Mestrado em Ciências do Desporto Treino Desportivo

Relatório de Estágio Profissionalizante – União Desportiva Oliveirense (UDO)

Pedro Miguel Henriques Soares Cravo

janeiro | 2015

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Relatório de Estágio Profissionalizante

Estágio na equipa profissional de futebol União Desportiva Oliveirense

na época de 2013/2014

União Desportiva Oliveirense (UDO)

Pedro Miguel Henriques Soares Cravo

Orientador: Carlos nuno Pires Lourenço Sacadura

janeiro | 2015 Ficha de Identificação

Nome: Pedro Miguel Henriques Soares Cravo Número Aluno: 6937 Nome Orientador: Especialista Carlos Nuno Pires Lourenço Sacadura Instituição: União Desportiva Oliveirense Supervisor: Mestre Carlos Manuel Pessoa Miragaia Morada: Praceta da União Desportiva Oliveirense 3720-256 Oliveira de Azeméis Telefone: 256682178 Data de Inicio do Estágio: 7 de Outubro de 2013 Data do Fim do Estágio: 13 de Junho de 2014

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Agradecimentos

Com o terminar desta etapa da minha vida e da minha formação académica, não podia deixar de agradecer a todas as pessoas que estiveram por perto e que me ajudaram a realizar este estágio curricular e que me apoiaram em todas as fases da minha formação. Gostaria de expressar (desde já, deixar) um enorme agradecimento aos meus pais, ao meu irmão e à minha namorada pelo carinho, amor, motivação e apoio que me deram durante todo este período. Sem eles nada disto teria sido possível. Agradecer ao Especialista Carlos Sacadura por todo o apoio e ajuda que me deu para a realização deste estágio. Não posso também deixar de agradecer à Professora Doutora Teresa Fonseca e ao Professor Doutor Carlos Francisco por toda a colaboração que me deram na recolha de material para a realização do mesmo e a todos os restantes professores de Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. Ao Presidente da União Desportiva Oliveirense, Dr. José Maria Godinho, pela oportunidade que me deu de poder voltar a trabalhar com a equipa sénior e profissional do clube (União Desportiva Oliveirense) a que preside. Ao meu orientador Mestre Carlos Miragaia por todos os conhecimentos, ensinamentos e valores que me foram transmitidos, bem como a toda a restante equipa técnica, Treinador Artur Marques, Professor Martinho Almeida, Treinadores Adjuntos Bruno Sousa e Pedro Oliveira, Treinador Henrique Nunes e Professor André Barbosa por me terem acolhido no seu grupo como membro dessa mesma equipa e por também me terem transmitido princípios, atitudes, valores e conhecimentos. Ao Sr. José Maria, técnico de equipamentos, por toda a sua disponibilidade e amizade. Ao Fisioterapeuta Ivo Almeida e ao Massagista Vítor Hugo, responsáveis pelo departamento médico, por me terem ajudado em tudo aquilo que eu precisava. Ao diretor do departamento de futebol Carlos Sousa por me ter acolhido tão bem no seio do clube, ao diretor João Godinho por toda a ajuda prestada durante o meu processo de estágio, ao diretor de imprensa Miguel Tavares por todo o apoio e a todos os jogadores da União Desportiva Oliveirense, que me acolheram e ajudaram na integração do grupo bem como toda a disponibilidade demonstrada ao longo de todo o estágio. Um último agradecimento a todos os restantes membros da direção da União Desportiva Oliveirense.

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Resumo

O presente relatório de estágio enquadra-se no âmbito do trabalho final de Mestrado, inserido no curso de Ciências do Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda. O estágio foi realizado na União Desportiva Oliveirense, cuja equipa de futebol sénior profissional disputou o Campeonato da II Liga, época 2013/2014. Para o efeito integrei a equipa técnica, participei de forma ativa em todas as sessões de treinos e acompanhei de modo dinâmico e operante a equipa em todos os jogos realizados. O estágio esteve organizado em três fases. Numa primeira fase, a adaptação foi o principal objetivo, ou seja, perceber as rotinas, o tipo de linguagem utilizada, a postura e a dinâmica dos treinos, os objetivos do clube e as ideias do Treinador. Após esse período de adaptação, numa segunda fase, comecei a ter um papel mais interventivo na grande maioria dos treinos. Por fim, numa terceira fase, quando já estava completamente integrado na equipa, comecei a ter um papel ainda mais ativo e de maior participando em várias ações desenvolvidas nos treinos concretamente na: - Participação na elaboração de todos os microciclos e no seu acompanhamento; - Elaboração da análise estatística das ocorrências de todos os jogos e garantir a filmagem dos jogos. As atividades atrás descritas, foram totalmente realizadas e todos os objetivos totalmente atingidos. Para além destas atividades, também tive um papel ativo e participativo na: - Mobilização geral dos atletas, nos treinos e jogos; - Recuperação funcional de alguns atletas; - Na elaboração execução e realização de uma bateria de exercícios de retorno à calma e normalidade cardio-respiratória e neuro-muscular. Paralelamente, foi realizado um trabalho de investigação que teve como principal objetivo conhecer, compreender e analisar o conjunto de lesões contraídas pelos atletas do clube na época de 2010/11. Este trabalho teve por base/fonte referente a época anterior, pois era a única em que tinha os dados devidamente corretos. O trabalho de investigação contou com a prestimosa colaboração do departamento médico do clube. Sendo facto de o poder explorar e conhecer, só enriqueceu o meu conhecimento e a minha experiência no mundo do Desporto, principalmente no Futebol, a modalidade desportiva de maior impacto no mundo contemporâneo.

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Abstract

This internship report falls within the scope of the final work of Master, inserted in the course of Sport Sciences, the Polytechnic Institute of Guarda. The stage was conducted in the União Desportiva Oliveirense whose professional senior football team played in the Division Two Championship season 2013/2014. To this end I joined the coaching staff, I participated actively in all the practice sessions and accompanied dynamic and active way the team in all games played. The stage has been organized into three phases. Initially, the adaptation was the main objective, namely to realize the routines, the type of language used, the posture and the dynamics of training, the goals of the club and the coaching ideas. After this period of adjustment, secondly, I began to take a more active role in most workouts. Finally, in a third phase, when it was already fully integrated into the team, I began to play an even more active role and greater participating in various actions developed in particular training on: - Participation in the preparation of all microcycles and its follow-up; - Development of statistical analysis of occurrences of every game and make shooting games. The activities described above have been fully carried out and all fully achieved goals. In addition to these activities, also had an active and participatory role in: - General mobilization of athletes during training and games; - Functional recovery of some athletes; - The preparation and execution performing a battery back exercises to calm and cardio- respiratory and neuromuscular normality. In parallel, it conducted a research project that aimed to know, understand and analyze the number of injuries suffered by athletes of the club at the time of 2010/11. This work was based / source referring to earlier time it was the only one who had duly correct data. The research had the invaluable collaboration of the medical department of the club. It is the professional football a "dream", the fact that the power to explore and learn only enriched my knowledge and my experience in the world of sport, especially in football, the sport with the greatest impact in the contemporary world.

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Índice

Ficha de Identificação...... i

Agradecimentos ...... ii

Resumo ...... iii

Abstract ...... iv

Índice de Ilustrações...... vii

Índice de Imagens ...... viii

Índice de Tabelas ...... ix

Índice de Gráficos ...... x

1 Introdução ...... 1

2 Objetivos do Estágio ...... 2

2.1 Primeira Fase do Estágio (Com o treinador Henrique Nunes): ...... 2

2.2 Segunda Fase do Estágio (Com o treinador Artur M arques): ...... 2

3 Contextualização Teórica e Prática ...... 3

3.1 Caracterização da Cidade ...... 3

3.1.1 Referências Históricas ...... 3

3.1.2 Referências Geográficas ...... 3

3.2 Caracterização União Desportiva Oliveirense ...... 4

3.2.1 História do Clube ...... 4

3.2.2 Órgãos Sociais ...... 5

3.2.3 Palmarés ...... 6

3.2.4 Instalações ...... 7

3.2.5 Estrutura Organizacional ...... 8

3.3 Futebol ...... 9

3.4 Primeira Fase do Estágio ...... 11

3.4.1 Acompanhamento de todos os Treinos ...... 11

3.4.2 Análise estatística dos jogos ...... 11

3.4.3 Filmagem dos jogos ...... 12

3.5 Segunda Fase ...... 13

3.5.1 Acompanhamento de todos os Treinos ...... 13

3.5.2 Filmagem e tratamento dos vídeos dos jogos ...... 14

3.5.3 Observar equipas adversárias ...... 14

3.5.4 Acompanhar os jogadores no ginásio ...... 14

3.5.5 Responsável pelos treinos de recuperação dos jogadores utilizados ...... 14

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3.5.6 Realização dos treinos de recuperação na piscina ...... 15

...... 15

...... 15

3.5.9 Elaborar um M odelo de Jogo próprio ...... 15

4 Trabalho de Investigação ...... 19

4.1 Introdução ...... 19

4.1.1 Fundamentação do Problema ...... 19

4.1.2 Objetivos ...... 19

4.1.3 Problema ...... 20

4.1.4 Hipóteses ...... 20

4.1.5 Limitações do Estudo ...... 20

4.2 Revisão Bibliográfica ...... 20

4.2.1 Lesões Desportivas ...... 20

4.2.2 Lesões no Futebol ...... 20

4.2.3 Definição de Lesão no Futebol ...... 21

4.2.4 Classificação das Lesões no Futebol ...... 22

4.2.5 Tipo, Localização e Gravidade das Lesões no Futebol ...... 23

4.2.6 Lesões ...... 24

4.3 M etodologia ...... 27

4.3.1 Caracterização da Amostra ...... 27

4.3.2 Recolha de Dados ...... 28

4.4 Apresentação e Discussão dos Resultados...... 29

4.4.1 Apresentação dos Resultados ...... 29

4.4 Discussão dos Resultados ...... 33

4.5 Conclusão ...... 34

5 Reflexão ...... 36

5.1 Reflexão das Atividades Desenvolvidas ...... 36

5.2 Reflexão Critica e Competências Adquiridas ...... 36

5.3 Reflexão Final ...... 37

6 Bibliografia ...... 39

7 Anexos

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Índice de Ilustrações

Ilustração 1 - Organograma Geral da União Desportiva Oliveirense ...... 8 Ilustração 2 - M omento de Jogo em Posse de Bola ...... 16 Ilustração 3 - M omento de Jogo sem Posse de Bola ...... 17

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Índice de Imagens

Imagem 1 - M apa Geográfico de Oliveira de Azeméis ...... 4 Imagem 2 - Símbolo União Desportiva Oliveirense (Fonte: www.google.pt)...... 5 Imagem 3 - Estádio Carlos Osório (Fonte: Própria)...... 7 Imagem 4 - Centro de Formação Ápio Assunção (Fonte: Própria)...... 7 Imagem 5 - Pavilhão Salvador M achado ...... 8 Imagem 6 - Treino da União Desportiva Oliveirense ...... 12

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Índice de Tabelas

Tabela 1 - Jogos Filmados do Campeonato ...... 12 Tabela 2 - Jogos Filmados da Taça de Portugal ...... 13 Tabela 3 - Diferentes tipos de lesão no futebol (adaptado de Ekstrand, 2003) ...... 23 Tabela 4 - Número de lesões durante os diferentes períodos (Ekstrand, 2004) ...... 24 Tabela 5 - Caracterização dos Jogadores da União Desportiva Oliveirense com os dados da época de 2011/ 2012 ...... 27 Tabela 6 - M apa de Tratamentos e M assagens da União Desportiva Oliveirense durante a época 2011/ 2012 ...... 28 Tabela 7 - Quadro de lesões da União Desportiva Oliveirense durante a época de 2011/2012 28 Tabela 8 - Quadro da Caracterização dos jogadores da União Desportiva Oliveirense ...... 28

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Índice de Gráficos

Gráfico 1 - Comparação do n.º de tratamentos realizados pelos jogadores dos 4 sectores em estudo...... 29 Gráfico 2 - Área das lesões de todos os jogadores da U.D.O. da época de 2011/ 2012 ...... 30 Gráfico 3 - Região/ Zona das lesões dos jogadores da U.D.O. na época de 2011/ 2012 ...... 31 Gráfico 4 - Lesões de todos os jogadores da U.D.O. na época de 2011/ 2012 ...... 32 Gráfico 5 - Comparação do número de lesões por setores da equipa da U.D.O. na época de 2011/ 2012 ...... 33

