TABELA 02 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério do Meio Ambiente

LEGISLAÇÃO SÚMULA Estabelece critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e Resolução CONAMA implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos nº 001/1986 instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente. Resolução CONAMA Dispõe sobre o transporte de produtos perigosos em território nacional. nº 1A/1986 Resolução CONAMA Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras de saneamento. nº 05/1988 Resolução CONAMA Dispõe sobre o tratamento a ser dado às cargas deterioradas, nº 02/1991 contaminadas ou fora de especificações. Resolução CONAMA Dispõe sobre o tratamento de resíduos sólidos provenientes de nº 06/1991 estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos. Resolução CONAMA Dispõe sobre os resíduos sólidos gerados em Portos, aeroportos, nº 05/1993 Terminais Ferroviários e Rodoviários.

TABELA 02 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério do Meio Ambiente (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Exige anuência prévia da CNEN – Comissão Nacional de Energia Resolução CONAMA Nuclear, para toda importação ou exportação de material radioativo, nº 24/1994 sob qualquer forma e composição química, em qualquer quantidade. Resolução CONAMA Dispõe sobre a importação, em caráter excepcional, de desperdícios e nº 228/1997 resíduos de acumuladores elétricos de chumbo. Define procedimentos e critérios utilizados no licenciamento ambiental, Resolução CONAMA de forma a efetivar a utilização do sistema de licenciamento como nº 237/1997 instrumento de gestão ambiental, instituído pela Política Nacional do Meio Ambiente. Define procedimentos, critérios e aspectos técnicos específicos de Resolução CONAMA licenciamento ambiental para o coprocessamento de resíduos em nº 264/1999 fornos rotativos de clínquer, para a fabricação de cimento. Resolução CONAMA Dispõe sobre a proibição da utilização de substâncias que destroem a nº 267/2000 Camada de Ozônio. Resolução CONAMA Define os critérios de balneabilidade em águas brasileiras. nº 274/2000 Resolução CONAMA Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos. nº 275/2001 Resolução CONAMA Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos nº 307/2002 resíduos da construção civil. Resolução CONAMA Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais. nº 313/2002 Resolução CONAMA Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de nº 316/2002 sistemas de tratamento térmico de resíduos. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes Resolução CONAMA ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as nº 357/2005 condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Resolução CONAMA Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos dos nº 358/2005 serviços de saúde. Resolução CONAMA Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo nº 362/2005 lubrificante usado ou contaminado. Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de Resolução CONAMA esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e seus nº 375/2006 produtos derivados, e dá outras providências. Dispõe sobre o conteúdo mínimo do Plano de Emergência Individual para incidentes de poluição por óleo em águas sob jurisdição nacional, Resolução CONAMA originados em portos organizados, instalações portuárias, terminais, nº 398/2008 dutos, sondas terrestres, plataformas e suas instalações de apoio, refinarias, estaleiros, marinas, clubes náuticos e instalações similares, e orienta a sua elaboração.

TABELA 02 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério do Meio Ambiente (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para Resolução CONAMA pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os critérios e nº 401/2008 padrões para o seu gerenciamento ambientalmente adequado, e dá outras providências. Resolução CONAMA Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de nº 404/2008 aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. Dispõe sobre procedimentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais Resolução CONAMA madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos padrões de nº 411/2009 nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria. Dispõe sobre a prevenção a degradação ambiental causada por pneus Resolução CONAMA inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada e dá outras nº 416/2009 providências. Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo Resolução CONAMA quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes nº 420/2009 para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. Dispõe sobre os procedimentos de controle da importação de resíduos, Resolução CONAMA conforme as normas adotadas pela Convenção da Basiléia sobre o nº 452/2012 Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Resolução CONAMA Dispõe sobre o controle ambiental de produtos destinados à nº 463/2014 remediação. Dispõe sobre os requisitos e critérios técnicos mínimos necessários Resolução CONAMA para o licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao nº 465/2014 recebimento de embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos. Estabelece critérios e procedimentos para garantir o controle e a Resolução CONAMA qualidade ambiental do processo de compostagem de resíduos nº 481/2017 orgânicos, e dá outras providências.

Portaria Estabelece diretrizes para recolhimento, coleta e destinação de óleo Interministerial nº lubrificante usado ou contaminado. 464/2007 Estabelece prazo para apresentação ao Ibama das justificativas Instrução técnicas das importações de resíduos, de acordo com a portaria n. Normativa Ibama nº 138/92, por parte das empresas afetadas pela proibição de importação 40/1993 de resíduos. Institui, no âmbito do IBAMA, os procedimentos necessários ao Instrução cumprimento da Resolução CONAMA nº 416/2009, pelos fabricantes e Normativa IBAMA nº importadores de pneus novos, sobre coleta e destinação final de pneus 1/2010 inservíveis. Instrução Institui, para fabricantes nacionais e importadores, os procedimentos Normativa IBAMA nº relativos ao controle do recebimento e da destinação final de pilhas e 8/2012 baterias ou de produtos que as incorporem.

TABELA 02 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério do Meio Ambiente (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Instrução Regulamenta o Relatório Anual de Atividades Potencialmente Normativa IBAMA nº Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais (RAPP). 6/2014 Dispõe sobre o efeito de registro e avaliação do Potencial de Portaria IBAMA nº Periculosidade Ambiental (PPA) de agrotóxicos, seus componentes e 84/1996 afins, e institui o sistema permanente da avaliação e controle dos agrotóxicos. Portaria Normativa Dispõe sobre os padrões de qualidade do ar e as concentrações de IBAMA nº 348/1990 poluentes atmosféricos. Determina que a importação dos materiais (sucatas, resíduos, Portaria Normativa desperdícios e cinzas) constantes da listagem do anexo 1 só poderá IBAMA nº 1197/1990 ser realizada apos previa autorização do IBAMA, podendo esta listagem sofrer alterações, a critério do IBAMA. Fonte: Brasil (2019b, 2019c)

TABELA 03 – Legislação no Âmbito Federal – Ministério da Saúde

LEGISLAÇÃO SÚMULA RDC ANVISA Institui o Sistema de Controle e Fiscalização em toda a cadeia dos nº 802/1998 produtos farmacêuticos. Para fins da Gestão de Resíduos Sólidos em Portos, Aeroportos e RDC ANVISA Fronteiras define-se como de risco sanitário as áreas endêmicas e nº 351/2002 epidêmicas de Cólera e as com evidência de circulação do Vibrio cholerae patogênico. Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas Sanitárias no RDC ANVISA Gerenciamento de Resíduos Sólidos nas áreas de Portos, Aeroportos, nº 56/2008 Passagens de Fronteiras e Recintos Alfandegados. RDC ANVISA Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento dos Resíduos de nº 222/2018 Serviços de Saúde e dá outras providências. Fonte: Brasil (2019d)

3.2. Legislação Estadual

TABELA 04 – Legislação no Âmbito Estadual – Assembleia Legislativa

LEGISLAÇÃO SÚMULA Constituição do Estado de Dispõe sobre a Constituição do Estado de Minas Gerais. Minas Gerais 1989 Dispõe sobre produção, comercialização e uso de agrotóxico e Lei nº 10.545/1991 afins e dá outras providências. Dispõe Sobre a Política Estadual de Saneamento Básico e dá Lei nº 11.720/1994 outras Providências.

TABELA 04 – Legislação no Âmbito Estadual – Assembleia Legislativa (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA

Dispõe sobre a declaração de utilidade pública e dá outras Lei nº 12.972/1998 providências.

Dispõe sobre o controle e o licenciamento dos empreendimentos e Lei nº 13.796/2000 das atividades geradoras de resíduos perigosos no Estado. Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da Lei nº 13.803/2000 arrecadação do ICMS pertencente aos municípios. Lei nº 14.128/2001 Dispõe sobre a Política Estadual de Reciclagem de Materiais. Estabelece condição para a implantação de unidades de Lei nº 14.129/2001 disposição final e de tratamento de resíduos sólidos urbanos. Altera a Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe Lei nº 14.577/2003 sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo, e dá outras providências. Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Lei nº 14.940/2003 Controle e Fiscalização Ambiental do Estado de Minas Gerais TFAMG e dá outras providências. Lei nº 15.075/2004 Dispõe sobre a política estadual de apoio ao cooperativismo. Regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Lei nº 15.441/2005 Estado (Educação Ambiental). Dispõe sobre a implantação de programa de redução de resíduos Lei nº 16.682/2007 por empreendimento público ou privado. Dispõe sobre a distribuição da parcela da receita do produto da Lei nº 18.030/2009 arrecadação do ICMS pertencente aos Municípios. Lei nº 18.031/2009 Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos Sólidos. Dispõe sobre a concessão de incentivo financeiro os catadores de Lei nº 19.823/2011 materiais recicláveis – Bolsa Reciclagem. Dispõe sobre a política estadual de coleta, tratamento e reciclagem Lei nº 20.011/2012 de óleo e gordura de origem vegetal ou animal de uso culinário e dá outras providências. Institui o Plano Plurianual de Ação Governamental para o Lei nº 21.968/2016 quadriênio 2016-2019 – PPAG – PPAG 2016-2019. Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Lei nº 21.972/2016 Hídricos – Sisema – e dá outras providências. Cria fundos estaduais de incentivo e de financiamento de Lei nº 22.606/2017 investimento e dá outras providências. Lei nº 23.291/2019 Institui a política estadual de segurança de barragens. Regulamenta a lei nº 15.075, de 5 de abril de 2004, que dispõe Decreto nº 44.009/2005 sobre a política estadual de apoio ao cooperativismo. Cria o sistema estadual de informações sobre saneamento - Seis, e Decreto nº 45.137/2009 dá outras providências.

