PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRO REDONSO UNIVERSIDADE FEDERAL DE NÚCLEO DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO EM SANEAMENTO AMBIENTAL

PLANO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) DO

MUNICÍPIO DE MORRO REDONDO - RS

CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

Junho 2016

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Equipe Técnica

Universidade Federal de Pelotas

Professores:

Dr. Maurizio Silveira Quadro – Coordenador do Projeto

Dr. Erico Kunde Corrêa

Dr. Amauri Antunes Barcellos

Dra. Andrea Souza Castro

Dra. Diuliana Leandro

Técnicos

Dr. Charles Froes

Tec. Elias Lisboa

Acadêmicos

Ana Luiza Bertani Dall Agnol

Andresse Nizolli Rodrigues

Carliana Rouse Favretto

Cauana Schumann

Luiza Souza de Paula

Gustavo Sarubbi Ferraz

Gustavo Farias Lima

Mélory Maria Fernandes de Araújo

Renata Andrade Cezimbra

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ÍNDICE 1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...... 8 1.1 INTRODUÇÃO ...... 8 1.2 OBJETIVOS ...... 8 1.2.1 Geral ...... 8 1.2.2 Específicos ...... 8 2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ...... 10 2.1 HISTÓRIA ...... 10 2.2 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA...... 11 2.3 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ...... 11 2.4 DIVISÃO DO MUNICÍPIO ...... 14 2.5 POPULAÇÃO ...... 15 2.5.1 Evolução Populacional ...... 15 2.5.2 Grau de Urbanização ...... 16 2.5.3 Densidade Demográfica ...... 17 2.5.4 Estratificação Demográfica ...... 18 2.5.5 Projeções de Crescimento Populacional ...... 20 2.6 DOMICÍLIOS ...... 22 2.7 PERFIL SOCIOECONÔMICO...... 25 2.7.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) ...... 25 2.7.2 Índice de Desenvolvimento Sócioeconomico (Idese) ...... 26 2.7.3 Educação ...... 27 2.7.4 Renda Familiar...... 28 2.8 PERFIL ECONÔMICO ...... 29 2.8.1 Produto Interno Bruto (PIB) ...... 29 2.8.2 Produção Agrícola ...... 30 2.8.3 Produção Pecuária ...... 32 2.8.4 Agroindústrias ...... 33 2.9 MEIO AMBIENTE ...... 34 2.9.1 Clima ...... 34 2.9.2 Geologia ...... 34 2.9.3 Geomorfologia e Relevo ...... 38 2.9.4 Hidrologia ...... 41

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2.9.5 Hidrografia ...... 42 2.9.6 Solos ...... 43 2.9.7 Fauna ...... 45 2.9.8 Flora ...... 48 2.9.9 Áreas de Preservação Permanente (APP) ...... 50 2.10 SITUAÇÃO INSTITUCIONAL...... 53 2.10.1 Gabinete do Prefeito ...... 53 2.10.2 Gabinete do Vice-Prefeito ...... 54 2.10.3 Secretaria Municipal de Administração ...... 55 2.10.4 Secretaria Municipal de Finanças ...... 55 2.10.5 Secretaria Municipal de Educação e Cultura ...... 56 2.10.6 Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social ...... 56 2.10.7 Secretaria de Obras, Urbanismo e Trânsito ...... 56 2.10.8 Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural...... 57 2.10.9 Conselhos Municipais ...... 57 3 REFERÊNCIAS ...... 58

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ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localização e acesso do município de Morro Redondo...... 12 Figura 2 - Meso e micro região do município de Morro Redondo...... 13 Figura 3– Mapa das localidadese rede viária do município de Morro Redondo...... 15 Figura 4 - Estratificação da população do Município de Morro Redondo...... 20 Figura 5 - Mapa Geológico do Município de Morro Redondo...... 37 Figura 6 - Mapa de Sequencias Geomorfológicas de Morro Redondo ...... 39 Figura 7 - Mapa da bacia hidrográfica encontrada em Morro Redondo...... 43 Figura 8 - Mapa de Solos de Morro Redondo...... 45 Figura 9 - Unidades de Paisagem do ...... 46 Figura 10 - Áreas de Preservação Permanente do Município de Morro Redondo ...... 52

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - População de Morro Redondo...... 16 Tabela 2– População e grau de urbanização do Município de Morro Redondo...... 17 Tabela 3 - Estimativa da densidade demográficado Município de Morro Redondo...... 17 Tabela 4 - Estratificação da população por idade no Município de Morro Redondo...... 18 Tabela 5 - População do município...... 20 Tabela 6 - Estimativa da população total, urbana e rural do Município de Morro Redondo de 2015 a 2046...... 21 Tabela 7 - Domicílios Particulares Permanentes rurais e urbanos e por tipo de material das paredes externas...... 22 Tabela 8 - Domicílios particulares permanentes em Morro Redondo...... 23 Tabela 9 - Estratificação dos domicílios particulares permanentes em função do número de moradores, total e por gênero, no município de Morro Redondo. .. 24 Tabela 10 - Características urbanísticas dos domicílios no município de Morro Redondo...... 24 Tabela 11 - Tipos de público rural...... 25 Tabela 12 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal...... 26 Tabela 13 - Idese por diferentes áreas do município de Morro Redondo...... 26 Tabela 14 - Esperança de Vida, Taxa de Envelhecimento da população e Mortalidade Infantil...... 27 Tabela 15 - Número de escolas e escolares...... 27 Tabela 16 - Grau de escolaridade dos habitantes do município de Morro Redondo com 25 anos ou mais...... 28 Tabela 17 - – Distribuição de renda familiar mensal por salário mínimo no município de Morro Redondo...... 28 Tabela 18 - Famílias no CadÚnico e Bolsa Família...... 29 Tabela 19 - Produto Interno Bruto de Morro Redondo em 2015...... 29 Tabela 20 - Participação no PIB de Morro Redondo em 2015...... 30 Tabela 21 - Produção vegetal: grãos e horticultura...... 31

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Tabela 22 - Efetivo dosrebanhos presentes no município de Morro Redondo. 32 Tabela 23 - Produtos oriundos da pecuária no município de Morro Redondo, por quantidade e valor de produção...... 33 Tabela 24 - Agroindústrias legalizadas no município...... 33 Tabela 25 - Arranjo estratigráfico das unidades geológicas de Morro Redondo...... 38 Tabela 26 - Tipos de solo de Morro Redondo...... 44

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

1.1 INTRODUÇÃO

O presente estudo foi elaborado para servir de base ao Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Morro Redondo. Sua estrutura responde às Diretrizes e Parâmetros do Termo de Referência publicado pelo Departamento de Saneamento da Secretaria de Estado da Habitação e Saneamento do Governo do Estado do Rio Grande do Sul em outubro de 2011. Neste estudo são relacionadas e analisadas informações sobre o município, incluindo o histórico, perfil da população, características urbanas, aspectos socioeconômicos e econômicos. Morro Redondo é um município pertencente a bacia hidrográfica do -São Gonçalo-Mangueira com área de 31.160,23 Km², está situado na região sudeste do Rio Grande do Sul, localizado a uma latitude 31°35′41″ Sul, longitude 52°37′26″ Oeste e com altitude de 245 m. Tem sua economia baseada a indústria, agricultura e pecuária. Destacando-se, na agricultura, o cultivo de frutas como o pêssego, laranja, uva e figo o que proporciona um incentivo a indústrias de conservas no município. Na pecuária destaca-se o rebanho de bovinos e galináceos.

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Geral

O objetivo do presente estudo é servir de base para o processo decisório no desenvolvimento do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Morro Redondo, fornecendo informações sobre as características do município e seus aspectos econômicos e socioeconômicos.

1.2.2 Específicos

 Relacionar e avaliar as características do município que podem influenciar naelaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico.

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 Verificar aspectos do crescimentopopulacional e suas perspectivas de crescimento.  Avaliar as condiçõessocioeconômicas da população do Município de Morro Redondo.

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2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

2.1 HISTÓRIA

Segundo dados disponibilizados pela Prefeitura municipal anterior ao processo migratório no Município, já habitavam aqui algumas famílias de origem portuguesa principalmente na região hoje denominada "Passo do Valdez", onde se estabeleceram os primeiros comércios do Município. Morro Redondo ergueu-se a partir do loteamento de sesmarias (13063 hectares cada) pertencentes a portugueses e iniciou sua colonização com a chegada de imigrantes alemães, italianos e também pomeranos. A imigração italiana teve início em 1875, com o loteamento de terras pertencentes ao português Afonso Pena, originando mais tarde a atual colônia Afonso Pena. O primeiro núcleo de colonizadores alemães e pomeranos estabeleceu-se na atual colônia São Domingos, no ano de 1886, com o loteamento das terras pertencentes ao político José Domingos de Almeida. O fluxo de colonização alemã progrediu até 1892. De acordo com a lei n° 8.633 sancionada pelo então Governador Pedro Simon, em 12 de Maio de 1988, Morro Redondo conquistou sua emancipação política, deixando de ser o 8° distrito do Município de Pelotas. A primeira eleição municipal para o poder legislativo e executivo deu-se no dia 15 de novembro de 1988 , quando foram eleitos ValdinoKrause e Antônio Carlos Bandeira para ocuparem os cargos de prefeito e vice-prefeito, respectivamente; as nove cadeiras dispostas na Câmara Municipal foram ocupadas por Claudio Antônio Mello da Silva, Iloni Tavares, José Ronaldo da Silva Amaral, Jair Nizolli dos Santos, Leny Esteves Waltzer, Paulo Gilberto Costa Gomes, Rui Valdir Otto Brizolara, Willi Becker e Zilda DemariBoteselle. A posse dos eleitos deu-se em 1 de janeiro de 1989. Com o decorrer do tempo Morro Redondo começou a crescer, com o surgimento de indústrias como de conservas, couros, fumo e laticínios, aumentando a oferta de trabalho. Devida esta oferta, chegam cada vez mais pessoas de outros municípios que encontram boas oportunidades de trabalho, provocando um aumento da

10 população. Atualmente, o município possui indústrias de conservas, laticínios, curtumes, marcenarias, serrarias, pequenas fábricas de calçados e uma fábrica de carrocerias.

2.2 FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

A luta pela conquista da emancipação contou com o apoio de toda a comunidade, em conjunto com a Comissão de Emancipação. A sua emancipação, do município de Pelotas, se deu no dia 12 de maio de 1988.

2.3 LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

O município pertence ao Escudo Sul-Riograndensedo Estado do Rio Grande do Sul, na Bacia Mirim - São Gonçalo a qual ocupa uma área de 25.666,83 km². Apresentando 244,64 Km² de território e altitude 245 metros acima do nível do mar, Morro Redodno está localizado entre o paralelo31°35’41’’ de latitude sul e meridiano de52º37’26’’ de longitude oeste, tendo como limites a N-NE e Leste com o município de Pelotas, a SE-S com o município de Capão do Leão, a SO-O com o município de Cerrito, e a O-NO-N com o município de Canguçu. O município encontra-se a 289 Km de (capital do Estado do Rio Grande do Sul), 38 Km de Pelotas, 28 Km de Canguçu, 31 Km de Capão do Leão e 53 Km do município de Cerrito. Tem como principal acesso à cidade a BR-392 que encontra-se asfaltada. A seguir, são apresentados mapas de localização e acesso ao município de Morro Redondo e, também, da meso e micro região do mesmo.

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Figura 1 - Localização e acesso do município de Morro Redondo.

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Figura 2 - Meso e micro região do município de Morro Redondo.

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2.4 DIVISÃO DO MUNICÍPIO

O município de Morro Redondo está dividido em 15 (quinze) localidades mais a sede municipal, sendo elas:  Colônia Açoita Cavalo  Colônia Afonso Pena  Colônia Cachoeira  Colônia Campestre  Colônia Capela da Buena  Colônia Cerro da Buena  Colônia Colorado  Colônia Santo Amor  Colônia São Domingos  Colônia Palha Branca  Colônia Reserva  Colônia Rincão da Caneleira  Colônia Santa Bernadina  Colônia São Pedro  Colônia Passo do Valdez

O mapa da distribuição espacial das localidades do município de Morro Redondo pode ser visto na figura a seguir.

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Figura 3– Mapa das localidadese rede viária do município de Morro Redondo.

2.5 POPULAÇÃO

2.5.1 Evolução Populacional

A evolução da população de Morro Redondo na última década pode ser observada na tabela a seguir.

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Tabela 1 - População de Morro Redondo.

Total Taxa de Ano Total Homens Mulheres Crescimento

2000 5.998 3.028 2.970

2001 6.045 3.048 2.997 0,78%

2002 6.059 3.054 3.005 0,23%

2003 6.084 3.070 3.014 0,41%

2004 6.123 3.093 3.030 0,64%

2005 6.148 3.110 3.038 0,41%

2006 6.167 3.110 3.057 0,31%

2007 6.174 3.111 3.063 0,11%

2008 6.194 3.123 3.071 0,32%

2009 6.210 3.125 3.085 0,26%

2010 6.227 3.135 3.092 0,27%

2011 6.232 3.133 3.099 0,08%

FONTE – FEE

Ao analisar os dados acima, pode-se notar que, com o decorrer dos anos, a taxa de crescimento da população de Morro Redondo sofre uma redução considerável.

2.5.2 Grau de Urbanização

Morro Redondo é um município essencialmente rural, observa-se em seu território um grande vazio populacional com grandes zonas de campo e pasto e uma pequena cidade. A distribuição da população por situação de domicílio pode ser observada a seguir.

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Tabela 2– População e grau de urbanização do Município de Morro Redondo.

2000 2010

Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

Urbana 2.151 1.023 1.128 2.648 1.257 1.391

Rural 3.847 2.005 1.842 3.579 1.878 1.701

Total 5.998 3.028 2.970 6.227 3.135 3.092

Grau de 35,86% 33,78% 37,98% 42,52% 40,10% 44,99% Urbanização

FONTE – IBGE

Comparando os dados do ano de 2000 com o ano de 2010, pode-se notar um aumento expressivo no grau de urbanização, porém a maior parte da população, 57,48%, continua referente ao meio rural. O fato de haver um aumento expressivo no grau de urbanização, segundo COSTA et al. (2012), pode ser explicada pelo fato de que, atualmente, a agricultura, ou seja, o exercer a profissão de agricultor é apenas uma das oportunidades de escolha para os jovens. A saída dos jovens do campo nos dias atuais não é mais vista como algo a ser evitado, nem traumatizante. Os próprios pais estimulam e até auxiliam os filhos a migrarem para a cidade, para estudar ou irem em busca de trabalho.

2.5.3 Densidade Demográfica

A evolução da densidade demográfica no Município de Morro Redondo pode ser vista no quadro a seguir.

Tabela 3 - Estimativa da densidade demográficado Município de Morro Redondo.

Densidade População Ano Demográfica (hab) (hab/km2)

2000 5.998 24,52

2001 6.045 24,71

17

2002 6.059 24,77

2003 6.084 24,87

2004 6.123 25,03

2005 6.148 25,13

2006 6.167 25,21

2007 6.174 25,24

2008 6.194 25,32

2009 6.210 25,39

2010 6.227 25,46

2011 6.232 25,48

FONTE – FEE

2.5.4 Estratificação Demográfica

A estratificação demográfica pode ser observada na Tabela a seguir, onde são apresentadas as estimativas da população por faixa e a diferença em relação ao ano anterior.