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Relatório de Estágio Profissionalizante 2013/2014

1 Introdução

A realização deste estágio tem como principal objetivo a integração do estagiário numa futura vida profissional. Pretende-se, acima de tudo, aplicar na prática tudo aquilo que foi adquirido nas aulas durante os anos do curso. Este relatório pretende dar a conhecer o trabalho desenvolvido ao longo da época desportiva 2013/14 na instituição União Desportiva Oliveirense. A principal razão desta escolha deveu-se fundamentalmente porque pretendo desempenhar funções na área do treino de Futebol, modalidade que já pratiquei e que exerce sobre mim um fascínio muito especial. Por outro lado, ambiente, tem uma reputação de nível elevado e tenho com o treinador principal uma excelente relação pessoal de amizade. Escolhi este local de Estágio, ainda, porque entendo poder recolher e promover boas condições de aprendizagem. Os objectivos principais delineados para este estágio foram os seguintes: - Acompanhar todos os microciclos da época desportiva; - Garantir a filmagem dos jogos; - Observar as equipas adversárias; - Planear e executar os treinos de recuperação dos jogadores utilizados. Em virtude da troca de treinadores no decorrer da época, o presente relatório está dividido em duas partes diferentes mas realizadas na mesma instituição, a União Desportiva Oliveirense. Na primeira fase o trabalho foi realizado com o treinador Henrique Nunes, e na segunda com o treinador Artur Marques. Esta divisão acontece visto que, quer as metodologias, as atividades, as estratégias e as diversas funções que tive diferiram naturalmente de um treinador para o outro. Neste relatório de estágio, vou tentar expor todas as atividades que desenvolvi nesta instituição e tudo o que aprendi durante este ano. Relativamente ao plano de estágio, que foi previamente delineado, os objetivos definidos foram, em minha opinião, alcançados. Este relatório encontra-se igualmente dividido em diferentes capítulos, um deles enquadra o tema do Futebol em geral, outro fala de toda a prática aplicada durante o meu estágio e um último que é dirigido ao trabalho de investigação que foi realizado por mim.

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2 Objetivos do Estágio

Os objetivos principais inerentes a este estágio são: - Aquisição de conhecimentos práticos sobre o conhecimento/funcionamento de uma estrutura desportiva ligada à prática do futebol profissional; - Aquisição de experiências práticas diversas em todas as metodologias de treino do Futebol. Com a realização deste estágio, foram-me propostas pelo meu supervisor, um conjunto de atividades para eu realizar durante o tempo de permanência nesta instituição. Essas propostas foram aceites de imediato e foram acompanhadas de uma grande vontade de as concretizar, da melhor maneira possível e com o maior empenho que lhes pude dar. As propostas que me foram apresentadas foram as seguintes:

2.1 Primeira Fase do Estágio Com o treinador (enrique Nunes:

As actividades propostas nesta primeira fase do estágio foram acompanhar todos os microciclos da época desportiva, garantir a filmagem de todos os jogos e elaborar a análise estatística das ocorrências de todos esses jogos.

. Segunda Fase do Estágio Com o treinador Artur Marques:

Numa segunda fase, não só se mantiveram os objectivos da primeira fase como foram acrescentados mais alguns. Acompanhar todos os microciclos da época desportiva e garantir a filmagem e tratamento dos vídeos dos jogos foram os objetivos que se mantiveram. Observar as equipas adversárias, interagir de forma direta nos treinos com os atletas e restante staff, planear e executar os treinos de recuperação dos jogadores utilizados, acompanhar os jogadores no ginásio, realizar treinos de recuperação na piscina e a elaboração de um Modelo de Jogo próprio foram os objetivos acrescentados.

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3 Contextualização Teórica e Prática

3. Caracterização da Cidade

3.1.1 Referências Históricas Segundo informação disponibilizada no site da Camara Municipal de Oliveira de Azeméis (s/d), data de 922 a primeira referência documental que existe de Oliveira de Azeméis. Este documento é um diploma de doação feita pelo rei, depreendendo-se dele que nesta altura seria uma freguesia rural, dividida por vários pequenos lugares. A 5 de Janeiro de 1779 D. Maria divide o concelho da Feira, elevando à categoria de vila e sede de município Oliveira de Azeméis. Assim, Oliveira de Azeméis tornou-se concelho e comarca no século XVIII, sendo constituído pelas freguesias de Macinhata da Seixa, Ossela, Pindelo, Carregosa, Mansores, Escariz, Fajões, Macieira de Sarnes, S. Roque, Nogueira do Cravo, S. Vicente Pereira, S. Martinho da Gândara, Santiago de Riba-Ul, Válega, Avanca, Couto de Cucujães. No ano 1855, com a reforma administrativa de Mouzinho da Silveira, houve a extinção do concelho do Pinheiro da Bemposta, transferindo-se para o concelho de Oliveira de Azeméis várias freguesias, passando a ser formado pelas 19 freguesias que até hoje o constituem. A 16 Maio 1984, a Assembleia da República procede à elevação de Oliveira de Azeméis à categoria de cidade.

3.1.2 Referências Geográficas Também, e de acordo com a informação disponibilizada no site da Camara Municipal de Oliveira de Azeméis (s/d), Oliveira de Azeméis situa-se na região Norte do país (ver Imagem 1), pertence ao Distrito de Aveiro e ao Agrupamento dos concelhos da região Entre Douro e Vouga. Faz fronteira a Norte com os concelhos de S. João da Madeira e Santa Maria da Feira, a Sul por Albergaria a Velha e Sever do Vouga, a Oeste por Ovar, a Este por Vale de Cambra, a Nordeste por Arouca e a Sudoeste por Estarreja. É um concelho formado por 19 freguesias, 1 cidade, 8 vilas e 10 aldeias. Tem uma área aproximada de 163,5Km2 e, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística Censos de 2001 tem uma densidade populacional de 432,5 habitantes por Km2 (ver Imagem 1).

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Imagem 1 - Mapa Geográfico de Oliveira de Azeméis

3.2 Caracterização União Desportiva Oliveirense

3.2.1 História do Clube Dado que se refere à União Desportiva Oliveirense, e de acordo com informação disponibilizada no site oficial do clube (s/d) esta mesma foi fundada em 25 de Outubro de 1922. Antes de 1922 terão existido outros clubes que passaram por diversas transformações. O primeiro terá sido o Sport Clube Oliveirense, que começou a jogar provas distritais, ainda que não devidamente oficializado. Quirino jogava na equipa ajudado por José Moía e o cunhado Cândido, que facilitavam os transportes. Um dia resolveram pedir ajuda financeira ao menos para a comida, mas não foram atendidos. Convocaram então uma assembleia-geral numa casa junta à atual MOVARTE (estabelecimento de móveis) e aí resolveram fundar um novo clube. Estes dissidentes saíram a erguiam então em 25 de Outubro de 1922, a grande rivalidade com o Sport Clube Oliveirense, que ficou enfraquecido até à morte, porque viu sair as principais vedetas. Este Quirino foi jogador de raro talento. A ele juntou outro, Carnaval Lourenço Praça de seu nome próprio o único sobrevivente, em 1976, de quanto iniciaram em 1922 a União Desportiva Oliveirense no velho Campo da Laje.

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Imagem 2 - Símbolo União Desportiva Oliveirense (Fonte: www.google.pt).

3.2.2 Órgãos Sociais A União Desportiva Oliveirense, na sua estrutura, é composta por vários órgãos sociais, como a assembleia geral, que é composta pelo presidente, primeiro secretário e segundo secretário, a direção e o conselho fiscal.

3.2 Presidente: Dr. Manuel Pinheiro Casimiro .. Assembleia Geral Primeiro secretário: Manuel Coelho Valente Marques Segundo secretário: José Gonçalves Loureiro

3.2 Presidente: Prof. José Maria Godinho de Sousa .. Direcção Vice-presidente: Carlos Manuel Godinho de Sousa Vice-presidente para as actividades administrativas: Helder Filipe Albergaria Tavares Vice-presidente para as actividades desportivas: António Fernandes Valente Secretário-geral: Dr. Rui Filipe Fernandes Nunes Primeiro secretário: Moisés Pereira dos Santos Segundo secretário: Horácio Manuel Pinheiro Bastos Tesoureiro: Dr. João Manuel Godinho de Sousa Vice-tesoureiro: António Joaquim Lestre Guimarães Vogais: Fernando Figueiredo Catelas, Rui Hernani Conde Pinho, Teotonio Andre Araujo Tavares, Rui Jorge Ferreira Mesquita, Rui Manuel Silva Jesus Almeida, Vicente Silva Santos

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Suplentes: Fernando Costa Santos, Luís Miguel Silva Tavares, Carlos Manuel Bastos Fernandes, André Vicente Tavares

3.2 Presidente: Engenheiro Álvaro Leite Oliveira Rosinha .. Conselho fiscal Secretário: Rui Manuel Bastos Guimarães Relator: Joaquim Gomes Silva Suplente: Jaime Alexandre Bastos Soares Ferreira (Ver estatutos da União Desportiva Oliveirense em Anexo 1)

3.2.3 Palmarés A União Desportiva Oliveirense, com 93 anos de existência, é possuidora de alguns títulos e presenças importantes em competições nacionais como é o caso da presença na meia- final da Taça de Portugal na época de 2011/2012.

3.2 Presença na 1ª divisão nacional: 1945/46 .. Futebol: Campeão da III Divisão: 1957/58 Campeão da II Divisão B: 2000/01 Campeão II Divisão Série C: 2005/06 Campeão II Divisão: 2007/08

3.2 Taça de Portugal: 2002/03 .. Basquetebol: Supertaça: 2003/04 Taça da Liga: 2002/03; 2005/06 Campeonato Nacional CNB2: 2009/10 Campeonato Nacional CNB1: 2010/11 Campeonato Nacional da Proliga: 2012/13 Troféu António Pratas - Proliga: 2012/13

3.2 1º Classificado no Camp. Nacional da 2ª Divisão Zona Norte: 1975 .. Hóquei em Patins: Taça de Portugal: 1996/97, 2010/11 e 2011/12 Taça CERS: 1996/97

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3.2.4 Instalações Desde o primeiro dia de estágio frequentei as instalações da União Desportiva Oliveirense. Eis uma breve caracterização das instalações onde se realizavam os nossos treinos e os nossos jogos.

3.2 O Estádio Carlos Osório depois de já ter vivido anos de glória, quando recebeu os jogos .. Estádio da primeira divisão nacional, continua a viver grandes emoções com a participação da Oliveirense na 2ª liga. O estádio situa-se entre o centro da cidade de Oliveira de Azeméis e o famoso Parque de Nossa Senhora de La-Salette. Tem uma capacidade actual de apenas 1670 lugares sentados e de 4000 lugares de pé. Em tempos, possuiu iluminação artificial para jogos oficiais. O recinto é propriedade exclusiva do clube e honra o nome de Carlos Osório, uma vez que foi essa entidade quem cedeu os terrenos para a construção do mesmo (ver regulamento do estádio em anexo 2).

Imagem 3 - Estádio Carlos Osório (Fonte: Própria).

3.2 Inaugurado no dia 25 de Junho de 2005, o Centro de Formação de Futebol Ápio .. Centro de Formação Assunção, é um marco para a U.D. Oliveirense para a formação de novos talentos (ver regulamento do Centro de Formação em anexo 3).

Imagem 4 - Centro de Formação Ápio Assunção (Fonte: Própria).

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3.2 O ano de 1983 assinalou o lançamento da primeira pedra e o de 1986 da sua .. Pavilhão Dr. Salvador Machado inauguração. Ao longo dos seus longos anos de existência o pavilhão da União Desportiva Oliveirense foi já palco de competições do calendário desportivo nacional e internacional e viveu alguns momentos de glória, principalmente no hóquei em patins (ver regulamento do Pavilhão em anexo 4).

Imagem 5 - Pavilhão Salvador Machado 3.2.5 Estrutura Organizacional A estrutura organizacional da União Desportiva Oliveirense é bastante numerosa. A instituição para além do futebol, também tem equipa de basquetebol e de hóquei em patins, sendo assim uma instituição com bastantes funcionários.

3.2 Adiante apresenta-se o organograma da União Desportiva Oliveirense, correspondente a .. Geral todos os ramos da instituição (ver Anexo 5).

