CONSTRUÇÃO HISTÓRICA DE PIRAPORA/MG LEITURA TÉCNICA

O texto constate neste diagnóstico compõem um dos produtos da Leitura Técnica desenvolvido pela Comissão Técnica para Revisão do Plano Diretor Estratégico.

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FICHA TÉCNICA

Marcella Machado Ribas Fonseca PREFEITA MUNICIPAL

Orlando Pereira de Lima VICE-PREFEITO

Sinvaldo Pereira SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO

Luiz Antônio Pulcherio Lopes Conde Bastos Rego Matos de Souza SECRETARIO MUNICIPAL DE PLENEJAMENTO E MEIO AMBIENTE

Dr. Raul Ulysses Rodrigues de Araújo PROCURADOR GERAL DO MUNICIPIO

Ana Paola Ramos PRESIDENTE DA COMISSÃO

Larissa Rayan Pereira Rocha REDAÇÃO OFICIAL

GRUPO GESTOR DECRETO Nº 36 DE 29 DE AGOSTO DE 2018

Representante da Prefeitura Municipal de Pirapora: Titular: Sinvaldo Alves Pereira Suplente: Luiz Antonio Pulcherio L. C. B. R. M. Souza

Representante da Câmara Municipal de Vereadores: Titular: Vereador Eder Danilo Pereira da Silva Suplente: Vereador Luciano Rodrigues Pereira

Representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB: Titular: Mauricio Tadeu Machado Vargas Suplente: Maristela Porto

Representante de entidade empresarial: Titular: Mauricélio Lucas de Oliveira Junior Instituição: Interpira Suplente: Hélio de Oliveira Mendonça Junior Instituição: Grupo Center Data Compuway Unip

Representante de seguimento acadêmico: Titular: Daniel Mendes Magalhães Página 3 de 29

Instituição: FAC/Funam Suplente: Lucas Higino Versiani Fonseca Instituição:FAC/Funam

Representante de segmento comunitário: Titular: Felipe de Brito Feitosa Instituição: Levante Popular da Juventude Suplente: Damião Braz (Irajá Pataxó) Instituição:APOINME – Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, e Espírito Santo.

COMISSÃO TÉCNICA PARA REVISÃO DO PLANO DIRETOR Decreto N° 04 de 19 de Janeiro de 2018. Portaria N° 44 de 15 de Fevereiro de 2018. Ana Paola Ramos Carlos Amorim Correa da Silva Erica de Freitas Guimarães Ramos Gabriel Vinícius Nascimento Alves Hebert Vinicius Dias Leite João Rafael Santos Silva Juliana Veloso Neves Juvenal Agostinho Rodrigues Larissa Rayan Pereira Rocha Lidiana Emanulle Muniz Machado Moacir Moreira Filho Plínio Geraldo Pinto de Oliveira Priscilla Miranda dos Santos Vinícius Nunes Barreto Walter Edson de Oliveira

LEITURA TÉCNICA Texto: DESCRIÇÃO E ANÁLISE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PIRAPORA Servidora Erica de Freitas Guimarães Ramos Servidor Hebert Vinicius Dias Leite Servidora Juliana Veloso Neves Servidora Priscilla Miranda dos Santos Servidor Vinícius Nunes Barreto. Pirapora, 05 de outubro de 2017.

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APRESENTAÇÃO

A Lei Municipal nº 1846 de 10 de outubro de 2006, instituiu o Plano Diretor Estratégico, o sistema e o processo de planejamento e gestão do desenvolvimento do Município de Pirapora, que teve como diretriz orientadora e definidora a Lei Federal 10.257 de 10 de julho de 2001 que dispõe o Estatuto da Cidade.

O Estatuto da Cidade orienta a política urbana em todo o país, buscando garantir a todos o Direito à Cidade, definiu regras para a organização do território municipal. Sendo que o Plano Diretor é a lei municipal criada para organizar o crescimento e o desenvolvimento do Município, planejando o futuro da cidade, tanto para as áreas urbanas como para as áreas rurais.