Tabela 4 - Estratificação da população por idade no Município de Morro Redondo.

2000 2010

Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Variação

0 A 4 ANOS 196 199 395 147 137 284 -28,10%

5 A 9 ANOS 235 201 436 202 154 356 -18,35%

10 A 14 ANOS 243 222 465 208 227 435 -6,45%

15 A 19 ANOS 247 268 515 234 204 438 -14,95%

20 A 24 ANOS 202 203 405 221 197 418 3,21%

25 A 29 ANOS 204 177 381 209 221 430 12,86%

18

30 A 34 ANOS 199 193 392 204 190 394 0,51%

35 A 39 ANOS 225 222 447 199 215 414 -7,38%

40 A 44 ANOS 224 187 411 197 211 408 -0,73%

45 A 49 ANOS 220 192 412 229 224 453 9,95%

50 A 54 ANOS 204 205 409 237 199 436 6,60%

55 A 59 ANOS 165 153 318 252 204 456 43,40%

60 A 64 ANOS 126 152 278 199 210 409 47,12%

65 A 69 ANOS 133 155 288 143 145 288 0,00%

70 A 74 ANOS 101 120 221 85 132 217 -1,81%

75 A 79 ANOS 59 65 124 95 121 216 74,19%

80 ANOS OU MAIS 45 56 101 74 101 175 73,27%

FONTE – FEE (2010)

Como pode ser observada, a população de Morro Redondo está envelhecendo, com a diminuição nas crianças nas primeiras idades e aumento substancial de pessoas da terceira idade. Fato cujo qual é melhor ilustrado na figura abaixo:

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80,00%

60,00%

40,00%

20,00%

0,00%

-20,00%

0 A 4 ANOS 4 0 A ANOS 9 5 A

10 A 14 ANOS 14 A 10 ANOS 19 A 15 ANOS 24 A 20 ANOS 29 A 25 ANOS 34 A 30 ANOS 39 A 35 ANOS 44 A 40 ANOS 49 A 45 ANOS 54 A 50 ANOS 59 A 55 ANOS 64 A 60 ANOS 69 A 65 ANOS 74 A 70 ANOS 79 A 75 -40,00%

80 ANOS OU MAIS OU ANOS 80

Figura 4 - Estratificação da população do Município de Morro Redondo.

A seguir é apresento a população do município de Morro Redondo.

Tabela 5 - População do município.

Categoria Total Homem Mulher Rural Urbano Rural Urbano Rural Urbano Crianças 604 471 320 237 284 234 Jovens 680 606 369 295 311 311 Adultos 1489 1072 792 526 697 546 Idoso 806 499 397 199 409 300 Total 3579 2648 1878 1257 1701 1391 FONTE – IBGE (2010)

2.5.5 Projeções de Crescimento Populacional

O modelo adotado para estimar a população dos municípios brasileiros emprega metodologia utilizada pelo IBGE e desenvolvida pelos demógrafos Madeira e Simões, onde se observa a tendência de crescimento populacional do município, entre dois Censos Demográficos consecutivos, em relação a mesma tendência de uma área geográfica hierarquicamente superior (IBGE, 2010). No presente projeto, as projeções utilizadas foram às baseadas no método chamado método Geométrico.

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Tabela 6 - Estimativa da população total, urbana e rural do Município de Morro Redondo de 2015 a 2046.

Ano Pop. Urbana Estimada População Total

2015 2938 6345

2016 3000 6369

2017 3063 6392

2018 3127 6416

2019 3193 6441

2020 3260 6465

2021 3328 6489

2022 3398 6513

2023 3470 6538

2024 3542 6562

2025 3617 6587

2026 3693 6612

2027 3770 6637

2028 3850 6661

2029 3930 6686

2030 4013 6712

2031 4097 6737

2032 4183 6762

2033 4271 6787

2034 4361 6813

2035 4453 6838

2036 4546 6864

2037 4642 6890

2038 4739 6916

2039 4839 6942

2040 4940 6968

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2041 5044 6994

2042 5150 7020

2043 5258 7047

2044 5369 7073

2045 5481 7100

2046 5597 7126

A projeção realizada acima revela um decréscimo da população rural do município acompanhada de um alto crescimento da população urbana do mesmo, fato cujo qual indica um possível desenvolvimento na parte urbana do município, tanto em seu perímetro como nas atividades ali realizadas.

2.6 DOMICÍLIOS

O número de domicílios no Município de Morro Redondo pode ser observado a seguir:

Tabela 7 - Domicílios Particulares Permanentes rurais e urbanos e por tipo de material das paredes externas. Categoria Total Sobre o Dentro do Tipo Total

(%) (%)

Domicílios particulares permanentes 2.301 100,00% 100,00%

Alvenaria com revestimento 1.980 86,05%

Alvenaria sem revestimento 241 10,47%

Madeira aparelhada 46 2,00%

Taipa revestida 5 0,22%

Madeira aproveitada 25 1,09%

Outro material 3 0,13%

Domicílios particulares permanentes urbanos 1.012 43,98% 100,00%

Alvenaria com revestimento 887 87,65%

Alvenaria sem revestimento 98 9,68%

Madeira aparelhada 14 1,38%

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Taipa revestida - -

Madeira aproveitada 10 0,99%

Outro material 3 0,30%

Domicílios particulares permanentes rurais 1.289 56,02% 100,00%

Alvenaria com revestimento 1.093 84,79%

Alvenaria sem revestimento 143 11,09%

Madeira aparelhada 33 2,56%

Taipa revestida 5 0,39%

Madeira aproveitada 15 1,16%

Outro material - -

FONTE – IBGE (2010).

A evolução do número de domicílios determina a necessidade da estrutura de esgoto em longo prazo. Para isto, o estudo sócio-econômico apresenta a projeção da evolução populacional no município de Morro Redondo. O método das taxas de crescimento geométrico foi o adotado por obter resultados intermediários aos demais métodos. O projeto refere-se a uma cidade localizada no interior, onde ainda ocorre êxodo rural, portanto, com taxas de crescimentos médias, uma vez que a cidade não apresenta grande crescimento.

Tabela 8 - Domicílios particulares permanentes em Morro Redondo.

Domicílios População Média

Permanentes 2.301 6.227 2,71

Urbanos 1.012 2.648 2,62

Rurais 1.289 3.579 2,78

FONTE – IBGE (2010).

Os valores médios, apesar de importantes, podem não refletir o cenário sobre o número de habitantes por domicílio. Esta informação é particularmente importante para ser definida as estratégias de saneamento, fornecimento de água e política de resíduos sólidos. Residências com maior número de habitantes tendem a apresentar mais problemas nestes três aspectos. A tabela

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a seguir apresenta a estratificação dos domicílios particulares permanentes em função do número de habitantes.

Tabela 9 - Estratificação dos domicílios particulares permanentes em função do número de moradores, total e por gênero, no município de Morro Redondo. Total Homens Mulheres

Quantidade Percentual Quantidade Percentual Quantidade Percentual

1 morador 407 17,68% 205 12,22% 202 32,37%

2 moradores 738 32,06% 534 31,82% 204 32,69%

3 moradores 582 25,28% 463 27,59% 119 19,07%

4 moradores 380 16,51% 305 18,18% 75 12,02%

5 moradores 129 5,60% 109 6,50% 20 3,21%

6 moradores 46 2,00% 45 2,68% 1 0,16%

7 moradores 15 0,65% 12 0,72% 3 0,48%

8 moradores 5 0,22% 5 0,30% - 0,00%

Total 2.302 100% 1.678 100% 624 100%

FONTE – IBGE (2010).

As características urbanísticas em torno destes domicílios podem ser observadas na tabela a seguir.

Tabela 10 - Características urbanísticas dos domicílios no município de Morro Redondo.

Total dos Domicílios Considerados 4.854

Com Sem

Identificação do Logradouro 417 58,40% 297 41,60%

Iluminação Pública 706 98,88% 8 1,12%

Pavimentação 304 42,58% 410 57,42%

Calçada 102 14,29% 612 85,71%

Meio-Fio 287 40,20% 427 59,80%

Bueiro/Boca do Lobo 566 79,27% 148 20,73%

Rampa para cadeirante 1 0,14% 713 99,86%

Arborização 700 98,04% 14 1,96%

Esgoto a céu aberto 165 23,11% 549 76,89%

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Lixo Acumulado nos Logradouros 0 0,00% 714 100,00%

FONTE – IBGE (2010).

Abaixo, podem ser observadas as características das famílias rurais de Morro Redondo.

Tabela 11 - Tipos de público rural.

Categoria Nº Unidade de Medida

Assentados 43 FAMÍLIAS

Quilombolas 78 FAMÍLIAS

Indígenas 0 FAMÍLIAS

Pecuarista familiar 0 FAMÍLIAS

Pescadores 0 FAMÍLIAS

Agricultores familiares 600 FAMÍLIAS

Pecuarista não familiar 20 FAMÍLIAS

Agricultor não familiar 12 FAMÍLIAS

Outros

Fonte – EMATER (2015)

2.7 PERFIL SOCIOECONÔMICO

2.7.1 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) tem como objetivo mensurar o grau de desenvolvimento humano de um determinado município. O cálculo do IDHM se desenvolve a partir três indicadores: a longevidade, educação e renda. O IDHM varia de 0 (zero) a 1 (um), quanto mais próximo o índice estiver da variável 1 melhor estará seu desempenho, quanto mais próximo da variável 0 pior estará seu desempenho. O município de Morro Redondo possui um IDHM de 0,702 (IBGE, 2010), havendo um aumento significativo se comparado com os IDHMs obtidos anteriormente no município.

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Tabela 12 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal.

Indicadores Município Ranking Estadual

IDHM Total 0.702 303 IDHM Renda 0.719 IDHM Educação 0.557 IDHM Longevidade 0.864 FONTE – IBGE (2010)

2.7.2 Índice de Desenvolvimento Sócioeconomico (Idese)

O Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese) é um índice sintético que tem por objetivo medir o grau de desenvolvimento dos municípios, tem como fonte de referência o IDH. Ele é composto de quatro blocos de indicadores: Educação, Renda, Saneamento e Domicílios e Saúde. O Idese também varia de 0 (zero), indicando pior desempenho, até 1 (um), indicando melhor desempenho. O município de Morro Redondo apresenta um Idese muito baixo no bloco correspondente a situação de Saneamento e Domicílios, diferentemente dos demais blocos, indicando um baixo desenvolvimento nesta área.

Tabela 13 - Idese por diferentes áreas do município de Morro Redondo.

Indicadores Município Ranking Estadual

IDESE Total 0.644 392

IDESE Educação 0.558

IDESE Renda 0.566

IDESE Saúde 0.807

FONTE – IBGE (2010)

A expectativa de vida da população pode ser vista na beta a seguir.

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Tabela 14 - Esperança de Vida, Taxa de Envelhecimento da população e Mortalidade Infantil.

Esperança de Vida ao Nascer Idade 76,84

Taxa de Envelheciemnto Percentual 14,39

Mortalidade Infantil (até o Nº em 1.000 crianças 10,4 Primeiro ano de vida

Mortalidade infantil até o 5º Nº em 1.000 crianças 12,16 ano de idade

FONTE – EMATER (2015)

Obs.: Esperança de vida ao nascer: Nº médio de anos que as pessoas deverão viver a partir do nascimento.

Taxa de Envelhecimento: Razão entre a população de 65 anos ou mais de idade e a população total multiplicado por 100.

Mortalidade Infantil: Nº de crianças que não deverão sobreviver ao primeiro ano de vida em cada 1000 crianças nascidas vivas.

Mortalidade até os 5 anos de Idade: Probabilidade de morrer entre o nascimento e a idade exata de 5 anos, por 1000 crianças nascidas vivas.

2.7.3 Educação

O município de Morro Redondo possui 6 escolas que são responsáveis pela educação de 904 alunos, como pode ser observado a seguir.

Tabela 15 - Número de escolas e escolares.

Escolas Escolas (nº) Escolares (nº) Urbana Rural Total Urbana Rural Total Municipais 2 3 5 344 170 514 Estaduais 1 1 390 390 FONTE – EMATER (2015)

A tabela abaixo demonstra o grau de escolaridade dos habitantes supostamente acima da idade escolar (25 anos ou mais). Observa-se que a grande maioria da população correspondente a esta faixa etária não possui o ensino fundamental completo.

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Tabela 16 - Grau de escolaridade dos habitantes do município de Morro Redondo com 25 anos ou mais.

Pessoas com 25 Percentual anos ou mais

Instrução não-determinada 3 0,08%

Sem instrução e fundamental incompleto 2.531 67,98%

Ensino fundamental completo e médio incompleto 521 13,99%

Ensino médio completo e superior incompleto 431 11,58%

Ensino superior completo 237 6,37%

Total 3.723 100,00%

FONTE – IBGE (2010).

2.7.4 Renda Familiar

O quadro abaixo apresenta informações sobre a distribuição de renda familiar mensal por domicílio e faixas de salário mínimo. A maioria dos domicílios de Morro Redondo, 63,80%, estão enquadrados nas faixas de mais de 1 a 5 salários mínimos.

Tabela 17 - – Distribuição de renda familiar mensal por salário mínimo no município de Morro Redondo.

Rendimento Mensal Domicílios Percentual

Sem rendimento 34 1,48%

Até 1/2 salário mínimo 81 3,52%

De mais de 1/2 a 1 salário mínimo 322 13,99%

De mais de 1 a 2 salários mínimos 682 29,64%

De mais de 2 a 5 salários mínimos 786 34,16%

De mais de 5 a 10 salários mínimos 294 12,78%

De mais de 10 a 20 salários mínimos 74 3,22%

Mais de 20 salários mínimos 28 1,22%

Total 2301 100%

FONTE – IBGE (2010).

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A seguir é apresentada a tabela referente ao número de famílias pertencentes Cadastro Único para Programas Sociais e Bolsa Família no município.

Tabela 18 - Famílias no CadÚnico e Bolsa Família.

Família no CadÚnico Nº

Renda percapta até R$ 70,00 308

Renda percapta de R$ 70,01 85 até R$ 140,00

Renda percapta de R$ 140,01 65 até 1/2 SM

Família no bolsa família Nº

Renda percapta até R$ 70,00 206

Renda percapta de R$ 70,01 10 até R$ 140,00

Renda percapta de R$ 140,01 5 até 1/2 SM

FONTE – EMATER (2015)

2.8 PERFIL ECONÔMICO

2.8.1 Produto Interno Bruto (PIB)

De acordo com a tabela abaixo, o município de Morro Redondo em 2015 apresentou um PIB de R$ 81.196,00. O setor que mais contribuiu para este grande aumento foi o de indústria, responsável pela maior participação na composição do PIB municipal, seguido pelo setor de serviços e agropecuária, respectivamente.

Tabela 19 - Produto Interno Bruto de Morro Redondo em 2015.

Itens R$

PIB 81.196,00

PIB per capita 13.001,84

VABT 75.156,30

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VABA 16.542,51

FONTE – EMATER (2015).

Obs.: PIB = produto interno bruto.

Vaba = valor adicionado bruto da agropecuária (2011)

PIB/ percapita = PIB dividido pela população.

Vabt = valor adicionado bruto total (2011)

Tabela 20 - Participação no PIB de Morro Redondo em 2015.