Organograma Geral

Dr. José Godinho (Presidente da Direcção) Futebol Basquetebol Hóquei Património Finanças Imagem Merchandising Internet Comunicação Área Jurídica

Ilustração 1 - Organograma Geral da União Desportiva Oliveirense

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. Futebol

Foram diversas e bastante gratificantes as atividades que realizei durante o estágio e que apresento de seguida. Para a melhor compreensão referente ao mundo do futebol, dei-me ao cuidado de realizar as minhas pesquisas referentes ao tema. O Futebol é um jogo desportivo coletivo, no qual encontramos duas equipas constituídas, cada uma delas, por onze jogadores, em que o objetivo é introduzir a bola na baliza do adversário sem que este faça o mesmo, respeitando todas as regras do jogo para que este corra sem casos polémicos e com um vencedor justo (Garganta, 1999). Segundo a história moderna do desporto mais praticado do Mundo, o futebol, tem mais de 100 anos, e é considerado como um dos menos previsíveis, onde a performance e sucesso estão dependentes de relações complexas entre factores táticos, técnicos, físicos, psicológicos e sociais (Stolen, Chamari, Castagna & Wisloff, 2005). São várias as investigações que ao longo dos anos se têm dedicado ao estudo do futebol, como a análise de jogo, a fisiologia do treino, a nutrição, a psicologia, a sociologia, a gestão e o coaching, entre outras (Reilly & Gilbourne, 2003). Muitos desses estudos têm procurado desvendar as características deste desporto que tantos praticantes e adeptos atrai. No jogo de Futebol, ocorre uma alternância de esforços, tanto na sua forma como na intensidade, com fases de intensa participação (acelerações, desacelerações, saltos, etc.) intercaladas com outras de baixa intensidade (caminhar, corrida de baixa intensidade). No entanto, essas características podem variar em função de alguns fatores como: o nível de jogo - os jogos da 1ª divisão, onde os jogadores e as equipas são de nível superior, apresenta mais períodos de intensidade elevada do que nas divisões inferiores (Whitehead, 1975); o estilo de jogo as equipas inglesas realiza mais períodos de intensidade elevada do que as equipas suecas (Ekblom, 1986); os papeis e funções que o jogador desempenha na equipa - os avançados e os defesas centrais executam mais ações explosivas, como por exemplo saltos e sprints, do que os outros jogadores (Reilly & Thomas, 1976). Como já foi referido anteriormente, o futebol é um desporto com um esforço intermitente, onde o sucesso está dependente de muitos fatores, tanto colectivos como individuais. Os coletivos referem-se à organização da equipa, estilo de jogo, cooperação, espírito de equipa, comunicação, aspectos táticos, técnicos, físicos e psicológicos. Tendo o treino como objetivo desenvolver estes fatores para níveis elevados durante todo o período competitivo, é imprescindível uma adequada periodização e planeamento. Periodização define-se como sendo a divisão da época em períodos, em função das características do calendário competitivo, de acordo com as leis e princípios do treino desportivo, onde a dinâmica das cargas tem papel fundamental na adaptação do organismo,

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tendo em conta o momento da época que se atravessa, (Garganta, 1991). Nos vários tipos de periodização conhecidos, o ciclo anual divide-se normalmente em três períodos: preparatório (o mais longo e de construção da base da forma desportiva; entre 3-7 meses), competitivo (de construção, estabilização e conservação da forma desportiva; entre 1-2 meses) e transitório (diminuição do estado de preparação do atleta) (Castelo et al., 2000). Esta abordagem é baseada no modelo de Matvéiev (1980), também denominado de tradicional ou convencional, segundo o qual a performance deve ir aumentando durante o período preparatório e o seu pico deve coincidir com o período competitivo, com as competições mais importantes a concentrarem-se nesse mesmo período, que não deve ter duração superior à capacidade dos atletas para manterem a forma desportiva. Devido às suas características particulares, o futebol deve por isso assumir outro modelo, que permita colmatar o curto período preparatório e alcançar a forma desportiva em todas as competições (leia-se, todos os jogos). Sendo assim, esta perspetiva torna-se desajustada, não podendo ser aplicada na íntegra ao futebol, modalidade que é caraterizada por ter um período preparatório curto (4-8 semanas), onde o objetivo principal é a aquisição de um nível de adaptação individual e coletivo que permita iniciar a competição com o rendimento esperado. Segue-se habitualmente um período competitivo bastante longo (40-44 semanas) com 30 a 45 jogos e com várias competições em simultâneo, onde os objetivos relacionam-se com a manutenção e otimização do estado de forma em função dos rendimentos previstos. A época desportiva termina normalmente com um período transitório (3-6 semanas), que se inicia no final do período competitivo e termina com o início do período preparatório seguinte, e que visa uma orientação para a recuperação dos efeitos da competição, procurando-se atender aos problemas físicos e médicos que o jogador possa trazer em consequência da competição, proporcionando os dias de descanso necessários ou de repouso ativo, bem como uma preparação que permita ao jogador iniciar o período preparatório em condições ótimas para a nova época desportiva. A periodização oferece por isso uma forma de organizar e estruturar o processo de treino, ato que requer um planeamento que pode ir desde um macro sistema até um micro sistema ou melhor, desde a planificação da época desportiva até à sessão de treino ou ao próprio exercício de treino. Planear ou planificar, significa descrever e organizar antecipadamente as condições de treino, os objetivos a atingir e os meios e métodos a aplicar, o que exige grande esforço de aplicação e reflexão, mas proporciona ao treinador inúmeras vantagens. Este acto é rodeado de grande complexidade, principalmente no futebol, uma vez que diversas variáveis podem influenciar esse planeamento, tais como: as características específicas do jogo de futebol; o calendário competitivo, que é longo; as características do plantel (número de jogadores, experiência, etc.); estilo de jogo da equipa; características do clube; as condições de treino; os objetivos competitivos; os objetivos de treino, entre outras (Garganta, 1991).

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Devido à influência das variáveis anteriormente referidas, o microciclo surge como a estrutura mais importante no planeamento do treino. Refere-se que durante os longos períodos competitivos, as programações organizam-se em microestruturas, na sua maioria coincidentes com as semanas de treino. Segundo o autor, estas microestruturas devem agrupar as fases de carga, competição e recuperação de forma cíclica e repetitiva, com poucas modificações, ao longo de todo o período. O microciclo corresponde assim, a um conjunto de unidades de treino ou sessões de treino, e embora tenha quase sempre uma duração de 7 dias, procurando refletir a rotina semanal da vida quotidiana, a sua duração vai desde 3 a 4 dias, podendo chegar aos 10 a 14 dias (Castelo et al., 2000). Sendo assim a estrutura e duração dos microciclos estão dependentes do quadro competitivo para o qual os jogadores se preparam. Sendo o jogo o apogeu do processo de treino, este deve refletir as adaptações daí resultantes. Sendo assim, o planeamento e execução do treino também devem ser orientados pela informação recolhida do jogo de futebol, conduzindo a uma relação de interdependência entre os dois, assim é possível fazer com que o processo de treino conduza às adaptações específicas necessárias para a competição.

3.4 Primeira Fase do Estágio

3.4.1 Acompanhamento de todos os Treinos Numa fase inicial, e por já estar dentro da estrutura da União Desportiva Oliveirense, a minha adaptação acabou por ser mais rápida, começando logo com o acompanhamento dos treinos e a ajuda na sua realização. O Mister Henrique Nunes desde logo me aceitou dentro do relvado, junto dos restantes membros da sua equipa técnica, sendo a minha principal tarefa o apoio a todos os membros da mesma.

3.4.2 Análise estatística dos jogos Quando a equipa era orientada pelo Mister Henrique Nunes, um dos meus trabalhos era a realização das estatísticas dos jogos que a equipa realizava. Essas estatísticas eram referentes às ocorrências dos jogos, em que nelas, estavam presentes apenas dados relativos aos nossos jogadores, como a quantidade de passes curtos e longos, corretos e incorretos, durante o jogo, o número de remates, cruzamentos, perdas de bola, recuperações, entre outras acções técnico- tácticas do jogo. O objectivo das mesmas, e apenas quando solicitado pelo Mister, era apresentar aos próprios jogadores todo o tipo de ocorrências que eles tiveram em cada jogo realizado. Essas ocorrências eram apresentadas em formato de papel, sendo afixadas no balneário dos jogadores (ver anexo 6).

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Imagem 6 - Treino da União Desportiva Oliveirense

3.4.3 Filmagem dos jogos Todos os dias em que tínhamos jogo para o campeonato ou para outra competição (ver Tabelas 1 e 2), realizava a filmagem desses jogos para depois, durante o início da semana, normalmente no primeiro treino, juntamente com toda a equipa técnica, serem analisados e discutidos todos os casos dos mesmos. Essas análises focavam-se, principalmente nos erros da equipa, quer ofensivos como defensivos (processos de organização, transição, bolas paradas), em que depois tentávamos corrigir durante a semana nos treinos que eram realizados.

Tabela 1 - Jogos Filmados do Campeonato

Data Liga Fa se Casa Fora Edição

2 0 1 4 - 0 5 - 1 1 D2 J42 Portimonense 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 5 - 0 4 D2 J41 UD Oliveirense 3-2 Atlético CP Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 4 - 2 7 D2 J40 Trofen se 3-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 4 - 1 9 D2 J39 UD Oliveirense 3-1 Beira-Mar Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 4 - 1 3 D2 J38 FC Porto B 1-2 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 4 - 0 5 D2 J37 UD Oliveirense 1-2 Benfica B Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 3 - 3 0 D2 J36 Sporting B 3-2 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 3 - 2 3 D2 J35 UD Oliveirense 2-0 Farense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 3 - 1 6 D2 J34 UD Oliveirense 1-0 Feirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 3 - 0 9 D2 J33 U. Madeira 2-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 3 - 0 2 D2 J32 UD Oliveirense 0-2 Ac. Viseu Liga2 Cabovisão 13/ 14

2 0 1 4 - 0 2 - 2 2 D2 J31 Ch aves 3-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 2 - 1 6 D2 J30 UD Oliveirense 2-1 Sp. Covilhã Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 2 - 0 9 D2 J29 Marítim o B 2-3 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 2 - 0 2 D2 J28 UD Oliveirense 4-0 SC Braga B Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 1 - 2 6 D2 J27 Ton dela 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

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2 0 1 4 - 0 1 - 2 2 D2 J26 UD Oliveirense 2-2 Moreirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 1 - 1 9 D2 J25 Leixões 2-3 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 4 - 0 1 - 1 2 D2 J24 UD Oliveirense 2-2 Santa Clara Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 2 8 D2 J23 Desp. Aves 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 2 2 D2 J22 UD Oliveirense 0-0 Penafiel Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 1 5 D2 J21 UD Oliveirense 0-3 Portimonense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 1 1 D2 J20 Atlético CP 0-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 0 7 D2 J19 UD Oliveirense 1-2 Trofen se Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 2 - 0 1 D2 J18 Beira- M ar 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 1 - 2 7 D2 J17 UD Oliveirense 1-4 FC Porto B Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 1 - 2 3 D2 J16 Benfica B 4-3 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 1 - 1 6 D2 J14 Farense 4-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 1 - 1 0 D2 J15 UD Oliveirense 2-3 Sporting B Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 1 - 0 2 D2 J13 Feirense 2-3 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 0 - 2 7 D2 J12 UD Oliveirense 3-2 U. Madeira Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 0 - 2 3 D2 J11 Ac. Viseu 3-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 0 - 1 3 D2 J9 Sp. Covilhã 2-2 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 1 0 - 0 6 D2 J10 UD Oliveirense 1-1 Chaves Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 9 - 2 8 D2 J8 UD Oliveirense 2-2 Marítim o B Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 9 - 1 8 D2 J7 SC Braga B 4-3 UD Oliveirense Liga2 Cabov isão 13/ 14

2 0 1 3 - 0 9 - 1 4 D2 J6 UD Oliveirense 3-2 Tondela Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 9 - 0 8 D2 J3 Santa Clara 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 9 - 0 1 D2 J5 Moreirense 0-1 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 8 - 2 5 D2 J4 UD Oliveirense 0-3 Leixões Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 8 - 1 8 D2 J2 UD Oliveirense 1-1 Desp. Aves Liga2 Cabovisão 13/14

2 0 1 3 - 0 8 - 1 1 D2 J1 Penafiel 1-0 UD Oliveirense Liga2 Cabovisão 13/14

Tabela 2 - Jogos Filmados da Taça de Portugal

Data Liga Fa se Casa Fora Edição

2 0 1 3 - 1 0 - 1 9 TP 3E UD Oliveirense 1-3 P. Ferreira Taça Portugal 13/14

2 0 1 3 - 0 9 - 2 2 TP 2E UD Oliveirense 2-1 Lim ianos Taça Portugal 13/14

3.5 Segunda Fase

3.5.1 Acompanhamento de todos os Treinos Com a saída do Mister Henrique Nunes e a entrada do Mister Artur Marques, a minha participação nos treinos começou a ser diferente, sendo muito mais ativa e participativa em

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todas as partes do mesmo (ver anexo 7). Nesta fase do estágio já tinha a meu cargo algumas partes fundamentais do treino: a parte inicial (ativação funcional, alongamentos, trabalhos técnicos e de força\agilidade\velocidade) e a parte final (retorno a calma).

