IV. DIAGNÓSTICO DAS DEMANDAS CONSUNTIVAS DE ÁGUA SUPERFICIAL

De acordo com o que foi anteriormente mencionado, na bacia Hidrográfica dos rios Turvo, Santa Rosa e (bacia U 30), foram identificados os seguintes usos consuntivos da água superficial:

No setor de saneamento: ABASTECIMENTO PÚBLICO;

No setor de Industrial: ABASTECIMENTO DE INDÚSTRIA;

No setor Agropecuário: DESSEDENTAÇÃO ANIMAL e

IRRIGAÇÃO;

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4.1. SANEAMENTO

4.1.1. Introdução

De uma maneira geral, do ponto de vista do que era denominado “Saneamento Básico” e agora por vezes se chama “Saneamento Ambiental”, a Bacia U 30 apresenta um cenário similar às outras bacias do estado e do país, qual seja: (i) as questões de abastecimento público estão bem equacionadas – todos os municípios pesquisados têm cobertura de abastecimento de praticamente 100% na área urbana; (ii) o esgotamento sanitário, a drenagem urbana e a destinação final dos resíduos sólidos apresentam-se num cenário extremamente desfavorável.

4.1.2. Indicações Metodológicas

Neste item, em que estão sendo tratadas as demandas consuntivas de água superficial, serão apresentadas as demandas quantitativas para o abastecimento público.

Os “sub-setores” de esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos serão caracterizados, mas não será associada nenhuma quantificação de demanda consuntiva, pois não se caracterizam como tal. Ou seja, carga poluidora associada ao lançamento dos efluentes sanitários, da drenagem urbana e dos depósitos de resíduos sólidos, será considerada no capítulo 5 do presente diagnóstico, sendo tratadas como demandas não consuntivas como o são.

Este diagnóstico foi realizado com base nas seguintes informações:

. Banco de Dados do Licenciamento Ambiental da FEPAM;

. Banco de Dados das Outorgas de Uso da Água do DRH/SEMA;

. Dados fornecidos pelas operadoras dos sistemas de abastecimento e esgotamento sanitário (Prefeituras Municipais ou CORSAN);

. Dados existentes dos Censos do IBGE;

. Dados obtidos nas fichas cadastrais (ver modelo no anexo 1) encaminhadas às Prefeituras Municipais para conhecimento das condições atuais do abastecimento público, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e destinação final dos resíduos sólidos;

. Dados de referências bibliográficas e outros estudos de quantificação de demanda já realizados.

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4.1.3. Abastecimento Público

O abastecimento público na Bacia dos Rios Turvo Santa Rosa e Santo Cristo é realizado pela CORSAN – Companhia Riograndese de Saneamento e pelas Prefeituras Municipais através de Secretarias Municipais ou Departamentos Autônomos de Água e Esgoto. O quadro 4.1.1 apresenta esta distribuição. Os sistemas de abastecimento público atendem as áreas urbanas dos municípios.

Quadro 4.1.1 – Operadores dos Sistemas de Abastecimento Público na Bacia U 30

% da área Responsável pelo Município Sub-bacia urbana na sub- Abastecimento bacia Público

Santo Cristo 19 * CORSAN Outras Sub-bacias 81 Alegria Buricá 100 Prefeitura Municipal Boa Vista do Buricá* Buricá 100 CORSAN Turvo 50 * CORSAN Lageado Grande 50 Braga* Turvo 100 CORSAN Campina das Missões* Comandaí 100 CORSAN Turvo 100 CORSAN Comandaí 45 Cândido Godói* CORSAN Amandaú 55 Chiapetta* Buricá 100 CORSAN * Turvo 100 CORSAN Buricá 15 CORSAN Lageado Grande 85 * Outras Sub-bacias 100 Prefeitura Municipal Doutor Maurício Cardoso* Outras Sub-bacias 100 CORSAN Esperança do Sul Turvo 100 Prefeitura Municipal Comandaí 44 Giruá Santo Cristo 33 CORSAN Santa Rosa 24 Guarani das Missões* Comandaí 100 CORSAN Buricá 15 * CORSAN Outras Sub-bacias 85 Lageado Grande 74 Humaitá* CORSAN Buricá 26 Buricá 78 Independência CORSAN Santa Rosa 22 Inhacorá Buricá 100 Prefeitura Municipal Miraguaí Turvo 100 CORSAN Nova Candelária* Buricá 100 Prefeitura Municipal Outras Sub-bacias 100 Prefeitura Municipal

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Quadro 4.1.1 – Operadores dos Sistemas de Abastecimento Público na Bacia U 30

% da área Responsável pelo Município Sub-bacia urbana na sub- Abastecimento bacia Público

Porto Lucena* Outras Sub-bacias 100 CORSAN Porto Mauá Outras Sub-bacias 100 Prefeitura Municipal Outras Sub-bacias 100 Prefeitura Municipal * Outras Sub-bacias 100 CORSAN Turvo 100 Prefeitura Municipal Santa Rosa 10 Santa Rosa CORSAN Santo Cristo 90 Turvo 39 CORSAN Buricá 61 Santo Cristo* Santo Cristo 100 CORSAN São José do Inhacorá* Buricá 100 Prefeitura Municipal São Martinho Buricá 100 CORSAN São Paulo das Missões* Comandaí 100 Prefeitura Municipal São Valério do Sul Buricá 100 Prefeitura Municipal Buricá 50 * Prefeitura Municipal Lageado Grande 50 Comandaí 100 Prefeitura Municipal Sete de Setembro Comandaí 100 Prefeitura Municipal Turvo 100 CORSAN Outras Sub-bacias 60 CORSAN Lageado Grande 40 Buricá 34 Três de Maio* CORSAN Santa Rosa 66 Turvo 52 Três Passos Lageado Grande 42 CORSAN Outras Sub-bacias 7 * Santa Rosa 100 CORSAN Santa Rosa 89 CORSAN Santo Cristo 11 * Comandaí 100 Prefeitura Municipal

*Municípios que atenderam a solicitação contida na ficha de cadastro do saneamento

Os municípios que não constam no quadro acima têm sua sede localizada fora da bacia U 30 captam água de outras bacias (que não a U 30) e apresentam a seguinte situação de gerenciamento do abastecimento público: (i) Abastecidos pela CORSAN: Catuípe, Cerro Largo, Condor, Ijuí, Palmeira das Missões, Santo Ângelo; (ii) Abastecidos pelas Prefeituras Municipais: , Roque Gonzáles, Salvador das Missões, São Pedro do Butiá. A figura 4.1.1 apresenta os operadores dos sistemas de abastecimento nos municípios com sede na bacia.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 8 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7

Rio Uruguai N i a u g

Sistema Hídrico Principal u r U

Limite da Bacia io # R Derrubadas 6 0 9 0 7

0 Limites Municipais 5 5 0

7 R 0 i 9 o 0

6 # Sedes Municipais Esperan#ça do Sul Tenente# Portela T u r v Tiradent#es do Sul o

Responsável pelo Sistema de Três P#assos Distribuição de Água Miraguaí Crissiumal #

Doutor Maurício Cardoso # 6

0 Novo Machado # 9 0 5

0 Corsan Bom Progresso 0 0 # 0

5 Humaitá 0 9 # 0 6 Prefeitura Municipal Porto# Mauá Nova C#andelária Br#aga Horiz#ontina Sede# Nova ai gu Redentora Tucunduva # Ale#crim # Boa Vista# do Buricá Camp#o Novo u r U São M#artinho Corone#l Bicaco São José do Inhacorá