Principais % ICMS

Agropecuária 19,41

Indústria 36,45

Serviços 25,23

Administração Pública 18,91

Total 100,00

FONTE – EMATER (2015)

2.8.2 Produção Agrícola

A produção de grãos e horticultura do município: Grãos: Milho, ocupa 2000 há, sendo destinado 1600 há para grão e 400 há para silagem, sendo que ambas produções destinam-se ao consumo na propriedade, ocorre um incremento na adoção de tecnologia na cultura o que vem promovendo uma maior produtividade por área plantada, destacando-se o uso de calcário, adubação, plantio direto (na palha), controle de plantas daninhas, uso de população de plantas adequadas por área, melhoria do sistema e época de colheita. Feijão, ocupa 150 ha com tendência de manutenção da área atual, principalmente pela limitação de mão de obra disponível na propriedade, e o preço de comercialização desestimulante a nível de produtor. Soja possui atualmente uma área ocupada de 400 ha, sendo uma cultura que vem apresentando uma expansão de área cultivada, embora a pequena disponibilidade de área apropriadas a este cultivo, ocorrendo a formação de pequenas lavouras. Fruticultura: Pêssego, são 650 ha, cultivados com 30

variedades destinadas a indústria conserveira, os pomares são implantados com boa tecnologia, sendo os maiores problemas atuais o controle de pragas (mosca da Fruta) e doenças, e a crescente diminuição da disponibilidade de mão de obra no pomar. 100% das áreas apresentam cobertura permanente de solo. Ocorre um trabalho integrado entre os diferentes atores da cadeia no sentido de buscar práticas de controle fitossanitário, com diminuição do uso de agrotóxicos, produção integrada, e comercialização. A tendência atual aponta a manutenção da área plantada e a busca de mercados diferenciados para a fruta. Citros: o município apresenta uma pequena área plantada, tendo como principal finalidade o auto consumo e venda do excedente, apresentando potencial de aumento de área plantada. Morango: são cerca de 12 ha cultivadas divididas em pequenas áreas, sendo que alguns produtores adotam boa tecnologia, com uso de túnel baixo, mulching, irrigação, com boas produtividades. A tendência atual aponta para a diminuição da área total, porém para o incremento de tecnologia usada, com uso crescente de mudas de alta qualidade, controle fitossanitário, e uso de irrigação. Videira ocorre em pequenos parrerais domésticos, com predominância da variedade niágara, tendo um produtor com área de 2 hectares de parreiras para produção de vinho e suco artesanal, com introdução de variedades melhoradas. Ainda nessa área de fruticultura cabe ressaltar a instalação de 37 quintais orgânicos voltados a produção para a subsistência familiar.

Tabela 21 - Produção vegetal: grãos e horticultura.

Cultura Estabelecimentos Área Produção Autoconsum Principais (nº) (ha) anual (t) o (t) destinos

Arroz

Feijão 140 100 120 90 vizinhos

Milho 600 1600 6720 4704 vizinhos

Soja 15 600 1440 mercado

Trigo

Uva 3 3,5 75 feira

Maçã 2 7 140 mercado

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Citros 50 30 240 Mercado

Fumo 12 46 105,8 Fumageiras

Fonte – EMATER (2015)

A área de olerícolas vem ganhando importância no município, em função das oportunidades de mercado, através das feiras livres, mercado institucional, e o aumento do consumo regional, embora caiba salientar que o sistema de produção tem sofrido alterações, onde as áreas maiores cultivadas com uma única espécie como no caso da cenoura, ou batata, e cebola, vem diminuindo e se convertendo em pequenas lavouras diversificadas com estratégia diferenciada de comercialização, que antes era dirigida para comercialização em escala, atualmente visa o mercado consumidor diretamente principalmente através de feiras livres. Nessa área a procura pela adoção de novas tecnologias de produção tem sido frequente, com destaque para o uso de sistemas de irrigação. O cultivo de espécies olerícolas tende a se expandir, com abrangência de novas áreas e o envolvimento de um número maior de famílias nessa atividade devido a expansão do mercado consumidor e novas oportunidades de comercialização.

2.8.3 Produção Pecuária

A tabela a seguir mostra a produção pecuária dos principais rebanhos no município de Morro Redondo, onde é possível observar a predominância de galinhas, galos, frangos e pintos seguidos do rebanho de bovinos e suínos respectivamente.

Tabela 22 - Efetivo dosrebanhos presentes no município de Morro Redondo.

Efetivo dos Rebanhos Tipo de Rebanho (por cabeça)

Asininos 3

Bovinos 14.652

Bubalinos 3

Caprinos 117

32

Coelhos 191

Equinos 494

Galinhas 27.083

Galos, frangas, frangos e pintos 225.405

Ovinos 785

Suínos 1.131

FONTE – IBGE (2012).

No município, segundo dados do IBGE, são realizadas produções de lã, leite de vaca, mel de abelha e ovos de galinha. Havendo destaque para a produção de leite de vaca conforme explícito na tabela abaixo.

Tabela 23 - Produtos oriundos da pecuária no município de Morro Redondo, por quantidade e valor de produção.

Valor da Produção Produto Quantidade (Mil Reais)

Lã 1.647 Kg 9

Leite de Vaca 4.865 mil litros 3.552

Mel de Abelha 11.000 Kg 72

Ovos de Galinha 451.000 dúzias 767

FONTE – IBGE (2012).

2.8.4 Agroindústrias

O município de Morro Redondo possui uma grande concentração de agroindústrias de conservas. Abaixo é apresentado todas as agroindústrias do município.

Tabela 24 - Agroindústrias legalizadas no município.

Tipo de Agroindústrias Produção Produtores Principais Agroindústria (nº) anual (unid.) envolvidos (nº) produtos produzidos Conservas 5 15000000 111 Conserva de pêssego Abatedouro 1 9000000 19 Carne e aves embutidos Abatedouro 1 Carne e

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bovino embutidos Indústria de 2 Passas e doces doces cristalizados Fonte – EMATER (2015)

2.9 MEIO AMBIENTE

2.9.1 Clima

O clima de Morro Redondo é, segundo a classificação de Koppen, temperado húmido com verões quentes (Cfa), apresentando chuvas regularmente distribuídas durante o ano, sendo fevereiro o mês mais chuvoso com cerca de 150 mm de precipitação. A precipitação média anual é de 1500 mm, com uma variação de 6,66 %. A distribuição desta precipitação durante o ano situa-se em torno de 27,52 % no inverno, 19,84 % na primavera, 26,24 % no outono e 24,96 % no verão. A temperatura média anual é de 18 ° C Possui temperatura superior a 22°C em janeiro, o mês mais quente, e superior a 3°C em julho, mês mais frio. Os invernos são relativamente frios, com geadas frequentes e ocorrência de nevoeiros, sendo assim, enquadrado em um clima subtropical úmido. A insolação anual é de 2190 horas. A umidade relativa do ar oscila de 72 a 86%, ocorrendo formação de geadas de abril a outubro, com maior incidência nos meses de junho a agosto. De setembro a abril, há predominância dos ventos que sopram do Sudeste, e, de maio a agosto, do Nordeste. As condições climáticas do município permitem a realização de cultivos tanto de inverno (trigo, centeio, aveia, cevada, forrageira de ciclo hibernal), como de verão (milho, arroz, soja, sorgo, forrageira de ciclo estival). Sob o ponto de vista climático, a fruticultura, principalmente a viticultura, teria amplas e bem sucedidas condições de desenvolvimento no município.

2.9.2 Geologia

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O município de Morro Redondo está inserido na porção meridional do Estado do Rio Grande do Sul, sobre terrenos cristalinos do Escudo Sul-Rio- Grandense, havendo predominância de rochas da Era Neoproterozóica, porém, em áreas do sudoeste do município, os terrenos estão recobertos por depósitos sedimentares recentes, pertencentes ao período Quaternário, da Era Cenozóica. O município possui as seguintes unidades geológicas:

 Complexo Granítico-Gnáissico (Metagranitóides Porfiríticos): O Complexo Granito-Gnáissico Pinheiro Machado (Fragoso Cesar, 1991) constitui a unidade com maior volume de rochas em Morro Redondo, ocorrendo zonas de cisalhamento no interior desse domínio, afetando as rochas gnáissicas. Corpos plutônicos, como xenólitos e enclaves são de pequenas proporções, sendo comuns os stocks de rochas sienograníticas deformadas, similares àquelas que constituem veios e apófises dobrados juntos a trama dos gnaisses encaixantes. No município ocorre uma unidade do Complexo Pinheiro Machado: o domínio dos metagranitóidesporfiríticos. Este domínio é constituído por rochas (meta) graníticas de granulação grosseira, porfiríticas, cores cinza-claro, cinza-rosado a cinza-esverdeado, foliadas, sendo esta foliação marca da pelo alinhamento dos blastos de feldspatos e dos máficos da matriz.  Depósitos Aluvionares: Os depósitos aluvionares registrados em Morro Redondo incluem os aluviões atuais, encontrados na porção sudoeste do município. São compostos por produtos de granulometria grosseira (areias grossas e cascalhos dominantes) provenientes de terrenos cristalinos localizados em áreas a montante.  Granito Arroio Moinho: São granitos pertencentes à suíte intrusiva Viamão (Philipp e Machado, 2001) que se distribuem por todo Batólito de Pelotas, sendo representados por corpos alongados e apresentando íntima relação com zonas de cisalhamento de alto ângulo. São sienogranitosporfiríticos grossos, localmente monzograníticos, com foliação milonítica dominante nas bordas.

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 Suíte Granítica (Fácies Serra do Erval): Em Morro Redondo, esta suíte foi caracterizada como um corpo granítico não deformado, com dimensões de stocks, que aflora no Domínio Oriental do Cinturão Dom Feliciano. Essas rochas foram anteriormente descritas como parte do Complexo Cambaí e da Suíte Intrusiva Arroio dos Ladrões. Essa fácies está representada por uma rocha de coloração vermelha a rosada, granulação desde grossa a fina, sendo o feldspato potássico e o quartzo os minerais principais. Minerais máficos, como biotita, são muito reduzidos. A figura a seguir demonstra a distribuição das unidades geológicas no território do município de Morro Redondo.

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Figura 5 - Mapa Geológico do Município de Morro Redondo. (Plano Ambiental Municipal de Morro Redondo, 2014)

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A tabela abaixo mostra o arranjo estratigráfico das unidades geológicas encontradas em Morro Redondo, sendo cada uma delas descritas a seguir, e o anexo 8.3.1 mostra o mapa geológico do município.

Tabela 25 - Arranjo estratigráfico das unidades geológicas de Morro Redondo.

LITOESTRATIGRAFIA DE MORRO ÉON ERA PERÍODO REDONDO

QUATERNÁRIO Depósitos Aluvionares

CENOZÓICO FANEROZÓICO

Granito Arroio Moinho

EDIACARIANO Suíte Granítica Dom Feliciano

(Fácies Serra do Erval)

Complexo Granítico-Gnáissico

CRIOGENIANO Pinheiro Machado PROTEROZÓICO

NEOPROTEROZÓICO (MetagranitóidesPorfiríticos)

2.9.3 Geomorfologia e Relevo

De acordo com Cunha (1996) o município de Morro Redondo pode ser separado em duas zonas geomorfológicas: a zona alta e a zona central. A zona alta compreende as partes mais altas do relevo, comumente caracterizada como serra, em cujo material de origem predominam as rochas cristalinas e metamórficas e a zona central partes de relevo ondulado mais baixo do que a serra com a presença de rochas cristalinas e metamórficas. Essas zonas se subdividem em sequências geomorfológicas (figura abaixo), sendo a zona alta subdividida em terras altas rochosas, terras altas não rochosas e terras altas não rochosas planas, e a zona central em colinas cristalinas.

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Figura 6 - Mapa de Sequencias Geomorfológicas de Morro Redondo. (Plano Ambiental Municipal de Morro Redondo, 2014)

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Ainda com base no trabalho de Cunha (1996), as sequências geomorfológicas são descritas a seguir.  Terras Altas Rochosas: Esta unidade apresenta relevo fortemente ondulado e escarpado, com afloramentos rochosos e muitos solos rasos, em proporções variáveis, dependendo principalmente do tipo de rocha matriz. Uma percentagem considerável da superfície é de afloramentos rochosos (sempre mais do que 5%), com ou sem vegetação de arbustos e mata baixa. A pastagem natural das Terras Altas Rochosas, além de apresentar muitas vezes pedregosidade e invasoras, é geralmente de baixa qualidade.  Terras Altas Não Rochosas: São terras com relevo fortemente ondulado e montanhoso, caracterizadas pela ocorrência de solos muito rasos. Apenas uma pequena percentagem da superfície é coberta com afloramentos rochosos (1-5%). No restante da terra, pode haver alguma pedregosidade juntamente com poucos arbustos ou bosques de mata baixa. As terras são utilizadas predominantemente para pastagens, sendo a cobertura de pastos de baixa a regular qualidade. Geralmente ocorrem invasoras de grande porte. Nessa região, onde predominam as pequenas propriedades, a terra é normalmente utilizada com cultivos aráveis.  Terras Altas Não Rochosas Planas: Estas terras possuem altitudes mais elevadas do que as descritas como Terras Altas não Rochosas, mas são planas ou suavemente onduladas. Geralmente, devido a sua situação geográfica, pois estão localizadas no divisor de águas. As diversas unidades possuem a mesma geologia e os mesmos solos das Terras Altas não Rochosas, mas a percentagem de solos profundos ou pouco profundos é maior (20% ou mais), enquanto que a rochosidade e a pedregosidade são menores. O uso atual da terra é amplamente comparável àquele das unidades anteriormente descritas, embora a percentagem de terra para cultivo seja um pouco maior. A cobertura de pastos é normalmente de qualidade um pouco melhor. Há pouca quantidade ou quase ausência de arbustos, e a ocorrência de invasoras de maior porte, na pastagem, é insignificante.

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 Colinas Cristalinas: Na região Sul formam a franja ocidental da área do embasamento cristalino e acompanham os rios maiores no seu curso médio, caso não estejam presentes rochas resistentes ao intemperismo. O relevo é suavemente ondulado a ondulado. As altitudes variam entre 120 e 35 m, estando mais altas junto à parte superior dos rios maiores. As características de declive e o padrão de drenagem variam um pouco, de acordo com o tipo de rocha. O tipo exato dessas rochas é, muitas vezes, difícil de estabelecer, mas aparentemente ocorrem migmatitos heterogêneos e homogêneos. Em algumas regiões há granitos, riolitos, epibolitos ou rochas metamórficas. As altitudes, aproximadamente iguais às dos topos dos terrenos, em distâncias idênticas referidas ao oceano, fazem supor, na verdade, que os terrenos constituíam, originalmente, um terraço (fluvial ou fluviomarinho), que, consequentemente sofreu severa erosão. Até agora, no entanto, não foram encontrados nenhuma camada sedimentar rasa, leitos fósseis dos rios ou algo semelhante, nesses topos, para comprovar essa hipótese. Os afloramentos rochosos são poucos (menos de 1%) e a superfície não tem pedregosidade. Estas terras geralmente não têm arbustos ou vegetação de florestas, embora se encontrem bosques artificias de eucaliptos. As terras são utilizadas principalmente para pastagens, sendo que a cobertura de pastos é de qualidade boa a regular, não se encontrando invasoras de grande porte. Na região, os cultivos aráveis são de importância significativa.