3.5.2 Filmagem e tratamento dos vídeos dos jogos Com a mudança de treinador, a minha função de filmar os jogos não se alterou, realizava na mesma a filmagem de todos os nossos jogos, apenas foi acrescentado ao meu trabalho, a análise e o tratamento dos vídeos para depois serem visionados pelo treinador e posteriormente pelos jogadores. Essa análise era feita com base na organização ofensiva/defensiva, transições ofensivas/defensivas, bolas paradas e golos marcados/ sofridos da equipa, depois dessa fase de análise, o tratamento dos dados era feito no programa do Windows Live Movie Maker em que os vídeos eram posteriormente apresentados aos jogadores na sala de vídeo do clube.

3.5.3 Observar equipas adversárias Sempre que era necessário deslocava-me, sozinho, ou com a restante equipa técnica, aos locais indicados para a observação de jogos das equipas adversárias. Algumas vezes realizava a filmagem dos jogos com a devida autorização dos clubes adversários. Quando isso não acontecia, fazia a observação dos jogos através de uma ficha de observação, nessa ficha, era observado o método de jogo ofensivo e defensivo da equipa, as transições da mesma, bolas paradas, pontos fortes e pontos fracos da equipa e caracterização individual de cada jogador (ver anexo 8).

3.5.4 Acompanhar os jogadores no ginásio Com a mudança de treinador, as minhas funções foram acrescidas e de muito maior responsabilidade passando a ser eu o responsável pelo acompanhamento dos jogadores ao ginásio. Realizei um plano de treino (ver anexo 9) e um horário (ver anexo 10) em que eles podiam frequentar o ginásio caso sentissem necessidade de trabalhar algum grupo muscular menos trabalhado durante os treinos no relvado, mas sempre com o meu acompanhamento. Outra das situações em que os acompanhava era quando recebia ordens do departamento médico do clube, com o intuito de ajudar na recuperação de jogadores que viessem de alguma lesão.

3.5.5 Responsável pelos treinos de recuperação dos jogadores utilizados Apos os jogos, aqueles jogadores com mais de 45 minutos de jogo, no treino seguinte ao jogo, apenas faziam trabalho de recuperação, sendo esse trabalho realizado por mim. O trabalho tinha como base uma recuperação ativa dos jogadores, em que realizávamos uma caminhada,

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intercalada com uma pequena corrida pelo meio, e no final uma sessão de alongamentos para de seguida serem realizados os banhos de gelo.

3.5.6 Realização dos treinos de recuperação na piscina No futebol, a recuperação, entende-se como o processo que acaba após a interrupção da atividade responsável pelo aparecimento da fadiga, tendo como função, restabelecer o estado de homeostasia alterado, assim como a capacidade de trabalho físico do atleta. Após o trabalho físico, a recuperação, não se reduz apenas ao restabelecimento das funções dos sistemas e órgãos, compreende também uma fase de homeostasia, em que os valores de partida são ultrapassados, o que permite a melhoria das respostas do organismo quando sujeito a estímulos devidamente controlados nas componentes quantitativas, qualitativas e temporais (Raposo, 2000). Neste contexto, quando solicitado pelo treinador da equipa, a minha função era a realização dos treinos de recuperação na piscina. Este trabalho era feito tendo como base o trabalho coordenativo e de alongamento dentro de água, este trabalho tinha em média uma duração de 30 a 40 minutos, em que era feito sempre dentro de água com um prévio aquecimento fora de água. Esta atividade consistia em aproveitar o meio aquático para um melhor equilíbrio e trabalho de coordenação motora. Depois desse trabalho, os jogadores tinha 20 minutos para disfrutarem do meio aquático sem restrições.

3.5.7 Participação nos treinos Em alguns momentos, quando na realização de certos exercícios, o número de jogadores não correspondia ao ideal para a realização do mesmo, eu era chamado pelo treinador para compensar essa falta e para realizar o treino juntamento com o plantel da equipa.

3.5.8 Com a autorização e o conhecimento prévio da equipa técnica, sempre que era necessário realizava as correções necessárias aos jogadores relativamente ao treino e à forma como eles estavam a realizar os exercícios. Também conversava com os jogadores sempre que eles me procuravam para os ajudar a resolver problemas relativos a treinos e jogos. Esta minha autonomia foi sendo ganha com o tempo, e visto que já tinha trabalhado numa outra fase da minha vida no clube, essa autonomia foi simples de a criar novamente, tendo todo o apoio do treinador da equipa.

3.5.9 Elaborar um Modelo de Jogo próprio Foi-me proposto pelo meu supervisor a elaboração de um modelo de jogo somente com ideias minhas, achei interessante realizar um diferente de tudo aquilo com que me deparava no

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dia-a-dia, procurando assim demostrar que tudo aquilo que aprendi no decorrer do estágio consigo adaptar a uma maneira diferente de pensar.

Estrutura tática: Uma estrutura tática (rígida) é a formação que nós temos no nosso terreno de jogo como por exemplo (1-4-4-2) ou (1-4-3-3).

Esquema tático: O esquema tático (móvel), é aquilo que nós fazemos com a nossa equipa em termos de movimentações para conseguirmos resolver todos os problemas que um futuro adversário nos pode colocar.

Método de jogo ofensivo: Ataque organizado. Método de jogo defensivo: Pressão média/alta. Transição Defesa Ataque: Em segurança com posse de bola. Transição Ataque Defesa: Pressão imediata ao portador da bola. Estrutura: (1-4-4-2) - losango

Momento em posse de bola:

Ilustração 2 - Momento de Jogo em Posse de Bola

Dois centrais fixos, só podem sair da sua área de jogo em situações de bolas paradas, tais como livres ou cantos.

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Os laterais (direito e esquerdo), jogam no apoio aos centrais, mas também são utilizados em situações ofensivas no apoio aos médios. Temos um médio defensivo, em que as suas funções estão focadas no apoio aos centrais e nas recuperações de bola. No meio campo temos dois médios com funções diferentes, o médio direito, é o

médio criativo. No sector esquerdo do meio campo temos o médio esquerdo, que defende e ataca, consoante a situação em que a equipa se depara. Se a equipa tiver a posse de bola ele ataca, se a equipa não tiver na posse de bola ele defende. Na parte mais avançada do terreno temos um médio ofensivo, que por vezes se transforma num falso avançado fazendo com que um dos avançados se solte mais para a ala - extremo para poder ocupar partes do terreno de jogo ofensivo que não estão preenchidas, o outro avançado mantém-se na frente de ataque com o apoio do médio ofensivo (falso avançado).

Momento sem a posse de bola:

Ilustração 3 - Momento de Jogo sem Posse de Bola

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No momento sem posse de bola, a equipa posiciona-se de maneira a tentar não deixar o adversário sair a jogar. Os avançados têm que fazer uma pressão alta quando a bola ainda está nos centrais da equipa adversária, caso a bola passe pelos dois avançados, um deles desce no terreno de jogo para auxiliar os médios que estão na segunda linha de pressão. O médio ofensivo desce para a posição de médio esquerdo. O médio esquerdo desce no terreno de jogo para a posição do médio defensivo. O médio direito mantém a sua posição no terreno de jogo fechando todo o lado direito. O médio defensivo por ter o auxílio de médio esquerdo que vai ocupar a sua posição, central, para dar apoio aos centrais da equipa. Os laterais cobrem as alas do terreno de jogo para evitar cruzamentos da equipa adversária e também dão apoio aos centrais quando a bola está a ser colocada na área pelo centro do terreno de jogo. Os centrais são fixos, tento sempre como prioridade fundamental ocupar espaços do terreno defensivo de jogo.

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4 Trabalho de Investigação

. )ntrodução

4.1.1 Fundamentação do Problema O futebol, hoje em dia, é o desporto de eleição mundial, praticado por milhões de pessoas em todo o mundo, desde crianças, adolescentes, mulheres, homens, entre outros. Com o aumento do número de praticantes, aumentou também o número de ocorrência de lesões nesta modalidade. O rendimento no futebol depende de fatores táticos, técnicos, físicos e mentais. Um jogador de futebol, para se encontrar no seu melhor e para poder trabalhar a 100% do seu rendimento, necessita de uma grande capacidade física, de compreender bem os aspetos quer táticos quer técnicos do jogo, ser forte mentalmente e funcionar bem em termos sociais no seio da equipa de que faz parte (Bangsbo, 2002; Soares, 2007). Independentemente da concepção metodológica do treino adotado pela equipa técnica, e da importância que se atribui a este ou aquele fator de rendimento, a verdade é que um jogador com uma deficiente recuperação funcional além de se encontrar limitado, tem um risco elevado de se voltar a lesionar. Existe atualmente uma relativa facilidade em encontrar estudos referentes a lesões nos atletas, que identificam todo o tipo de lesões existentes no mundo do futebol, mas muitos deles acabam por não ter concordância entre eles. Com esta investigação pretendo realizar um estudo referente a todas as lesões da equipa de futebol profissional da União Desportiva Oliveirense, sendo este estudo pertinente devido ao facto de eu ter estado responsável pela realização das recuperações dos jogadores durante a época em que estagiei no clube. Os dados são referentes à época de 2011/2012, sendo esta, aquela em que tinha os dados completos de uma época inteira.

4.1.2 Objetivos A realização deste trabalho, é baseada em dados recolhidos da equipa profissional União Desportiva Oliveirense, sendo os meus objetivos os seguintes: Definir o que são lesões e o tipo de lesões mais frequentes no futebol; Identificar e caracterizar as lesões, nomeadamente aquelas que são mais frequentes no futebol; Identificar a localização dessas mesmas lesões; Identificar o tipo de lesões mais frequentes dos jogadores, numa equipa de futebol, em função do sector do campo ocupado (guarda-redes, defesa, médio e avançado).

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4.1.3 Problema Será que, as lesões numa equipa de futebol diferem em função das exigências, tarefas e funções específicas dos jogadores no jogo? Assim sendo, será que o número e natureza das lesões numa equipa de futebol diferem em função do sector do jogo em que o atleta predominantemente joga?

4.1.4 Hipóteses As lesões no futebol são diferentes em função do sector do campo que os jogadores ocupam; No futebol, as lesões no futebol são diferentes em função do sector do campo que os jogadores ocupam, fruto das diferentes exigências, tarefas e funções a que os jogadores só são solicitados no treino e na competição.

4.1.5 Limitações do Estudo Trata-se de um estudo caso (uma equipa e uma época desportiva apenas); Variedade das condições e dific

. Revisão Bibliográfica

4.2.1 Lesões Desportivas Sendo o desporto, uma prática mundial com um grande crescimento, a sua profissionalização aumentou o número de horas de treino, de competição. Assim sendo o aumento da prática veio aumentar o risco de ocorrer uma lesão no desportista. Hoje em dia, infelizmente, as lesões são as principais causas pelo mau rendimento dos desportistas e até mesmo pelo abandono dos mesmos precocemente. É importante que os desportistas tenham noção desta mesma realidade visto que eles são os principais prejudicados em caso de lesão. Pretende-se então que tenham os conhecimentos básicos, sobretudo em relação ao que não se deve fazer e ao que se deve evitar para não ocorrerem lesões. Com o estudo da prevenção das lesões é possível reduzir o número das mesmas.