# 6 0 9

0 Porto Vera Cruz Rio 2 0 5 io # Tuparendi 5 R # Três de Maio 0 2 # São Valério do Sul 0

9 S 0 a # n R 6 to i o Ale#gria Santo Cristo C B # r u Santo Augusto i r s Independência ic # t o á Porto #Lucena Santa# Rosa Inha#corá R io R S io a n # Porto Xavier A ta ma # nd R aú o sa 6

0 Cândido Godói 9

0 # 0 0 0 0 0

0 Campina das Missões 0

9 # 0 6 Giruá São Paulo #das Missões Senador S#algado Filho # Ubire#tama

Rio Com an daí Sete de #Setembro Guarani das Mis#sões 6 0 8 0 7 0 5 5 0 7 0 8 0 6 6 0 8 0 5 0 0 0 0 5 0

8 10 0 10 20 km 0 6

Escala: 1:1.000.000

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 Figura 4.1.1 - Operadores dos Sistemas de Abastecimento Público

4.1.3.1. Dados dos sistemas de abastecimento público

Os dados fornecidos pela CORSAN, referentes aos municípios onde atua, apontam uma quantidade de água Produzida (na ETA) e uma quantidade de água Comercializada (ver quadro 4.1.2). Quadro 4.1.2 – Quantidades de água produzida e comercializada nos municípios da Bacia U 30 atendidos pela CORSAN

Quantidade de Diferença entre a Quantidade Quantidade de água Produção e a comercializada Município água Produzida comercializada Comercialização – média anual (m3/mês)** (m3/mês)** medido*** (%) (m3/ano)***

Alecrim 7.920 19.975 60% 95.040 Boa Vista do Buricá 15.411 34.456 55% 184.932 Bom Progresso 3.636 4.922 26% 43.632 Braga 7.272 11.358 36% 87.264 Campina das Missões 8.663 16.351 47% 103.956 Campo Novo 14.510 30.337 52% 174.120 Cândido Godói 7.765 9.978 22% 93.180 Chiapetta 9.742 17.372 44% 116.904 Coronel Bicaco 15.142 32.215 53% 181.704 Giruá 50.361 115.929 57% 604.332 Crissiumal 27.937 60.078 53% 335.244 Doutor Maurício Cardoso* - 1.446 - 8.676** Horizontina 69.051 131.021 47% 828.612 Humaitá 11.307 23.548 52% 135.684 Independência 12.371 28.392 56% 148.452 Miraguaí 6.949 12.371 44% 83.388 Palmeira das Misões 104.084 220.630 53% 1.249.008 8.292 24.080 66% 99.504 Porto Xavier 20.438 55.349 63% 245.256 Redentora 8.423 22.384 62% 101.076 Santa Rosa 255.060 459.617 45% 3.060.720 Santo Augusto 42.387 87.529 52% 508.644 Santo Cristo 25.056 39.747 37% 300.672 São José do Inhacorá 2.471 4.529 45% 29.652 São Martinho 11.556 18.867 39% 138.672 Sede Nova 4.464 12.309 64% 53.568 Tenente Portela 30.876 55.979 45% 370.512 Tiradentes do Sul 2.170 5.526 61% 26.040 Três de Maio 70.462 145.918 52% 845.544 Três Passos 77.632 181.248 57% 931.584 Tucunduva 15.039 26.350 43% 180.468 Tuparendi 19.518 35.813 46% 234.216 Total 9.527.304 *calculado com base na taxa média de 50% de perdas, a partir da quantidade produzida, em virtude da inexistência do dado de consumo; **dado fornecido pela CORSAN; *** valor calculado.

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Os municípios que não constam no Quadro 4.1.2, ou seja, Catuípe, Cerro Largo, Condor, Ijuí e Santo Ângelo também são abastecidos pela CORSAN, no entanto, a captação de água ocorre em mananciais externos à Bacia U 30. A demanda estimada para abastecimento público nesses cinco municípios é de 16.861.056 m3/ano.

Os dados da CORSAN apontam para uma diferença média de 50% entre a quantidade de água produzida e a quantidade de água consumida, medida nas unidades consumidoras, ou seja, comercializada. Esta diferença deve estar relacionada basicamente a perdas no sistema de distribuição e consumo real não medido.

Com relação às taxas per capita de consumo, os dados da CORSAN apontam para a seguinte situação:

. Considerada a Quantidade de Água Produzida e as populações urbanas que são atendidas, a taxa per capita seria de 261,7 L/hab/dia (desvio padrão de 66,3 L/hab/dia);

. Considerada a Quantidade de Água Comercializada e as populações urbanas que são atendidas, a taxa per capita seria de 121,5L/hab/dia (desvio padrão de 27 L/hab/dia);

No que se refere à demanda para abastecimento público propriamente dita, deve-se considerar além da quantidade de água produzida a água necessária ao funcionamento da Estação de Tratamento, ou seja, as perdas no processo. Neste caso, os dados fornecidos pela CORSAN indicam montantes da ordem 3 a 5% de perdas no processo de produção.

Com relação aos municípios que administram de forma autônoma a distribuição de água, não foram obtidos dados específicos das Prefeituras.

Enfim, a partir dos dados disponíveis, a quantificação da demanda total para abastecimento público será realizada com base nas seguintes hipóteses:

. Para os municípios abastecidos pela CORSAN a demanda para abastecimento público será a Quantidade de Água Produzida pela CORSAN;

. Para os municípios abastecidos pelas próprias Prefeituras, a demanda será estimada com base na taxa de consumo per capita de 261,7 L/hab/dia calculada em função da quantidade de água produzida pela CORSAN nos demais municípios;

. Para a quantificação final, será acrescido o percentual de 5% sobre a quantidade de água produzida de modo a contemplar as perdas durante a produção.

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Quadro 4.1.3 – Demanda total para abastecimento público na Bacia U 30 Demanda para Abastecimento Município Público (m3/s) Alecrim 0,00809 Alegria 0,00511 Boa Vista do Buricá 0,01396 Bom Progresso 0,00199 Braga 0,00460 Campina das Missões 0,00662 Campo Novo 0,01229 Cândido Godói 0,00404 Chiapetta 0,00704 Coronel Bicaco 0,01305 Crissiumal 0,02434 Derrubadas 0,00250 Doutor Maurício Cardoso 0,00585 Esperança do Sul 0,00135 Giruá 0,04696 Guarani das Missões 0,01976 Horizontina 0,05308 Humaitá 0,00954 Independência 0,01150 Inhacorá 0,00406 Miraguaí 0,00501 Nova Candelária 0,00085 Novo Machado 0,00476 Porto Lucena 0,00975 Porto Mauá 0,00294 Porto Vera Cruz 0,00160 Porto Xavier 0,00975 Redentora 0,00907 Santa Rosa 0,18619 Santo Augusto 0,03546 Santo Cristo 0,01610 São José do Inhacorá 0,00183 São Martinho 0,00764 São Paulo das Missões 0,00635 São Valério do Sul 0,00147 Sede Nova 0,00499 Senador Salgado Filho 0,00201 Sete de Setembro 0,00123 Tenente Portela 0,02268 Tiradentes do Sul 0,00224 Três de Maio 0,05911 Três Passos 0,07342 Tucunduva 0,01067 Tuparendi 0,01451 Ubiretama 0,00151 TOTAL 0,74686 **Os municípios que não constam no quadro acima têm sua sede localizada fora da bacia U 30: Catuípe, Cerro Largo, Condor, Ijuí, Palmeira das Missões, Santo Ângelo, Nova Ramada, Roque Gonzáles, Salvador das Missões, São Pedro do Butiá. Além disso, não fazem suas captações para Abastecimento Público na Bacia U 30.