TABELA 04 – Legislação no Âmbito Estadual – Assembleia Legislativa (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Regulamenta a Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009, e dá Decreto nº 45.181/2009 outras providências (PERS). Estabelece normas para a concessão de incentivo financeiro a Decreto nº 45.975/2012 catadores de materiais recicláveis – Bolsa Reciclagem, de que trata a Lei nº 19.823, de 22 de novembro de 2011. Institui Grupo de Trabalho destinado a promover estudos e propostas para o desenvolvimento da cadeia produtiva de Decreto nº 624/2016 reciclagem em Minas Gerais e a inclusão sócio produtiva de catadores de materiais recicláveis. Estabelece normas para licenciamento ambiental, tipifica e classifica infrações às normas de proteção ao meio ambiente e aos Decreto nº 47.383/2018 recursos hídricos e estabelece procedimentos administrativos de fiscalização e aplicação das penalidades. Fonte: MINAS GERAIS (2019a)

TABELA 05 – Legislação no Âmbito Estadual – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

LEGISLAÇÃO SÚMULA Deliberação Normativa Fixa normas para disposição de resíduos sólidos. COPAM nº 07/1981 Deliberação Normativa Convoca municípios para o licenciamento ambiental de sistema COPAM n° 52/2001 adequado de disposição final de lixo e dá outras providências. Dispõe sobre a criação de Grupo de Trabalho para apresentar Deliberação Normativa proposta de minuta de Deliberação Normativa para regulamentar a COPAM nº 368/2008 questão dos resíduos de equipamentos eletroeletrônicos, e dá outras providências. Estabelece prazos para cadastro dos Planos de Gestão Integrada Deliberação Normativa de Resíduos Sólidos – PGIRS pelos municípios do Estado de COPAM n° 170/2011 Minas Gerais e dá outras providências. Estabelece diretrizes para sistemas de tratamento e disposição Deliberação Normativa final adequada dos resíduos de serviços de saúde no Estado de COPAM n° 171/2011 Minas Gerais, altera o anexo da Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 09 de setembro de 2004, e dá outras providências. Deliberação Normativa Institui o Plano Estadual de Coleta Seletiva de Minas Gerais. COPAM nº 172/2011 Estabelece diretrizes gerais e prazos para publicação dos editais Deliberação Normativa de chamamento público de propostas de modelagem de sistemas COPAM nº 188/2013 de logística reversa no Estado de Minas Gerais. Estabelece as diretrizes para a elaboração e a execução dos Deliberação Normativa Programas de Educação Ambiental no âmbito dos processos de COPAM n° 214/2017 licenciamento ambiental no Estado de Minas Gerais.

TABELA 05 – Legislação no Âmbito Estadual – Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Estabelece critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, bem como os critérios locacionais a serem utilizados para Deliberação Normativa definição das modalidades de licenciamento ambiental de COPAM nº 217/2017 empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais no Estado de Minas Gerais e dá outras providências. Dispõe sobre a criação de Grupo Multidisciplinar de Trabalho para estabelecer critérios de avaliação de implantação do Plano de Resolução SEMAD n° Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) nos 1.300/2011 estabelecimentos geradores desses resíduos e estabelecer diretrizes de termo de referencia para elaboração e a apresentação do PGRSS no Estado de Minas Gerais. Nota Técnica FEAM n° Procedimentos para cadastramento de municípios no ICMS 01/2012 Ecológico, subcritério Saneamento Ambiental. Proposta metodológica para avaliação de impactos, Nota Técnica FEAM n° vulnerabilidades e adaptação às mudanças climáticas em Minas 02/2012 Gerais. Proposta metodológica para cálculo de emissões de gases de Nota Técnica FEAM n° efeito estufa e de plano de mitigação em eventos realizados no 01/2013 estado de Minas Gerais. Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes Deliberação Normativa ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as Conjunta COPAM/CERH- condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras MG nº 01/2008 providências. Dispõe sobre procedimentos gerais de natureza técnica e DELIBERAÇÃO administrativa a serem observados no exame de pedidos de NORMATIVA CERH-MG nº outorga para o lançamento de efluentes em corpos de água 26/2008 superficiais no domínio do Estado de Minas Gerais. Aprova parecer que "dispõe sobre transporte e disposição em Portaria FEAM nº 361/2008 aterros sanitários dos resíduos de serviços de saúde (RSS) no Estado de Minas Gerais, e dá outras providências". Fonte: MINAS GERAIS (2019b)

3.3. Legislação Municipal

TABELA 06 – Legislação de Referência no Âmbito Municipal

LEGISLAÇÃO SÚMULA Lei nº 1869/1990 Código Tributário Lei nº 2.427/1995 Código de Zoneamento, Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo Urbano Lei nº 2.428/1995 Código de Obras com as alterações introduzidas pela Lei nº 3.135/2002. Lei nº 2.600/1996 Código de Posturas

TABELA 06 – Legislação de Referência no Âmbito Municipal (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Lei nº 2.970/2001 Dispõe sobre a Reforma Administrativa da Prefeitura Municipal de Cataguases e contém outras providências. Lei nº 3.167/2003 Dispõe sobre a instalação de Caçambas para coleta de entulhos e materiais similares no Município de Cataguases. Autoriza o Executivo a reduzir a cobrança de taxas de: IPTU, Coleta de Lei nº 3.181/2003 Lixo e Limpeza Pública, dos imóveis situados em áreas carentes em 50% Lei nº 3.420/2005 Institui a Contribuição de Limpeza Pública e contém outras providências. Dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas que operam com Lei nº 3.436/2005 caminhões coletores de lixo a portarem barra sinalizadora Altera a Lei Nº 2.970, de 5 de Fevereiro de 2001, que dispõe sobre a Lei nº 3.445/2005 reforma administrativa da Prefeitura Municipal de Cataguases Institui, no âmbito do Município de Cataguases, o “Dia da Reciclagem de Lei nº 3.475/2006 Lixo” Institui, no âmbito do Município de Cataguases a “Feira Anual de Lei nº 3.505/2006 Produtos Artesanais Reciclados”. Lei nº 3.513/2006 Proíbe a estocagem de pneus a céu aberto Dispõe sobre a inclusão do “Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia” Lei nº 3.516/2006 no calendário oficial das comemorações do Município Lei nº 3.546/2006 Institui o Plano Diretor Participativo de Cataguases Dispõe sobre a instituição do programa para recolhimento e destinação Lei nº 3.701/2008 dos óleos vegetais e gorduras residuais de frituras e cozimento de alimentos do Município de Cataguases e dá outras providências. Dispõe sobre a substituição do uso de saco plástico de lixo e de sacola Lei nº 3.702/2008 plástica por saco de lixo ecológico e sacola ecológica e dá outras providências. Dispõe sobre a declaração de Utilidade Pública da Associação dos Lei nº 3.842/2010 Catadores de Recicláveis de Cataguases – ASCATAG e dá outras providências. Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico destinado à execução Lei nº 3.889/2010 dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na sede do Município. Institui o Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos no Lei nº 3.905/2011 Município de Cataguases e dá outras providências. Dispõe sobre a declaração de Utilidade Pública da Associação dos Lei nº 4.054/2013 Catadores de Materiais Recicláveis em Geral de Cataguases – ASCARGECAT. Institui o Plano Plurianual para o quadriênio 2014/2017 e dá outras Lei nº 4.064/2013 providências Dispõe sobre cemitérios e serviços funerários no município de Lei nº 4.219/2015 Cataguases/MG e dá outras providências.

TABELA 06 – Legislação de Referência no Âmbito Municipal (Cont.)

LEGISLAÇÃO SÚMULA Lei Orgânica 2016 Lei Orgânica do Municipio de Cataguases - MG Institui o Plano Plurianual para o quadriênio 2018/2021 e dá outras Lei nº 4.468/2017 providências Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração da lei orçamentária de 2019 Lei nº 4.522/2018 e dá outras providências Cria e regulariza cargos de Administrador Distrital e da outras Lei nº 4.526/2018 providencias Lei nº 4.543/2018 Institui o Programa "Adote uma lixeira” no município de Cataguases Dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimento dos Lei Complementar Servidores Públicos do Poder Executivo do Município de Cataguases, nº 3023/2001 estabelecem normas de enquadramento e dá outras providências. Lei Complementar Estima a Receita e Fixa a Despesa do Município de Cataguases para o nº 4.560/2018 Exercício Financeiro de 2019 Lei Complementar Institui o Código de Meio Ambiente do Município de Cataguases, e dá nº 4.568/2018 outras providências. Nomeia o Coordena. e Membros para Comitê Diretor para Decreto nº 5.082/2019 Acompanhamento, Execução e Avaliação Processo de Elaboração do PMGIRS de Cataguases. Fonte: CATAGUASES (2019)

3.4. Normas Técnicas (ABNT)

TABELA 07 – Normas Técnicas ABNT

NORMA ABNT SÚMULA Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e NBR 7.500 armazenamento de produtos. NBR 7.501 Terminologia de transporte de resíduos perigosos Transporte terrestre de produtos perigosos - Ficha de emergência e envelope NBR 7.503 para o transporte - Características, dimensões e preenchimento Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos – NBR 8.419 Procedimento NBR 8.843 Aeroportos - Gerenciamento de resíduos sólidos. Sacos plásticos para acondicionamento de lixo - Requisitos e métodos de NBR 9.191 ensaio. Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de NBR 9.735 produtos perigosos. NBR 10.004 Resíduos Sólidos – Classificação. NBR 10.005 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólido. NBR 10.006 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos. NBR 10.007 Amostragem de Resíduos.

TABELA 07 – Normas Técnicas ABNT (Cont.)