2.9.4 Hidrologia

De acordo com o mapa hidrogeológico da CPRM (2005) o município de Morro Redondo possui em sua área dois tipos de sistemas aquíferos, descritos a seguir.  Sistema Aqüífero Embasamento Cristalino II: compreende basicamente as áreas correspondentes aos limites do embasamento cristalino. Caracteriza-se por ser um aquífero limitado de baixa possibilidade para água subterrânea em rochas com porosidade intergranular ou por fraturas. Compreende todas as rochas graníticas, gnáissicas, andesíticas, xistos, filitos e calcários metamorfizados que estão

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localmente afetadas por fraturamentos e falhas. Geralmente apresentam capacidades específicas inferiores a 0,5 m³/h/m, ocorrendo também poços secos. As salinidades nas áreas não cobertas por sedimentos de origem marinha, são inferiores a 300 mg/l. Poços nas rochas graníticas podem apresentar enriquecimento em flúor.  Sistema Aqüífero Embasamento Cristalino III: localiza-se nas porções mais elevadas do escudo cristalino. Compõe-se principalmente de rochas graníticas maciças, gnaisses, riolitos e andesitos, pouco alterados. Caracteriza-se como um Aqüífero praticamente improdutivo em rochas com porosidade intergranular ou por fraturas. A ausência de fraturas interconectadas e a condição topográfica desfavorável inviabilizam a perfuração de poços tubulares, mesmo para baixas vazões.

2.9.5 Hidrografia

O município de Morro Redondo está inserido na bacia hidrográfica Mirim - São Gonçalo, cuja qual esta localizada na região Sul do estado (figura abaixo), ocupando uma área de 25.666,83 km2.

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Figura 7 - Mapa da bacia hidrográfica encontrada em Morro Redondo.

A vazão média anual da bacia hidrográfica Mirim - São Gonçalo é de 395,91 m3/s e o consumo médio anual é de 45,60 m3/s, cujos quais 44,54 m3/s são para a irrigação, 0,63 m3/s para o uso animal, 0,38 m3/s para o uso humano e 0,044 m3/s para o uso industrial. Outras atividades que se destacam na bacia estão relacionadas a navegação, turismo e lazer, pesca e preservação ambiental. Os cursos d’água principais no município de Morro redondo são o arroio Pinheiro, Arroio Reserva e o Rio Cachoeira. Os dois Primeiros são afluentes do Arroio Passo das Pedras, que por sua vez é afluente do Rio Piratini. O Rio Cachoeira é afluente do arroio Cadeia, que por sua vez é afluente do Arroio Pelotas.

2.9.6 Solos De acordo com o Mapa de Solos da Folha SH.22 - Porto Alegre (2013), o município de Morro Redondo apresenta quatro diferentes tipos de solo, conforme descritos na tabela a seguir.

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Tabela 26 - Tipos de solo de Morro Redondo.

SOLOS DESCRIÇÃO

Associação de: PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico solódico, A moderado e fraco (pouco espesso e mediano – 25cm a 70cm de espessura), textura média/média não cascalhenta e pouco cascalhenta fase pedregosa II e não pedregosa relevo plano e suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO

SXe2 Eutrófico típico A moderado e fraco textura média pouco cascalhenta e cascalhenta fase pedregosa e rochosa substrato granito + ARGISSOLO VERMELHO Eutrófico típico e léptico A moderado textura média/média e argilosa fase não pedregosa e pedregosa II, ambos fase relevo suave ondulado e ondulado, todos fase caatinga hipoxerófila.

ARGISSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico plíntico, A moderado,

PVAd5 textura média/argilosa, floresta equatorial subperenifólia relevo plano e sauve ondulado.

ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura

PVAd13 arenosa/média, A moderado, álico, fase floresta subtropical subperenifólia, relevo suave ondulado e ondulado.

ARGISSOLOS VERMELHO-AMARELO Eutrófico compreende os solos minerais com B textural, não hidromórficos, com argila de atividade baixa, saturação por bases média a alta e CTC. A mineralogia da fração argila

PVAe está representada pela caulinita, componente principal em todos os perfis, ocorrendo também vermiculita com hidroxi nas entrecamadas, mica ou illita e esmectita. O material originário é resultante do intemperismo de rochas metamórficas como gnaisses, migmatitos e charnoquitos.

A figura a seguir apresenta como estes solos estão distribuídos no município de Morro Redondo.

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Figura 8 - Mapa de Solos de Morro Redondo.

2.9.7 Fauna

A análise sobre a composição e diversidade da fauna foi efetuada com base nas informações contidas no zoneamento ambiental para a atividade de silvicultura, elaborado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Fundação Estadual de Proteção Ambiental e Fundação Zoobotânica. Neste estudo o Rio Grande do Sul foi dividido em 45 Unidades de Paisagem Natural (UPN), no qual os critérios utilizados para caracterizar esta divisão foram: o tipo de solo, de geomorfologia, de vegetação potencial original e da altimetria. Dados sobre a fauna em cada UPN também foram descritos neste zoneamento.

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Figura 9 - Unidades de Paisagem do Rio Grande do Sul. (Plano Ambiental Municipal de Morro Redondo, 2014)

Ao todo trinta e sete UPN foram identificadas no Rio Grande do Sul, e no município de Morro Redondo são encontradas três: Serras de e de Tapes (PS4), Escudo Meridional (PS5) e Campos de Jaguarão e Morro Redondo (PS7). Serras do Herval e dos Tapes (PS4) - Corresponde à escarpa leste do Escudo Rio-Grandense, região das Serras do Herval e de Tapes, com relevo fortemente ondulado, caracterizando o setor mais íngreme do Escudo, com paisagens marcadas pela presença de morros, rios e florestas. Cobertura vegetal representativa de Florestas Estacional Semidecidual. Gradiente de altitude de leste para oeste que variam entre 600 m. Rede hídrica representada pelas nascentes dos cursos d’água que deságüem na margem oeste da Lagoa dos Patos. Esta unidade apresenta fragmentos remanescentes da Floresta Estacional, compostos por vegetação secundária, situada nas áreas mais íngremes e às margens dos cursos d’água. Ao norte predomínio de estabelecimentos de médio porte, e ao sul encontra-se estabelecimentos de grande porte.

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Escudo Meridional (PS5) – Corresponde à região central do Escudo Rio- Grandense, coberto por campos e mata de galeria ao longo dos rios. Vegetação de Estepe Arbórea com floresta de galeria. Topografia ondulada a forte ondulada, acidentada, com declividade acentuada e suscetibilidade a erosão, com predomínio das altitudes entre 200 e 400 m, que variam desde 1 a 50m nas calhas dos rios até morros que chegam a 600 m, com destaque para os locais denominados Pedra das Torrinhas, o Cerro dos Porongos, Morro Redondo e o Rio Piratini. Rede hídrica representada pelas nascentes e arroios que deságuam no Canal São Gonçalo, com trecho na bacia do Camaquã. A porção das bacias dos rios Camaquã e Mirim- São Gonçalo inseridas nesta UPN apresentam risco de déficit hídrico superficial. Os elementos paisagísticos relevantes são o campo, as matas de galeria, os cerros e os afloramentos rochosos, associados à importância da região no contexto histórico do Rio Grande do Sul. Destaca-se o aspecto relacionado ao valor histórico desta UPN, com presença de sítios de relevante valor histórico para o Estado. Apresenta propriedades de médio e grande porte, onde predominam a pecuária extensiva e o florestamento, que desempenha importante papel na economia da região, concentrando serrarias e madeireiras, cujo resíduo abastece a termelétrica de . Presença de grande número de assentamentos, voltados para a agricultura e pecuária familiar. Ocorrência de 2 sítios arqueológicos e 1 sítio paleontológico, 20 unidades de quilombolas nos municípios de Herval, Canguçu, Pelotas, Bagé, Jaguarão, Candiota, Piratini e . Apresenta risco médio e alto de déficit hídrico no solo. Apresenta uma grande área com Neossolos. Parte da UPN encontra-se em uma área importante para a conservação das aves, sendo indicada como uma IBA-Birdlife Internacional, sendo a principal área de ocorrência do cardeal amarelo Gubernatrix cristata. Campos de Jaguarão e Morro Redondo (PS7) - Corresponde a região de borda sudeste do Escudo Rio-Grandense, cuja principal característica ambiental é a presença de remanescentes significativos de campos nativos, denominados “Campos de Jaguarão”. Na região a topografia é de levemente ondulada a ondulada com altitudes que variam de 1 a 400 m, predominando as cotas inferiores a 100 m, onde se localizam os depósitos coluvionais, resultantes do transporte de sedimentos, por efeito da gravidade. Esta unidade

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abriga nascentes e drenagens do trecho médio dos rios Piratini e Jaguarão, que deságuam, respectivamente, no Canal São Gonçalo e na Lagoa Mirim. Para a UPN PS4, foi confirmada a ocorrência de duas espécies de himenópteros (Plebeia wittmanni e Arhysosage cactorum), cinco espécies de mamíferos (Cabassous tatouay, Tamandua tetradactyla, Lontra longicaudis, Herpailurus yaguarondi e Oncifelis geoffroyi), além de uma espécie de anfíbio (Physalaemus riograndensis) de ocorrência potencial. Na UPN PS5, há ocorrência confirmada de duas espécies de himenópteros, Bicolletes franki e Bicolletes pampeana, uma espécie de anfíbio, Melanophryniscus pachyrhinus, uma espécie de réptil, Listrophis histricus, cinco espécies de aves, Ramphastos toco, Heteroxolmis dominicana, Sporophila cinnamonea, Gubernatrix cristata, Xanthopsar flavus, seis espécies de mamíferos, Cabassous tatouay, Tamandua tetradactyla, Lontra longicaudis, Herpailurus yaguarondi, Oncifelis geoffroyi, Ozotocerus bezoarticus, além de duas espécies de himenópteros e duas de aves com ocorrência potencial, que são respectivamente, Plebeia wittmanni, Arhysosage cactorum e Harpyhaliaetus coronatus, Heteroxolmis domicana. Por fim, na Unidade de Paisagem PS7, correspondente a região da borda sudeste do Escudo sul-rio-grandense, foi confirmada a ocorrência de 4 espécies de peixe (Austrolebias gymnoventris, Austrolebias juanlangi, Austrolebias nachtigall e Austrolebias univentripinnis); 5 espécies de aves (Harpyhaliaetus coronatus, Limnoctites rectirostris, Heteroxolmis dominicana, Sporophila cinnamomea e Xanthopsar flavus); 5 espécies de mamíferos (Cabassous tatouay, Tamandua tetradactyla, Lontra longicaudis, Herpailurus yaguarondi e Oncifelis geoffroyi); além de 2 espécies de aves (Geranoaetus melanoleucus e Gubernatrix cristata) de ocorrência potencial.

2.9.8 Flora

A composição da cobertura vegetal de uma região resulta da combinação de atributos geológicos, geomorfológicos, climáticos, hidrológicos e pedológicos. No Rio Grande do Sul, a interação desses atributos permitiu o desenvolvimento de comunidades vegetais, as quais, após extenso e detalhado estudo da vegetação original, realizado na região Sul do Brasil pelo Projeto

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RADAMBRASIL (IBGE, 1986), permitiram a identificação de sete regiões fitoecológicas: Região da Savana, Região da Estepe, Região da Savana Estépica, Região da Floresta Ombrófila Densa, Região da Floresta Estacional Semidecidual, Região da Floresta Decidual, Região da Floresta Ombrófila Mista, Áreas de Formações Pioneiras e Áreas de Tensão Ecológica. Dentre as regiões fitoecológicas identificadas pelo projeto RADAMBRASIL (IBGE, 1986), para o Estado do Rio Grande do Sul, estão presentes no município de Morro Redondo porções da Região da Savana e da Região da Floresta Estacional Semidecidual, descritas a seguir. Região da Savana É a mais extensa região, com ampla distribuição geográfica, recobrindo áreas desde o Pré-Cambriano até o Terciário, sob condições climáticas tanto ombrófilas como estacionais, neste caso, em função do frio. A Savana ocorre em ambientes caracterizados por um clima estacional, solos rasos ou arenosos lixiviados, relevo geralmente aplainado, pedogênese férrica (solos distróficos ou álicos) e vegetação gramíneo-lenhosa. A fito fisionomia da Savana é variável apresentando no município a feição Savana Gramíneo-lenhosa. Savana Gramíneo-lenhosa: Fito - fisionomicamente é caracterizada por um tapete herbáceo, com predomínio de gramíneas, onde se encontra distribuído regular número de plantas lenhosas, principalmente arbustos e árvores, isolados ou sob forma de capões, neste caso, acompanhados por florestas de galeria ao longo dos cursos de água. Apresentam de um modo geral espécies lenhosas arbustivas e arbóreas formando moiteiros. Devido a queimadas, que eram feitas regularmente no século passado, com o objetivo de eliminar as partes não comestíveis para o gado, as espécies grosseiras e duras (gramíneo cespitosas), foram sendo substituídas pelas espécies rizomatosas, resistentes ao pisoteio e ao fogo. A pecuária e o fogo, juntamente com a mobilização do solo para cultivos agrícolas, são também responsáveis pela intensa reprodução e disseminação das chamadas plantas invasoras da agropecuária. No Planalto-Sul- Riograndense, os campos estão situados em áreas de relevo suave ondulado até forte ondulado.

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A vegetação apresenta características xeromorfas, evidenciadas pela tomensidade das gramíneas hemicriptófitas e o reduzido porte das caméfitas xeromorfas. A vegetação herbácea é constituída por gramíneas cespitosas (hemicripitófitas), além de gramíneas rizomatosas. Encontram-se ainda umbelíferas e outras leguminosas, ciperáceas e compostas de forma espersa. A vegetação arbórea é constituída por floresta-de-galeria e raros moiteiros, que algumas vezes coalescem, aumentando a largura das florestas- de-galeria. Nesta região predominam gramíneas como: capim-caninha (Andropogon lateralis), grama estaladeira (Erianthus angustifolius), flexilhas (Stica spp.), barba de bode (Aristida spp.), grama forquilha (Paspalum notatum), grama-tapete-de-folha-larga (Axonopus compressus), grama-jesuíta (Axonopus fissiflius) entre outras. Além das gramíneas ocorrem arbustos como: (Heterotalamus sp.), vassoura-vermelha (Dodonaea viscosa), carqueja (Baccharis trimera), chirca (Eupatorium sp.) e outras. A vegetação arbórea, constituída por florestas-galeria e moiteiros, que muitas vezes acabam por coalescer, aumentando a largura das florestas-galeria, no qual ocorrem espécies como: branquilho (Sebastiana klotzschiana), coronilha (Scutia buxifolia), bugreiro (Lithraea brasiliensis), corticeira (Erythrina crista-galli), sarandi (Calliandra tweedei) entre outras (IBGE, 1986). Floresta Estacional Semidecidual A região da Floresta Estacional Semidecidual é uma região fitoecológica caracterizada por ter um clima úmido, com temperaturas médias nos meses de inverno abaixo de 15ºC, responsáveis pela estabilidade fisiológica das plantas. A diferença principal entre este tipo de floresta com a Floresta Estacional Decidual, com as mesmas condições climáticas, é a presença de 20 a 50 % de árvores caducifólias no conjunto florestal na época desfavorável. No município de Morro Redondo esta região é dominada por agricultura e culturas cíclicas.