4.2.2 Lesões no Futebol O futebol é o desporto mais popular do mundo, tendo mais de 22 milhões de praticantes. Com o aumento da sua popularidade, aumentou também as ocorrências de lesões entre os praticantes e o consequente interesse pelo estudo da mesma (Keller et al., 1987). Sendo, o futebol um desporto algo agressivo e de bastante contacto, a tentativa de travar um adversário ou de disputa de bola entre os seus adversários podem levar a que aconteçam vários tipos de lesões e de variadas gravidades no Futebol (Reilly et al., 2003). Assim sendo, a

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maioria destas lesões acontece sem qualquer intenção. A crescente frequência e gravidade das lesões no desporto em geral, e no futebol em particular, transformaram-se numa preocupação para os vários intervenientes desportivos. A frequência das lesões no futebol é o resultado da sua elevada popularidade, do tipo de esforço, e ações que lhe são específicas, como são os casos dos Tackles (Carinho), o corte ou o remate (Aglietti et al., 1994).

4.2.3 Definição de Lesão no Futebol Hoje em dias, as lesões nos futebolistas têm varias interpretações, e não são aceites em unanimidade, apesar de já existirem vários estudos realizados sobre lesões no futebol. Não existe ainda uma definição comum aceite em relação às lesões de uma forma geral por todos os autores de estudos sobre lesões desportivas (Reilly et al., 2003). A ausência de uma definição unânime de lesão e de critérios efetivos na seleção de amostras, constitui a base da controvérsia dos resultados encontrados nos vários estudos (Inklaar, 1994). Por outro lado, fatores como a idade, o género, o nível competitivo, superfícies de jogo, condições atmosféricas, serviço de apoio médico, frequência de jogo e aspetos socioculturais, condicionam decisivamente o tipo e incidência de lesões, contribuindo assim, para a discrepância dos resultados. Como consequência, isto torna difícil fazer comparação com estudos realizados nas décadas passadas. O mesmo acontece quando se pretende comparar estudos realizados em países diferentes, exceção feita quando se usa a mesma metodologia (Reilly, et al., 2003). Este facto levou a que vários autores sugerissem para estudos futuros a seleção cuidadosa das amostras com base nestes aspetos, e a necessidade de uma definição única e consensual de lesão de futebolista (Ekstrand, 1982; Inklaar, 1994; Luthje et al., 1996). Apesar de não existir uma definição consensual de lesão de futebolista, é possível constatar na literatura a preocupação em adotar definições já existentes ou conceber novos conceitos em relação às lesões. Ekstrand e Gillquist (1983), Jorgensen (1984) e outros autores utilizam uma definição comum, onde consideram que a lesão no futebol é definida como uma ocorrência de um dano físico durante a época desportiva, em situação de jogo ou de treino, que impedia o atleta de participar no treino ou no jogo seguinte. Para Junge e colaboradores (2002) uma lesão é uma queixa física causada pelo futebol que afeta o atleta por mais de duas semanas ou que tenha resultado numa ausência a um jogo ou a um treino. Sabendo que muitas das lesões que ocorrem no futebol requerem menos de uma semana de paragem por parte do atleta, Larson e colaboradores (1996) sugeriram que só fossem consideradas ou contabilizadas como tal, as lesões que obriguem o atleta a estar pelo menos uma semana parado. Os casos em que a recuperação é conseguida num curto espaço de tempo,

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tornando possível a participação no jogo ou na competição seguinte, não devem ser consideradas lesões e nem devem entrar na contabilização da mesma, uma vez que não

Ekstrand (2004), define lesão como situações que ocorrem durante um jogo ou treino e que obriga o jogador a falhar o próximo jogo ou treino. Para Soares (2007), lesão no futebol é todo o tipo de ocorrência, de origem traumática ou de sobre uso, que resulta numa incapacidade funcional, obrigando o jogador a interromper a sua atividade, não participando durante esse tempo em pelo menos um treino ou jogo.

4.2.4 Classificação das Lesões no Futebol A ausência de consenso relativamente à definição de lesão no futebol permanece também no que diz respeito à sua classificação. Marzo e colaboradores (1994) classificam as lesões no futebol em macro e microtraumáticas. Relativamente às primeiras, considera-se que estas se relacionam com um acontecimento específico, as segundas englobam situações que se vão acumulando. O acumular destas forças, ao ultrapassar os limiares de duração e intensidade poderá traduzir-se em alguns tipos de lesões. As razões pelas quais são diagnosticadas tantas corridas, pelo frequente contacto com a bola, pelas cargas de impacto nos saltos ou pelas forças de torção nos movimentos de rotação (Marzo, et al., 1994). Este tipo de lesão (entenda-se lesão do sistema muscular surgindo durante o exercício físico, sem qualquer traumatismo, doença,

Aglietti e colaboradores (1994) ao classificar as lesões, dividiram-nas em dois grupos: as lesões que envolvem a unidade musculo-tendão e as que recaem sobre a unidade osteoarticular. De acordo com os resultados do estudo destes autores as lesões que envolvem a unidade osteoarticular representam cerca de 2/3 da totalidade das lesões. A lesão mais frequente foi a entorse articular. Relativamente às lesões que envolvem a unidade musculo - tendão, a rotura muscular foi a mais registada. No que diz respeito ao grupo de lesões que envolvem a unidade músculo tendão, Massada (1989) afirma que as massas musculares estão sujeitas a processos lesionais do tipo traumático desencadeados por vetores intrínsecos ao próprio músculo ou vetores extrínsecos ao músculo. As lesões musculares podem ser condicionadas por mecanismos agudos (lesões de overstress) ou por mecanismos crónicos (lesões de overuse) que atuam no seio da própria massa muscular (Massada, 1989). No entanto, no que diz respeito a esta problemática das lesões no futebol, a distinção entre lesão aguda e crónica não é muito clara (Larson, et al., 1996). Contudo, de uma forma

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geral, os autores consideram que o início do processo de uma lesão é agudo, muito provavelmente devido às características específicas da própria modalidade (muitos sprints, arranques, mudanças de direção e velocidade, bem como choques com outros atletas, com a bola ou com a superfície do jogo). Contrariando a versão anterior, Tuker (1997), considera que a overuse final seja descrito como uma dor súbita que ocorre de uma forma aguda. Autores como Ekstrand e Gillquist (1983), classificam as lesões no futebol, tendo em conta o mecanismo subjacente a lesão, em lesões traumáticas (agudas ou crónicas) e de stress (overuse). As lesões traumáticas ocorrem predominantemente em jogo, enquanto as lesões do tipo de stress (Overuse) ocorrem frequentemente em sessões de treino, sendo este tipo de lesões as principais responsáveis pela elevada percentagem de lesões na pré-época (Ekstrand e Gillquist, 1983). Para além disso, quando se compara a incidência das lesões traumáticas e as lesões de overuse verificaram que as lesões traumáticas ocorrem de uma forma predominante durante o jogo e com uma frequência 3 vezes superior que as lesões de overuse (Ekstrand e Gillquist, 1983; Engstrom et al., 1990).

4.2.5 Tipo, Localização e Gravidade das Lesões no Futebol Cada desporto, possui um padrão único de lesão (Reilly et al., 2003). As lesões no futebol ocorrem, predominantemente, nos tecidos moles (músculos e tendão) e nas articulações, centrando-se frequentemente nos membros inferiores. A localização e tipo de lesão em jogadores de futebol têm sido alvos de um estudo aprofundado (Ekstrand e Gillquist, 1983; Ekstrand, 2003; Ekstrand, 2004; Massada, 1989). Em relação ao tipo de lesões observadas no futebol, os autores são, de uma forma geral, consensuais ao distinguir entorses articulares, roturas musculares, contusões, luxações, fraturas e outras (Ekstrand, 1982, Inklaar, 1994; Ekstrand, 2003a; Ekstrand, 2004). Na seguinte tabela podemos ver a distribuição dos vários tipos de lesão no futebol e o seu grau de gravidade. Tabela 3 - Diferentes tipos de lesão no futebol (adaptado de Ekstrand, 2003)

Ligeira (%) Intermédia (%) Grave (%) Total (%) Lesão nos Ligamentos 16 7 5 29 Roturas Musculares 17 5 2 23 Contusões 15 5 0 20 Lesões nos Tendões 9 7 2 18 Fraturas 1 1 2 4 Deslocações 0 2 0 2 Outras 4 0 0 4 Total 62 27 11 100

Da análise da tabela, facilmente podemos observar que as lesões nos ligamentos (29%) e as roturas musculares (23%) são as mais frequentes, a par das contusões (20%).

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Relativamente à sua localização, a lesão ocorre em diversas partes do corpo como o pé, o tornozelo, a perna, o joelho, a coxa, a anca, a região inguinal, a região dorsal, entre outras, sendo que a região do joelho e da coxa são as mais atingidas. No entanto, de acordo com Ekstrand (2003), o risco de um jogador se lesionar durante um jogo é manifestamente superior do que durante o treino, sendo que o risco de se lesionar durante o jogo aumenta com o nível competitivo. Esta afirmação é consolidada pelo estudo realizado pelo mesmo autor, em 2004, onde a média do risco de lesão nos treinos foi de 2,9 lesões/1000 horas de treino (3,8/1000h foi o risco no período preparatório e 1,6 no torneio). Enquanto o risco de lesões nos jogos foi de 32,2 lesões/1000 horas de exposição, durante o período de estudo, sendo que, durante o torneio, o risco foi de 35,6 lesões/1000 horas.

Tabela 4 - Número de lesões durante os diferentes períodos (Ekstrand, 2004)

Treinos Jogos N.º Total de Lesões Período Preparatório 19 13 32 Fase de Grupo 5 32 37 Jogo Final 1 7 8 N.º Total de Lesões 25 52 77

Quando se pretende estudar as lesões no desporto, a gravidade das mesmas é um aspeto que não podemos esquecer. Da mesma forma, acredito que a natureza da lesão e a sua localização, a duração e o tipo de tratamento que se dá à lesão, o tempo de paragem e a existência de lesões prévias são aspetos importantes a ter em consideração para que o jogador possa estar mais a vontade para realizar a prática do futebol.

4.2.6 Lesões As lesões, como referido anteriormente, têm vários tipos de localização, em que, a maioria dessas mesmas estão localizadas nos músculos, ossos, articulações, ligamentos, entre outros. Este estudo, não sendo muito diferente de todos os outros já realizados, deparou-se com esse mesmo tipo de lesões já referenciadas por muitos outros autores. Sendo assim, vou tentar realizar um pequeno apanhado de todas elas para uma melhor compreensão do que cada uma significa (Massada, 1989).

4.2.6.1 Contusão Uma contusão é uma lesão traumática aguda, sem corte, decorrente de um trauma direto aos tecidos moles e que provoca dor e edema. A contusão vai de leve até uma grande infiltração de nos tecidos circundantes, levando a equimose e, em casos graves, a uma síndrome compartimental (Horta, 1995).

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Entorse As entorses são provocadas por uma excessiva distensão dos ligamentos e das restantes ... estruturas que garantem a estabilidade da articulação, originada por movimentos bruscos, traumatismos, uma má colocação do pé ou um simples tropeçar que force a articulação a um movimento para o qual não está habilitada. Embora o forçar de uma articulação apenas possa provocar a distensão dos ligamentos, sem o seu rompimento, a entorse costuma provocar, na maioria dos casos, o seu rompimento parcial ou rutura completa, por vezes associado a lesões na cápsula fibrosa que reveste a articulação. Pode igualmente acontecer que a intensa tração a que o ligamento é submetido, provoque a sua desunião, sem se romper, do osso ao qual está unido, arrancando até um pequeno fragmento ósseo (Massada, 1989).

Estiramento O estiramento ou a rutura de uma estrutura, neste caso, um ligamento, é uma forte tira ... de tecido que liga um osso ao outro. O ligamento medial colateral está localizado na parte interna do joelho e liga a extremidade inferior do osso da coxa (fêmur) à extremidade superior do osso da canela (tíbia) (Horta, 1995).

Fasceíte A Fasceíte Plantar é a causa mais comum de dor na planta do pé. Também designado ... por Síndrome da Dor do Calcanhar ou Dor do Esporão, esta não é uma manifestação pelo tecido conjuntivo que se origina no calcanhar e segue até se inserir após o arco do pé, antes da cabeça dos dedos do pé. Assim, contribui na função da corrida e do caminhar. A sua finalidade é promover o suporte do arco longitudinal e serve como um amortecedor dinâmico do choque do pé para a perna (Nunes, 1998).