NORMA ABNT SÚMULA Aterros de resíduos perigosos – Critérios para projeto, construção e operação NBR 10.157 – Procedimento. Armazenamento de resíduos classe II – não inertes e III inertes – NBR 11.174 Procedimento. Incineração de resíduos sólidos perigosos. Padrões de desempenho – NBR 11.175 Procedimento NBR 12.235 Armazenamento de Resíduos Sólidos Perigosos – Procedimento NBR 12.807 Resíduos de serviços de saúde – Terminologia NBR 12.808 Resíduos de serviços de saúde – Classificação Resíduos de serviços de saúde — Gerenciamento de resíduos de serviços de NBR 12.809 saúde intraestabelecimento Resíduos de serviços de saúde — Gerenciamento extraestabelecimento — NBR 12.810 Requisitos Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos – NBR 12.980 Terminologia NBR 13.221 Transporte terrestre de resíduos NBR 13.227 Agrotóxicos e afins - Determinação de resíduo não volátil Embalagens e acondicionamento plásticos recicláveis - Identificação e NBR 13.230 simbologia NBR 13.237 Agrotóxicos e afins - Determinação do resíduo por peneiramento úmido Implementos rodoviários — Coletor-compactador de resíduos sólidos e seus NBR 13.332 principais componentes — Terminologia Contentores metálicos 0,8 m³ a 1,6 m³ para coleta de resíduos sólidos por NBR 13.334 coletores-compactadores de carregamento traseiro - Requisitos para fabricação e utilização NBR 13.463 Coleta de resíduos sólidos – Classificação NBR 13.591 Compostagem – Terminologia Recipientes para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou cortantes - NBR 13.853 Requisitos e métodos de ensaio Parte 1: Recipientes descartáveis NBR 13.894 Tratamento no solo (landfarming) Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e NBR 13.896 operação NBR 13.968 Embalagem rígida vazia de agrotóxico Procedimento de lavagem NBR 14.001 Sistemas de gestão ambiental — Requisitos com orientações para uso NBR ISO 14.004 Sistemas de gestão ambiental - Diretrizes gerais para a implementação NBR ISO 14.020 Rótulos e declarações ambientais - Princípios Gerais Rótulos e declarações ambientais — Auto declarações ambientais (rotulagem NBR ISO 14.021 do tipo II) Rótulos e declarações ambientais - Rotulagem ambiental do tipo l - Princípios e NBR ISO 14.024 procedimentos Rótulos e declarações ambientais - Declarações ambientais de Tipo III - NBR ISO 14.025 Princípios e procedimentos

TABELA 07 – Normas Técnicas ABNT (Cont.)

NORMA ABNT SÚMULA NBR ISO 14.031 Gestão ambiental - Avaliação de desempenho ambiental - Diretrizes NBR ISO 14.040 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Princípios e estrutura NBR ISO 14.044 Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Requisitos e orientações NBR 14.050 Gestão ambiental — Vocabulário Gases de efeito estufa — Pegada de carbono de produtos — Requisitos e ISO/TS 14.067 orientações sobre quantificação e comunicação Gestão ambiental - Avaliação do ciclo de vida - Processos de análise crítica e ISO/TS 14.071 competências do analista: Requisitos adicionais e diretrizes para a ABNT NBR ISO 14044:2009 Gestão Ambiental — Avaliação do ciclo de vida — Requisitos e diretrizes para ISO/TS 14.072 a avaliação do ciclo de vida organizacional Implementos rodoviários - Requisitos de segurança para coletores- NBR 14.599 compactadores de resíduos sólidos NBR 14.619 Transporte terrestre de produtos perigosos - Incompatibilidade química Implementos rodoviários — Coletor transportador de resíduos de serviços de NBR 14.652 saúde — Requisitos de construção e inspeção Embalagem rígida vazia de agrotóxico – Destinação Final da Embalagem NBR 14.719 lavada – Procedimento Implementos rodoviários — Coletor transportador de resíduos de serviços de NBR 14.725 saúde — Requisitos de construção e inspeção Implementos rodoviários — Coletor-compactador de resíduos sólidos — NBR 14.879 Definição do volume NBR 15.051 Laboratórios clínico - Gerenciamento de resíduos Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de transbordo e NBR 15112 triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros - Diretrizes NBR 15113 para projeto, implantação e operação Resíduos sólidos da Construção civil - Áreas de reciclagem - Diretrizes para NBR 15114 projeto, implantação e operação Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Execução de NBR 15115 camadas de pavimentação - Procedimentos Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil - Utilização em NBR 15.116 pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural - Requisitos Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes renováveis NBR 15.448-1 Parte 1: Terminologia Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes renováveis NBR 15.448-2 Parte 2: Biodegradação e compostagem - Requisitos e métodos de ensaio NBR 15792 Embalagem — Índice de reciclagem — Definições e método de cálculo Resíduos sólidos urbanos – Aterros sanitários de pequeno porte – Diretrizes NBR 15.849 para localização, projeto, implantação, operação e encerramento NBR 15.833 Manufatura reversa - Aparelhos de refrigeração NBR 15.911-1 Contentor móvel de plástico Parte 1: Requisitos gerais Contentor móvel de plástico Parte 2: Contentor de duas rodas, com NBR 15.911-2 capacidade de 120 L, 240 L e 360 L, destinado à coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador

TABELA 07 – Normas Técnicas ABNT (Cont.)

NORMA ABNT SÚMULA Contentor móvel de plástico Parte 3: Contentor de quatro rodas com NBR 15.911-3 capacidade de 660 L, 770 L e 1 000 L, destinado à coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador NBR 15.911-4 Contentor móvel de plástico Parte 4: Métodos de ensaio Fluidos frigoríficos — Recolhimento, reciclagem e regeneração (3R) — NBR 15.960 Procedimento NBR 16.065 Agrotóxicos e afins — Determinação do resíduo não sulfonável Resíduos de equipamentos eletroeletrônicos — Requisitos para atividade de NBR 16.156 manufatura reversa NBR 16.229 Sucata de ferro fundido e aço Sistemas espaciais — Definição dos níveis de maturidade da tecnologia (TRL) NBR 16.290 e de seus critérios de avaliação Amostragem de resíduos sólidos, solos e sedimentos - Análise de compostos NBR 16.434 orgânicos voláteis (COV) – Procedimento Resíduo químico — Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente — NBR 16.725 Ficha com dados de segurança de resíduos químicos (FDSR) e rotulagem Fonte: ABNT (2019)

4. ANÁLISE DO ARCABOUÇO LEGAL DAS ESFERAS FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL FRENTE AO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

No sentido de orientar o correto gerenciamento dos resíduos sólidos gerados pela atividade humana, tornou-se necessária a regulamentação por meio dos mais diversos instrumentos legais que possam alcançar todos os setores envolvidos, devendo ser iniciado pelo município, onde a atividade é iminente. Nesta etapa serão analisadas as legislações municipais em comparação com normas estaduais e federais que regulamentam as questões envolvendo resíduos sólidos.

4.1. Políticas e Sistemas de Meio Ambiente

Com a publicação da Lei Federal nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de meio ambiente a serem desenvolvidas pelos entes federativos. Anteriormente a Lei, cada Estado ou Município tinha autonomia para eleger as suas diretrizes políticas em relação ao meio ambiente de forma independente.

A partir desse momento, começou a ocorrer uma integração e uma harmonização dessas políticas tendo como norte os objetivos e as diretrizes estabelecidas na referida Lei. Um aspecto importante disso foi a criação do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), um sistema administrativo de coordenação de políticas públicas de meio ambiente baseada na ideia de responsabilidades compartilhadas entre as esferas federal, estadual e municipal. Segundo Farias (2006), essa é a mais relevante norma ambiental depois da Constituição Federal de 1988, visto que traçou toda a sistemática das políticas públicas brasileiras para o meio ambiente.

O conteúdo da lei que criou o SISNAMA resultou da convergência da política ambiental de diversos Estados Brasileiros que, pioneiramente, já desenvolviam em suas áreas de atuação políticas ambientais. No Estado de Minas Gerais, o Sistema Estadual de Meio Ambiente (SISEMA) foi inicialmente formulado pela Lei Delegada nº 125/2007, que mais tarde foi revogada pela Lei Delegada nº 180/2011 que

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 34 Município de Cataguases/MG incorporou em sua denominação “Recurso Hídrico” passando a se chamar Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

O atual SISEMA, definido pela Lei Estadual nº 21.972/16, é formado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD), pelos conselhos estaduais de Política Ambiental (COPAM) e de Recursos Hídricos (CERH) e pelos órgãos vinculados: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), Policia Militar de Minas Gerais (PMMG), os núcleos de gestão ambiental das demais secretarias de estado e os comitês e agências de bacias hidrográficas (MINAS GERAIS, 2016). Estes órgãos são responsáveis pelo processo de licenciamento ambiental dos equipamentos necessários ao gerenciamento dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos seguindo a listagem definida na Deliberação Normativa COPAM nº 217/17 e demais legislações de regularização ambiental vigentes.

A Constituição Federal sistematizou a matéria ambiental e elevou o meio ambiente à categoria dos bens tutelados pelo ordenamento jurídico, bem como estabeleceu o direito ao meio ambiente sadio como um direito fundamental do indivíduo, instituindo a proteção do meio ambiente como princípio da ordem econômica, em seu Art. 170, inciso VI (BRASIL, 1988). Contudo, é no capítulo específico de número VI, em seu artigo 225, que se encontra todo o arcabouço norteador do direito ambiental brasileiro.

Além disso, baseado no Art. 30, inciso I, II e V da Constituição Federal e no Art. 171, inciso I e II, da Constituição do Estado de Minas Gerais, os municípios mineiros, passaram a ser um ente federativo autônomo, dotado de competências próprias, independência administrativa, legislativa e financeira e, em particular, com a faculdade de legislar sobre assuntos de interesse local; suplementar a legislação federal e a estadual e, ainda, organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local de caráter essencial (BRASIL, 1988; MINAS GERAIS, 1989). A partir destes artigos deriva-se a interpretação de que o município é, portanto, o detentor da titularidade dos serviços de limpeza urbana e toda a gestão e manejo e dos resíduos sólidos, desde a coleta até a sua destinação final.

O município de Cataguases, por meio da Lei Complementar nº 4.568/18, institui Sistema Municipal de Meio Ambiente (SISMUMA) (estrutura integrante do SISNAMA e do SISEMA), caracterizado pelo conjunto de órgãos e entidades municipais que são responsáveis pela preservação, conservação, proteção, defesa, melhoria, recuperação e controle do meio ambiente e uso adequado dos recursos ambientais; e o Código de Meio Ambiente, que define normas, diretrizes, parâmetros e medidas, observando as peculiaridades do meio urbano e rural, atendendo a dinâmica de transformação dos fatores econômicos e sociais que os caracterizam e, respeitando os princípios e objetivos da PNMA (CATAGUASES, 2018a).

O SISMUMA é formado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (COMDEMA), Conselho Consultivo da APA Serra da Neblina, os núcleos de gestão ambiental das demais Secretarias Municipais, conselhos de Unidades de Conservação e órgãos municipais criados posteriormente a esta lei (CATAGUASES, 2018a).

A estruturação do SISMUMA não passa apenas pela criação de novas normas ambientais, mas também, pela revisão das políticas urbanas nos diversos instrumentos de planejamento locais adotadas até então, explicitadas através do Plano Diretor, de Zoneamento, Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, dos Códigos de Obras, Postura, Tributário e Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), sob o prisma da sustentabilidade, compatibilizando-os com o Código de Meio Ambiente.