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Outra questão importante se refere ao fato de que em apenas 12 (doze) municípios daqueles atendidos pela CORSAN os mananciais são superficiais, para os demais, o abastecimento é realizado por poço profundo, ou seja, se configura numa demanda de água subterrânea.

No caso das prefeituras que operam os sistemas públicos de abastecimento, não foram disponibilizadas informações para que se pudesse avaliar o manancial de origem.

O quadro 4.1.4 resume a situação da demanda para abastecimento público na bacia U 30, para os municípios atendidos pela CORSAN, por sub-bacia e por manancial superficial. Quadro 4.1.4 – Demanda para abastecimento público na bacia U 30 – Mananciais Superficiais utilizados pela CORSAN

Demanda para Município Manancial Sub-bacia Abastecimento Público (m3/s) Alecrim Rio Santo Cristo Santo Cristo 0,00809 Boa Vista do Buricá Rio Inhacorá Buricá 0,01396 Campina das Missões Arroio Pessegueirinho Comandaí 0,00662 Cândido Godói Arroio Pessegueirinho Comandaí 0,00404 Crissiumal Arroio Lajeado Grande Lajeado Grande 0,02434 Doutor Maurício Cardoso Lajeado Cabriúva Outras 0,00585 Horizontina Rio Pratos Outras 0,05308 Porto Xavier Rio Uruguai - 0,00975 Santa Rosa Rio Santo Cristo Santo Cristo 0,18619 São Martinho Lajeado Taborna Buricá 0,00764 Três de Maio Rio Buricá Buricá 0,05911 Três Passos Arroio Lajeado Erval Novo Lajeado grande 0,07342 TOTAL 0,4521

A demanda apresentada no quadro 4.1.4 representa cerca de 60% da demanda total para abastecimento público na bacia U 30. Significa dizer que 60% da demanda de água total para abastecimento público é suprida por mananciais superficiais, cujos sistemas de adução, tratamento e distribuição são operados pela CORSAN.

Dos restantes 40% da demanda total, 0,25904 m3/s (35% do total) representam demandas para abastecimento público supridas pela CORSAN por mananciais subterrâneos (ver capítulo 5). Ou seja, a imprecisão sobre qual manancial está sendo utilizado recai sobre 5% da demanda total para abastecimento público (devido à carência de informações provenientes dos sistemas municipais autônomos).

Tendo em vista o tamanho reduzido das sedes municipais e as pequenas populações atendidas, provavelmente estejam sendo utilizados mananciais subterrâneos. A figura 4.1.2 apresenta a demanda de água superficial para abastecimento público, com base nos totais por sub-bacia.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 13 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 7 0 0 0 0 0 0 0 0

0 Rio Uruguai 0 0 0 7 Sistema Hídrico Principal Limite da Bacia N i a u Limites Municipais g u r # Sedes Municipais U io # R Derrubadas 6 0 9 0 7

0 $ Pontos de Captação da CORSAN 5 5 0 7 0 R 9 0 io 6 Esperan#ça do Sul Tenente# Portela Demandas de água SUPERFICIAL T u r v para Abastecimento Público Tiradent#es do Sul o m3/ano Capt. CRISSIUMAL $ Três P#assos Sem demanda cadastrada Mira#guaí Crissiumal Doutor Maurício Cardoso # $ 336.353 Novo Machado # 6 0 $ Capt. TRÊS PASSOS 9 0 5

0 Capt. Bom Progresso 0

0 # 0

5 1.858.341 MAURÍCIO CARDOSO 0

9 Humaitá 0

6 # 2.545.419 Porto# Mauá Braga Capt. HO$RIZONTINA Nova Ca#ndelária # 3.082.940 Horiz#ontina Sede# Nova ai gu $ Capt. ALECRIM Redentora# Tucunduva Boa Vista do Buricá Campo Novo 6.126.788 Ale#crim # # # u r Capt. BOA VISTA BURICÁ $ U $ São Martinho # Capt. Corone#l Bicaco São José d#o Inhacorá SÃO MARTINHO 6 0 9

0 Porto Vera Cruz Rio 2

0 # 5 io Tuparendi 5 R # 0

2 Três de Maio 0 # São Valério do Sul 9 S # 0 6 an Capt. TRÊS DE MAIO to

$ R

i o Ale#gria Santo Cristo C # r Santo Augusto i s Independência B # t u o r ic á Porto #Lucena Santa# Rosa Inhacorá Capt. SANTA ROSA # R $ io R io S Chiapeta an ta # Porto Xavier Am # a nd R aú o sa

Cândido Godói 6

0 # 9 0 Capt. CANDIDO GODÓI 0 0 0

0 $ 0 0 Campina das Missões 0 9 # 0 6 $ Capt. CAMPINA MISSÕES Gi#ruá São Paulo d#as Missões Senador Sa#lgado Filho Ubire#tama

Rio Com an daí Sete de #Setembro 10 0 10 20 km Guarani das Mis#sões 6 0 8

0 Escala: 1:800.000 7 0 5 5 0 7 0 8 0 6

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 Figura 4.1.2 - Situação de demanda da água superficial para abastecimento público (por sub-bacia)

4.1.3.2. Informações prestadas pelas Prefeituras (fichas de cadastro das condições do saneamento enviadas às Prefeituras)

As informações adquiridas para o abastecimento público (apenas 27 Prefeituras responderam ao questionário encaminhado) corroboram a expectativa baseada no conhecimento dos dados do IBGE e outros dados secundários, qual seja: (i) 100% da área urbana é servida por rede de abastecimento público de água, por vezes administrada pela Prefeitura, na maioria dos casos pela CORSAN (ver quadro 4.1.1); (ii) o serviço público de abastecimento não atende áreas rurais. Com relação a esta última constatação, embora reproduza a informação obtida das fichas de cadastro, deve ser lembrada a existência dos poços de captação de água subterrânea que a Secretaria de Obras do Estado perfura através do Programa de Açudes e Poços (SOP’s/PAP) e repassa para a prefeitura operar. Este sistema de fato se configura num abastecimento publico das áreas rurais, mas por água subterrânea, o que será tratado no capitulo 6 do presente diagnóstico de demandas.

Uma das informações mais importantes, daquelas coletadas junto às prefeituras por este cadastramento, vem a ser o planejamento de ações de melhoria e/ou ampliação do sistema em nível municipal. Estas informações estão compiladas no quadro 4.1.5.

Quadro 4.1.5 – Planos, Programas e Projetos de melhoria ou expansão dos sistemas públicos de abastecimento de água.

Município Projeto (investimento)

Quatro projetos de distribuição de água para o interior do Braga município (R$250mil)

Campina das Missões Distribuição de água em Vila Esperança (R$50mil)

Troca e adequação da tubulação urbana, perfuração de Cândido Godói poços e extensão da rede na área rural (água)

Convênio entre prefeitura e CORSAN para implantação do Derrubadas sistema de distribuição de água num prazo de 90 dias

Troca da tubulação de distribuição de água em concreto por Guarani das Missões PVC (R$120mil)

Extensão da rede de distribuição de água até a área Nova Candelária industrial (R$30mil)

Substituição da rede de distribuição de água na sede do Salvador das Missões município (R$85mil)

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4.1.4. Esgotamento sanitário e pluvial

4.1.4.1. Esgotamento Sanitário

Se os dados da distribuição de água nos municípios da bacia Hidrográfica dos Rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo são indicativos de uma situação moderadamente favorável, o mesmo não acontece com o esgotamento sanitário. A situação apontada pelo Censo Demográfico (2000) do IBGE é apresentada no gráfico 4.1.1.

