22 Regiões De Desenvolvimento Do Estado Do Maranhão (Proposta
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0 GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS E CARTOGRÁFICOS – IMESC DIRETORIA DE ESTUDOS AMBIENTAIS E CARTOGRÁFICOS - DEAC REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO MARANHÃO PROPOSTA AVANÇADA São Luís – MA 2018 1 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 2 2 BREVE HISTÓRICO DA REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MARANHENSE................................................................................................ 3 3 REGIÕES DE DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DO MARANHÃO.. 15 3.1 Procedimentos Metodológicos para Criação das Regiões de Desenvolvimento................................................................................................ 15 3.2 Toponímia das Regiões De Desenvolvimento.................................................. 22 3.2.1 Regiões com Referências ao Relevo.................................................................... 22 3.2.2 Regiões com Referências à Hidrografia.............................................................. 22 3.2.3 Regiões com Referências à Vegetação................................................................ 22 3.2.4 Regiões com Referências à Etnia........................................................................ 23 3.2.5 Regiões com Referências à Área de Influência................................................... 23 3.3 Definição do Município - Polo das Regiões de Desenvolvimento................... 23 3.4 Perfil das Regiões de Desenvolvimento do Estado do Maranhão................... 23 3.4.1 Região de Desenvolvimento Metropolitana de São Luís.................................... 23 3.4.2 Região de Desenvolvimento da Amazônia Maranhense..................................... 27 3.4.3 Região de Desenvolvimento do Mearim............................................................. 29 3.4.4 Região de Desenvolvimento de Gerais de Balsas............................................... 32 3.4.5 Região de Desenvolvimento das Serras.............................................................. 35 3.4.6 Região de Desenvolvimento dos Lençóis Maranhenses..................................... 37 3.4.7 Região de Desenvolvimento dos Timbiras.......................................................... 39 3.4.8 Região de Desenvolvimento dos Cocais.............................................................. 42 3.4.9 Região de Desenvolvimento do Alpercatas........................................................ 44 3.4.10 Região de Desenvolvimento das Reentrâncias Maranhense............................... 46 3.4.11 Região de Desenvolvimento do Gurupi Maranhense......................................... 49 3.4.12 Região de Desenvolvimento do Tocantins Maranhense..................................... 52 3.4.13 Região de Desenvolvimento do Médio Itapecuru............................................... 55 3.4.14 Região de Desenvolvimento do Médio Mearim................................................. 57 3.4.15 Região de Desenvolvimento da Baixada Maranhense........................................ 61 3.4.16 Região de Desenvolvimento dos Guajajaras....................................................... 63 3.4.17 Região de Desenvolvimento do Pindaré.............................................................. 66 3.4.18 Região de Desenvolvimento do Sertão Maranhense........................................... 69 3.4.19 Região de Desenvolvimento do Médio Parnaíba Maranhense............................ 71 3.4.20 Região de Desenvolvimento do Delta das Américas.......................................... 74 3.4.21 Região de Desenvolvimento dos Campos e Lagos............................................. 76 3.4.22 Região de Desenvolvimento do Baixo Parnaíba Maranhense............................ 79 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................... 82 REFERÊNCIAS................................................................................................ 84 2 1 INTRODUÇÃO A desigualdade constitui um dos traços marcantes da história das civilizações. Os diferentes níveis e padrões de desenvolvimento, experimentados por nações, regiões de um país ou bairros de uma cidade, comprovam, também, que a desigualdade possui uma expressão espacial, oferecendo, conforme o local, diferentes condições de oportunidades e opções de vida aos seus cidadãos. Tema presente nas discussões da Economia e da Geografia desde o Século XIX, mas posto no centro do debate com a crise mundial de 1929, o desenvolvimento desigual das regiões produziu teorias e hoje acumula uma vasta bibliografia, comparável com os esforços de intervenções estatais em áreas de estagnação econômica. Colecionando casos emblemáticos, em variados momentos históricos e