2.9.9 Áreas de Preservação Permanente (APP)

Com base no trabalho denominado “Utilização de técnicas de geoprocessamento para caracterização da qualidade ambiental das Áreas de

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Preservação Permanente do município de Morro Redondo, RS” de Eduardo Farina, 2010, onde o levantamento das Áreas de Preservação Permanente foi realizado a partir da interpretação e espacialização dos critérios definidos na Legislação Ambiental, foram delimitadas cinco categorias de Áreas de Preservação Permanente presentes no município de Morro Redondo, como pode ser observado na figura a seguir:

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Figura 10 - Áreas de Preservação Permanente do Município de Morro Redondo

Onde: APP 1:representa as áreas com 30 metros das margens dos cursos d’água com menos de 10 metrosde largura;

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APP 2: representa as áreas com 50 metros das margens dos cursos d'água que possuem de 10 a 50metros de largura; APP 3: representa as áreas com 50 metros no entorno das nascentes, qualquer que seja a suasituação topográfica; APP 4: representa as áreas com 30 metros ao redor de lagoas artificiais com até 10 hectares de área; APP 5: representa as encostas ou elevações com declividade igual ou superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive.

Segundo Eduardo Farina, 2010, Morro Redondo possui 16,62% de sua área territorial de áreas legalmente protegidas, onde: 12,33% são correspondentes a áreas enquadradas na classe “APP 1”; 1,15% são correspondentes a áreas enquadradas na classe “APP 2”; 2,05%,1,08% e 0,01% correspondem a áreas enquadradas nas classes “APP 3”, “APP 4” e “APP 5”, respectivamente.

2.10 SITUAÇÃO INSTITUCIONAL

2.10.1 Gabinete do Prefeito

Integram os órgãos de assessoramento o gabinete do prefeito, a assessoria jurídica, a assessoria de coordenação e a assessoria de imprensa. O gabinete do prefeito será coordenado pelo assessor de gabinete e contará com pessoal necessário ao desempenho de suas funções. Fica vinculada ao Gabinete do Prefeito a Unidade Central do Controle Interno - UCCI, que se constituirá em unidade de assessoramento e apoio, o Plano Diretor do Município e a Junta de Serviço Militar. Ao gabinete do prefeito cabem as atribuições de assistência ao prefeito nas políticas, administrativas, sociais e de cerimonial e, especialmente, as relações públicas, de representação e de divulgação. À assessoria jurídica cabe a assistência jurídica ao prefeito, a emissão de pareceres, a defesa dos direitos e interesses do Município, a elaboração de contratos e de projetos de lei e o estudo da natureza jurídica, com vista à atualização da legislação municipal. À assessoria de coordenação compete a elaboração de projetos dos órgãos da administração municipal, 53

planejamento global do município e a administração dos serviços de interesses do município e que são de competência da União e do Estado, através de convênios, contratos e programas celebrados entre as diversas esferas de governo, planos de aplicação de recursos vinculados e próprios, bem como a prestação de contas destes. A assessoria de imprensa promoverá a divulgação de relatórios e atos, bem como de assuntos de interesse administrativo, econômico e social do município.

2.10.2 Gabinete do Vice-Prefeito

O Gabinete do Vice-Prefeito é órgão diretamente ligado ao Chefe do Poder Executivo, tendo como finalidade auxiliar no trato aos assuntos políticos e administrativos, praticar atos administrativos na ausência do prefeito municipal e, especificamente, representá-lo em seus impedimentos. Ao Gabinete do Vice-Prefeito são estabelecidas as seguintes atribuições, a serem exercidas sempre que for especificamente incumbido pelo Prefeito Municipal: I - acompanhar a execução e o cumprimento de convênios realizados pelo Município; II - levantar dados e fazer verificações em serviços e obras municipais; III - representar o Prefeito em solenidades; IV - firmar convênios ou acordos com a União, o Estado e outros Municípios, sempre com delegação específica; V - acompanhar a tramitação de projetos do Executivo junto à Câmara Municipal; VI - desenvolver ação estratégica, em articulação com estruturas administrativas dos Municípios do Estado, com ações voltadas para o desenvolvimento local e regional; VII - desenvolver projetos para a eficiência, a qualificação e a universalização dos serviços públicos; VIII - promover um maior entrosamento do poder público com outros órgãos das esferas governamentais e/ou iniciativa privada.

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As atribuições estabelecidas nesta Lei não impedem que seja o Vice- Prefeito designado para exercer cargo em comissão no Município, com direito a opção remuneratória.

2.10.3 Secretaria Municipal de Administração

A Secretaria Municipal de Administração compete: I - Planejar, organizar, liderar e articular as ações da administração municipal com as demais esferas governamentais e não governamentais e a comunidade em geral, visando a elaboração dos projetos dos órgãos da administração municipal, definição dos programas e metas de governo para a elaboração das leis orçamentárias, controle dos programas e metas estabelecidas no planejamento buscando a eficácia e a eficiências dos serviços prestados à municipalidade. II - As atividades administrativas relacionadas com o sistema de pessoal, sistema de compras, licitações e almoxarifado, administração e controle de bens patrimoniais, correspondências; elaboração de atos, preparação de processos para o despacho final, lavratura, acompanhamento e fiscalização dos contratos, registros e publicações de leis, decretos, portarias, assentamentos de atos e fatos relacionados com a vida funcional dos servidores, bem como o protocolo e arquivo geral.

2.10.4 Secretaria Municipal de Finanças

A Secretaria Municipal de Finanças compete a elaborar o PPA - Plano Plurianual, da LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias, da proposta Orçamentária, da execução orçamentária, o processamento contábil, da receita e da despesa, a aplicação das leis fiscais e todas as atividades relativas a lançamentos de tributos e arrecadação das rendas municipais, fiscalização dos contribuintes, recebimento, guarda e movimentação de valores.

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2.10.5 Secretaria Municipal de Educação e Cultura

À Secretaria Municipal de Educação e Cultura compete a execução das atividades educacionais atribuídas ao município, em especial a educação a nível de ensino fundamental, manter programas de atualização e aperfeiçoamento do quadro de professores, adequar o sistema curricular a realidade econômica do município, realizar programas que viabilizem o transporte dos alunos da rede municipal, desenvolver programas de ensinos para crianças em idade pré-escolar e programas especiais para crianças que apresentam dificuldades no aprendizado, implantação e manutenção de bibliotecas municipais, promoção da integração escolar sob os aspectos sócio culturais e esportivos, bem como a execução de atividades relacionadas ao núcleo de cultura e esporte.

2.10.6 Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social

À Secretaria Municipal de Saúde e Assistência Social compete planejar e executar programas, visando o bem estar social com a valorização do ser humano e a contribuição de melhoria do padrão de vida e da saúde da coletividade, administrando os postos de saúde com objetivo básico da medicina preventiva, elaboração de planos, execução e prestação de contas na área de assistência social voltada para a população carente.

2.10.7 Secretaria de Obras, Urbanismo e Trânsito

À Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Trânsito compete dar cumprimento ao plano diretor, execução de obras e infra estrutura urbana, construção e manutenção de prédios públicos na zona urbana e rural, execução e controle dos serviços públicos municipais dos sistemas viário e de eletrificação urbana; praças, parques, jardins, manutenção dos serviços de coleta e destinação final do lixo, licenciamento e fiscalização da construção civil, bem como o controle do parcelamento e a ocupação do solo urbano, preservação do patrimônio histórico cultural, a execução de projetos na área da

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moradia popular, localização da indústria e comércio, administração dos serviços de garagem, e a Divisão de Trânsito conforme disposições legais da Lei nº 1.360/07.

2.10.8 Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural

À Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Trânsito compete dar cumprimento ao plano diretor, execução de obras e infra estrutura urbana, construção e manutenção de prédios públicos na zona urbana e rural, execução e controle dos serviços públicos municipais dos sistemas viário e de eletrificação urbana; praças, parques, jardins, manutenção dos serviços de coleta e destinação final do lixo, licenciamento e fiscalização da construção civil, bem como o controle do parcelamento e a ocupação do solo urbano, preservação do patrimônio histórico cultural, a execução de projetos na área da moradia popular, localização da indústria e comércio, administração dos serviços de garagem, e a Divisão de Trânsito conforme disposições legais da Lei nº 1.360/07.

2.10.9 Conselhos Municipais

Os Conselhos Municipais, como órgãos de participação e representação, têm o objetivo de participação da sociedade, coadjuvando o governo na formulação de políticas e avaliação de ações levadas a efeito nas diversas áreas para as quais são criados. Parágrafo Único. Os órgãos de participação e representação terão suas estruturas e atribuições contidas nas leis e regulamentos municipais que os criarem e instituírem.

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3 REFERÊNCIAS

BELTON, W. Aves do Rio Grande do Sul: distribuição e biologia. São Leopoldo, Unisinos. 1994.

CUNHA, S. B. GUERRA, A. J. T. Degradação Ambiental. In: Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. 1996.

Diretório de Geociências – IBGE. Mapa de Solos da Folha SH.22 - Porto Alegre. 2013.

EMBRAPA – Clima Temperado. Estudo dos solos do município de Morro Redondo. 1996.

EMBRAPA – Embrapa Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 2º ed. Brasília, 2006.

Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – EMATER. Estudo de Situação: Morro Redondo. 2015.

Fragoso Cesar, A. R. S. 1991. Tectônica de Placas no Ciclo Brasiliano: As orogenias dos Cinturões Dom Feliciano e Ribeira no Rio Grande do Sul. São Paulo,. Tese de Doutoramento Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo.

FARINA, E. Utilização de técnicas de geoprocessamento para caracterização da qualidade ambiental das Áreas de Preservação Permanente do município de Morro Redondo, RS. Simpósio Integrado de Geotecnologias do Cone Sul. 2010

Fundação de Economia e Estatística – FEE. Indicadores do Estado do Rio Grande do Sul. 2010.

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Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Censo 2010.

Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Projeto RADAMBRASIL. 1986.

Plano Ambiental Municipal de Morro Redondo. Prefeitura Municipal de Morro Redondo – Departamento de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente, 2014.

PHILIPP, R. P.; MACHADO, R. Estratigrafia e Significado Tectônico das Suítes Graníticas do Batólito Pelotas no RS. Revista Brasileira de Geociências. 2001.

Serviço Geológico do Brasil – CPRM. Mapa Hidrológico do Estado do Rio Grande do Sul. 2005.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MORRO REDONDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

NÚCLEO DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO EM SANEAMENTO AMBIENTAL

PLANO MUNICIPAL DE

SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) DO

MUNICÍPIO DE MORRO REDONDO – RS

PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

Junho 2016

1

Equipe Técnica

Universidade Federal de Pelotas

Professores:

Dr. Maurizio Silveira Quadro – Coordenador do Projeto

Dr. Erico Kunde Corrêa

Dr. Amauri Antunes Barcellos

Dra. Andrea Souza Castro

Dra. Diuliana Leandro

Técnicos

Dr. Charles Froes

Tec. Elias Lisboa

Acadêmicos

Ana Luiza Bertani Dall Agnol

Andresse Nizolli Rodrigues

Carliana Rouse Favretto

Cauana Schumann

Luiza Souza de Paula

Gustavo Sarubbi Ferraz

Gustavo Farias Lima

Mélory Maria Fernandes de Araújo

Renata Andrade Cezimbra

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ÍNDICE

1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...... 7

1.1 ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DO PLANEJAMENTO...... 7

2 BASES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL ...... 12

2.1 JUSTIFICATIVA ...... 12

2.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES ...... 14

3 OBJETIVOS ...... 18

3.1 GERAL ...... 18

3.2 ESPECÍFICOS ...... 19

4 AÇÕES ...... 19

4.1 UNIVERSO DO PLANO ...... 20

4.2 PÚBLICO ALVO ...... 20

4.2.1 Direto ...... 20

4.2.2 Indireto ...... 21

4.3 LOCAIS DE EXECUÇÃO ...... 22

5 METODOLOGIA E ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS .... 22

5.1 ENCONTROS TÉCNICOS ...... 23

5.1.1 Objetivo Macro da Atividade...... 23

5.1.2 Objetivos Imediatos da Atividade ...... 24

5.1.3 Procedimentos Metodológicos ...... 24

5.2 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS ...... 25

5.2.1 Objetivo Macro da Atividade...... 25

5.2.2 Objetivos Imediatos da Atividade ...... 25

5.2.3 Procedimentos Metodológicos ...... 25

5.3 PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO 26

3

5.3.1 Objetivo Macro da Atividade...... 26

5.3.2 Objetivos Imediatos da Atividade ...... 26

5.3.3 Procedimentos Metodológicos ...... 27

5.4 CONSULTA PÚBLICA ...... 27

5.4.1 Objetivo Macro da Atividade...... 27

5.4.2 Objetivos Imediatos da Atividade ...... 28

5.4.3 Procedimentos Metodológicos ...... 28

5.5 CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO ..... 28

5.5.1 Objetivo Macro da Atividade...... 29

5.5.2 Objetivos Imediatos da Atividade ...... 29

5.5.3 Procedimentos Metodológicos ...... 29

5.6 COMUNICAÇÃO SOCIAL ...... 29

5.6.1 Planejamento da Comunicação Social ...... 30

5.6.2 Produção do Material Informativo ...... 31

5.6.3 Relacionamento com a Imprensa ...... 33

5.7 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO...... 35

6 EQUIPE E PARCERIAS ...... 36

7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ...... 38

8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 40

4

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Localização do município de Morro Redonodo ...... 8 Figura 2 - Acesso ao município de Morro Redondo ...... 9 Figura 3 - Meso região do município de Morro Redondo...... 10 Figura 4 - Micro região do município de Morro Redondo...... 11 Figura 5 - Níveis de influência dos cidadãos. Fonte: Adaptado do Guia para elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011...... 15 Figura 6 - Níveis de participação social, segundo o grau de envolvimento da comunidade na elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. Fonte: Adaptado do Guia para elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011...... 16 Figura 7 - Modos básicos de participação social da comunidade nos Planos Municipais de Saneamento. Fonte: Guia para Elaboração de Planos Municiais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011...... 17 Figura 8 - Diagrama dos objetivos do Plano de Comunicação e Mobilização Social de Morro Redondo/RS...... 18 Figura 9 - Diagrama das atividades a serem desenvolvidas, dentro da metodologia do Plano de Comunicação e Mobilização Social de Morro Redondo/RS...... 23 Figura 10 - Questões fundamentais do Planejamento de Atividades de Comunicação Social...... 31

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Organizações que se relacionam fortemente com a comunidade: agentes que incentivam a participação concreta com as áreas de saneamento ...... 21 Tabela 2- Equipe Técnica com respectivas funções e formação ...... 36 Tabela 3 - Equipe de Fiscalização indicada pela Prefeitura Municipal de Morro Redondo, com indicação de cargo e função ...... 37 Tabela 4 - Composição do Comitê de Coordenação da Política de Saneamento Básico e do PMSB ...... 37 Tabela 5 - Composição do Comitê Executivo da Política de Saneamento Básico e do PMSB ...... 38 Tabela 6 - Estrutura do Governo Municipal de Morro Redondo ...... 38

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1 - Cronograma Físico das Atividades do Programa de Comunicação e Mobilização Social – PCMS ...... 39

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1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente trabalho é parte integrante do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do município de Morro Redondo/RS. Ele baseia- se integralmente no Termo de Referência estabelecido para elaboração de PMSB pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e suas Diretrizes e Parâmetros, publicados em outubro de 2011. O Termo de Referência estabelece a obrigatoriedade de um Plano de Mobilização e Comunicação Social, que visa desenvolver ações para a sensibilização da sociedade quanto à sua importância e sua participação no processo de sua elaboração, atendendo ao inciso V do art. 9º da Lei 11.445/07, que determina estabelecer mecanismos de controle social, nos termos do inciso IV do art. 3º desta Lei. Com o controle social, o Plano Municipal de Saneamento Básico deixa de ser um procedimento exclusivamente técnico, guiado exclusivamente por razões instrumentais, para ser um instrumento de política participativa e democrática. Assim, neste plano estão contempladas as sugestões e recomendações colhidas pelo Comitê Executivo nos diferentes canais de acesso estabelecidos como forma de ordenar a participação.