O atual Código de Meio Ambiente atende a PNMA, o Capítulo VIII – Do Planejamento Municipal, Seção V – Da Política de Meio Ambiente da Lei Orgânica Municipal e as demais legislações vigentes relacionadas ao meio ambiente. Em seu Capítulo VII – Do Saneamento Ambiental fica intrínseca a responsabilidade do Poder Público em desenvolver o Plano de Saneamento que contemple seus quatro pilares: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluviais e inclusive, o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (CATAGUASES, 2018a).

4.2. Planos de Saneamento e de Resíduos Sólidos

O Saneamento Básico foi definido como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais envolvendo o abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo das águas pluvial urbanas, limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos (BRASIL, 2007).

A publicação da PNSB estabeleceu diretrizes nacionais para o setor, onde todos os municípios, enquanto titulares dos serviços públicos de saneamento básico são responsáveis por elaborarem seus PMSB, em que deve constar um diagnóstico, a definição de metas para a universalização do serviço, programas, projetos e ações necessários para o atendimento das metas, métodos de implantação, possíveis fontes de financiamento e período de revisão (BRASIL, 2007). Conforme Decreto Federal nº 9.524/2017, os municípios tem até 31 de dezembro de 2019 para elaborarem seus Planos (BRASIL, 2017).

No Estado de Minas Gerais, apesar da PNSB e da Política Estadual de Saneamento Básico (PESB) (Lei Estadual nº 11.720/94) exigirem o Plano Estadual de Saneamento Básico, destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para a execução da PESB (MINAS GERAIS, 1994), não existe nenhum prazo legal estabelecido para a elaboração do plano estadual. Um grupo de trabalho intergovernamental, coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana (SEDRU), foi nomeado com a finalidade de elaborar o Plano Estadual de Saneamento Básico (MINAS GERAIS, 2015). Esse grupo criou uma comissão mista de licitação para elaborar o termo de referência do processo de licitação que após sua conclusão terá como prazo previsto de elaboração do Plano Estadual entre 18 a 24 meses (FJP, 2016).

O Município de Cataguases juntamente com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE) elaboraram, em 2010, o PMSB. A Lei Municipal nº 3.889/10, “Institui o Plano Municipal de Saneamento Básico destinado à execução dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na sede do Município”, está em

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 37 Município de Cataguases/MG conformidade com o estabelecido na Lei Federal nº 11.445/07 e na Lei Estadual nº 11.720/94, e deverá ser revisado a cada 4 anos (CATAGUASES, 2010).

Em 2017, foi elaborada uma nova versão do PMSB pela empresa DRZ Geotecnologia e Consultoria LTDA, em conformidade com o contrato nº 007/2013/AGEVAP (CATAGUASES, 2017a). O PMGIRS pode fazer parte do PMSB, integrando-se ao conjunto de serviços, infraestrutura e instalações de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, previstos na PNSB, desde que respeite o conteúdo mínimo definido em ambos os documentos legais para elaboração dos Planos (BRASIL, 2007).

Em 2018 tramitou na Câmara Municipal de Cataguases o Projeto de Lei Municipal nº 011/18, para instituir um novo PMSB e revogar a Lei Municipal nº 3.889/10 (CATAGUASES, 2018b), porém o mesmo encontra-se em processo de retificação junto ao setor ambiental da Prefeitura Municipal.

Mesmo com a existência prévia de normas que abordavam a temática dos resíduos sólidos, como a PNSB, a legislação brasileira carecia de um instrumento legal que estabelecesse diretrizes gerais e de âmbito nacional, aplicada não apenas ao correto gerenciamento dos resíduos sólidos, mas também ao controle e a redução da sua geração de forma a orientar os Estados e Municípios na sua adequada gestão.

Foi assim que, com a aprovação do Projeto de Lei nº 203, discutido desde 1991 na esfera federal, foi instituída então a Lei nº 12.305/10, que passou a ser conhecida como a “Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos”, que reuniu um conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações, com vistas à gestão e ao gerenciamento integrado ambientalmente adequado dos resíduos sólidos (BRASIL, 2010a). Regulamentada pelo Decreto Federal nº 7.404/10, estabeleceu normas para a execução da PNRS e instituiu o conceito de responsabilidade compartilhada, no qual a sociedade como um todo – cidadãos, governos, setor privado e sociedade civil organizada – passou a ser responsável pela gestão integrada dos resíduos sólidos gerados (BRASIL, 2010b).

A PNRS integra a PNMA e articula-se com as demais legislações pertinentes como a PNSB, a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) (Lei Federal nº 9.433/97), a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) (Lei Federal nº 9.795/99), a Lei de Consórcios Públicos (Lei Federal n° 11.107/05) e da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) (Lei Federal nº 12.187/09).

Apesar de a PNRS prever a elaboração do Plano Nacional de Resíduos Sólidos o mesmo encontra-se em processo de aprovação desde a divulgação da sua versão preliminar em 2011 pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Os governos estaduais também devem desempenhar um papel de liderança no contexto da PNRS, por isso, tão importante tornam-se os Planos Estaduais de Resíduos Sólidos destinados a organizar e dar as diretrizes gerais de gestão para os municípios integrantes de cada Unidade Federativa. Além disso, a elaboração dos Planos é condição, estabelecida pela PNRS, para que os estados e municípios tenham acesso a recursos da União destinados a empreendimentos e serviços relacionados à gestão de resíduos sólidos, como também, para serem beneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crédito ou fomento para tal finalidade (BRASIL, 2010a).

Em Minas Gerais, apesar de a PNRS prever a elaboração do Plano Estadual de Resíduos Sólidos o mesmo não foi elaborado, existindo somente a Lei Estadual 18.031/09 que instituiu a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS). A mesma define que o acesso a recursos do Estado destinados a entidades públicas municipais responsáveis pela gestão de resíduos sólidos de geração difusa fica condicionado à previsão, nos PMGIRS, de incentivos econômico-financeiros que estimulem a participação do gerador, do comerciante, do prestador de serviços e do consumidor nas atividades de segregação, coleta, manuseio e destinação final dos resíduos sólidos (MINAS GERAIS, 2009a).

Apesar de não existir um plano estadual, o governo estadual através do SISEMA e seguindo a PERS, objetivando incentivar e apoiar tecnicamente a formação de consórcios intermunicipais, constituídos nos termos da Lei 11.107/05 (Lei dos Consórcios Públicos), para priorização na obtenção de incentivos instituídos pelo Governo Federal, teve a iniciativa de elaborar o Plano de Regionalização para a

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos criando os Arranjos Territoriais Ótimos (ATO) intermunicipais e regionais, buscando fomentar a associação dos municípios para o desenvolvimento de uma gestão de resíduos sólidos em escala regional, com a formação de consórcios na qual se possam congregar esforços políticos e técnicos para alcançar melhores níveis de qualidade.

Os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para gestão dos resíduos sólidos estarão dispensados da elaboração do PMGIRS. Nesse caso, o plano intermunicipal ou regional deve observar o conteúdo mínimo previsto PNRS (BRASIL, 2010b). O município de Cataguases está inserido no ATO 6 - Cataguases, conforme definido no Plano de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2009b).

O município de Cataguases está obrigado a elaborar o PMGIRS em consonância com a PNRS, PERS, suas regulamentações, a Lei Orgânica Municipal e demais normas municipais existentes. Ressalta-se a importância da revisão do PMGIRS a cada 4 anos, coincidindo com o quadriênio do PPA, e da sua consolidação por meio da criação de um instrumento legal, através da publicação em Lei Municipal, para instituir a Política Municipal de Resíduos Sólidos (PMRS).

Outra questão identificada é a necessidade de adequação do conteúdo constante no Título I - Da Limpeza Urbana, no Capítulo I – Do Lixo, do Código de Postura com a PNRS, principalmente do Art. 13 do código, que estabelece a classificação dos resíduos sólidos a nível municipal (CATAGUASES, 1996). Deverá ser realizado o mesmo com o conteúdo disposto no Código de Meio Ambiente, principalmente no seu Título III – Da Proteção Ambiental no Capítulo VII – Do Saneamento Ambiental.

Como sugestão, propõe-se que o município aguarde a conclusão do PMGIRS em elaboração para a consolidação e compatibilização com o PMSB existente, cuja Lei Municipal está em tramite para aprovação, conforme determina PNSB.

Os mecanismos de controle social (debates, consultas, audiências públicas, conferência das cidades e participação de órgãos colegiados de caráter consultivo) deverão ser assegurados durante todo o processo de formulação, implementação e

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 40 Município de Cataguases/MG operacionalização do PMGIRS (BRASIL, 2010c). O município de Cataguases adotou como uma das formas de controle social a criação de Comitê Diretor para acompanhamento, execução e avaliação do processo de elaboração do PMGIRS, por meio do Decreto Municipal nº 5.082/09.

O PMGIRS, após sua conclusão, deverá ser disponibilizado no Sistema Nacional de Informação sobre Gestão de Resíduos Sólidos (SINIR), conforme determina a o Art. 74, paragrafo 3º do Decreto Federal nº 7.404/10 (BRASIL, 2010b).

4.3. Plano Diretor e Lei de Parcelamento e Uso e Ocupação do Solo

O principal instrumento no planejamento do desenvolvimento do município é o Plano Diretor onde se define a política de expansão, procedimento de ordenação do uso e ocupação do solo, de equipamentos e serviços públicos urbanos.

O Plano Diretor foi definido pela Constituição em seu art. 182, § 1º, como o “instrumento básico” da política urbana (BRASIL, 1988). A Lei de Parcelamento do Solo Urbano (Lei Federal nº 6.766/79) e o Estatuto da Cidade (Lei Federal nº 10.257/01) reforçam o dispositivo constitucional, condicionando a aplicação de praticamente todos os demais instrumentos urbanísticos ao disposto no plano diretor, obrigatório para municípios com mais de 20.000 habitantes e com periodicidade de revisão de no mínimo a cada 10 anos (BRASIL, 1979, 2001).