Fratura Uma fratura é uma situação em que há perda da continuidade óssea, geralmente com ... separação de um osso em dois ou mais fragmentos após um traumatismo. A sua gravidade pode variar bastante. Algumas fraturas resolvem-se espontaneamente sem chegarem a ser diagnosticadas, enquanto outras acarretam risco de morte e são emergências médicas. As queixas habituais são dores, incapacidade de mexer o membro e deformidade, embora possa variar consoante o tipo e localização da fratura. É uma situação frequente, havendo uma incidência aumentada em alguns grupos de risco tal como em mulheres após a menopausa, devido à diminuição da densidade do osso por osteoporose (Massada, 2000).

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Gonalgia Uma gonalgia, é uma dor que pode variar de intensidade, consoante os casos, no joelho ... do desportista, em que o torna incapaz de realizar a prática desportiva devido às dores no próprio membro anteriormente mencionado (Horta, 1995).

Hérnia Hérnia é a protrusão de um órgão ou parte dele através de um orifício natural ou ... adquirido. A hérnia geralmente aparece quando o portador tenta levantar um peso, tossir ou fazer qualquer outra tarefa que aumente a pressão abdominal. Em casos de hérnias na cervical, é necessário bastante tempo de recuperação apos a realização da operação (Horta, 1995).

Lombalgia A lombalgia é uma dor que ocorre nas regiões lombares inferiores, lombo sacrais ou ... sacroilíacas da coluna lombar. Esta pode ser acompanhada por uma dor que se irradia para uma ou ambas as nádegas ou para as pernas na distribuição do nervo ciático (dor ciática) (Nunes, 1998).

Mialgia A mialgia é um termo utilizado para caracterizar dores musculares em qualquer parte do ... corpo. A mialgia é uma dor muscular, localizada ou não. A dor surge devido a tensões nos músculos. A razão pode-se dever a um excessivo esforço, que pode ocorrer com uma sobrecarga além da capacidade usual do indivíduo. Outras causas podem ser por exemplo uma má posição durante a prática desportiva ou devido ao stress mental (Horta, 1995).

Rotura Uma rotura acontece muito facilmente devido ao mau aquecimento e ao mau ... alongamento dos membros do corpo, antes do exercício físico. Por vezes, sucedem também quando ocorre uma utilização excessiva desses membros. As ruturas localizam-se com maior frequência nas pernas (gémeos), coxas (quadricípite, isquiotibiais, adutores), nos braços (bicípite, tricípite) e nas costas (romboides, serrado anterior, por exemplo) (Massada, 2000).

Os meniscos são estruturas de tecido fibrocartilaginoso, que se localizam entre o osso ... Rotura do Menisco da coxa (fêmur) e o osso da perna (tíbia), ou seja, no centro do joelho. Cada perna conta com dois meniscos, o medial está na parte interna da perna e o lateral encontra-se na parte externa. O menisco medial é 20 vezes mais lesionado do que o menisco lateral. Eles agem como amortecedores de impacto e distribuidores das pressões que atingem a região. Como o próprio nome diz, rotura do menisco é uma lesão que ocorre nessa estrutura (Nunes, 1998).

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4.2.6.12 Traumatismo O traumatismo é uma lesão ou ferida mais ou menos extensa, produzida por ação

violenta, de natureza física ou química, externa ao organismo. O termo "traumatismo" refere-se às consequências locais e gerais do trauma para a estrutura e o funcionamento do organismo. Neste sentido, "traumatismo" seria mais propriamente a consequência de um trauma. Porém, normalmente, "traumatismo" é utilizado como sinônimo de trauma físico (Horta, 1995).

Virose O termo virose designa qualquer doença causada por um vírus. Os médicos dizem que ... as viroses são doenças benignas, mas o termo obviamente aplica-se também a doenças graves como a SIDA e até mesmo algumas formas de leucemia. Outras formas comuns de uma virose são herpes, diarreia, mononucleose infeciosa, pneumonia, conjuntivite, hepatite e meningite viral. A maioria dessas doenças pode também ser causada por bactérias e outros agentes, quando tendem a ser mais agressivas, como febre mais alta (Massada, 2000).

4.3 Metodologia

4.3.1 Caracterização da Amostra A amostra deste trabalho é de uma equipa profissional do escalão sénior que disputa a 2.ª liga profissional de futebol. Este estudo foi realizado na época de 2011/2012 durante toda a época em questão. Como podemos ver na tabela a baixo, a média de idade da equipa é de aproximadamente 26 anos, em que podemos considerar como uma equipa relativamente jovem, a média de geral de um adulto. Neste estudo, temos 28 atletas presentes, sendo desses mesmos, 3 guarda- redes, 9 defesas, 8 médios e 8 avançados.

Tabela 5 - Caracterização dos Jogadores da União Desportiva Oliveirense com os dados da época de 2011/2012

Tabela de caracterização dos jogadores da U.D.O. Nome Idade Peso (Kg) Altura Posição N.º Anos em que N.º de treinos por semana (m) pratica Futebol Média 26,785714 74,678571 1,765 X 16,5 X

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4.3.2 Recolha de Dados Esta investigação teve a preciosa colaboração de toda a equipa da União Desportiva Oliveirense, desde todos os jogadores, a equipa técnica e departamento médico. A recolha dos dados foi realizada durante toda a época com a ajuda do departamento médico que me facultou e ajudou nesta investigação, facilitando a recolha dos dados junto deles durante todos os tratamentos que se realizaram. Também me foi facultado pelo departamento médico bastantes livros e documentos sobre lesões no futebol e lesões em geral. De seguida, apresento as tabelas elaboradas para a recolha dos dados.

Tabela 6 - Mapa de Tratamentos da União Desportiva Oliveirense durante a época 2011/2012

Mapa de Tratamento Nomes Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Total

(Anexo 11)

Tabela 7 - Quadro de lesões da União Desportiva Oliveirense durante a época de 2011/2012

Tabela de lesões Nome do Data da Dias de Condicionado Apto Área Região Lesão Jogador Lesão Paragem

(Anexo 12)

Tabela 8 - Quadro da Caracterização dos jogadores da União Desportiva Oliveirense

Tabela de caracterização dos jogadores da U.D.O. Nome Idade Peso Altura Posição N.º Anos em que N.º de treinos por (Kg) (m) pratica Futebol semana

(Anexo 13)

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4.4 Apresentação e Discussão dos Resultados

4.4.1 Apresentação dos Resultados

4.4.1.1 Os gráficos apresentados de seguida, referem-se aos tratamentos que todos os jogadores Tratamentos da União Desportiva Oliveirense realizaram durante a época de 2011/2012. Temos, por tanto, o número de tratamentos realizados por cada um deles durante todos os meses da época e o seu total de tratamentos.

Tratamentos na época 2011/ 2012

600

500 Média (n.º de tratamentos / n.º jogadores por 400 sector):

Guarda-Redes - 41 300

Defesas - 44 200 Médios - 64

Avançados - 35 100

0 Guarda- Defesas Médios Avançados Redes Tratam entos/ M assagens na 123 397 518 278 época 2011/2012

Gráfico 1 - Comparação do n.º de tratamentos realizados pelos jogadores dos 4 sectores em estudo

No gráfico número 1, podemos verificar que os jogadores do sector do meio campo (médios), durante toda a época de 2011/2012, foram os que realizaram mais tratamentos, seguidos dos defesas, avançados e guarda-redes.

4.4.1.2 O gráfico que vou apresentar de seguida refere-se às áreas de lesão que eu encontrei Área da Lesão com o decorrer do estudo em causa. As áreas de lesão que se verificaram foram ósseas,

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musculares, articular, ligamentares, vertebrais, do couro cabeludo, cardíaca, virica e garganta. Um dos atletas também, teve uma suspeita de tuberculose.

Área da Lesão

30

25

20

15

10 Área da Lesão

5

0

Gráfico 2 - Área das lesões de todos os jogadores da U.D.O. da época de 2011/2012

No gráfico número 2, temos todas as áreas de lesões referidas anteriormente, em que de todas, a que mais se destaca é a lesão da área muscular, que esteve presente 24 vezes durante toda a época, de seguida aparecem as lesões ósseas e as articulares, ambas com 9 ocorridas durante a época inteira. Todas as outras estão distribuídas uniformemente.

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4.4.1.3 Nos gráficos seguintes vou apresentar todas as regiões/zonas de lesão com que me Região/zona da Lesão deparei durante o estudo. Como existem várias regiões/zonas, vou apenas mencionar algumas como por exemplo, zona posterior e anterior da coxa, tibiotársica, joelho, adutor, gémeo, entre outros.

Região/ Zona da Lesão - Total

9

8

7

6

5

4

3 Região/ Zona da Lesão 2

1

0

Gráfico 3 - Região/Zona das lesões dos jogadores da U.D.O. na época de 2011/2012

No gráfico número 3, deparamo-nos com todas as zonas de lesão que ocorreram durante toda a época. Entre todas elas, podemos destacar as lesões na zona posterior e anterior da coxa, no joelho e nos adutores. Todas as outras encontram-se distribuídas uniformemente.

4.4.1.4 Lesão Nos gráficos seguintes são apresentadas todas as lesões que os jogadores da União

Desportiva Oliveirense tiveram durante a época de 2011/2012. De todas as lesões podemos referenciar algumas como a mialgia, a gonalgia, a rotura muscular, entre outras. Todas estas

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lesões estão ligadas às áreas de lesão e às regiões/zonas de lesão que foram apresentadas nos gráficos anteriores.

Lesões - Total

12

10

8

6

4

Lesões 2

0

Gráfico 4 - Lesões de todos os jogadores da U.D.O. na época de 2011/2012

No gráfico número 4, verificamos todas as lesões que ocorreram durante a época de 2011/2012, e de todas elas existem três que se encontram em maior número, são a mialgia, o traumatismo e o estiramento.

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4.4.1.5

Comparação do número de lesões entre setores

Número de Lesões 20

18

16

Média (n.º de lesões / 14 n.º jogadores por sector): 12

Guarda-Redes - 1.3 10

Defesas - 1.8 8

Médios - 1.5 6

Avançados - 2.4 4

2

0 Guarda-Redes Defesas Médios Avançados Número de Lesões 4 16 12 19

Gráfico 5 - Comparação do número de lesões por setores da equipa da U.D.O. na época de 2011/2012

No gráfico número 5, deparamo-nos com a diferença de lesões entre setores. Podemos concluir que o número de lesões mais elevado encontra-se nos avançados, de seguida temos os defesas, os médios e os guarda-redes.