1.1 ABRANGÊNCIA TERRITORIAL DO PLANEJAMENTO

O município pertence ao Escudo Sul-Riograndense do Estado do Rio Grande do Sul, na Bacia Mirim - São Gonçalo a qual ocupa uma área de 25.666,83 km².

Apresentando 244,64 Km² de território e altitude 245 metros acima do nível do mar, Morro Redondo está localizado entre o paralelo31°35’41’’ de latitude sul e meridiano de52º37’26’’ de longitude oeste, tendo como limites a N-NE e Leste com o município de Pelotas, a SE-S com o município de Capão do Leão, a SO-O com o município de Cerrito, e a O-NO-N com o município de Canguçu.

7

O município encontra-se a 289 Km de Porto Alegre (capital do Estado do Rio Grande do Sul), 38 Km de Pelotas, 28 Km de Canguçu, 31 Km de Capão do Leão e 53 Km do município de Cerrito. Tem como principal acesso à cidade a BR-392 que encontra-se asfaltada.

A seguir, são apresentados mapas de localização e acesso ao município de Morro Redondo e, também, da meso e micro região do mesmo.

Figura 1 - Localização do município de Morro Redonodo

8

Figura 2 - Acesso ao município de Morro Redondo

9

Figura 3 - Meso região do município de Morro Redondo.

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Figura 4 - Micro região do município de Morro Redondo.

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2 BASES PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO SOCIAL

2.1 JUSTIFICATIVA

O presente Plano de Comunicação e Mobilização Social – PCMS gerencia todo o processo de planejamento das ações que serão realizadas no município, define seus objetivos, metas e escopo da mobilização, além de abranger o cronograma e abordar as principais atividades desenvolvidas durante a elaboração do PMSB, envolvendo a participação popular e controle social. O direito à participação da sociedade nos processos de formulação, planejamento, execução e fiscalização de políticas públicas está incorporado em vários mecanismos legais, como a Lei Orgânica da Saúde, Lei nº 8.080/1990; a Política Nacional de Recursos Hídricos, Lei nº 9.433/1997; e o Estatuto das Cidades, Lei nº 10.257/2001, o que não difere na Lei Nacional do Saneamento Básico, Lei nº 11.445/2007, que, em seu Art. 2º, estabelece a importância da participação e gestão da sociedade na formulação de políticas e planos de saneamento como princípio fundamental da prestação dos serviços, o controle social. Nesse sentido, as novas diretrizes para o saneamento básico no país trazem em seu bojo elementos fundamentais que garantam a participação da população nos processos, os quais sejam: (i) o acesso à informação, (ii) a representação técnica; e (iii) a participação na formulação, no planejamento e na avaliação das políticas de saneamento básico. Na formulação da política pública de saneamento básico, a Lei Nacional do Saneamento Básico determina, no seu art. 9º, a necessidade dos titulares fixarem os direitos e deveres dos usuários e os mecanismos de controle social. No que se refere ao controle social, o art. 47 estabelece que este, quanto aos serviços públicos de saneamento básico, poderá incluir a participação em órgãos colegiados de caráter consultivo assegurado a representação: i. Dos titulares dos serviços;

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ii. De órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico; iii. Prestadores de serviços públicos de saneamento básico; iv. Dos usuários de serviços de saneamento básico; v. De entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do consumidor, relacionados ao setor de saneamento básico. Para definir a política pública de saneamento, os municípios e estados podem compor um conselho ou utilizar outro órgão colegiado existente, desde que seja garantida a representação de diversos segmentos da sociedade, incluindo a sociedade civil organizada. Tal estratégia é usada em outras áreas da administração pública, como de meio ambiente, saúde, educação e recursos hídricos, e tem se mostrado importante nos processos de democratização das políticas públicas e na definição de administrações mais compatíveis com as realidades e demandas locais (BRASIL, 2011). Conforme o art. 11, inciso V da Lei nº 11.445/2007, fica estabelecida a necessidade da definição de mecanismos de controle social nas atividades de planejamento, regulação e fiscalização dos serviços, bem como nas contratações de serviços públicos de saneamento. No que tange ao planejamento, a Lei define que a prestação de serviços públicos de saneamento básico deve visar a um Plano de Saneamento Básico, cuja elaboração deverá assegurar a ampla divulgação das propostas contidas nesse plano e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas, conforme § 5º do art. 19 da Lei do Saneamento. Quanto à regulação dos serviços públicos de saneamento, a Lei prevê a elaboração de normas que deverão abranger, dentre outros itens: os padrões de atendimento ao público e mecanismos de participação e informação (inciso X do art. 23 da Lei 11.445/2007). Em resumo, o controle social contido no Art. 3º da Lei nº 11.445/2007, e definido como o “conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico”, é princípio fundamental da referida Lei, e deve ser garantido nas diversas funções de gestão dos serviços públicos

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de saneamento básico, ou seja: no planejamento, na prestação dos serviços, na regulação e na fiscalização. Para tanto, a Lei prevê a necessidade do estabelecimento de normas e mecanismos para que este controle social se efetive. Assim, a Lei do Saneamento descreve não somente o direito da população ao acesso à informação, mas também a necessidade da realização de consultas e audiências públicas como condição para a validade dos contratos e a divulgação dos estudos e das propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico para discussão com a sociedade. Além disso, os municípios e estados podem compor um Conselho ou utilizar outro existente para, dentre outras atribuições, proporcionar o controle social na elaboração, acompanhamento e avaliação das políticas, planos, programas e projetos (BRASIL, 2011).

2.2 PRINCÍPIOS NORTEADORES

Muitas são as ferramentas e os instrumentos utilizados para o planejamento disponíveis na literatura, no entanto, o processo de planejamento do setor de saneamento do município de Morro Redondo deve ter caráter contínuo e desenvolvido em diversas etapas. A começar pela mobilização social, que é um termo comumente confundido com manifestações públicas, passeatas, marchas populares, entre outros, ainda que eventos desse tipo possuam um papel fundamental para a democracia. Também é importante destacar que a participação social é necessária para o planejamento sustentável do município, mas não suficiente. As técnicas de participação melhoram, sem sombra de dúvida, o conhecimento dos problemas da cidade e promovem o envolvimento da sociedade no diagnóstico e na elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, mas requerem a existência de um “filtro crítico”, que deve ser fornecido por profissionais com formação técnico-científica e experiência. Sem a contribuição desses profissionais, a participação da comunidade pode-se diluir em contradições sem obter nenhum resultado. Por isso, a valorização da participação da sociedade não diminui o papel dos técnicos, pelo contrário, entende-se que isso torna a sua tarefa ainda mais complexa e responsável.

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A participação da população, em um processo de mobilização social, é ao mesmo tempo meta e meio. Por isso, não se pode falar da participação apenas como pressuposto, mas também como condição intrínseca e essencial de um processo de mobilização. Obviamente ela se caracteriza como tal, mas a participação cresce em abrangência e profundidade ao longo do processo, o que faz destas duas qualidades (abrangência e profundidade) um resultado desejado e esperado. Participar ou não de um processo de mobilização social é um ato de escolha. Por isso utiliza-se o termo “convocar”, porque a participação é um ato de liberdade. As pessoas são chamadas, mas participar ou não é uma decisão de cada um. Essa decisão depende essencialmente dos cidadãos se verem ou não como responsáveis e como capazes de provocar e construir mudanças. A garantia de promoções continuadas no setor de saneamento básico só pode ocorrer com a existência de uma política de gestão que incorpore a cooperação efetiva da sociedade. A importância da participação e controle social na formulação de políticas e planos de saneamento básico foi reconhecida na Lei Nacional de Saneamento Básico, que os define como princípio fundamental da prestação desse tipo de serviço. De acordo com o Ministério das Cidades (2011), os níveis de participação social definem-se de acordo com o grau de envolvimento da comunidade na elaboração do PMSB. É proposta uma classificação quanto á participação em seis níveis, variando da menor participação (nível zero) para a maior (nível seis), conforme descrito nas Figuras 4 e 5.

Figura 5 - Níveis de influência dos cidadãos. Fonte: Adaptado do Guia para elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011.

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As formas de participação da sociedade organizada são múltiplas e a sua definição é de extrema importância e valia. O objetivo da participação cidadã é conseguir o verdadeiro envolvimento da comunidade na tomada de decisões que vão estabelecer nada menos que a configuração do sistema, isto é, infraestrutura e atividades de saneamento básico do município. Diante disto, para que se possa ter um Plano Municipal de Saneamento efetivamente participativo, é recomendado fixar estratégias de atuação para alcançar os níveis mais elevados de participação, os quais sejam os níveis 4, 5 ou 6, conforme apresentado na Figura 5.

• A comunidade não participa na elaboração e no acompanhamento Nível 0: do PMSB.

Nível 1: •Comunidade é informada do PMSB e assim espera-se sua conformidade.

• Para promover o PMSB, a administração busca apoios que facilitem Nível 2: sua aceitação e o cumprimento das formalidades que permitam sua aprovação.

• A administração apresenta o PMSB já elaborado à comunidade, mediante audiência ou consulta pública, e a convida para que seja Nível 3: questionado, esperando modificá-lo no que for estritamente necessário.

• A administração apresenta à comunidade uma primeira versão do Nível 4: PMSB para que seja debatida e modificada, esperando que o seja em certa medida.

• A administração apresenta à comunidade uma pré-proposta de Nível 5: plano, junto com um contexto de soluções possíveis, convidando-a a tomar decisões que possam ser incorporadas ao PMSB.

• A administração procura a comunidade para que esta diagnostique Nível 6: a situação e tome decisões sobre objetivos a alcançar no PMSB.

Figura 6 - Níveis de participação social, segundo o grau de envolvimento da comunidade na elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. Fonte: Adaptado do Guia para elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011.

Obviamente, a participação da sociedade não pode ocorrer de um modo descontrolado, o que só conduziria a frustrações desnecessárias. Como dito anteriormente, existem inúmeras formas de participação social, no entanto, o

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Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento Básico apresenta três modos básicos de atuação que servem para alcançar os objetivos desejados (Figura 6). É importante salientar que nessas três formas básicas de participação deve haver a presença ativa da Administração Municipal, colaborando no desenvolvimento do processo e assessorando a comunidade participante. No que diz respeito aos participantes, três grandes grupos podem resumir as comunidades na elaboração do PMSB: i. Organizações sociais, econômicas, profissionais, políticas, culturais, etc; ii. População exterior, mas próxima à área afetada pelo PMS; População residente no município.

PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO DIRETA EM FASES POR GRUPOS DE Participação direta da TRABALHO Determinadas por meio comunidade, por meio de de sugestões ou alegações Para temas específicos ou reuniões, apresentações, escritas. atuação institucional. debates e etc.

Figura 7 - Modos básicos de participação social da comunidade nos Planos Municipais de Saneamento. Fonte: Guia para Elaboração de Planos Municiais de Saneamento Básico. BRASIL, 2011.

O planejamento dos serviços de saneamento tem por finalidade a valorização, a proteção e a gestão equilibrada dos recursos ambientais municipais, assegurando a sua harmonização com o desenvolvimento local e setorial através da economia do seu emprego e racionalização dos seus usos. Sendo assim, o Plano Municipal de Saneamento Básico atenderá aos princípios básicos, os quais serão discutidos e acordados com a sociedade.

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3 OBJETIVOS

O Plano de Comunicação e Mobilização Social tem por base o Termo de Referência para elaboração do Plano Municipal de Saneamento, elaborado pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, bem como as diretrizes do Ministério das Cidades. Os objetivos estão divididos em: (I) geral, que viabilizam a participação da sociedade na construção do PMSB; e (II) específicos, que por sua vez possuem caráter operacional. A Figura 7 mostra o digrama dos objetivos do PCMS, sendo que aquelas questões de ordem mais prática foram incluídas no item “Ações”.

Participar do planejamento

Avaliação, Sensibilizar Divulgar o respostas e a sociedade processo fiscalização

Disponibilizar as informações

Figura 8 - Diagrama dos objetivos do Plano de Comunicação e Mobilização Social de Morro Redondo/RS.

3.1 GERAL

Sensibilizar a sociedade a respeito da importância do Plano Municipal de Saneamento Básico e a relevância que tem a participação da coletividade em sua elaboração.

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3.2 ESPECÍFICOS

A sensibilização da sociedade deverá ser buscada por meio dos seguintes objetivos específicos: i. Incentivar a participação no processo de planejamento dos serviços de saneamento básico; ii. Divulgar amplamente o processo, as formas e canais de participação e informar os objetivos e desafios do PMSB; iii. Disponibilizar as informações necessárias à participação qualificada da sociedade nos processos decisórios do PMSB; iv. Garantir as avaliações e as respostas às todas as emendas, assim como fiscalização e regulação dos serviços de saneamento básico;

4 AÇÕES

Para que sejam alcançados os objetivos descritos acima, deverão ser realizadas as seguintes ações: i. Identificar os diferentes seguimentos de organizações sociais no município; ii. Levantamentos da participação social no município; iii. Realizar reuniões dinâmicas com ampla participação social para estimular os participantes; iv. Levantar os possíveis sistemas de comunicação locais, bem como sua capacidade de difusão das informações; v. Possibilitar o acesso a informações necessárias à participação qualificada da sociedade no Plano; vi. Possibilitar o entendimento dos diferentes setores de segmento público as informações técnicas; vii. Estimular o comprometimento da sociedade e o cumprimento da participação da comunidade no processo de elaboração; viii. Promover a discussão sob aspectos relacionados a fragilidades sentidas pela população em relação ao saneamento básico;

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ix. Levantar prioridades de atendimento relacionadas a cada bairro/localidade; x. Coletar subsídios para a elaboração do PMSB; xi. Submeter o PMSB a uma avaliação pelos conselhos municipais e demais atores sociais envolvidos com a temática do saneamento; xii. Apresentar a versão final do PMSB para a população; xiii. Obter o parecer de aprovação da população interessada na construção do Plano, garantindo sua efetiva participação contemplando suas necessidades no PMSB; xiv. Averiguar se as informações concedidas pelos líderes comunitários conferem com os anseios da população; xv. Buscar contemplar espaços já constituídos para a elaboração de outros planos, a exemplo do Plano Diretor, Plano de Habitação, Mobilidade Urbana; xvi. Estabelecer parcerias para mobilização da sociedade com universidades, empresas públicas, autarquias, secretarias, organizações comunitárias; xvii. Estabelecer parcerias com os conselhos municipais.

4.1 UNIVERSO DO PLANO

O universo do Plano de Comunicação e Mobilização Social - PCMS abrange a população total residente do município de Morro Redondo/RS.

4.2 PÚBLICO ALVO

O PCMS envolve a população de forma direta e indireta, considerando a participação de muitas e diferentes pessoas, conforme detalhamento a seguir.