O município de Cataguases, por meio da Lei Municipal n° 3546/06, institui seu Plano Diretor Participativo, abrangendo a totalidade do território municipal. Este Plano é um instrumento da política de desenvolvimento territorial e urbano do município, sob os aspectos físico, ambiental, social e econômico, promovendo a qualidade de vida de seus habitantes, o direito à cidade sustentável (CATAGUASES, 2006).

O Plano Diretor de Cataguases, em seu Título II – Das políticas Setoriais, no art. 6º, prevê que o município viabilize a elaboração do plano de saneamento ambiental, contemplando o gerenciamento de resíduos sólidos ou limpeza urbana, com definições de diretrizes específicas, como em seu Art. 11, onde estabelece as diretrizes da Política de Limpeza Urbana através da elaboração e implantação do PMGIRS, e em seu Art. 35, como ações prioritárias, a elaboração de políticas

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 41 Município de Cataguases/MG adequadas para a coleta e destinação final dos resíduos sólidos e a universalização do serviço de coleta de resíduos sólidos (CATAGUASES, 2006).

A instalação dos equipamentos necessários ao gerenciamento dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos (aterro sanitário, unidade de transbordo, usina de triagem e compostagem, unidade de reciclagem de resíduos de construção civil, e outros) deverá seguir o ordenamento territorial definido pelo macrozoneamento rural e urbano definidos no Plano Diretor e no Código de Zoneamento, Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo Urbano (Lei Municipal nº 2.427/95).

O Plano Diretor do município de Cataguases, elaborado em 2006, deverá ser atualizado atendendo a determinação legal da sua revisão a cada 10 anos, inclusive com dotação orçamentária já prevista no Plano Plurianual (PPA) (2018-2021). Além disso, deverá ser compatibilizado o Plano Diretor com o Código de Zoneamento, Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo Urbano vigente no município, principalmente no que se refere às definições das zonas devido às divergências encontradas na análise de tais legislações.

4.4. Coleta Seletiva

O reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como: bem econômico, de valor social, gerador de trabalho, renda e promotor de cidadania; bem como o da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, são uns dos princípios da PNRS que atribuíram destaque à atuação dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, cuja atividade profissional é reconhecida desde 2002, segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) (BRASIL, 2010a).

A PNRS prioriza o acesso a recurso da união dos municípios que implantarem a coleta seletiva com a criação e o desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis (BRASIL, 2010a). A PNSB já havia estabelecido nas diretrizes nacionais de saneamento básico a contratação de cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, por parte do titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, dispensável de licitação (BRASIL, 2007).

A coleta seletiva é considerada um instrumento da PNRS sendo uma obrigação dos titulares dos serviços de manejo de resíduos sólidos (poder público) de coletar, separar e destinar os resíduos sólidos de acordo com suas características (BRASIL, 2010a).

O Plano Estadual de Coleta Seletiva (PECS), em consonância com as Politica Estadual de Apoio e Incentivo à Coleta Seletiva (Lei Estadual nº 13.766/00), Política Estadual de Reciclagem de Materiais (Lei Estadual nº 14.128/01), Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo (Lei Estadual nº 15.398/04) e PERS, através da Deliberação Normativa COPAM nº 172/11 estabeleceu princípios, diretrizes e estratégias que orientarão o Estado para incentivar e apoiar a implantação ou ampliação dos serviços de coleta seletiva nos municípios de forma alinhada com as diretrizes do Plano de Regionalização para a Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos em Minas Gerais, bem como critérios para a definição de prioridades para o apoio do Estado às administrações municipais, observados os preceitos das PNRS e PERS, a autonomia municipal, a participação social, a inclusão sócio produtiva dos catadores de materiais recicláveis e a melhoria das condições de trabalho dos operadores de sistemas de destinação final de resíduos sólidos (MINAS GERAIS, 2011b).

O Plano Diretor de Cataguases, em seu Título II – Das Políticas Setoriais no Capítulo I – Do Meio Ambiente, Saneamento e Gestão de Riscos Geológicos, em sua Seção II – Saneamento, no Art. 11, inciso III estabelece como diretrizes da Política de Limpeza Urbana a viabilização e implementação de programas de coleta seletiva de materiais recicláveis na área urbana do município de Cataguases, vinculados a mercados consumidores existentes na região (CATAGUASES, 2006).

Em 2011, foi instituído o Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Urbanos no Município de Cataguases por meio da Lei Municipal nº 3.905/11, definindo a coleta seletiva como o recolhimento diferenciado de resíduos sólidos previamente segregados, com o intuito de encaminhá-los para: reutilização, reaproveitamento, reciclagem, compostagem, tratamento ou destinação final adequada. Além disso, definiu-se a utilização do modelo de separação de materiais orgânicos e rejeitos (úmidos) e materiais recicláveis (secos) com a responsabilidade

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 43 Município de Cataguases/MG socioambiental compartilhada entre poder público, geradores, transportadores, distribuidores e consumidores no fluxo de resíduos sólidos (CATAGUASES, 2011).

A coleta seletiva de materiais recicláveis (secos) poderá ser realizada através de posto de entrega voluntário e sistema de coleta porta a porta, sendo esta parte do programa executado pela Associação de Catadores de Recicláveis de Cataguases (ASCATAG), que, além de receber todo o recurso proveniente da comercialização do material recolhido pelo programa, também receberá um subsídio da Prefeitura Municipal para custear a coleta porta a porta (CATAGUASES, 2011). Em 2012 foi alterada a lei e houve a inclusão da Associação de Catadores de Materiais Recicláveis em Geral de Cataguases (ASCARGECAT).

O Código de Meio Ambiente, em seu Título III – Da Proteção Ambiental no Capítulo VII – Do Saneamento Ambiental, Seção II – Do Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Art. 235, estabelece a coleta separada dos resíduos orgânicos dos resíduos recicláveis; Art. 240, inciso V e VI, estabelece a competência ao executivo municipal determinar a apresentação de relatórios periódicos por meio de cláusulas contratuais para coleta seletiva celebradas entre a Prefeitura e empresas e/ou cooperativas; e promover condições de geração de emprego e renda aos catadores de materiais recicláveis, com possíveis benefícios socioeconômicos; art. 242, inciso II, estabelece que todos os materiais recicláveis devem ser destinados às estações de separação e reciclagem, públicas ou privadas, devidamente licenciadas; Art. 243, cabe a Prefeitura incentivar por meio de programas específicos a implantação de reciclagem de resíduos (CATAGUASES, 2018a).

A Lei Municipal nº 3.701/08, instituiu o programa para recolhimento e destinação dos óleos vegetais e gorduras residuais de frituras, proibindo o seu lançamento diretamente ao meio ambiente e utilizando preferencialmente a mão de obra da população carente e dos catadores de materiais recicláveis no âmbito dos programas municipais de inclusão social (CATAGUASES, 2008), que deverá ser compatibilizado com a Política Estadual de Coleta, Tratamento e Reciclagem de Óleo e Gordura de Origem Vegetal ou Animal (Lei Estadual nº 20.011/12).

Não foi previsto na Lei Municipal nº 3.905/11 a flexibilidade para participação no programa de coleta seletiva de novas associações ou cooperativas. As

Associações de coleta seletiva municipal tem apenas o decreto de utilidade pública municipal (Lei Municipal nº 3.842/10 e nº 4.054/13), faltando a estadual e federal que poderiam conferi-las os seguintes benefícios:

 Receber de doações e verbas públicas;  Participar em editais públicos;  Firmar convênios com órgãos públicos;  Deduzir da renda bruta do doador (pessoa jurídica), para fins de cobrança de imposto de renda, as contribuições feitas às entidades;  Reconhecimento da idoneidade da instituição;  Isenção de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

As legislações para o programa de coleta seletiva, cujo recolhimento procede diferenciando os resíduos sólidos em materiais orgânicos (úmidos) e materiais recicláveis (secos), são suficientes, pois englobam todas as fases do gerenciamento dos resíduos sólidos (reutilização, reaproveitamento, reciclagem, compostagem, tratamento ou destinação final) seguindo a ordem de prioridade definida na PNRS, além de instituir a responsabilidade socioambiental compartilhada.

4.5. Logística Reversa

A logística reversa é um dos instrumentos da PNRS para aplicação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, sendo uma obrigação do setor empresarial (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes). A PNRS define a logística reversa como um "instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.” (BRASIL, 2010a).

A PNRS obriga, conforme disposto em no art.33, a estruturação e implantação de sistemas de logística reversa dos seguintes produtos: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 45 Município de Cataguases/MG produtos eletroeletrônicos e seus componentes; embalagens em geral e produtos e embalagens que causem impacto a saúde pública e ao meio ambiente, que viabilizem além da coleta a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, a reinserção no ciclo produtivo ou para outra destinação ambientalmente adequada (BRASIL, 2010a).

De acordo com o MMA, os sistemas de logística reversa estruturados e implantados no Brasil são os citados abaixo, estando em processo de implantação os sistemas de produtos eletroeletrônicos e seus componentes e medicamentos, (BRASIL, 2019d).

 Embalagens e agrotóxicos;  Óleo lubrificante usado ou contaminado;  Embalagens plásticas de óleos lubrificantes;  Pilhas e baterias;  Pneus inservíveis;  Lâmpadas fluorescente de vapor de sódio de mercúrio e de luz mista;  Embalagens em geral;  Embalagens de aço.

No Estado de Minas Gerais, a Deliberação Normativa COPAM n° 188/13, estabeleceu diretrizes para implementação da logística reversa no Estado, instituindo o termo de compromisso como instrumento de pactuação dos sistemas de logística reversa e o cronograma para publicação dos editais de chamamento público dos setores produtivos, bem como o conteúdo mínimo para a apresentação das propostas (MINAS GERAIS, 2013). A situação da implantação dos sistemas de logística reversa em Minas Gerais é apresentada no QUADRO 01.

No município de Cataguases, a logística reversa está citada no Código de Meio Ambiente em seu Art. 241, paragrafo 3º e 4º, onde a destinação final de coleta e/ou reciclagem de pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes é de responsabilidade daqueles que compõem a cadeia produtiva, sendo os estabelecimentos que os comercializam responsáveis por receber os produtos dos consumidores; e em seu Art. 244, onde cabe ao fabricante receber os seus produtos exauridos, vencidos e

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 46 Município de Cataguases/MG embalagens descartadas, sendo este responsável pelo tratamento ou destinação final dos mesmos (CATAGUASES, 2018a).