. Discussão dos Resultados Através da análise dos dados apresentados podemos verificar, depois de uma análise mais aprofundada e pormenorizada a todos os resultados obtidos, que existem alguns dados bastante interessantes para o estudo em questão. Comparando o número de lesões e tratamentos, o maior número de lesões existentes na equipa está presente no setor ofensivo (avançados), mas o maior número de tratamentos está presente no sector do meio campo (médios), também podemos constatar que no segundo menor

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número de lesões estão os médios, enquanto o segundo setor com menos tratamentos é o dos avançados. No que respeita à natureza das lesões, podemos verificar que existem setores com lesões, em que essas mesmas, não se encontram nos outros setores. Em primeiro lugar podemos ver que a única lombalgia existente ocorreu num guarda-redes. De seguida também vemos que o setor defensivo foi o único onde ocorreram contusões e micro roturas. No setor do meio campo, deparamo-nos com duas lesões que não se encontram em mais nenhum setor, essas lesões são as entorses e as fasceites. Para finalizar a análise comparativa das lesões temos o setor ofensivo, em que nos deparamos também com lesões apenas encontradas neste mesmo setor, temos uma ferida aberta (originada numa disputa de bola no ar em que houve um choque de cabeça com cabeça), temos uma suspeita de problemas cardíacos e as únicas gonalgias existentes nas lesões também se encontram apenas neste setor. Sendo este um estudo caso, fez com que o mesmo tivesse as suas limitações, devido ao facto de apenas existir uma equipa numa determinada época. Este estudo teria outro tipo de resultados caso pudéssemos comparar, por exemplo, equipas diferentes, ou ate a mesma equipa durante épocas diferentes. O estudo também teve as suas limitações devido às suas variáveis, visto que n

. Conclusão As lesões desportivas, hoje em dia, ainda são para um grande número de atletas e profissionais ligados ao desporto, um tema pouco conhecido e por isso, abordado de forma superficial, como também o eram para mim. Com a evolução das técnicas desportivas e com uma maior prática do desporto e acompanhamento direto do mesmo, estando eu inserido e fazendo parte de uma equipa técnica, verifica-se principalmente na alta competição, cada vez mais, um maior interesse por esta temática, assunto para o qual focalizei esta minha investigação e o meu interesse, tendo explorado ao máximo o assunto, considerando os conhecimentos, técnicas adquiridas e os meios ao meu alcance. Com o desenvolver da investigação, o meu conhecimento e interesse sobre o assunto foi aumentando, sem excluir as dificuldades que também iam surgindo, dificuldades essas que promoviam um maior empenho e estudo, mas com a ajuda e o apoio, neste caso, dos responsáveis pelo departamento médico da União Desportiva Oliveirense, o Ivo Almeida e o Vítor Hugo, essas dificuldades foram sendo ultrapassadas, possibilitando assim a realização desta investigação e respectivas conclusões. Em suma, poderei concluir que esta investigação foi bastante produtiva e conclusiva, tendo alargado o meu conhecimento sobre a temática das lesões no futebol, possibilitando objetivamente obter resultados bastante interessantes no ponto de vista comparativo entre os

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diversos setores (guarda-redes, defesas, médios e avançados) bem como no número de tratamentos realizados ao longo de uma época desportiva. Relativamente aos objectivos propostos e em análise, todos eles foram referidos e desenvolvidos durante a presente investigação, tendo sido atingidos os objectivos para todos eles, tais como, a definição de lesão e quais as mais frequentes na prática do futebol, a identificação, caracterização e localização das mesmas, e ainda identificação das lesões mais frequentes nos jogadores tendo em consideração a função e o sector do campo por eles ocupado. Estes objectivos foram conseguidos através de registos de todas as lesões verificadas durante a época desportiva, o que possibilitou uma análise concreta e real das causas e efeitos das mesmas. Em relação ao problema imposto nesta investigação e relativamente aos diversos sectores, os termos de comparação são diferentes considerando que a amostra em análise é limitada e condicionada ao número de elementos de cada sector. As hipóteses referidas e questionadas durante o processo de investigação foram constatadas, sendo que as lesões diferem de sector para sector. Penso que a maior virtude deste estudo foi o conhecimento adquirido do tipo de lesões possibilidade de intervenção sobre as mesmas, quer na sua prevenção como na sua recuperação. Em conclusão, posso afirmar que este estudo serviu e serve para uma melhor reflexão no que respeita às lesões que surgem naturalmente numa equipa de futebol durante uma época desportiva, podendo mais tarde, os dados obtidos serem comparados com os dados de outras épocas, podendo ainda, entre outras opções, fazer-se comparação e cruzar dados entre as lesões mais frequentes, tentado depois, com os resultados obtidos, corrigir, evitar e eliminar os fatores que possam provocar e que estão diretamente associados ao surgimento dessas mesmas lesões. Para que os problemas possam ser eliminados, terá de haver um conhecimento profundo das razões que os fazem surgir, e esta e outras investigações sobre este tema, possibilitam uma melhor e mais fácil acessibilidade à sua compreensão e resolução. «Conhecendo o passado, compreendemos o presente e preparamos o futuro Em jeito de conclusão, este estudo foi particularmente pertinente para a minha prática activa na intervenção com a equipa. Uma das minhas grandes funções passou pela prevenção e recuperação das lesões dos jogadores. Nesse sentido a melhoria do conhecimento do tipo, natureza, origem, processo e tempo de recuperação das lesões, o registo e a constatação diária dos acontecimentos e o seu cruzamento com o processo de treino a que os atletas eram sujeitos, permitiu-me, juntamente com a equipa médica e restante staff técnico, uma intervenção mais eficiente na prevenção das lesões bem como no tempo de recuperação das mesmas.

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5 Reflexão

Este ponto refere-se a uma apreciação global do estágio realizado bem como, consequentemente da minha formação durante estes dois últimos anos.

5.1 Reflexão das Atividades Desenvolvidas Ao realizar este estágio, posso concluir que o mesmo esteve muito bem estruturado, pois permitiu-me, enquanto estagiário, ter passado pelas mais diversas situações. Passando para um plano meramente pessoal, penso que tive sucesso no mesmo, visto que entendo ter resolvido as tarefas que se me foram deparando sem grande dificuldades. Posso dizer que me senti muito à vontade neste estágio. Fui muito bem acolhido por toda a gente e também por ter de uma certa forma, algum conhecimento na área do futebol, porque sempre me interessei bastante pela modalidade e porque também a pratiquei durante algum tempo. Em termos práticos, o balanço que posso fazer é muito positivo, porque consegui cumprir todos os objetivos propostos no início do estágio. Desde o início, foi notória a disponibilidade de toda a gente que estava envolvida no projecto de estágio para me ajudar em tudo o que eu necessitasse, dando-me um enorme apoio durante todo o processo.

5. Reflexão Critica e Competências Adquiridas Neste ponto do meu relatório realizarei uma reflexão crítica sobre todo o processo do estágio, e ainda sobre as competências adquiridas através desta experiência que me enriqueceu em conhecimentos e contactos. Na reflexão crítica e competências adquiridas vou ter em conta a relação estabelecida com o meu supervisor, as competências que adquiri, os aspetos mais importantes e de maior interesse para a minha formação que pude recolher e por fim, refletir sobre as funções que desempenhei ao longo do ano. Relativamente às competências adquiridas, a consecutiva crescente aprendizagem foi denominador comum ao longo da realização do estágio. Neste sentido, será fulcral mencionar um conjunto de características que ao longo do ano verifiquei serem imprescindíveis no alcance do sucesso como futuro técnico de Desporto, tais como, gosto pelo trabalho, a criatividade, a perseverança, o sentido de responsabilidade, entre outros não menos importantes. A minha relação com o meu supervisor foi, desde o início, bastante profissional e próxima, permitindo-me colocar qualquer tipo de questão pertinente e obter de imediato as respostas necessárias fazendo com que durante o estágio, o meu conhecimento fosse aumentando e a minha vontade de cada vez aprender mais também fosse evoluindo.

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Desta forma, acompanhei ao longo dos meses de estágio o supervisor, realizando todas as atividades que me eram propostas, sendo constantemente avaliado. No que diz respeito às competências adquiridas ao longo do ano, apercebi-me da real importância de um indivíduo realizar o seu trabalho com gosto, motivação, empenho e responsabilidade. Se estes fatores estiverem sempre presentes no nosso dia-a-dia, será meio caminho andado para a obtenção de sucesso. Neste sentido os conhecimentos adquiridos ao longo do ano vão ser possíveis de transmitir, pois, é uma área em que pretendo desenvolver trabalho, aplicar informações e vivências sempre que tiver oportunidade para isso. Em suma, estou certo que o estágio realizado na União Desportiva Oliveirense foi sem dúvida uma das minhas maiores experiências profissionais e pessoais da minha vida. Enriqueci o meu saber, para um dia mais tarde poder transmitir as competências que adquiri ao longo do ano para o setor que mais gosto, o Desporto. Com tudo isto, consegui na época seguinte (2014/2015) ficar com o cargo de Preparador-Físico da equipa, sendo um dos membros da equipa técnica.

5. Reflexão Final Ao abraçar o Mestrado em Desporto há dois anos, era meu objetivo adquirir conhecimentos e conceitos para o que realmente me apaixona, o Desporto. Realizando uma breve análise a todo o conjunto de disciplinas efetuadas e de conceitos adquiridos ao longo de trabalhos e exames das mesmas, vejo agora que muitas valências foram adquiridas para a minha futura vida profissional. O Estágio Curricular é uma oportunidade que nós, estudantes, temos para colocar em prática todos os conhecimentos e conceitos adquiridos dentro e fora das salas de aula, e ainda podendo, evidenciar as nossas capacidades e destrezas. É ao longo do Estágio que, pela primeira vez somos re uma outra etapa na minha vida. A prova disso é todo o conhecimento que adquiri durante estes dois anos e que pude colocar em prática neste último ano durante o meu estágio. Fui capaz de resolver problemas e situações que, noutra circunstância, sem todos os conhecimentos já adquiridos anteriormente, esses mesmos problemas e situações não teriam o mesmo sucesso de resolução. Concluída esta experiência no Estágio Curricular que realizei, uma nova perspetiva foi criada sobre o complexo mundo do trabalho, sobre aquilo que realmente guia o nosso trabalho no dia-a-dia, estando ciente de todas as dificuldades que poderei encontrar futuramente. Foi extremamente gratificante a realização deste estágio curricular, tanto numa entidade como na outra e apercebi-me de que os conhecimentos teóricos que adquiri durante todos estes

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dois anos, foram fundamentais, na medida em que me levaram a refletir antes e depois das ações que realizava e também me permitiram alterar ou consolidar a minha postura nas mais diversas situações com que me deparava. Em suma, sinto que todas estas vivências e experiências que obtive na União Desportiva Oliveirense serão certamente uma mais-valia para o meu futuro como profissional do Desporto, podendo dizer que aprendi com os melhores profissionais que alguma vez conheci.

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Relatório de Estágio Profissionalizante 2013/2014

LUTHJE, P.; NURMI, I.; KATAJA, M.; BELT, E.; HELENIUS, P.; KAUKONEN, J.; KIVOLUOTO, H.; KOKKO, E.; LEHTIPUU, T.; LEHTONEN, A; LIUKKONEN, T.; MYLLYNIEMI, J.; RASILAINEN, P.; TOLVANEN, E.; VIRTANEN, H.; WALLDÉN, M. (1996). Epidemiology and Traumatology of Injuries in Elite Soccer: A Prospective Study in Finland. Scand J Med Sci Sports. 6: 180-185. MARZO, J.; WICKIEWICZ, T. (1994). Overuse Knee Injuries. Clinical Practice of Sports Injury - Prevention and Care. P.A.F.H. (eds) Renstrom. 10: 144-163. MASSADA, L. (1989). Lesões musculares no desporto. Editorial Caminho, S.A. Lisboa. MASSADA, L. (2000). Lesões Típicas do Desportista. Editorial Caminho, S.A. Lisboa. MATVÉIEV. L. (1980). El processo del entrenamiento deportivo. Buenos Aires: Editorial stadium. NUNES, L. (1998). Lesões Mais Comuns no Desporto. ORAVA (1980). Exertion Injuries due to Sports and Physical Exercise. A Clinical and Statistical Study of Nontrumatic Overuse Injuries of the Musculoskeletal System of Athletes and Keep-fit Athletes. Thesis. Finland. RAPOSO, A. V. (2000). A Carga No Treino Desportivo. Lisboa, Editorial Caminho. REILLY, T., & THOMAS, V. (1976). A motion analysis of work-rate in different positional roles in professional football match-play. Journal of Human Movement Studies. REILLY, T.; HOWE, T.; and HANCHARD, N. (2003); Injury Prevention and Rehabilitation. In Science and Soccer (2nd ed.). Reilly, T.; and Williams, A. (eds). Routledge. 10: 136-147. REILLY, T., & GILBOURN, D. (2003). Science and football: a review of applied research in the football codes. Journal of Sports Sciences. Site oficial da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis. (Cidade). Consultado em 31/Janeiro. 2015, em http:// http://www.cm-oaz.pt/. Site oficial da União Desportiva Oliveirense. (Clube). Consultado em 31/Janeiro. 2015, em http://www.udoliveirense.pt. SOARES, J. (2007). O treino do futebolista. Lesões e nutrição. Volume 2. Porto Editora STOLEN, T., CHAMARI, K., CASTAGNA, C., & WISLOFF, U. (2005). Physiology of soccer: An update. Sports Medicine. TUCKER, A. (1997). Common Soccer Injuries - Diagnosis, Treatment and Rehabilitation. Am. J. Sports Med. 23: 21-32. WHITEHEAD, N. (1975). Conditioning of sports. Wakefield: E P Publishing.