% 3% 1% 2% 12% 3% 6%

73%

Rede geral de esgoto ou pluvial Fossa séptica Fossa rudimentar Vala Rio, lago ou mar Outro escoadouro Não tinham banheiro nem sanitário

Gráfico 4.1.1 - Situação de esgotamento sanitário na bacia U 30 *Situação apontada pelo Censo do IBGE (2000)

Para os 27 municípios da bacia que retornaram a ficha de cadastro da situação atual do saneamento, os resultados estão apresentados no quadro 4.1.6.

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Quadro 4.1.6 – Situação do esgotamento sanitário nos municípios que responderam a ficha de cadastro do saneamento

Existência de Estação de Cobertura da Rede Coletora Tratamento de Esgotos Município não 100% >50% <50% existe Sim Não Alecrim X X Boa Vista do Buricá X X Bom Progresso X X Braga X X Campina das Missões X X Cândido Godói X X Catuípe X X Cerro Largo X X Chiapetta X Condor X X Coronel Bicaco X X Derrubadas X X Dr. Maurício Cardoso*

Guarani das Missões X X

Horizontina X X

Humaitá X X

Nova Candelária X X

Porto Lucena X X

Porto Xavier X X

Salvador das Missões X X

Santo Cristo X X

São José do Inhacorá X X

São Paulo das Missões X X

Sede Nova* X

Três de Maio X X

Tucunduva X X

Ubiretama X X

* Não forneceram informações

Dos municípios que retornaram a ficha de cadastro, apenas Catuípe (com área urbana fora da bacia) e Campina das Missões apresentam rede coletora de esgoto, sendo que somente Campina das Missões têm estação de tratamento. Cândido Godói também tem estação de tratamento de esgotos mas a cobertura da rede coletora de esgotos atinge menos de 50% da área urbana.

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Buscando o enriquecimento das informações específicas de cada município, em especial para os que não retornaram a ficha de cadastro do saneamento, são apresentadas no quadro 4.1.7 as informações obtidas do questionário enviado as prefeituras quando da realização do planejamento da rede de monitoramento da qualidade da água (atividade 01.02.03.05.02, tarefa 01.02.03.05.02.02 – Março/2003).

Quadro 4.1.7 – Informações sobre esgotamento sanitário e pluvial obtidas do questionário que orientou o planejamento da rede de monitoramento (municípios que não responderam a ficha de cadastro)

Município Esgoto sanitário Drenagem Pluvial

Dr. Maurício Cardoso Não tem SES* e ETE**. Existem fossas individuais Não há rede de drenagem

Esperança do Sul Não tem SES e ETE Não há rede de drenagem

Independência Não tem SES e ETE. Existem fossas individuais Não há rede de drenagem

Nova Ramada Não tem SES e ETE. Existem fossas individuais Não há rede de drenagem

Roque Gonzales Não tem SES e ETE. Existem fossas individuais Não há rede de drenagem

ETE CORSAN e Caminhão limpa fossas. 03 Santa Rosa - empresas privadas limpa fossas

Possui rede coletora de esgoto mas não está Santo Ângelo Não há rede de drenagem ligada a ETE

ETE que recebe esgoto de 280 habitantes o Santo Augusto - restante por fossa séptica e sumidouro

São Pedro do Butiá Não tem ETE. Fossas Sépticas Individuais -

São Valério do Sul Não tem ETE nem Fossas Sépticas Não há rede de drenagem

São Valério do Sul Nenhum sistema de tratamento, sequer individual Não há rede de drenagem

Senador Salgado Filho Sem sistema de tratamento de esgoto -

Fossas Sépticas e sumidouros, não há rede de Tenente Portela Não há rede de drenagem esgoto no município

Três Passos Não tem SES e ETE. Existem fossas individuais Não há rede de drenagem

*ETE – Estação de Tratamento de Esgotos **SES – Sistema de Esgotamento Sanitário

O nível das informações é diferenciado daquele obtido nas fichas de cadastro enviadas especificamente para o presente diagnóstico, contudo, permite inferir que a situação da drenagem pluvial e de esgotamento sanitário tem pouca ou nenhuma cobertura em praticamente todos os municípios pesquisados. Por outro lado, em que pese a inexistência rede coletora, verifica-se a presença de fossas sépticas e sumidouros, ou seja, tratamento individual. Não se configura numa situação mais favorável porque apenas em Santa Rosa parece haver manutenção das fossas, em virtude de ter sido informada a operação de equipamentos do tipo “limpa-fossa”. Há também a situação de Santo Ângelo, que embora tenha sede urbana fora da bacia, tem rede coletora que não está ligada a Estação de Tratamento.

Além disso, a busca de informações no Banco de Dados do Licenciamento Ambiental da FEPAM permitiu que fossem encontradas algumas licenças ambientais prévias e de instalação para Sistemas de Esgotamento Sanitário (SES) em municípios da bacia.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 18

A situação destas licenças, bem como as características básicas dos empreendimentos são apresentadas no quadro 4.1.8. Não foi possível o acompanhamento da situação atual dos empreendimentos. Tendo em vista que todos os municípios apontados no quadro abaixo responderam a ficha de cadastro e que, à exceção de Campina das Missões, não apontaram a operação de ETEs, estes processos devem ter sido interrompidos. Esta posição pode não ser verdadeira apenas para o município de Sete de Setembro que não respondeu a ficha de cadastro.

Quadro 4.1.8 – Documentos licenciatórios de SES’s em municípios da bacia U 30

Tipo de Capacidade de População Município Tipo Documento Empreendimento tratamento atendida

Campina das SES (ETE + Rede coletora) Licença de Instalação 7,81 L/s 1.785 hab. Missões* (0216/99-DL)

Horizontina (Vila SES (ETE + Rede coletora) Licença de Instalação 200 m3/dia 2.000 hab. Industrial) (148/2002-DL)

Nova Candelária SES (ETE + Rede coletora) Licença de Instalação - 500 hab. (lado norte) (900/2003-DL)

Nova Candelária SES (ETE + Rede coletora) Licença de Instalação - 800 hab. (lado sul) (901/2003-DL)

Boa Vista do SES (ETE + Rede coletora) Licença Prévia 300 m3/dia 2.400 hab. Buricá (895/2001-DL)

Guarani das SES (ETE + Rede coletora) Licença Prévia 1.800 m3/dia 15.000 hab. Missões (1107/2002-DL)

Porto Xavier SES (ETE + Rede coletora) Licença Prévia 30 m3/dia 150 hab. (Vila Mineral) (30/2002-DL)

Sede Nova SES (ETE + Rede coletora) Licença Prévia 67 m3/dia 355 hab. (207/2003-DL)

Sete de SES (ETE + Rede coletora) Licença de Instalação 260 m3/dia 1.800 hab. Setembro (414/2002-DL)

*Campina das Missões tem ETE operando segundo as informações da ficha de cadastro do saneamento embora não tenha sido localizada Licença de Operação

A retomada dos processos de Licenciamento e a implantação das ETE’s previstas se mostra de grande importância para a bacia, tendo em vista que a população atingida por estes empreendimentos poderia ser de aproximadamente 25.000 habitantes, ou seja, 6,3% da população total da bacia e 10,9% da população urbana da bacia.