QUADRO 01 - Situação da implantação dos sistemas de logística reversa a nível estadual

SITUAÇÃO PRODUTO / ASSINATURA / EDITAL DE ANÁLISE DAS RESÍDUO PROPOSTAS PUBLICAÇÃO CHAMAMENTO PROPOSTAS DO ACORDO Embalagens Termo de Plásticas De Compromisso - - - Óleos assinado em Lubrificantes 05/06/2012 Em andamento (Proposta de Duas Sistema de propostas Publicado em logística Pneus Inservíveis recebidas, Previsão: 2021 21/12/2013 apresentada pela sendo apenas ANIP/RECICLANIP uma válida. em 16/04/2014 analisada) Publicado em 19/09/2014, estabelecendo Pilhas E prazo para Três propostas Iniciada em julho Baterias apresentação de Previsão: 2020 recebidas de 2015 Portáteis proposta até 17/03/2015. Prorrogação do prazo por 90 dias. Publicado em 19/09/2014, Baterias estabelecendo Termo de Automotivas, prazo para Duas Iniciada em julho Compromisso Industriais apresentação de propostas de 2015 assinado em proposta até recebidas E De 03/04/2019. Motocicletas 17/03/2015. Prorrogação do prazo por 90 dias. Publicado em Uma proposta Iniciada em abril de Lâmpadas Previsão: 2019 12/02/2016. recebida 2017 Publicado em Resíduos 28/04/2017. Edital Duas Iniciada em com prorrogação propostas Previsão: 2019 Eletroeletrônicos dezembro de 2017 – REE publicada em recebidas 26/09/2017. Embalagens em Não previsto na - - - Geral DN 188/2013 Não previsto na Medicamentos - - - DN 188/2013 Fonte: MINAS GERAIS (2019c)

Apesar da legislação municipal inexistente para a logística reversa de pneus inservíveis foi verificado que o município de Cataguases possui Convênio de Cooperação Mútua com a Associação Reciclanip para coleta e destinação ambientalmente adequada de pneus inservíveis, participante da cadeia de logística reversa nacional. O QUADRO 02 apresenta a situação da logística reversa em Cataguases.

QUADRO 02 - Situação da implantação dos sistemas de logística reversa em Cataguases frente a PNRS

PRODUTO/RESÍDUO SITUAÇÃO Agrotóxicos, seus Resíduos e Art. 244 da Lei Municipal Complementar 4568/2018 Embalagens Pilhas e Baterias Art. 241 da Lei Municipal Complementar 4568/2018 Pneus Inservíveis Convênio de Cooperação Mútua com a Associação Reciclanip Óleos Lubrificantes seus Art. 244 da Lei Municipal Complementar 4568/2018 Resíduos e Embalagens Lâmpadas Fluorescentes Art. 241 da Lei Municipal Complementar 4568/2018 Produtos Eletroeletrônicos e Legislação Inexistente seus Componentes Embalagens em Geral Art. 244 da Lei Municipal Complementar 4568/2018 Fonte: Autores

A PNRS, os acordos setoriais e os termos de compromisso firmados pela União e Estado são considerados bases fixadas à execução da logística reversa, que indicam toda uma sistemática a ser seguida, como publicação de editais de chamamento, após prévia aprovação pelo Comitê Orientador; avaliação da viabilidade técnica e econômica da implantação da logística reversa, promovida por um grupo técnico avaliação das propostas; publicação das propostas mediante audiência pública.

Apesar do Código Municipal de Meio Ambiente prever a sistemática da logística reversa, a mesma não é clara, deixando apenas subentendido os tipos de produtos/resíduos que devem ser inserido no sistema de logística reversa, sendo recomendável que o município regulamente estas questões através de legislação municipal específica, dando suporte a qualquer iniciativa de sua parte, criando também seu Comitê Orientador, indicando sua composição, atribuições, aprovando

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 48 Município de Cataguases/MG seu regimento interno e também fixando a competência pela Secretaria responsável para avaliação das propostas.

A legislação municipal específica deverá definir as diretrizes para implementação e a operacionalização da logística reversa definindo as responsabilidades do poder público, do setor privado e dos consumidores dos produtos e embalagens que causem dano a saúde pública e ao meio ambiente, devendo, entretanto, observar as regras do art. 34 da PNRS, ou seja, os acordos e termos de compromissos firmados no âmbito nacional que têm prevalência sobre os firmados em âmbito regional ou estadual, e estes sobre os firmados em âmbito municipal.

4.6. Resíduos do Serviço de Saúde

O Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (GRSS), anteriormente à criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), era regulamentado somente pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). A Lei Federal nº 9.782/99, que criou o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e a ANVISA, estabeleceu competência legal a esta Agência de regulamentar os procedimentos internos dos serviços de saúde, relativos ao GRSS (BRASIL, 1999a).

O SNVS atua de forma descentralizada, e a fiscalização do GRSS compete às Vigilâncias Sanitárias dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, com o auxílio dos órgãos ambientais locais, auxiliados pelos Serviços de Saneamento e dos Serviços de Limpeza Urbana. Já os estabelecimentos de serviço de saúde geradores de RSS são os responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, atribuindo-se aos diversos agentes, direta ou indiretamente envolvidos, a responsabilidade solidária por ações que causem ou possam causar degradação ambiental.

Neste contexto, a ANVISA publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) ANVISA nº 306/04, sobre GRSS, com a finalidade de estabelecer os procedimentos internos nos serviços geradores de RSS e compatibilizar com a Resolução CONAMA nº 358/05, pois as resoluções anteriores apresentavam divergências. Após a entrada em vigor da RDC ANVISA nº 306/04, devido alguns

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O gerenciamento e manuseio dos Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) no estado de Minas Gerais são regulamentados pela RDC ANVISA n° 222/18, Resolução CONAMA nº 358/05 e Deliberação Normativa COPAM nº 171/11 que exigem Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saude (PGRSS) para todos os geradores (BRASIL, 2005, 2018; MINAS GERAIS, 2011a). Além das legislações já indicadas, como referência devem ainda ser observados os critérios técnicos estabelecidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

O Código Tributário, no seu Capítulo XV, das Taxas Sobre o Lixo Hospitalar, Seção I – Do Fato Gerador e suas Responsabilidades, no Art. 173 estabelece a obrigatoriedade da inscrição dos geradores, identificados no seu Art. 170, no cadastro de estabelecimento produtores de lixo hospitalar e no seu Art. 172 estabeleceu a exclusividade na coleta do lixo hospitalar ao órgão municipal de limpeza urbana (CATAGUASES, 1990).

O Código de Postura define em seu art. 13, inciso 4, lixo hospitalar como sendo aquele proveniente de estabelecimentos hospitalares e congêneres; em seu Art. 16 outorga a competência à Prefeitura Municipal de fiscalizar, coletar e dar a destinação final ao lixo hospitalar; e em seu Art. 249 define anuência sanitária como pré-requisito para a liberação da licença de funcionamento dos estabelecimentos prestadores do serviço de saúde (CATAGUASES, 1996).

O Código de Meio Ambiente, em seu Título III – Da Proteção Ambiental no Capítulo VII – Do Saneamento Ambiental, Seção II – Do Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Art. 241, estabelece que os RSS deverão ser gerenciados conforme as normalizações pertinentes e em seu paragrafo único, a obrigatoriedade de apresentação do PGRSS pelos empreendimentos quando solicitado (CATAGUASES, 2018a).

O art. 172 do Código Tributário e o art.16 do Código de Postura que estabeleceram a competência e exclusividade à Prefeitura Municipal no

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 50 Município de Cataguases/MG gerenciamento de todo os RSS gerado no município, deverão ser corrigidos para que a mesma seja responsável apenas pelos RSS gerados nas instituições públicas municipais.

Observa-se que as legislações municipais referentes à RSS encontram-se desatualizadas em relação às normas federais e estaduais, com definições divergentes e inexistência de diretrizes básicas de cadastramento e regulamentação técnica sobre a prestação de serviço de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS dos geradores privados, devendo ser revisadas e atualizadas todas as legislações citadas.

4.7. Resíduos de Construção Civil

A Resolução CONAMA n° 307/2002 e suas alterações estabelecem como instrumento de gestão dos Resíduos de Construção Civil (RCC) diretrizes nacionais para gestão dos resíduos de construção e demolição, define responsabilidades e deveres e torna obrigatória, para todos os municípios e para o Distrito Federal, a implantação pelo poder público local do Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil (PMGRCC), em consonância com o PMGIRS, além de definir as responsabilidades dos grandes geradores, que devem elaborar seus planos de gerenciamento de resíduos da construção civil e destinar seus resíduos de forma adequada (BRASIL, 2002a).

Segundo essa Resolução, cabe aos municípios a solução para os pequenos volumes, geralmente dispostos inadequadamente, e o estabelecimento das diretrizes locais para o ordenamento das ações dos agentes envolvidos com o manejo dos grandes volumes de RCC. A determinação é a de que, em nível local, sejam definidas e licenciadas áreas para o manejo dos resíduos em conformidade com a Resolução, cadastrando e formalizando a presença dos transportadores de resíduos e cobrando responsabilidades dos geradores (BRASIL, 2002a).

Rua Álvaro Mendonça Chaves, nº. 26 - Bairro Varginha - Itajubá/MG – CEP.: 37501-136 www.metaenviron.com.br (35) 3012 - 1222 Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) 51 Município de Cataguases/MG necessidade de fiscalização sobre as formas de acondicionamento de entulhos em caçambas (regulamentado pela Lei Municipal 3.167/03) e na disposição final nos logradouros públicos e em lotes vagos (CATAGUASES, 2006).

O Código de Meio Ambiente, em seu Título III – Da Proteção Ambiental no Capítulo VII – Do Saneamento Ambiental, Seção II – Do Gerenciamento de Resíduos Sólidos, Art. 236, estabelece as diretrizes para o Programa Municipal de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil e define a necessidade de Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil (PGRCC) para os geradores responsáveis por construções, demolições e/ou reformas iguais ou maiores que 250 m² quando da solicitação do alvará ou respectiva licença (CATAGUASES, 2018a).