40

7 Anexos

Anexo 1

 

 

  

 

                           

   

 

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 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

   

 

 

Anexo 2

Anexo 3

Anexo 4

Anexo 5

Anexo 6

Observação de ocorrências do Jogo

S. C. Covilhã 1 1 U. D. Oliveirense

Pedro Cravo

Passes Curtos Oliveirense 1ª parte

Nome Número Passes Curtos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 2 2 0 100% Sérgio 4 2 2 0 100% Paulinho 5 1 1 0 100% Banjai 32 5 5 0 100% Ely 17 6 6 0 100% Godinho 8 7 5 2 88% Alphonse 30 9 9 0 100% Rui Lima 23 7 5 2 88% Carela 7 4 4 0 100% Hélder Silva 11 6 6 0 100% Guima 6 9 9 0 100% Total 58 54 2 93%

Passes Curtos

2

Correctos

Incorretos

54

Pedro Cravo

Passes Curtos Oliveirense 2ª parte

Nome Número Passes Curtos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 0 0 0 100% Sérgio 4 2 2 0 100% Paulinho 5 3 2 1 67% Banjai 32 1 1 0 100% Ely 17 0 0 0 100% Godinho 8 4 4 0 100% Alphonse 30 1 1 0 100% Rui Lima 23 2 2 0 100% Carela 7 1 1 0 100% Hélder Silva 11 4 4 0 100% Guima 6 2 2 0 100% Carlitos 9 1 1 0 100% Laurindo 18 2 2 0 100% Vandinho 25 1 1 0 100% Total 24 23 1 96%

Passes Curtos

1

Correctos

Incorretos

23

Pedro Cravo

Total Passes Curtos Oliveirense

Nome Número Passes Curtos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 2 2 0 100% Sérgio 4 4 4 0 100% Paulinho 5 4 3 1 75% Banjai 32 5 5 0 100% Ely 17 6 6 0 100% Godinho 8 11 9 2 82% Alphonse 30 10 10 0 100% Rui Lima 23 9 7 2 78% Carela 7 5 5 0 100% Hélder Silva 11 10 10 0 100% Guima 6 11 11 0 100% Carlitos 9 1 1 0 100% Laurindo 18 2 2 0 100% Vandinho 25 1 1 0 100% Total 81 78 3 96%

Total Passes Curtos

3

Correctos

Incorretos

78

Pedro Cravo

Passes Longos Oliveirense 1ª parte

Nome Número Passes Longos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 10 3 7 30% Sérgio 4 6 2 4 33% Paulinho 5 4 2 2 50% Banjai 32 4 3 1 75% Ely 17 1 0 0 100% Godinho 8 4 3 1 75% Alphonse 30 2 1 1 50% Rui Lima 23 11 6 5 55% Carela 7 8 3 5 38% Hélder Silva 11 3 2 1 67% Guima 6 2 1 1 50% Total 54 25 28 46%

Passes Longos

25 28 Correctos

Incorretos

Pedro Cravo

Passes Longos Oliveirense 2ª parte

Nome Número Passes Longos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 14 6 8 43% Sérgio 4 1 0 1 0% Paulinho 5 2 1 1 50% Banjai 32 4 1 3 25% Ely 17 0 0 0 0% Godinho 8 6 3 3 50% Alphonse 30 10 5 5 50% Rui Lima 23 3 2 1 67% Carela 7 6 3 3 50% Hélder Silva 11 0 0 0 0% Guima 6 4 4 0 100% Carlitos 9 1 1 0 100% Laurindo 18 4 3 1 75% Vandinho 25 0 0 0 0% Total 55 29 26 51%

Passes Longos

26 29 Correctos

Incorretos

Pedro Cravo

Total Passes Longos Oliveirense

Nome Número Passes Longos Correctos Incorrectos % João Pinho 1 24 9 15 38% Sérgio 4 7 2 5 29% Paulinho 5 6 3 3 50% Banjai 32 7 3 4 42% Ely 17 1 1 0 100% Godinho 8 10 6 4 60% Alphonse 30 12 6 6 50% Rui Lima 23 14 8 6 57% Carela 7 14 6 8 43% Hélder Silva 11 3 2 1 67% Guima 6 6 5 1 83% Carlitos 9 1 1 0 100% Laurindo 18 4 3 1 75% Vandinho 25 0 0 0 0% Total 109 55 54 51%

Total Passes Longos

54 55

Correctos

Incorretos

Pedro Cravo

Ocorrências por jogador

Recuperações Perdas Faltas Faltas Cruzamentos Rem ates cometidas sofridas

João Pinho 0 0 0 0 0 0 Sérgio 10 0 1 2 1 0 Paulinho 4 0 1 0 1 0 Banjai 8 0 0 0 0 0 Ely 2 5 1 0 4 4 Godinho 7 3 0 1 0 0 Alphonse 17 3 1 1 0 0 Rui Lima 4 5 0 2 2 1 Carela 7 3 0 0 3 0 Hélder Silva 5 3 0 2 2 0 Guima 3 7 4 1 0 1 Carlitos 0 2 0 0 0 0 Laurindo 1 1 0 1 0 0 Valdinho 0 1 0 0 1 1 Total 68 33 8 10 14 7

Pedro Cravo

Anexo 7

Anexo 8

Anexo 9

Plano de Reforço M uscular

UDO

Grupo M uscular Dia de Treino Semanal Peito Costas Tríceps Bíceps Ombros 1.º Dia x x 2.º Dia x x 3.º Dia x x x

Descrição dos dias semanais:

1.º Dia 4 exercícios de peito e 4 exercícios de tríceps.

2.º Dia - 4 exercícios de costas e 4 exercícios de bíceps.

3.º Dia - 2 exercícios de peito, 2 exercícios de costas e 4 exercícios de ombros.

Caso só se consiga realizar dois treinos numa semana, na semana seguinte começa-se com o treino que não se realizou.

Depois da 6.ª semana, as séries aumentam mas as repetições não podem ser mais de 10, por exemplo, (3 séries de 10 repetições, 4 séries de 10 repetições).

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

1.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 1 10 Peito Supino (mãos aproximadas) 1 10 Peito Flexões 1 10 Peito Abdução/ Adução (máquina) 1 10 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 1 10 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 1 10 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 1 10 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 1 10

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

1.ª Semana Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 1 10 Costas Puxada Atrás 1 10 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 1 10 Costas Puxada Horizontal com Barra 1 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 1 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 1 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 1 10 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 1 10

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

1.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito 1 10 Peito 1 10 Livre para escolher Costas 1 10 Costas 1 10 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 1 10 Ombros 1 10 Ombros 1 10 Ombros Puxada Vertical com Barra 1 10

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

2.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 1 12 Peito Supino (mãos aproximadas) 1 12 Peito Flexões 1 12 Peito Abdução/ Adução (máquina) 1 12 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 1 12 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 1 12 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 1 12 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 1 12

2.ª Semana Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 1 12 Costas Puxada Atrás 1 12 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 1 12 Costas Puxada Horizontal com Barra 1 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 1 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 1 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 1 12 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 1 12

2.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito 1 12 Peito 1 12 Livre para escolher Costas 1 12 Costas 1 12 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 1 12 Ombros Barra 1 12 Ombros 1 12 Ombros Puxada Vertical com Barra 1 12

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

3.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 1 15 Peito Supino (mãos aproximadas) 1 15 Peito Flexões 1 15 Peito Abdução/ Adução (máquina) 1 15 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 1 15 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 1 15 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 1 15 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 1 15

3.ª Semana Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 1 15 Costas Puxada Atrás 1 15 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 1 15 Costas Puxada Horizontal com Barra 1 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 1 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 1 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 1 15 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 1 15

3.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito 1 15 Peito 1 15 Livre para escolher Costas 1 15 Costas 1 15 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 1 15 Ombros 1 15 Ombros 1 15 Ombros Puxada Vertical com Barra 1 15

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

4.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 2 10 Peito Supino (mãos aproximadas) 2 10 Peito Flexões 2 10 Peito Abdução/ Adução (máquina) 2 10 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 2 10 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 2 10 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 2 10 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 2 10

4.ª Semana

Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 2 10 Costas Puxada Atrás 2 10 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 2 10 Costas Puxada Horizontal com Barra 2 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 2 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 2 10 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 2 10 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 2 10

4.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito 2 10 Peito 2 10 Livre para escolher Costas 2 10 Costas 2 10 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 2 10 Ombros 2 10 Ombros 2 10 Ombros Puxada Vertical com Barra 2 10

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

5.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 2 12 Peito Supino (mãos aproximadas) 2 12 Peito Flexões 2 12 Peito Abdução/ Adução (máquina) 2 12 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 2 12 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 2 12 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 2 12 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 2 12

5.ª Semana Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 2 12 Costas Puxada Atrás 2 12 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 2 12 Costas Puxada Horizontal com Barra 2 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 2 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 2 12 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 2 12 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 2 12

5.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito 2 12 Peito 2 12 Livre para escolher Costas 2 12 Costas 2 12 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 2 12 Ombros 2 12 Ombros 2 12 Ombros Puxada Vertical com Barra 2 12

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo Plano de Reforço M uscular

UDO

6.ª Semana Exercício Séries Repetições Peito Supino 2 15 Peito Supino (mãos aproximadas) 2 15 Peito Flexões 2 15 Peito Abdução/ Adução (máquina) 2 15 Tríceps Extensão dos antebraços com barra 2 15 Tríceps Extensão vertical alternada dos braços com haltere 2 15 Tríceps Extensão dos antebraços sentado 2 15 Tríceps Extensão alternada dos braços com um haltere 2 15

6.ª Semana

Exercício Séries Repetições Costas Puxada na Frente 2 15

Costas Puxada Atrás 2 15 Costas Puxada Horizontal com um Haltere 2 15 Costas Puxada Horizontal com Barra 2 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (1) 2 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (2) 2 15 Bíceps Flexão alternada dos antebraços (3) 2 15 Bíceps Flexão dos Antebraços com Barra 2 15

6.ª Semana Exercício Séries Repetições

Peito 2 15 Peito 2 15 Livre para escolher Costas 2 15 Costas 2 15 Ombros Desenvolvimento Atrás da Nuca com Barra 2 15 Ombros 2 15 Ombros 2 15 Ombros Puxada Vertical com Barra 2 15

Época 2013/ 2014

Prof. Pedro Cravo

Anexo 10

Anexo 11

Anexo 12

Anexo 13

Tabela de caracterização dos jogadores da U.D.O. Nome Idade Peso (Kg) Altura Posição N.º Anos em que N.º de treinos por semana (m) pratica Futebol Gr. 1 29 95 1,95 GR 20 Entre 6 e 7 Gr. 2 31 78 1,84 GR 20 Entre 6 e 7 Gr. 3 20 78 1,87 GR 10 Entre 6 e 7 Defesa 1 36 65 1,73 Defesa 22 Entre 6 e 7 Defesa 2 34 72 1,78 Defesa 20 Entre 6 e 7 Defesa 3 28 83 1,87 Defesa 10 Entre 6 e 7 Defesa 4 19 74 1,88 Defesa 13 Entre 6 e 7 Defesa 5 35 72 1,77 Defesa 25 Entre 6 e 7 Defesa 6 30 75 1,82 Defesa 20 Entre 6 e 7 Defesa 7 24 85 1,86 Defesa 15 Entre 6 e 7 Defesa 8 31 77 1,81 Defesa 22 Entre 6 e 7 Defesa 9 25 80 1,84 Defesa 18 Entre 6 e 7 Medio 1 27 86 1,9 Médio 15 Entre 6 e 7 Médio 2 30 68 1,74 Médio 20 Entre 6 e 7 Médio 3 19 67 1,8 Médio 9 Entre 6 e 7 Médio 4 21 74 1.78 Médio 12 Entre 6 e 7 Médio 5 23 72 1,81 Médio 18 Entre 6 e 7 Médio 6 28 65 1,65 Médio 17 Entre 6 e 7 Médio 7 34 76 1,74 Médio 25 Entre 6 e 7 Médio 8 28 69 1,74 Médio 20 Entre 6 e 7 Avançado 1 25 65 1,71 Avançado 16 Entre 6 e 7 Avançado 2 23 70 1,7 Avançado 12 Entre 6 e 7 Avançado 3 24 74 1,75 Avançado 10 Entre 6 e 7 Avançado 4 19 71 1,72 Avançado 10 Entre 6 e 7 Avançado 5 26 81 1,95 Avançado 14 Entre 6 e 7 Avançado 6 33 77 1,81 Avançado 20 Entre 6 e 7 Avançado 7 20 65 1,8 Avançado 10 Entre 6 e 7 Avançado 8 28 77 1,8 Avançado 19 Entre 6 e 7