Em termos de programas e projetos de ampliação e/ou melhoria dos sistemas de esgotamento sanitário, os municípios que responderam a ficha de cadastro apontaram o que segue no quadro 4.1.9. A figura 4.1.3 apresenta a situação de esgotamento sanitário na bacia.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 19

Quadro 4.1.9 – Planos, Programas e Projetos de melhoria ou expansão dos sistemas públicos coleta e tratamento de esgotos

Município Projeto (investimento)

Boa Vista do Buricá ETE (R$500mil)

Bom Progresso Quatro projetos de distribuição de água para o interior do município (R$250mil)

Braga SES (fundos do Ministério da Saúde - FUNASA (R$268mil))

Cândido Godói Implantação de coleta de esgoto primário urbano (R$454mil)

Guarani das Missões Rede e tratamento (R$2.000mil)

Horizontina (esgoto) 100% da área urbana em 7 anos (R$6.000mil)

Nova Candelária instalação de duas ETE e conclusão da rede coletora (R$150mil)

Salvador das Missões ampliação da rede coletora de esgoto na sede municipal (R$650mil)

Tucunduva ampliação da rede de coleta de esgoto (R$75mil)

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 20 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 7 0 0 0 0

0 Rio Uruguai 0 0 0 0 0 0 0 7 Sistema Hídrico Principal Limite da Bacia N i a u g u Limites Municipais r U

# io # Sedes Municipais R Derrubadas 6 0 9 0 7 0 5 5 0

7 R 0 i 9 o 0 6 {x Com Estação de Tratamento de Esgotos Esperan#ça do Sul Tenent#e Portela T u r v Situação do Esgotamento Sanitário Tiradent#es do Sul o Cobertura da Rede (Informações municipais) Três Passos < 50% da Área Urbana # Miraguaí Crissiumal #

100% da Área Urbana Doutor Maurício Cardoso # 6

0 Novo Machado # 9 0 5

0 Bom Progresso 0 0 Não Existe # 0 5 Humaitá 0 9 # 0 6 Sem Informação Porto# Mauá Nova C#andelária Br#aga Horiz#ontina Sede# Nova ai gu Redentora Tucunduva # Ale#crim # Boa Vista# do Buricá Camp#o Novo u r U São M#artinho Corone#l Bicaco São José do Inhacorá

# 6 0 9

0 Porto Vera Cruz Rio 2 0 5 io # Tuparendi 5 R # Três de Maio 0 2 # São Valério do Sul 0

9 S 0 a # n 6 to

R

i o Ale#gria Santo Cristo C # r Santo Augusto i s Independência B # t u o r ic á Porto #Lucena Santa# Rosa Inha#corá R io R S io a Chiapeta n # Porto Xavier A ta ma # nd R aú o sa 6

0 Cândido Godói 9

0 # 0

0 ^( 0 0 0

0 Campina das Missões 0

9 # 0 6 {x Giruá São Paulo #das Missões Senador S#algado Filho # Ubire#tama

Rio Com an daí Sete de #Setembro Guarani das Mis#sões 6 0 8 0 7 0 5 5 0 7 0 8 0 6 6 0 8 0 5 0 0 0 0 5 0

8 10 0 10 20 km 0 6

Escala: 1:1.000.000

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 Figura 4.1.3 - Situação do Esgotamento Sanitário na Bacia U30

4.1.4.2. Esgotamento Pluvial

Com relação à situação de drenagem pluvial, as informações existentes se referem aqueles municípios que responderam a ficha de cadastro do saneamento. O conhecimento das demais cidades permite dizer que, em termos gerais a situação é semelhante em todos os municípios da Bacia.

Quadro 4.1.10 – Situação do Esgotamento pluvial nas cidades

Cobertura da Rede Coletora não Município Pluvial existe 100% >50% <50%

Alecrim X Boa Vista do Buricá X Bom Progresso X Braga X Campina das Missões X Cândido Godói X Catuípe X Cerro Largo X Chiapetta X Condor X Coronel Bicaco X Derrubadas X Guarani das Missões X Horizontina X Humaitá X Nova Candelária X Porto Lucena X Porto Xavier X Salvador das Missões X Santo Cristo X São José do Inhacorá X São Paulo das Missões X Sede Nova X Três de Maio X Tucunduva X Ubiretama X Em suma, apenas em 11% dos municípios que retornaram as fichas de cadastro há cobertura de drenagem pluvial em 100% da área urbana. O restante da estatística demonstra também que em outros 30% a cobertura da rede é superior a 50% da área urbana e nos restantes 59% dos municípios não existe rede de drenagem pluvial ou a rede cobre menos de 50% da área urbana do município. Dos municípios que retornaram o questionário do Planejamento da rede de Monitoramento, à exceção de Santa Rosa e Santo Ângelo (cobertura em menos de 50% da área do município) nenhum apontou a existência de rede de drenagem pluvial. A figura 4.1.4 consolida as informações obtidas nas duas consultas as prefeituras municipais da bacia U30.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 22 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 Rio Uruguai 0 7 Sistema Hídrico Principal

i a u Limite da Bacia g N u r U Limites Municipais DERRUBADAS io # R 6

0 # 9

0 Sedes Municipais 7 0 5 5 0

7 R 0 ESPERANCA DO SUL i 9 o 0 6 Situação do Esgotamento Pluvial # TIRADENTES DO SUL TENENTE# PORTELA Cobertura da Rede T u r v

(Informação prestada pelos Municípios) # o

e d n a r G o d a e j a

L TRES PASSOS < 50% da Área Urbana #

> 50% da Área Urbana MIRAGUAI #

CRISSI#UMAL 6 0 # 9

0 DOUTOR MAURICIO CARDOSO 5

0 100% da Área Urbana 0

0 BOM P#ROGRESSO 0 5 0

9 # 0 6 Não Existe NOVO MACHADO HUMAITA REDENTORA PORT#O MAUA NOVA CANDELARIA BRAGA Sem Informação HORIZONTINA # #

i # # ua TUCUNDUVA g SEDE NOVA # # # # CAMPO #NOVO u r ALECRIM BOA VISTA DO BURICA U # # TUPARENDI # SAO MARTINHO 6 0 9

0 Rio SAO JOSE DO INHACORA 2 0 5 io # 5 PORRTO VERA CRUZ # TRES DE MAIO 0 2 # 0

9 S 0 a # n 6 to SANTO CRISTO R i ALEGRIA o # CORONEL BICACO C SAO VALERIO DO SUL # r i s B # t u o r ic á # # # SANTA ROSA SANTO AUGUSTO R PORTO LUCENA IioNDEPENDENCIA R S io a INHACORA n PALMEIRA DAS MISSOES A ta # ma # nd R aú o sa CANDIDO GODOI 6 0 9

0 PORTO XAVIER # 0 0 CAMPINA DAS MISSOES CHIAPETA 0 0 0 0 0 9 SAO PAULO DAS MISSOES # ^( 0 6 # # # GIRUA {x UBI#RETAMA SENADOR SALGADO FILHO NOVA RAMADA

Rio Com ROQUE GONZALES an daí SALVADOR DAS MISSOES # CATUIPE CERRO LARGO # SETE DE SETEMBRO CONDOR SAO PEDRO DO BUTIA

GUARANI DAS MISSOES 6 0 8 0 7 0 5 5 0 7 0 8 0

6 SANTO ANGELO

IJUI 6 0 8 0 5 0 0 0 0 5 0 8 0 6 10 0 10 20 km

Escala: 1:1.000.000

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 Figura 4.1.4 - Situação do Esgotamento Pluvial na Bacia U30

Dos municípios que responderam sobre a operação da rede (apenas 5), todos informaram que a rede coletora é mista, ou seja, recebe efluentes sanitários. Outra informação dos municípios de Boa Vista do Buricá, Guarani das Missões, Porto Xavier, Santo Cristo, São Paulo das Missões, Tucunduva, Bom Progresso e Campina das Missões é que os mesmos enfrentam problemas de alagamento.