O Código de Postura, em seu Título I - Da Limpeza Urbana no Capítulo I – Do Lixo, Art. 13, inciso V, defini entulhos, terras e restos de materiais de construção como resíduos domiciliares urbanos excedentes, em seu Art. 16, inciso II estabelece a necessidade de a prefeitura implantar sistemas de coleta e destinação específicas para resíduos domiciliar urbano excedente, mediante pagamento de taxa de acordo com o volume coletado (CATAGUASES, 1996).

A elaboração do PMGRCC, previsto na Resolução CONAMA nº 307/02, deverá contemplar o Programa Municipal de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil, com as diretrizes estabelecidas no Código de Meio Ambiente, enquadrando o pequeno gerador de RCC em função da sua geração volumétrica para compatibilizar com as diretrizes da Resolução CONAMA. Este plano deverá ser regulamentado por lei onde serão definidas as responsabilidades do poder público e dos pequenos e grandes geradores de RCC alterando o disposto no Código de Postura. Os grandes geradores, assim definidos, são obrigados a elaborarem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), conforme art. 20, inciso I, da PNRS (BRASIL, 2010a).

4.8. Resíduos Volumosos

O art. 2, inciso X, da Resolução CONAMA nº 307/02 define Área de Transbordo e Triagem (ATT) para resíduos de construção civil e resíduos volumosos e a ABNT NBR 15.112/2004, que trata da construção civil e resíduos volumosos,

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Em Cataguases o Código de Postura, em seu Título I - Da Limpeza Urbana no Capítulo I – Do Lixo, Art. 13, inciso V, define lixo domiciliares urbanos excedentes como sendo (CATAGUASES, 1996):

 Lixo domiciliar urbano com volume superior a 750 litros/mês;  Móveis, colchões, utensílios de mudanças e similares;  Resíduos de atividades de oficinas e indústrias não classificadas como lixo especial;  Entulhos, terras e restos de materiais de construção;  Resto de limpeza e podação de jardins e quintais particulares.

A definição de lixo domiciliar urbano excedente, no Código de Postura, é muito abrangente, englobando diferentes tipos de resíduos em uma única definição. Conforme descrito na Resolução CONAMA 307/02 a elaboração do PMGRCC deverá incorporar a questão dos resíduos volumosos, definindo também os pequenos e grandes geradores desses resíduos passando a ser denominada Plano Municipal de Gestão de Resíduos de Construção Civil e Volumosos (PMGRCCV).

Este plano deverá ser regulamentado por lei onde serão definidas as responsabilidades do poder público e dos pequenos e grandes geradores de RCC e de resíduos volumosos alterando o disposto no Código de Postura. Os grandes geradores, assim definidos, são obrigados a elaborarem seus PGRS, conforme art. 20, inciso II, alínea b da PNRS (BRASIL, 2010a).

4.9. Geradores Sujeitos a Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

De acordo com o art. 20 da PNRS além dos RSS, dos RCC e Volumosos, são sujeitos à elaboração de PGRS os seguintes geradores de resíduos sólidos:

 Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico - os gerados nessas atividades excetuando os resíduos domiciliares e de limpeza urbana;  Resíduos Industriais - os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;  Resíduos de Mineração - os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;  Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços - os gerados nessas atividades, excetuados resíduos de limpeza urbana resíduos dos serviços públicos de saneamento básico RSS, RCC, resíduos de serviços de transporte, que gerem resíduos perigosos ou resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;  Resíduos de Serviços de Transportes - os resíduos originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira nos termos e regulamentos estabelecidos pelo SISNAMA E SNVS;  Resíduos agrossilvopastoris - os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades, se exigido pelo órgão SISNAMA, SNVS ou do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA).

Os empreendimentos que operam com resíduos perigosos, conforme o art. 39 da PNRS, são obrigados a elaborar o PGRS perigosos, podendo o mesmo estar inserido no PGRS dos geradores definidos no art. 20. Os PGRS deverão seguir o conteúdo mínimo estabelecido no art. 21 da PNRS (BRASIL, 2010a).

Os PGRS são parte integrante do licenciamento ambiental do empreendimento junto ao SISNAMA e deverão atender o disposto no PMGIRS, deixando disponíveis informações completas sobre a sua implementação e operacionalização. Caso o empreendimento ou atividade não esteja sujeito ao licenciamento ambiental, caberá ao órgão ambiental municipal competente a aprovação do PGRS (BRASIL, 2010a).

4.10. Estrutura Organizacional Administrativa

A estrutura organizacional da Prefeitura Municipal de Cataguases é regida pelas Leis Municipais nº 2.970/01 e nº 3.445/05, conforme organograma na (FIGURA 01).

GABINETE DO PREFEITO

Procuradoria Geral do Município

Secretaria de Administração

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Gestão Institucional

Secretaria de Desenvolvimento Social

Secretaria de Cultura e Turismo

Secretaria de Educação

Secretaria de Esportes

Secretaria de Fazenda

Secretaria de Obras

Secretaria de Saúde

Secretaria de Serviços Urbanos

FIGURA 01 – Organograma geral da Prefeitura Municipal de Cataguases

Fonte: CATAGUASES (2001;2005a)

As atribuições das Secretarias juntamente com suas Coordenadorias responsáveis pela gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos municipais, informadas pela Prefeitura de Cataguases, são as seguintes:

Secretaria de Saúde:  fiscalizar o cumprimento das posturas e vigilância sanitária;  realizar e fiscalizar as ações de Bota-fora;  elaborar e implantar os PGRSS da rede pública;

 fiscalizar os PGRSS da rede privada;  realizar educação ambiental e sanitária.

Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente  gerenciar o aterro sanitário;  gerenciar o programa de coleta seletiva;  fiscalizar os PGRS da rede privada;  fiscalizar disposição inadequada de resíduos sólidos;  realizar educação ambiental.

Secretaria de Serviços Urbanos  fiscalizar o serviço de coleta de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU);  coletar RSU nos distritos do município;  realizar e fiscalizar o serviço de capina e poda;  gerenciar os resíduos de capina e poda;  realizar e fiscalizar o serviço de varrição;  realizar e fiscalizar o serviço de pavimentação;  armazenamento dos resíduos municipais e descartes inservíveis (leilão).

Secretaria de Administração - Setor de Fiscalização de Posturas:  Fiscalização de descartes irregulares;  Encaminhamento dos empreendimentos passíveis de análise ambiental quanto a resíduos perigosos e outros, através do CNAE.

Secretaria de Educação  Educação ambiental na rede municipal de ensino;  Ações e programas ambientais nas instituições municipais de ensino.

As atribuições elencadas acima, das Secretarias responsáveis pela gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos municipais, não estão dispostas nas leis que estabelecem a estrutura organizacional da Prefeitura Municipal de Cataguases.

4.11. Sistema Orçamentário

O modelo orçamentário brasileiro do executivo, conforme definido no Art. 165 da Constituição Federal é composto pelos seguintes instrumentos: o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA) (BRASIL, 1988).

O PPA, com vigência de quatro anos, tem como função estabelecer as diretrizes, objetivos e metas de médio prazo da administração pública. Cabe à LDO, anualmente, enunciar as políticas públicas e respectivas prioridades para o exercício seguinte. Já a LOA tem como principais objetivos estimar a receita e fixar a programação das despesas para o exercício financeiro. Assim, a LDO ao identificar no PPA as ações que receberão prioridade no exercício seguinte torna-se o elo entre o PPA e a LOA (BRASIL, 1988).

Para operacionalização do PMGIRS é fundamental a inclusão das suas ações no planejamento orçamentário municipal, através da tríade orçamentária, conforme estabelecido na Lei Orgânica.

4.11.1. Plano Plurianual (PPA)

O PPA do município de Cataguases para o quadriênio 2018-2021 foi instituído pela Lei Municipal nº 4.468/17. O resumo do demonstrativo das receitas consolidadas estimadas para esse período é apresentado na TABELA 08.

A TABELA 08 mostra que a receita do município tem como parcela mais representativa as Transferências Correntes. O crescimento da estimativa da receita orçamentária a partir de 2018 apresentou uma variação de 6% a cada novo exercício.

A gestão e o gerenciamento de resíduos sólidos no município de Cataguases são contemplados diretamente (aquelas despesas facilmente identificadas e vinculadas à gestão de resíduos sólidos) ou indiretamente (aquelas despesas que não estão relacionadas exclusivamente com a gestão de resíduos sólidos) pelos programas abaixo identificados no PPA (TABELA 09).

TABELA 08 – Resumo das receitas consolidadas estimadas no PPA 2018 – 2021

RECEITAS CONSOLIDADAS ESTIMADAS (R$) DESCRIÇÃO 2018 2019 2020 2021 Receitas Correntes 142.583.555,27 151.138.568,60 160.206.883,25 169.819.295,70 Impostos, Taxas e 17.819.438,99 18.888.605,35 20.021.922,20 21.223.236,97 Contribuições de Melhoria Contribuições 3.499.701,30 3.709.683,38 3.932.264,38 4.168.200,25 Receita Patrimonial 598.479,18 634.387,92 672.451,19 712.798,30 Receita de Serviços 15.295,80 16.213,55 17.186,37 18.217,54 Transferências Correntes 120.366.710,00 127.588.712,60 135.244.035,36 143.358.677,46 Outras Receitas Correntes 283.930,00 300.965,80 319.023,75 338.165,18 Receitas de Capital 9.680.460,00 10.261.287,60 10.876.964,85 11.529.582,72 Deduções da Receita -13.371.264,00 -14.173.539,84 -15.023.952,24 -15.925.389,37 TOTAL 138.892.751,27 147.226.316,36 156.059.895,86 165.423.489,05 TOTAL DO QUADRIENIO 607.602.452,54 Fonte: CATAGUASES (2017b)

Na TABELA 10 encontram-se o total das ações dos programas identificados no PPA para a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos com a identificação das despesas diretas e indiretas no orçamento municipal 2018-2021.

As ações dos programas identificados no PPA para a gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, separadas em despesas diretas e indiretas, têm suas somatórias do quadriênio apresentadas respectivamente nas TABELA 11 e TABELA 12.

Com base na Lei Municipal nº 4.064/13 (PPA 2014 - 2017) foi realizado um comparativo entre os custos das ações dos programas identificados no PPA 2018 – 2021 apresentado na TABELA 13.