países de diferentes condições de desenvolvimento, como a Comissão Nacional de Planejamento da União Soviética (atualmente Rússia), a Cassa del Mezzogiorno da Itália, o TVA (Tennesse Vale Authority) nos Estados Unidos, a SUDENE, no Nordeste brasileiro, e a Delegation Dámanagement du Territoire, o DATAR francês, o planejamento regional se consolidou como ação do Estado quando interessados em equalizar o desenvolvimento em sua dimensão territorial. Passando por um declínio a partir dos 1970, quando as políticas neoliberais impuseram o protagonismo e a lógica do mercado sobre muitas das ações do Estado, os programas territoriais retornaram à cena na década de 1990, em razão das políticas implementadas pela Comunidade Europeia, mas também como fruto do potencial aberto pelo desenvolvimento tecnológico e as exigências da nova integração comercial em escala planetária. Com a experiência das décadas de 1960/70, quando se valeu do II PND para integrar regiões periféricas do país, e acompanhando as mudanças no cenário internacional, o Brasil vem retomando, desde o início deste século, a discussão regional. Além do próprio governo federal, que volta a adotar programas desenvolvimentistas em escala nacional, são inúmeros os estados que têm produzido políticas e programas de desenvolvimento regional, em um esforço de superação da tradicional atuação estatal, restrita à escala do município para enfrentamento da desigualdade espacial que acomete vastas regiões do país. 3 2 BREVE HISTÓRICO DA REGIONALIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MARANHENSE Um rápido resumo dos últimos cinquenta anos das ações do Governo do Estado no campo da regionalização das políticas públicas comprova a incapacidade anterior do executivo maranhense de unificar, em torno de uma proposta consensual para ações territoriais, os múltiplos planos e programas de seus diversos órgãos de gestão. Interessante ressaltar que, enquanto a indecisão do Governo Estadual postergava a definição/adoção de uma proposta unificada para o planejamento regional, inúmeros programas do Governo Federal produziam, através da implantação de complexos logísticos, radicais transformações sobre o território do Maranhão. Além do projeto de colonização do Estado, elaborado e coordenado pela SUDENE, cabe lembrar a construção das Rodovias BR 010 - Belém-Brasília -, a BR 316, a Belém-Maceió, a Represa de Boa Esperança, o Porto do Itaqui e da Estrada de Ferro Carajás, principais investimentos federais em infraestrutura que, no período de 1960 a 1980, modificaram as condições socioeconômicas e ambientais maranhenses, sem que uma geopolítica proativa fosse adotada/aplicada pelo executivo estadual. Um relato das iniciativas governamentais ilustra a escassa relevância política dada ao tema desde os anos 1960 ao primeiro decênio do século atual. Na década de 1960, época em que a fisiografia era instrumento principal para uma distribuição regional, quando o Estado do Maranhão tinha 129 municípios, foram criadas pelo Departamento de Estatística do Estado do Maranhão treze zonas fisiográficas (Mapa 1); nessa mesma década, a Superintendência de Desenvolvimento do Maranhão - SUDEMA apresentou a proposta das Regiões Ecológicas, distribuídas em sete zonas (Mapa 2), enquanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE adotava a distribuição regional com 16 Microrregiões Homogêneas (Mapa 3). 4 Mapa 1 - Zonas Fisiográficas Fonte: IMESC, 2018 5 Mapa 2 - Regiões Ecológicas Fonte: IMESC, 2018 6 Mapa 3 - Microrregiões Homogêneas Fonte: IMESC, 2018 7 Essa tricotomia regional perdurou até 1990, quando o referido Instituto desativou as Microrregiões Homogêneas e as substituiu pelas regiões geográficas, classificadas em cinco mesorregiões, subdivididas em 21 Microrregiões Geográficas (Mapa 4). Enquanto isso, alguns órgãos públicos estaduais utilizavam as Regiões Fisiográficas, outros as Microrregiões Geográficas ou, o que perdura até o momento atual, cada órgão criou e usa a sua própria regionalização. Mapa 4. Microrregiões Geográficas Fonte: IMESC, 2018 8 Em 1995, através da Lei Nº 7356, o Governo do Estado criou as Gerências Regionais Administrativas – GRA (Mapa 5), que teve efêmera vigência de quatro anos, sendo logo depois esquecida. Dentre os fatores que colaboraram para que as GRA não dessem o resultado esperado, destacam-se: extensão e distância entre as sedes municipais que compunham cada unidade regional; precariedade do sistema viário existente e concentração direta das decisões de cada região, que dependiam da centralização do poder executivo, além de outras. Mapa 5 - Gerências Regionais Fonte: IMESC, 2018 9 Entre 1998 e 2006, o planejamento estadual “navegou” em sucessivas regiões pontuais, conforme a percepção de cada unidade administrativa, sem maiores consequências no que se refere à uma regionalização efetiva. Em 2007,