Com relação a melhorias nos sistemas de drenagem pluvial, os municípios informaram os programas e/ou projetos apresentados no quadro 4.1.11.

Quadro 4.1.11 – Programas e Projetos de melhoria dos sistemas de drenagem pluvial

Município Programa e/ou Projeto de melhoria (investimento previsto)

Boa Vista do Buricá Ampliação da rede de drenagem – solução de problemas de alagamento (R$500mil)

Cerro Largo Implantação de drenagem pluvial urbana (R$50 mil)

Condor* Ampliação da rede visando atingir 100% da zona urbana

Guarani das Missões Melhoria no sistema de drenagem e separação pluvial/cloacal (R$250 mil)

Nova Candelária Ampliação da rede de drenagem pluvial (R$50 mil)

Tucunduva Ampliação da rede de drenagem pluvial (R$150 mil)

Alecrim Ampliação da rede de drenagem (R$22 mil – fundos do programa PROMESQ)

Bom Progresso** Investimento em drenagem pluvial (R$150 mil)

Campina das Missões** Investimento em drenagem pluvial (R$100 mil)

*Condor tem mais de 50% da zona urbana coberta por rede coletora pluvial ** Não informaram qual o tipo de atuação será realizada com a verba

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 24

4.1.5. Resíduos Sólidos

A destinação dos resíduos sólidos urbanos dos municípios localizados na área de estudo, assim como no resto do estado, configuram-se em um grave problema ambiental. Historicamente, os resíduos foram depositados junto às margens de cursos d’ água, áreas de banhado e em encostas abruptas, ocupando as áreas de preservação permanente, definidas pelas legislações ambientais.

A disposição inadequada dos resíduos acaba por comprometer os recursos hídricos. Atualmente, as administrações municipais possuem dificuldades, quer seja em encontrar novos locais para disposição e tratamento adequado dos resíduos, quer seja na recuperação das áreas degradadas anteriormente pela disposição inadequada.

Neste item será realizada uma caracterização da sistemática de destinação final dos resíduos sólidos urbanos na bacia U 30, enquanto parte do setor de Saneamento. A demanda para a diluição de efluentes dos depósitos finais de resíduos sólidos será realizada no capitulo 4 deste diagnóstico, por configurar-se numa demanda não consuntiva da água.

4.1.5.1. Avaliação geral do sub-setor

A realização deste diagnóstico sobre a destinação final dos resíduos sólidos urbanos foi realizada a partir de informações obtidas no banco de dados da FEPAM e de informações do Censo IBGE (2000). Foi realizada também busca de informações junto às prefeituras municipais sendo compiladas as informações recebidas de 27 prefeituras que responderam a solicitação realizada no âmbito deste diagnóstico.

Com respeito a taxas de geração, embora tenham sido solicitadas informações de volumes coletados às prefeituras, não foi possível estabelecer um parâmetro individualizado ou uma média regional. Os dados recebidos repercutem em taxas pouco consistentes, por vezes muito menores do que as esperadas e por vezes muito maiores do que as esperadas.

A FEPAM/DISA considera para fins de planejamento e licenciamento a geração diária de 1kg de resíduos sólidos por habitante. Entretanto na análise dos dados obtidos nas fichas de cadastro do saneamento (recebidas dos municípios), verificou-se a geração inferior à média considerada pela FEPAM (ver gráfico 4.1.2). Este fato pode estar associado às características agropastoris dos municípios localizados na bacia U30. Assim adotou-se uma geração de 0,75kg/hab/dia para a sub-bacia.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 25

1,000

0,900

0,800

0,700

0,600 0,500

0,400

0,300

0,200

Geração per-capita (kg/hab/dia) 0,100

0,000

Gráfico 4.1.2 – Geração per capita de lixo na bacia U 30 (municípios que retornaram o questionário do saneamento)

O quadro 4.1.12 apresenta a geração dos resíduos sólidos urbanos por sub-bacia.

Quadro 4.1.12. - Geração dos resíduos na bacia

Resíduos sólidos urbanos Sub-bacia gerados (t/ano) *

Rio Turvo 10.524 Rio Buricá 9.132 Lajeado Grande 4.491 Rio Santa Rosa 8.031 Rio Santo Cristo 17.002 Rio Amandaú 161 Rio Comandaí 4.675 Outras sub-bacias 8.055 Total 62.071

*Contribuição per capita de 0,75kg/hab/dia População do Censo Demográfico (2000) - IBGE

Na bacia U30 cerca de 66% dos resíduos gerados são coletados, entretanto dos 35% dos resíduos restantes, são destinados de diferentes formas, conforme mostra o gráfico 4.1.2.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 26

3,20% 1,70% 6,50% 0,20%

23,10% 65,40%

Coletado Queimado (na propriedade) Enterrado (na propriedade) Jogado em terreno baldio ou logradouro Jogado em rio, lago ou mar Outor destino

Gráfico 4.1.2- Destinação dos resíduos na bacia Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.

Quanto à destinação dos resíduos sólidos urbanos na bacia U30 coletados, tem-se sob diferentes formas:

· Recuperação de área degradada com uso – estas áreas configuram-se geralmente em antigos lixões, que estão sendo recuperados, diferenciando-se tão somente por um maior cuidado na operação do lixão, devido à cobertura dos resíduos depositados com solo, o que pode ser realizado sistematicamente.

· Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos – consistem na disposição de resíduos sólidos com maior investimento tecnológico, tais como sistemas de operação, com cobertura diária do lixo, impermeabilização e monitoramento.

Quanto aos efluentes gerados pela massa de lixo, existem aquelas situações onde os efluentes são tratados ou não recebem nenhum tipo de tratamento. Estes efluentes acabam sendo conduzidos para rede de drenagem superficial ou subsuperficial no caso de falhas no sistema de impermeabilização ou na saturação do sistema de confinamento. Em alguns casos existem valas especiais para a disposição dos resíduos de saúde.

· Central de Triagem e Compostagem – nestes locais os resíduos recicláveis e comercializáveis são separados e classificados e os resíduos orgânicos são submetidos ao processo de compostagem, associados aos aterros sanitários estes sistemas aumentam a vida útil dos mesmos.

No total de 55 municípios da área de estudo, 18 não possuem licença na FEPAM quanto à destinação dos resíduos municipais. Conforme as informações obtidas junto a FEPAM/DISA existem 24 locais de destinação ou tratamento dos resíduos sólidos urbanos na bacia U30.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 27

Destes 24 locais de destinação final de resíduos sólidos urbanos (ver quadro 4.1.14), a estatística é a seguinte:

§ 33%, 08 locais, apresentam algum sistema de triagem e/ou compostagem com aterro sanitário;

§ 33%, 08 locais, apresentam aterro sanitário;

§ 17%, 04 locais, fazem recuperação de área degradada com uso e;

§ 17%, 04 locais, consistem de “aterros controlados”.