Analisando o comparativo das despesas das ações constantes nos programas dos PPAs apresentados na TABELA 13 observa-se que houve um aumento de R$ 15.387.650,20 do quadriênio 2014 – 2017 para o quadriênio 2018 – 2021 representado um incremento de 24,0% dos custos estimados direto e indiretamente com a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos.

TABELA 09 – Programas identificados no PPA 2018 – 2021

CÓDIGO PROGRAMA ATUAÇÃO CUSTO TOTAL Administrar, manter, supervisionar e dar suporte Gestão técnico às secretarias, departamentos e demais 0002 Administrativa R$ 29.207.561,18 setores das unidades do poder executivo Institucional municipal. Gerir as estruturas de regulação, planejamento, financiamento, controle social, regionalização, Gestão programação pactuada e integrada, gestão do 0011 Estratégica da trabalho e educação na saúde, indispensáveis R$ 18.162.170,15 Saúde na implementação de ações e serviços que contribuam para organização e eficiência do SUS Desenvolver ações de vigilância sanitária, Vigilância em epidemiológica e ambiental em saúde na 0014 R$ 711.422,80 Saúde proteção da população e no combate às epidemias e endemias. Valorizar a qualidade de vida na cidade, Reestruturação revitalizar o espaço público urbano, envolvendo 0026 R$ 26.077.960,89 Urbana a limpeza urbana, paisagismo, saneamento, manutenção das vias públicas e rurais. Promover a destinação ambientalmente Gestão dos 0030 adequada dos Resíduos Sólidos gerados no R$ 4.266.167,88 Resíduos Sólidos Município. Gerenciar políticas que promovam o Gestão Ambiental desenvolvimento ambiental por meio de ações 0032 R$ 511.830,07 do Município voltadas à qualidade ambiental, fiscalização, licenciamento e proteção dos recursos naturais. Plano Diretor 0033 Revisar e implementar o Plano Diretor Municipal. R$ 572.637,23 Municipal TOTAL DOS PROGRAMAS IDENTIFICADOS R$ 79.509.750,20 Fonte: CATAGUASES (2017b)

TABELA 10 – Ações dos programas identificados no PPA 2018 - 2021

PROGRAMAS E AÇÕES TOTAL DA AÇÃO 0002 - Gestão Administrativa Institucional R$ 29.207.561,18 1.038 Aquisição de Equipamentos, Máquinas e Veículos Pesados ** R$ 1.837.338,72 2.133 Atividades Administrativas - Secretaria de Obras ** R$ 6.197.518,49 2.135 Atividades Administrativas - Secretaria de Serviços Urbanos ** R$ 17.155.056,64 2.148 Atividades Administrativas - Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente** R$ 4.017.647,33 0011 - Gestão Estratégica da Saúde R$ 18.162.170,15 2.063 Atividades Administrativas - Secretaria de Saúde ** R$ 18.162.170,15 0014 - Vigilância em Saúde R$ 711.422,80 2.097 Atividades da Vigilância sanitária ** R$ 711.422,80 0026 - Reestruturação Urbana R$ 26.077.960,89 2.136 Setor de Transporte e Oficina * R$ 2.905.619,95 2.143 Limpeza Urbana * R$ 19.677.022,77 2.144 Saneamento Básico ** R$ 1.727.973,31 2.145 Acesso aos Distrítos ** R$ 1.767.344,86 0030 - Gestão dos Resíduos Sólidos R$ 4.266.167,88 1.032 Ampliação do Aterro Sanitário Municipal * R$ 320.000,00 1.033 Construção do Ecoponto de Pneumáticos Inservíveis * R$ 170.000,00 2.156 Apoio as Associações de Catadores de Resíduos Sólidos * R$ 23.721,58 2.158 Atividades do Aterro Sanitário Municipal * R$ 3.128.724,72 2.159 Atividades do Aterro Municipal de Resíduos de Construção Civil * R$ 174.984,64 2.162Atividades da Coleta Seletiva * R$ 104.990,78 2.168 Manutenção das Vias de Acesso ** R$ 43.746,16 0032 - Gestão Ambiental do Município R$ 511.830,07 2.157 Eventos para Educação Ambiental * R$ 30.622,31 2.163 Atividades de Vistoria Ambiental ** R$ 131.238,48 2.164 Manutenção do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente ** R$ 218.730,80 2.165 Recuperação de Áreas Degradadas ** R$ 131.238,48 0033 - Plano Diretor Municipal R$ 572.637,23 1.039 Elaboração da Revisão do Plano Diretor Municipal * R$ 262.476,96 1.040 Georreferenciamento ** R$ 301.411,04 2.176 Fórum Municipal do Desenvolvimento Econômico Sustentável * R$ 8.749,23 TOTAL DAS AÇÕES DOS PROGRAMAS IDENTIFICADOS R$ 79.509.750,20 * Despesa Direta ** Despesa Indireta Fonte: CATAGUASES (2017b)

TABELA 11 – Despesas diretas dos programas identificados no PPA 2018 - 2021

DESPESA DIRETA PROGRAMA TOTAL POR AÇÃO Gestão Ambiental do Município R$ 30.622,31 Gestão dos Resíduos Sólidos R$ 4.222.421,72 Plano Diretor Municipal R$ 271.226,19 Reestruturação Urbana R$ 22.582.642,72 TOTAL GERAL R$ 27.106.912,94 Fonte: CATAGUASES (2017b)

TABELA 12 – Despesas indiretas dos programas identificados no PPA 2018 - 2021

DESPESA INDIRETA PROGRAMA TOTAL POR AÇÃO Gestão Administrativa Institucional R$ 29.207.561,18 Gestão Ambiental do Município R$ 481.207,76 Gestão dos Resíduos Sólidos R$ 43.746,16 Plano Diretor Municipal R$ 301.411,04 Reestruturação Urbana R$ 3.495.318,17 Vigilância em Saúde R$ 711.422,80 Gestão Estratégica da Saúde R$ 18.162.170,15 TOTAL GERAL R$ 52.402.837,26 Fonte: CATAGUASES (2017b)

TABELA 13 – Comparativo entre PPA 2014 - 2017 e o PPA 2018 - 2021

PPA 2014-2017 PPA 2018-2021 AÇÕES DOS PROGRAMAS IDENTIFICADOS Nº Custo (R$) Nº Custo (R$) Aquisição de Equipamentos, Máquinas e Veículos Pesados 1.021 400.000,00 1.038 1.837.338,72 Atividades Administrativas - Secretaria de Saúde 2.001 14.134.000,00 2.063 18.162.170,15 Atividades Administrativas - Secretaria de Obras 2.001 2.608.100,00 2.133 6.197.518,49 Atividades Administrativas - Secretaria de Serviços Urbanos 2.001 14.582.000,00 2.135 17.155.056,64 Atividades Administrativas - Secretaria de Agricultura e Meio 2.001 2.204.500,00 2.148 4.017.647,33 Ambiente Atividades da Vigilância sanitária 2.131 1.840.000,00 2.097 711.422,80 Setor de Transporte e Oficina 2.087 3.391.000,00 2.136 2.905.619,95 Limpeza Urbana 2.088 18.845.000,00 2.143 19.677.022,77 Saneamento Básico 2.065 1.435.000,00 2.144 1.727.973,31 Acesso aos Distritos 2.064 2.342.000,00 2.145 1.767.344,86 Ampliação do Aterro Sanitário 1.008 200.000,00 1.032 320.000,00 Construção do Ecoponto de Pneumáticos Inservíveis 2.028 40.100,00 1.033 170.000,00 Apoio as Associações de Catadores de Resíduos Sólidos 2.020 340.000,00 2.156 323.721,58 Atividades do Aterro Sanitário 2.026 985.200,00 2.158 3.128.724,72 Atividades do Aterro de Resíduos de Construção Civil 2.027 285.100,00 2.159 174.984,64 Atividades da Coleta Seletiva 2.029 126.100,00 2.162 104.990,78 Manutenção das Vias de Acesso - - 2.168 43.746,16 Eventos para Educação Ambiental - - 2.157 30.622,31 Atividades de Vistoria Ambiental 2.025 21.600,00 2.163 131.238,48 Manutenção do Fundo Municipal de Defesa do Meio 2.022 242.400,00 2.164 218.730,80 Ambiente Recuperação de Áreas Degradadas 2.023 100.000,00 2.165 131.238,48 Elaboração da Revisão do Plano Diretor Municipal - - 1.039 262.476,96 Georreferenciamento - - 1.040 301.411,04 Fórum Municipal do Desenvolvimento Econômico - - 2.176 8.749,23 Sustentável TOTAL DO QUADRIÊNIO 64.122.100,00 79.509.750,20 Fonte: CATAGUASES (2013; 2017b)

4.11.2. Lei Orçamentária Anual (LOA)

Baseado na Lei Municipal nº 4.468/17 (PPA) e na Lei Municipal nº 4.522/18 (LDO) foi estimada a receita e fixada a despesa do Município de Cataguases para o exercício financeiro de 2019, por meio da Lei Municipal Complementar nº 4.560/18

(LOA). O resumo do demonstrativo das receitas estimadas comparando o PPA e a LOA para o exercício de 2019, apresentado na TABELA 14, demonstram valores de receitas estimadas próximos, comprovando que a administração vem seguindo com o planejamento do exercício vigente.

TABELA 14 – Comparativo entre as receitas estimadas do PPA e da LOA exercício 2019

DESCRIÇÃO PPA LOA 2019 Receitas Correntes 151.138.568,60 155.712.722,02 Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria 18.888.605,35 21.105.212,25 Contribuições 3.709.683,38 3.726.435,00 Receita Patrimonial 634.387,92 612.918,96 Receita de Serviços 16.213,55 27.157,50 Transferências Correntes 127.588.712,60 128.890.038,21 Outras Receitas Correntes 300.965,80 1.350.960,10 Receitas de Capital 10.261.287,60 10.966.500,00 Deduções da Receita -14.173.539,84 - 14.318.318,63 TOTAL 147.226.316,36 152.360.903,39 Fonte: CATAGUASES (2017b; 2018)

Na TABELA 15 encontram-se as despesas estimadas dos projetos/atividades dos programas identificados no PPA por unidade orçamentária, referente à gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, atualizado pela LOA para o exercício de 2019.

Apesar de estimado n