4.2.1 Direto

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O público alvo direto do PMSB são os agentes que se relacionam de forma mais concreta e imediata com a área de saneamento básico, sendo que o êxito do PCMS depende em grande parte de sua participação. Abrangem as organizações sociais, econômicas, profissionais, políticas, culturais, lideranças comunitárias, movimentos sociais, conselhos municipais, entre outros atores sociais. Assim, na Tabela 1 estão destacadas algumas instituições que estão em contato com a população, e por este motivo são agentes de disseminação a respeito de informações sobre o saneamento.

4.2.2 Indireto

O público alvo indireto pode é considerado a parcela da população que se relaciona de forma mais passiva com a temática do saneamento básico. Durante o processo de elaboração do PMSB pretende-se transformar parte do público indireto em população diretamente envolvida por meio da consolidação das audiências públicas e da conferência municipal.

Tabela 1 - Organizações que se relacionam fortemente com a comunidade: agentes que incentivam a participação concreta com as áreas de saneamento

Instituição Telefone Endereço

Brigada Militar (53) 3224-0233 Av. das Acácias, 49

Câmara Municipal de Vereadores (53) 3224-0333 / 3224-1118 / Av. dos Pinhais, 63 3224-0132 Conselho Tutelar (53) 3224-0434 Praça São Pedro, 2

Estação Rodoviária (53) 3224-0050 Av. Jacarandá, 564

Hospital Dr. Ernesto Mauricio Arndt (53) 3224-0076 Av. Jacarandá

Polícia Civil (53) 3224-0177 Av. dos Pinhais, 47

Secretaria de Saúde e Assistência (53) 3224-1174 / 3224-0207 / Rua das Hortências, 3 Social 81179459

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4.3 LOCAIS DE EXECUÇÃO

De acordo com o Termo de Referência para Elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, a execução do PCMS deve ser programada por Unidade Censitária com encontros previstos para o segundo, quarto e sexto mês após a entrega do respectivo plano, sendo que, ao término de cada encontro, deverá estar prevista Audiência Pública como conclusão do processo em cada Unidade. Porém, como o município tem uma população muito pequena nas unidades censitárias, as audiências públicas se farão no Centro do município, onde há uma maior mobilização de pessoas devido a sua localização. Dessa forma, os eventos foram distribuídos em várias etapas, contemplando a realização dos encontros técnicos, audiências públicas, Pré- Conferência Municipal de Saneamento Básico, Consultas Públicas e Conferência Municipal de Saneamento Básico. Os locais para a realização dos eventos serão sugeridos em função de sua localização central dentro da região central do município, podendo ser substituído por razões de agenda ou da opção por espaços maiores e dotados de melhor infraestrutura, em local central, com facilidade de acesso e transporte público.

5 METODOLOGIA E ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS A proposta metodológica para elaboração do Plano de Comunicação e Mobilização Social fundamenta-se o princípio do controle social, estabelecido pela Lei nº 11.445/07 (inciso IV, do art. 3º), que consiste em uma série de ações e instrumentos de conduta que garantem aos cidadãos a informação, as representações técnicas e a participação nos processos de formação de políticas, de planejamento e de avaliação, relacionados aos serviços de saneamento básico.

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Figura 9 - Diagrama das atividades a serem desenvolvidas, dentro da metodologia do Plano de Comunicação e Mobilização Social de Morro Redondo/RS.

A Figura 8 mostra o diagrama de representação das atividades a serem desenvolvidas na realização do Plano de Comunicação e Mobilização Social do PMSB do município de Morro Redondo/RS. Na sequência, seguem os itens específicos, que descrevem cada uma das atividades previstas.

5.1 ENCONTROS TÉCNICOS

A atividade será realizada a partir da inserção da equipe técnica na comunidade, onde se pretende estabelecer espaços de diálogo acerca do processo de construção do PMSB, obedecendo ao princípio da ação participativa, um dos principais pilares construtivos do presente documento.

5.1.1 Objetivo Macro da Atividade

Apresentar a proposta e colher informações com representantes das associações de bairros ou de moradores, sobre a situação atual do saneamento básico do município.

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5.1.2 Objetivos Imediatos da Atividade

São os objetivos que devem ser alcançados no início do processo, visando abranger uma parcela da população de forma instantânea. i. Ampliar a discussão sobre aspectos relacionados ao saneamento básico; ii. Promover a interação e o comprometimento da comunidade no processo de elaboração do PMSB; iii. Listar as prioridades de atendimento da população envolvida; iv. Coletar subsídios para a elaboração do PMSB.

5.1.3 Procedimentos Metodológicos

O roteiro dos encontros técnicos terá as seguintes ações, que servirão como base para orientação dos membros da equipe: i. Apresentação da equipe; ii. Esclarecer os objetivos e metodologia do PMSB; iii. Esclarecer os objetivos dos Encontros Técnicos e a importância da participação da comunidade nas Audiências Públicas e demais eventos; iv. Coordenar o trabalho de grupo garantindo a participação de todos os envolvidos; v. Incentivar o grupo a expor suas ideias; A partir de questões levantadas pelo condutor, espera-se que os envolvidos contribuam com ideias e sugestões, de forma objetiva e espontânea, para solução de problemáticas relacionadas ao saneamento básico, estimulando a comunidade a refletir conjuntamente com a equipe técnica. Nessa instância, serão levantadas questões quanto à dotação de infraestrutura e de qualidade dos serviços de abastecimento e tratamento de água, de esgotamento sanitário, de coleta e disposição final de resíduos sólidos e de drenagem de águas pluviais, a fim de nortear a discussão e facilitar o encaminhamento dos resultados.

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Além das anotações, mapas impressos serão utilizados como forma de registrar e especializar os principais problemas de saneamento básico de cada bairro/localidade, que serão apontados pelos membros da comunidade.

5.2 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Atividade aberta a toda a população, que consiste em uma derivação da atividade anterior (encontro técnico), abrangendo o máximo de pessoas possível.

5.2.1 Objetivo Macro da Atividade

Apresentar a proposta de trabalho do PMSB e a sintetização das informações obtidas nos diagnósticos para a população da área de abrangência.

5.2.2 Objetivos Imediatos da Atividade

i. Ampliar a discussão sobre aspectos relacionados ao saneamento básico; ii. Promover a interação e o comprometimento da comunidade no processo de elaboração do PMSB; iii. Listar as prioridades de atendimento aos serviços de saneamento básico, apontadas pelos representantes de cada bairro/localidade; iv. Verificar se as informações fornecidas pelos líderes comunitários coincidem com os anseios da população da área de abrangência.

5.2.3 Procedimentos Metodológicos

As audiências públicas terão como roteiro as seguintes ações sequenciais, que servirão como base de orientação para o condutor e demais membros da equipe:

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i. Apresentação da equipe; ii. Esclarecer os objetivos e metodologia do PMSB; iii. Esclarecer os objetivos dos Encontros Técnicos, das Audiências Públicas e a importância da participação da comunidade; iv. Enumerar as prioridades apontadas pelos representantes de cada bairro/localidade; v. Oportunizar um espaço para críticas, sugestões e questionamentos pela população; vi. Sistematizar as falas, de modo a focar nas questões relevantes que não foram apontadas na etapa anterior, registrando-as em ata.

5.3 PRÉ-CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

Atividade que visa submeter o PMSB a um comitê consultivo composto por atores sociais, principalmente da sociedade civil organizada, tais como: Organizações não Governamentais (ONG’s), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), associações, cooperativas, sindicatos, movimentos sociais, conselhos municipais, comitê de bacia hidrográfica, companhias de saneamento, universidades, instituições, gestores públicos, parlamentares, entre outros.

5.3.1 Objetivo Macro da Atividade

Submeter o PMSB a uma avaliação pelos conselhos municipais e demais atores-chave diretamente envolvidos com a temática do saneamento.

5.3.2 Objetivos Imediatos da Atividade

Aqueles que são resultado da Pré-Conferência, obtidos através da contribuição instantânea dos envolvidos:

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i. Buscar contemplar espaços já constituídos para a elaboração de outros planos, a exemplo do Plano Diretor, Plano de Habitação, Mobilidade Urbana; ii. Estabelecer parcerias para mobilização da sociedade com universidades, empresas públicas, autarquias, secretarias, organizações comunitárias; iii. Estabelecer parcerias com os conselhos municipais.

5.3.3 Procedimentos Metodológicos

A Pré-Conferência Municipal de Saneamento Básico deverá ser realizada tendo como orientação os seguintes procedimentos: i. Apresentação da equipe; ii. Explanar sobre o processo de construção social do PMSB; iii. Apresentar os resultados obtidos; iv. Oportunizar críticas, sugestões e questionamentos por parte dos atores que compõem o comitê consultivo; v. Sistematizar as falas, de modo a focar nas questões relevantes, registrando-as em ata e incorporando-as ao documento final.

5.4 CONSULTA PÚBLICA

Atividade destinada à apreciação da versão preliminar do PMSB por parte da população, que será motivada a fazer uma avaliação por meio de consulta pública.

5.4.1 Objetivo Macro da Atividade

Obter o parecer da população interessada diretamente na construção do plano, garantindo que suas opiniões e necessidades estejam contempladas no PMSB.

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5.4.2 Objetivos Imediatos da Atividade

Objetivos considerados de curto prazo, sendo: i. Divulgar amplamente a atividade; ii. Coletar contribuições da população ao PMSB; iii. Avaliar as contribuições enviadas; iv. Garantir respostas à população e divulgar resultados.

5.4.3 Procedimentos Metodológicos

A Consulta Pública deverá ter suas diretrizes estabelecidas por Portaria Municipal, conforme Termo de Referência para elaboração do PMSB. No Anexo I são apresentados, como referencial técnico e legal, a Portaria do Ministério das Cidades nº330/2012, de 25 de julho de 2012, que torna pública a realização de Consulta Pública sobrea Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB. Também está contida a Instrução Normativa nº 12, de 14 de junho de 2012, que altera a Instrução Normativa nº 22, de 10 de maio de2011, que regulamenta, no âmbito do Ministério das Cidades, o processo de realização de audiências públicas e consultas públicas referentes à proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico. As críticas e sugestões, exclusivamente sobre a proposta de texto do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB, devidamente justificadas, deverão ser encaminhadas por escrito, por meio de formulário eletrônico interativo, a ser disponibilizado em seção específica do site http://alm.ufpel.edu.br/. A seção específica do site deverá ter uma interface “amigável”, intuitiva e de fácil localização das informações para a coleta e divulgação dos resultados da Consulta Pública, bem como o uso de ferramentas computacionais adequadas para apuração e sistematização dos resultados.

5.5 CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

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Atividade que tem por finalidade a apresentação e entrega do produto final do Plano Municipal de Saneamento Básico, direcionada a toda a população do município.

5.5.1 Objetivo Macro da Atividade

Apresentar para a população do município do Morro Redondo a versão final do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB.

5.5.2 Objetivos Imediatos da Atividade

i. Ampliar a discussão sobre aspectos relacionados ao saneamento básico. ii. Estimular o diálogo considerando a tradução do saber técnico e saber popular por meio de reuniões.

5.5.3 Procedimentos Metodológicos

A Conferência Municipal de Saneamento Básico deverá ser realizada tendo como orientação os seguintes procedimentos: i. Apresentação da equipe; ii. Destacar a importância do papel da sociedade na construção do PMSB; iii. Apresentar os resultados obtidos; iv. Entrega formal da versão final do PMSB.

5.6 COMUNICAÇÃO SOCIAL

Na essência da ação conduzida pelos movimentos sociais está a mobilização, tendo em vista que, sem apoio, dificilmente uma organização conseguirá promover mudanças capazes de gerar a transformação desejada. Para tanto, é necessária a união dos cidadãos, das organizações sociais e do poder público, todos afinados em busca de um mesmo ideal. A comunicação

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surge como base fundamental para esse processo. Afinal, mobilizar é comunicar sentidos, compartilhar expectativas, discutir e construir consensos e estratégias em torno de um mesmo horizonte. Tendo como premissa a participação da sociedade e a oportunidade de discussão criada aos cidadãos do município para que eles possam discutir aspectos relacionados ao saneamento básico, estão previstos no processo de elaboração do PMSB, o uso dos instrumentos de comunicação social. Esses instrumentos visam divulgar e mobilizar a população, em seus diferentes segmentos, para sua efetiva participação na construção do PMSB. A seguir, são detalhadas informações acerca das três etapas previstas para o desenvolvimento da atividade de Comunicação Social, sendo estas: i. Planejamento da Comunicação Social; ii. Produção do Material Informativo; iii. Relacionamento com a Imprensa.

5.6.1 Planejamento da Comunicação Social

No processo de mobilização social, mais do que sensibilizar as pessoas para a importância de planejar o saneamento básico municipal, é preciso mostrar que todas podem e devem contribuir na elaboração do PMSB. Para a convocação das pessoas será realizado um planejamento em um primeiro momento para organizar as atividades de comunicação social de forma a evitar o risco de um efeito contrário. De modo geral, a tendência dos indivíduos é de se afastar quando não conseguem compreender sua função e os propósitos da ação. Para tanto, é necessário estabelecer reuniões de planejamento entre a equipe responsável pelo PMSB para delinear e responder as seguintes questões: por que comunicar e para que comunicar? Com quem, o que e como comunicar? Quem vai comunicar? Para ajudar a responder a essas questões é feito um detalhamento através de um fluxograma, conforme descrito a seguir na Figura 9.

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Figura 10 - Questões fundamentais do Planejamento de Atividades de Comunicação Social.

5.6.2 Produção do Material Informativo

Após a fase de planejamento da comunicação, incluindo os levantamentos dos veículos de comunicação, público-alvo e conteúdos a serem trabalhados, vem a etapa de produção do material informativo. Previamente, se estabeleceu a produção e edição de materiais impressos, por seu registro mais duradouro, facilidade de distribuição e armazenamento. Em termos de projeto gráfico e linha editorial, será dada a preferência pela produção de materiais com textos sintéticos, mais objetivos e complementados por imagens que ajudem na compreensão do conteúdo. A seguir são apresentados os instrumentos básicos que serão utilizados na atividade de comunicação social.

5.6.2.1 Folder

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Instrumento impresso de divulgação que traz, de forma rápida, atraente e objetiva, as principais informações sobre o Plano Municipal e Saneamento. O folder do PMSB descreverá, resumidamente, os seguintes conteúdos: i. Lei Nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico; ii. Obrigatoriedade de elaboração de planos municipais de saneamento; iii. Importância do saneamento básico para a melhoria das condições de vida da população; iv. Importância da participação da sociedade no processo de construção do Plano. v. Objetivos, canais e formas de participação. O folder terá um caráter mais atemporal, isto é, não haverá informações que sejam superadas rapidamente durante o processo de elaboração do PMSB.

5.6.2.2 Cartaz

Instrumento impresso afixado de forma que seja visível em locais públicos, tendo como função principal divulgar uma informação visualmente. Os cartazes do PMSB, diferentemente dos folders, serão temporais, trazendo informações acerca dos eventos: audiências, consultas, pré-conferência e conferência.

5.6.2.3 Banner

Instrumento de comunicação impressa, tendo como objetivo a divulgação em espaços fechados. Os banners do PMSB serão utilizados nos eventos para apresentar visualmente as etapas do processo e sínteses dos estudos produzidos (diagnósticos, prognósticos, ações, instrumentos, etc.). O material será produzido com base nos subsídios fornecidos na fase de planejamento da comunicação, bem como nos materiais de referência produzidos pelo Ministério das Cidades, com adequada sintonia entre as

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imagens e texto, visando maior poder de “atração” do público presente nos eventos.