Observa-se ainda que a disposição final consorciada entre dois ou mais municípios é também adotada, como por exemplo, o município de Bom Progresso que recebe os resíduos gerados em outros nove municípios (ver quadro 4.1.13).

O quadro 4.1.13 apresenta o resumo das condições de destinação dos resíduos sólidos urbanos dos municípios da área de estudo.

Quadro 4.1.13 – Síntese da disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios da bacia U30.

Município Tipo de disposição Área Observações licenciada

Bom Progresso Central de Triagem e 10 ha Recebe resíduos de Três Passos, Compostagem com Aterro Humaitá, Crissiumal, Sede Nova, Sanitário - CITRESU São Martinho, Campo Novo, Bom Progresso, Tiradentes do Sul, Esperança do Sul e Braga

Campina das Aterro Controlado de 1,0 ha Recebe resíduos de Campina das Missões Resíduos Sólidos Urbanos Missões

Cerro Largo Recuperação de área 3,19 ha Recebe resíduos de Cerro Largo; degradada com uso Localizado fora da Bacia U 30.

Chiapetta Aterro Sanitário de Resíduos 10 ha Recebe resíduos de Chiapetta Sólidos Urbanos

Guarani das Missões Aterro Sanitário de Resíduos 0,8 ha Recebe resíduos de Guarani das Sólidos Urbanos Missões

Horizontina Central de Triagem e 0,36 ha Recebe resíduos de Horizontina Compostagem com Aterro Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos

Novo Machado Recuperação de área com 0,15 ha Recebe resíduos de Novo uso Machado

Palmeira das Usina de Compostagem com 12 ha Recebe resíduos de 20 Missões Aterro Sanitário municípios do estado sendo que destes somente Palmeira das Missões insere-se na bacia; Localizado fora da Bacia U 30.

Porto Lucena Aterro Sanitário de Resíduos 3 ha Recebe resíduos de Porto Lucena Sólidos Urbanos

Salvador das Aterro de Resíduos Sólidos 0,52 ha Recebe resíduos de Salvador das Missões Urbanos Missões

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 28

Quadro 4.1.13 – Síntese da disposição final dos resíduos sólidos urbanos dos municípios da bacia U30.

Município Tipo de disposição Área Observações licenciada

Santa Rosa Central de Triagem e 12 ha Recebe resíduos de Santa Rosa Compostagem com Aterro de Resíduos Sólidos Urbanos

Santo Augusto Central de Triagem e 0,16 ha Recebe resíduos de Santo Compostagem com Aterro de Augusto e de Coronel Bicaco Resíduos Sólidos Urbanos de Serviço de Saúde

Santo Cristo Aterro Sanitário de Resíduos 2,50 ha Recebe resíduos de Santo Cristo Sólidos Urbanos

São Paulo das Recuperação de área 0,3 ha Recebe resíduos de São Paulo Missões degradada com uso das Missões

São Pedro do Butiá Aterro Sanitário de Resíduos 0,09 ha Recebe resíduos de São Pedro Sólidos Urbanos do Butiá; Localizado fora da Bacia U 30.

Tenente Portela Central de Triagem e 0,9 ha Recebe resíduos de Tenente Compostagem com Aterro de Portela, Derrubadas, Redentora Resíduos Sólidos Urbanos e Miraguaí; Localizado fora da Bacia U 30.

Ubiretama Recuperação de área Recebe resíduos de Ubiretama degradada com uso

Santo Ângelo Central de Triagem e 29,14 ha Recebe resíduos de Santo Compostagem com Aterro de Ângelo; Resíduos Sólidos Urbanos Localizado fora da Bacia U 30

Roque Gonzales Aterro Sanitário de Resíduos 4 ha Recebe resíduos de Roque Sólidos Urbanos Gonzales; Localizado fora da Bacia U 30

Porto Xavier Aterro Controlado de Recebe resíduos de Porto Resíduos Sólidos Urbanos Xavier; Localizado fora da Bacia U 30

Nova Candelária Aterro Controlado de Recebe resíduos de Nova Resíduos Sólidos Urbanos Candelária

Catuípe Aterro Controlado de Recebe resíduos de Catuípe; Resíduos Sólidos Urbanos Localizado fora da Bacia U 30

Condor Aterro Sanitário de Resíduos O município de Condor envia Sólidos Urbanos seus resíduos sólidos urbanos para , fora da Bacia U 30

Tuparendi Central de Triagem e 0,65 ha Recebe de resíduos de Compostagem com Aterro de Tuparendi Resíduos Sólidos Urbanos

As figuras 4.1.5 e 4.1.6 apresentam a situação dos municípios quanto à destinação final dos resíduos sólidos urbanos.

P-0106-Tx84- Cap. 4.1 Saneamento.doc 29 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 7 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

0 Rio Uruguai 0 7 Limite da Bacia

i a u g N u r Presença de Instalações/Estruturas U io # de Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos R Derrubadas 6

0 (Informações do Banco de Dados da FEPAM) 9 0 7 0 5 5 0

7 R 0 i 9 Aterro Controlado o 0 6 Esperan#ça do Sul Tenent#e Portela T Aterro Sanitário u r v Tiradent#es do Sul o Central de Triagem e Compostagem com Aterro Sanitário Três P#assos Recuperação da Área Degradada com Uso Miraguaí Crissiumal #

Doutor Maurício Cardoso # 6 0 Novo Machado # 9

0 Sem instalação 5

0 Bom Progresso 0

0 # 0 5 Humaitá 0 9 # 0 6 Porto# Mauá Nova C#andelária Br#aga Horiz#ontina Sede# Nova ai gu Redentora Tucunduva # Ale#crim # Boa Vista# do Buricá Camp#o Novo u r U São M#artinho Corone#l Bicaco São José do Inhacorá

# 6 0 9

0 Porto Vera Cruz Rio 2 0 5 io # Tuparendi 5 R # Três de Maio 0 2 # São Valério do Sul 0

9 S 0 a # n 6 to

R

i o Ale#gria Santo Cristo C # r Santo Augusto i s Independência B # t u o r ic á Porto #Lucena Santa# Rosa Inha#corá R io R S io a Chiapeta n # Porto Xavier A ta ma # nd R aú o sa 6

0 Cândido Godói 9

0 # 0 0 0 0 0

0 Campina das Missões 0

9 # 0 6 Giruá São Paulo #das Missões Senador S#algado Filho # Ubire#tama

Rio Com an daí Sete de #Setembro Guarani das Mis#sões 6 0 8 0 7 0 5 5 0 7 0 8 0 6 6 0 8 0 5 0 0 0 0 5 0

8 10 0 10 20 km 0 6

Escala: 1:1.000.000

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000

Figura 4.1.5 - Presença de Instalações de Destinação Final de Resíduos Sólidos nos municípios da Bacia U30 75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 7 0 0 0 0 0 0 0 0

0 Rio Uruguai 0 0 0 7 Sistema Hídrico Principal i a u g N u

Limite da Bacia r U

Limites Municipais io # R Derrubadas # Sedes Municipais 6 0 9

0 R 7 io 0 5

5 Esperança do Sul 0

7 # Tenente Portela 0 9 # 0

6 T u r v Tiradent#es do Sul o Responsável pelo Sistema de Distribuição de Água Três P#assos Miraguaí Com destinação própria Crissiumal # Doutor Maurício Cardoso # Novo Machado #