5.6.2.4 Site

Com o crescimento da inclusão digital e facilidade de acesso, a internet tem se tornado uma das principais fontes de informação e de compartilhamento de conteúdos da atualidade. Há diversas ferramentas que podem ajudar na veiculação de informação sobre os temas trabalhados para a mobilização social, sendo o site apenas uma delas. O site é um espaço virtual composto por uma ou mais páginas e que pode ser acessado por meio de um endereço eletrônico. Por meio do site, será possível disponibilizar um grande contingente de informações do PMSB, incluindo os estudos, agenda de eventos, resultados dos eventos, etc.

5.6.3 Relacionamento com a Imprensa

Os veículos de comunicação têm um papel fundamental na construção da opinião pública, pois se sabe que as mudanças sociais só acontecem quando são entendidas e consideradas desejáveis por muitas pessoas. Dessa forma, é essencial estabelecer um canal de diálogo junto aos jornalistas aberto à discussão e à abordagem dos temas relacionados ao saneamento básico. De modo geral, os veículos de comunicação estão abertos à proposição de pautas da sociedade, mas para que elas sejam aceitas, precisam ser levadas ao lugar certo e na hora certa.

5.6.3.1 Mapeamento dos Veículos de Comunicação

Após identificar os veículos de comunicação com os quais se pretende trabalhar durante a elaboração do PMSB, tais como jornais, rádios, TVs, etc., será elaborado um mailing, lista de contatos sobre veículos de comunicação, contendo nomes, telefones, fax, e-mails, cargos e editorias dos jornalistas. Também é desejável reunir informações sobre os dias e horários das reuniões de pauta, momento em que são fechados os assuntos a serem tratados e

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também fica definido quem será o responsável por receber as sugestões de pauta. Está prevista a elaboração de comunicados de imprensa (releases), para informações sobre o andamento do PMSB, bem como a divulgação da agenda dos eventos. Além dos releases, serão solicitados pedidos de pauta para agendamento de entrevistas e cobertura dos principais eventos, como a Conferência Municipal de Saneamento Básico. Esses materiais de impressa deverão ser previamente aprovados pela equipe técnica do Departamento de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente e, posteriormente, enviados ao mailing do Plano Municipal de Saneamento Básico. Foi identificado um veículo de comunicação que atua no município, a rádio Bomfim.

5.6.3.2 Sensibilização

Concluída a etapa de mapeamento dos veículos, concomitantemente à elaboração do mailing, serão realizadas reuniões com jornalistas com o objetivo de sensibilizar os mesmos a respeito do tema do saneamento básico e a importância do PMSB para o futuro do município. Serão reunidas as principais informações sobre o processo, os desafios e os objetivos a serem alcançados, os quais permitam que os profissionais de imprensa possam ter oportunidade de pauta durante o período de elaboração do plano.

5.6.3.3 Atendimento e Entrevista

Quando uma organização começa a estabelecer um bom relacionamento com a mídia, é comum que os jornalistas, por iniciativa própria, passem a buscá-lo para ter informações, dados ou entrevistados para suas matérias. Quando isso acontece, é sinal de que a organização está sendo reconhecida como um bom interlocutor. Portanto, é importante que a equipe esteja preparada para ser ágil nos retornos, evitando causar má impressão ou, até mesmo, perdendo o contato com repórter.

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A entrevista é um dos momentos mais importantes no processo de produção jornalística, mas também é um dos que mais gera polêmica. O convidado para uma entrevista é corresponsável por aquela informação que será veiculada e, por isso, precisa ter clareza ao passá-la ao jornalista. Por isso, a SMMA deverá indicar previamente as pessoas responsáveis por relatar sobre o PMSB para as solicitações de pauta de entrevista enviadas aos veículos de comunicação.

5.7 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O Plano de Comunicação e Mobilização Social - PCMS prevê a implementação de um sistema de Monitoramento e Avaliação baseado na combinação de várias abordagens, com maior ênfase nas ferramentas baseadas em metas. A dimensão Monitoramento consistirá na coleta sistemática e análise de como o PCMS evolui, buscando melhorar a sua eficiência e a sua eficácia, envolvendo os seguintes aspectos: i. Estabelecer indicadores de eficiência, de eficácia e de impacto; ii. Estabelecer sistemas para coleta de informações, relacionando os indicadores definidos; iii. Coletar e armazenar a informação; iv. Analisar a informação; v. Utilizar a informação para informar ao gerenciamento periódico. A dimensão Avaliação terá um caráter formativo, sendo elaborada ao mesmo tempo em que o PCMS estará sendo desenvolvido, e servirá basicamente para: i. Avaliar o que o PCMS pretende atingir; ii. Reconhecer seu progresso em relação ao previsto, suas metas de impacto; iii. Examinar se houve eficácia na estratégia proposta; iv. Examinar se houve o uso eficiente dos recursos.

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6 EQUIPE E PARCERIAS

A Tabela 2 relaciona a equipe técnica a ser mobilizada à medida que a atuação de cada especialista se fizer necessária, em conformidade com o cronograma de alocação de equipe apresentada no Plano de Trabalho. Em função do andamento dos trabalhos, serão realizados os ajustes necessários ao bom andamento do PMSB e atendimento ao prazo de execução, de 16 meses. Tabela 2- Equipe Técnica com respectivas funções e formação

Nome Função/Especialidade Formação Maurizio Silveira Quadro Professor Coordenador Engenharia Agrícola Erico Kunde Corrêa Professor Engenharia Agronômica Amauri Antunes Barcelos Professor Engenharia Agronômica Andrea Souza Castro Professora Engenharia Agrícola Diuliana Leandro Professora Engenharia Cartográfica Elias Lisboa Técnico responsável Charles Froes Técnico responsável Ecologia Estudante de Engenharia Ambiental Ana Luiza Bertani Dall Agnol Estagiária e Sanitária Andressa Nizolli Rodrigues Estagiária Estudante de Engenharia Hídrica Estudante de Engenharia Ambiental Carliana Rouse Favretto Estagiária e Sanitária

Cauana Schumann Estudante de Engenharia Ambiental Estagiária e Sanitária Estudante de Engenharia Ambiental Luiza Souza de Paula Estagiária e Sanitária Estudante de Engenharia Ambiental Gustavo Sarubbi Ferraz Estagiário e Sanitária Estudante de Engenharia Ambiental Gustavo Farias Lima Estagiário e Sanitária Mélory Maria Fernandes de Estagiária Estudante de Engenharia Hídrica Araujo Estudante de Engenharia Ambiental Renata Cezimbra Estagiária e Sanitária

Na Tabela 3 é apresentada a equipe de fiscalização do Departamento de Vigilância em Saúde e Meio Ambiente, a qual será responsável, entre outras prerrogativas, pelo acompanhamento do PCMS, aprovação do material de

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imprensa e gráfico produzido, interlocução em entrevistas nos veículos de imprensa, bem como presidir a mesa das audiências e conferências.

Tabela 3 - Equipe de Fiscalização indicada pela Prefeitura Municipal de Morro Redondo, com indicação de cargo e função

Nome Cargo Função

Secretário de Agricultura e Miguel Ângelo Goulart Paiva Secretário Desenvolvimento Rural

Secretaria de Obras e Darlan Guidotti de Melo Secretário Urbanismo

Darli Rosana Lettnin Thiel Secretaria de Finanças Secretária

Darli Rosana Lettnin Thiel Secretaria de Administração Secretária

Secretário de Educação e Rui Valdir Otto Brizolara Secretário Cultura

Secretaria de Saúde e Idelvani Tessmer Müller Secretário Assistência Social

Natali Rodrigues dos Santos Setor do Meio Ambiente Chefe de Departamento

A formulação da Política Pública de Saneamento Básico, incluindo o Plano Municipal de Saneamento Básico, é compartilhada pelo Comitê de Coordenação e o Comitê Executivo, responsáveis, respectivamente, pela coordenação e pela operacionalização do processo. Ambos os comitês acompanharão as ações de comunicação e mobilização social, especialmente no que se refere à criação de grupos de trabalho e apreciação do PMSB pelos conselhos municipais. A seguir, são apresentadas as suas composições.

Tabela 4 - Composição do Comitê de Coordenação da Política de Saneamento Básico e do PMSB

Nome Setor da Administração

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Natali Rodrigues dos Santos Setor do Meio Ambiente Secretaria de Obras, Urbanismo e Darlan Guidotti de Melo Trânsito

A tabela 5, a seguir, apresenta a composição do Comitê Executivo da Política de Saneamento Básico e do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Tabela 5 - Composição do Comitê Executivo da Política de Saneamento Básico e do PMSB

Nome Setor da Administração Natali Rodrigues dos Santos Setor do Meio Ambiente Secretaria de Obras, Urbanismo e Darlan Guidotti de Melo Trânsito

Na Tabela 6 estão especificados os componentes e estrutura do Governo Municipal de Morro Redondo.

Tabela 6 - Estrutura do Governo Municipal de Morro Redondo

Nome Função Setor Administrativo Rui Valdir Otto Brizolara Prefeito Municipal Gabinete Diocélio Jaeckel Vice-Prefeito Gabinete Secretaria Municipal de Darli Rosana Lettnin Thiel Secretária Administração Secretaria Municipal de Darli Rosana Lettnin Thiel Secretária Finanças Secretaria Municipal de Rui Valdir Otto Brizolara Secretário Educação e Cultura Secretaria Municipal de Idelvani Tessmer Müller Secretário Saúde e Assistência Social Secretaria de Obras, Darlan Guidotti de Melo Secretário Urbanismo e Trânsito Secretaria de Agricultura e Miguel Paiva Secretário Desenvolvimento Rural Natali Rodrigues dos Santos Chefe do Departamento Setor do Meio Ambiente

7 CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

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A sequência cronológica de desenvolvimento das etapas e atividades previstas para o Plano de Comunicação e Mobilização Social - PCMS é identificada na no Quadro 1, apresentada em continuação. Este cronograma deverá ser ajustado a partir da segunda reunião com a fiscalização, que deverá aprovar as datas e locais dos encontros técnicos, audiências públicas, Pré- conferência e Conferência Municipal de Saneamento Básico e Consulta Pública. Quadro 1 - Cronograma Físico das Atividades do Programa de Comunicação e Mobilização Social – PCMS

Atividade Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

Construção do Plano de Mobilização e Comunicação Social

Caracterização geral do município

Identificação os diferentes seguimentos de organizações sociais no município

Levantamento da participação social no município

Mapeamento dos Veículos de Comunicação

Coleta de subsídios para a elaboração do PMSB

Encontros técnicos

Audiências públicas

Conferência municipal de

saneamento básico

Entrega do Plano

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8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDI; Oficina de Imagens. Comunicação e mobilização social: orientações para incidir empolíticas públicas. 2.ed. Belo Horizonte: Oficina de Imagens, 2009. 80 p.; (Coleção CadernosNovas Alianças; 1). BOCK, UDO. Briefing Básico de Comunicação para processos de Mobilização Social.In: Congresso Brasileiro de Publicidade, 4., 2008, São Paulo. Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2012. BRASIL. Lei 11.445, 5 jan. 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico;altera as Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666,de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei no 6.528, de 11 demaio de 1978; e dá outras providências. Publicado no DOU de 8.1.2007 e retificado no DOUde 11.1.2007. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2012. BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho das Cidades. Resolução n. 25, de 18 de marçode 2005. Publicado no DOU de 30.3.2005. : . Acesso em: 12 jul.2012. BRASIL. Ministério das Cidades. Organização Pan-Americana da Saúde. Política e Planode Saneamento Ambiental: experiências e recomendações. 2 ed. Brasília: Ministério dasCidades, 2011. 148 p. Disponível: . Acesso em: 12 jul. 2012. BRASIL. Ministério das Cidades. Peças Técnicas Relativas a Planos Municipais deSaneamento Básico. Brasília, DF: Ministério das Cidades, 2011. 244 p. Disponível:. Acesso em: 12 jul. 2012. BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Programade Educação Ambiental e Mobilização Social em Saneamento. Caderno metodológicopara ações de educação ambiental e mobilização social em saneamento. Brasília, DF:Ministério das Cidades, 2009. 100 p. Disponível em: . Acessoem: 12 jul. 2012. FERREIRA, JEFFERSON; ROBAINA, LUIS EDUARDO DE SOUSA. Expansão urbana e oestabelecimento do risco aos desastres por inundação: o caso de Rio Grande/RS. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO, 1 e SEMINÁRIO DE PÓSGRADUAÇÃOEM GEOGRAFIA DA UNESP, 20., 2010, Rio Claro. Anais... Rio Claro:UNESP, 2010. p. 2376-2395. Disponível em: .Acesso em: 26 jun. 2012. GALVÃO JUNIOR, ALCEU DE CASTRO et al. A Informação no Contexto dos Planos deSaneamento Básico. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2010. 285 p. Disponível:. Acesso em: 12 jul. 2012. LINO, ANTONIO. Mobilização Social. São Paulo: Museu da Pessoa, 2008. Disponível em:. Acesso em: 27 jun. 2012. TORO A., JOSÉ BERNARDO; WERNECK, NÍSIA MARIA DUARTE. Mobilização Social:um modo de construir a democracia e a participação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007. 104

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ANEXO I PORTARIA Nº 330, DE 24 DE JULHO DE 2012.

MINISTÉRIO DAS CIDADES GABINETE DO MINISTRO DOU de 25/07/2012 (nº 143, Seção 1, pág. 50)

Torna pública a realização de Consulta Pública sobre a Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico - Plansab. O MINISTRO DE ESTADO DAS CIDADES, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal, o inciso III do art. 27 da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, o art. 1º do Anexo I do Decreto nº 4.665, de 3 de abril de 2003, e, considerando a relevância da etapa de divulgação e debate da proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) para o Brasil, previsto no parágrafo único do art. 51 da Lei 11.445, de 5 de janeiro de 2007, além do inciso II do art. 26 e do parágrafo único do art. 61 do Decreto nº 7.217, de 21 de junho de 2010; considerando que coube à Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades a coordenação da elaboração da proposta do PLANSAB ora em discussão, atribuída pelo inciso I do art. 52 da Lei 11.445/2007; considerando o que disciplina a Instrução Normativa nº 22, de 10 de maio de 2011, alterada pela Instrução Normativa nº 12, de 14 de junho de 2012, ambas do Ministério das Cidades, resolve: Art. 1º - Tornar pública a realização de Consulta Pública sobre a Proposta do Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB. Art. 2º - Poderão ser encaminhadas ao Ministério das Cidades, em até 61 (sessenta e um) dias, contados da publicação desta Portaria nº 330, de 24 de julho de 2012, sugestões que possam contribuir para o aperfeiçoamento do Plano, por intermédio do sistema de informação, disponível a partir do endereço eletrônico: http://www.cidades.gov.br.

Art. 3º - A disciplina desta Consulta Pública segue os dispositivos previstos na Instrução Normativa nº 22, de 10 de maio de 2011, alterada pela Instrução Normativa nº 12, de 14 de junho de 2012, e pela Instrução Normativa nº 26, de 3 de setembro de 2012, todas do Ministério das Cidades.

Art. 4º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

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