Envia p/ CITRESU - Bom Progresso Bom Progresso 6

0 # 9

0 Humaitá 5

0 # 0 0 0

5 Envia p/ Panambi (fora da bacia U30) Porto Mauá 0

9 # 0

6 Braga Envia p/ Santo Augusto Nova C#andelária # Horiz#ontina Sede# Nova ai gu Redentora Envia p/ Tenente Portela Tucunduva # Ale#crim # Boa Vista# do Buricá Camp#o Novo u r U São M#artinho Corone#l Bicaco São José #do Inhacorá

Porto Vera Cruz Rio

io # Tuparendi 6

0 R # Três de Maio 9

0 São Valério do Sul 2 S #

0 a # 5 nt 5 o 0

R 2 0

i o 9 Alegria 0 6 # Santo Cristo C # r Santo Augusto i s Independência B # t u o r ic á Porto #Lucena Santa# Rosa Inha#corá R io R S io a Chiapeta n # Porto Xavier A ta ma # nd R aú o sa Cândid#o Godói 6 0 9 0 Campina d#as Missões 0 0 0

0 Giruá 0 0 São Paulo das Missões Senador Salgado Filho # 0 9 # # 0 6 Ubire#tama

Rio Com an daí Sete de #Setembro Guarani das Mis#sões 6 0 8 0 7 0 5 5 0 7 0 8 0 6 6 0 8 0 5 0 0 0 0 5 0

8 10 0 10 20 km 0 6

Escala: 1:1.000.000

75000 100000 125000 150000 175000 200000 225000 250000 275000 300000 Figura 4.1.6 - Consórcios de municípios para dedstinação final de Resíduos Sólidos

4.1.6. Síntese do setor de saneamento

4.1.6.1. Abastecimento Público

De forma resumida, pode-se considerar a seguinte situação de demanda para abastecimento público na Bacia U 30:

. 10 municípios têm área urbana fora da bacia e captam água fora da bacia, é o caso de: Catuípe, Cerro Largo, Condor, Ijuí, Palmeira das Missões, Santo Ângelo (CORSAN) e, Nova Ramada, Roque Gonzáles, Salvador das Missões, São Pedro do Butiá (Prefeituras);

. 13 municípios têm o sistema de abastecimento público gerenciado pela Prefeitura Municipal. Não foram disponibilizados dados que permitissem estipular qual manancial é utilizado. Por hipótese, em função do pequeno tamanho das populações atendidas, e também em função da presença de poços do Programa de Açudes e Poços da Secretaria de Obras do Estado, acredita-se que utilizem, na sua maioria, água subterrânea. Esta demanda representa 5% do total do abastecimento público (0,03572 m3/s);

. 20 municípios são atendidos pela CORSAN através de mananciais subterrâneos (0,25904 m3/s);

. 12 municípios são atendidos pela CORSAN através de captações superficiais (0,4521 m3/s).

O quadro 4.1.14 aponta a demanda superficial de água para abastecimento público na bacia U 30.

Quadro 4.1.14 – Demanda total de água superficial para abastecimento público, por sub-bacia

Sub-bacia Abastecimento Abastecimento Público (m3/s) Público (m3/ano)

Rio Turvo - -

Lajeado Grande 0,09776 3.082.940

Rio Buricá 0,08071 2.545.419

Rio Santa Rosa - -

Rio Santo Cristo 0,19428 6.126.788

Rio Amandaú - -

Rio Comandaí 0,01067 336.353

Outras 0,05893 1.858.341 Total 0,44235 13.949.840

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Vale ressaltar que no quadro 4.1.14 foi desconsiderada a demanda de Porto Xavier, visto que o manancial de captação é o Rio Uruguai, fora da bacia U 30.

Uma constatação importante a ser ressaltada é que 0,19428 m3/s, cerca de 45% da demanda total de água superficial para abastecimento público na bacia U 30 é proveniente das sub-bacias do Rio Santo Cristo e Arroio Lajeado Grande.

A CORSAN capta água superficial do Rio Santo Cristo para atender aos municípios de Santa Rosa e Alecrim e capta água do Lajeado Erval Novo e Arroio Lajeado Grande para abastecer, respectivamente, Três Passos e Crissiumal.

Tendo em vista que o diagnóstico da qualidade atual da água superficial apontou estas duas sub-bacias como as que apresentam as piores condições de qualidade, denota-se uma condição altamente desfavorável. (ver o Inventário dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos da Bacia Hidrográfica dos rios Turvo, Santa Rosa e Santo Cristo – Cap. 4 – Disponibilidade Qualitativa).

4.1.6.2. Esgotamento sanitário e pluvial

Nos municípios da bacia hidrográfica, a cobertura por rede de drenagem pluvial e de esgotamento sanitário é mínima ou inexistente.

O último Censo Demográfico (IBGE, 2000) aponta que apenas 12% dos efluentes domésticos gerados nos municípios da bacia são encaminhados à rede de esgotamento sanitário ou pluvial. Apenas dois municípios, Campina das Missões e Cândido Godói, possuem sistemas de tratamento de esgoto e, mesmo assim, com atendimento a um pequeno percentual da população. A maior parte dos efluentes domésticos é destinada a sistemas individuais de tratamento, ou seja, a fossas sépticas e sumidouros.

No Banco de Dados do Licenciamento Ambiental da FEPAM constam 9 municípios com licenças ambientais prévias e de instalação para Sistemas de Esgotamento Sanitário, no entanto, estes processos devem ter sido interrompidos pois os municípios não apontam a existência de tais sistemas nos questionários enviados. A retomada dos processos de Licenciamento e a implantação das ETE’s previstas representaria o atendimento de, aproximadamente, 25.000 habitantes, ou seja, 6,3% da população total da bacia e 10,9% da população urbana da bacia.

Quanto à rede de esgotamento pluvial, apenas 11% dos municípios da bacia hidrográfica possuem cobertura em toda área urbana e 30% em mais da metade da área urbana. Nos restantes 59% dos municípios, ou a rede pluvial inexiste ou cobre menos de 50% da área urbana do município. Em todos os municípios com rede de drenagem esta é mista, ou seja, além das águas da chuva recebe também esgoto doméstico.

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4.1.6.3. Resíduos sólidos

A análise dos dados obtidos do Censo Demográfico (IBGE, 2000), em informações obtidas junto às prefeituras municipais e no banco de dados da FEPAM demonstra que existem, na Bacia U 30, 24 locais de destinação ou tratamento de resíduos sólidos urbanos para os quais são enviados cerca de 65% dos resíduos gerados nos municípios da bacia hidrográfica.

A parcela dos resíduos sólidos gerados que é coletada (65%) apresenta a seguinte destinação: 33% são enviados a sistemas de triagem e/ou compostagem com aterro sanitário; 33% são enviados a aterros sanitários; 17% são enviados a áreas degradas em recuperação e 17% são encaminhados a “aterros controlados”.

Ocorre em alguns municípios da bacia a disposição final consorciada, nas quais dois ou mais municípios destinam seus resíduos a um mesmo local. Destaca-se nesse contexto o aterro sanitário da CITRESU, localizado no município de Bom Progresso, que recebe os resíduos sólidos urbanos de outros nove municípios.

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