Plano Diretor é obrigatório para os municípios que possuem as seguintes características:

• Possuem mais de 20 mil habitantes; • Fazem parte de regiões metropolitanas; • São turísticos; • Sofrem impactos causados por grandes obras que colocam o meio ambiente em risco, como rodovias, barragens, hidrelétricas, aeroportos, indústrias.

Nesse contexto o Município de Pirapora se enquadra principalmente por apresentar mais de 60 mil habitantes, possuir uma importante malha rodoviária, estar as margens do Rio São Francisco, e abarcar um importante potencial turísticos. Para a elaboração do Plano Diretor Estratégico em 2006, o Município realizou uma ação conjunta de diferentes atores sociais e políticos, incluindo participação de equipe especializada e participação direta da população.

Ressalta-se que, se a cidade já possui Plano Diretor, o Estatuto da Cidade determina ainda que este deve ser revisado no prazo máximo de 10 anos. Assim, o processo de Revisão do Plano Diretor Estratégico de Pirapora deveria ter se iniciado em 2016. Identificada a pendência, esta administração decidiu que uma comissão de servidores municipais estaria apta para realizar o processo de revisão, analisar e adequar a legislação urbanística complementar.

Importante ressaltar que essa revisão é necessária, pois o Município, como tantos outros, precisam se enquadrar nas constantes modificações que ocorrem nas ordens sociais, políticas, ambientais, econômicas e vocacionais.

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Esses processos de mudanças dinâmicas, legais e urbano ambientais necessitam que a revisão do Plano Diretor Estratégico seja realizada tanto de forma técnica quanto de forma participativa, através das leituras técnica e comunitária.

O texto constante neste diagnóstico compõem um dos produtos da leitura técnica desenvolvido pela Comissão Técnica para Revisão do Plano Diretor Estratégico.

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Pirapora Fundação em 1 de junho de 1912 Gentílico: piraporense Lema: Das águas do rio São Francisco onde tudo é belo Região: Norte de Minas Gerais

Brasão

Instituído pela lei municipal nº 1294/94, conforme criação do artista piraporense Luiz Cardoso (Luiz Café).

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Hino oficial

O hino oficial de Pirapora é de autoria do cabo telegrafista Edson de Oliveira (Militar da Marinha).

Hino de Pirapora Contemplando a formosa princesa E cantando com todo fervor Os seus vultos e suas riquezas Sua vida de paz e amor Acompanha de perto o progresso Integrando o seu lar social Pirapora florida e bela A crescer de modo industrial

O seu céu tem mais estrelas Sua vida mais amor Pirapora Deus Abençoou... Margem do Rio São Francisco Sexagenária princesa Quem visita nossa Pirapora Se encanta com sua beleza Hoje canto feliz este nome Porque sei não existir igual, Pirapora, cidade mineira, Cantemos de pés os seus anais

O seu céu tem mais estrelas Sua vida mais amor Pirapora Deus abençoou... Salmeron e Rodrigo Soeiros Bandeirantes que chegaram aqui Muitas lutas que foram travadas Com a tribo dos índios Cariris Transformaram os índios guerreiros Numa tribo de grande valor Na façanha foram pioneiros Agraciados pelo bravo destemor

O seu céu tem mais estrelas Sua vida mais amor Pirapora Deus Abençoou... O passado não foge à época Dos Salmeron e Soeiros Encontraram lugar na história Página 8 de 29

Deste povo ribeirinho e hospitaleiro A trilhar o caminho do sucesso Evoluindo seu nível cultural conquistando a sua supremacia Completando o cenário nacional.

Cidade

O município de Pirapora está localizado na mesorregião do Norte de Minas Gerais, localizado a aproximadamente 349 quilômetros da capital, . É o segundo maior pólo industrial do norte do estado e também a 33ª economia exportadora do e 2° PIB norte - mineiro. Destaca-se por ser o começo do trecho navegável do rio São Francisco, a cidade de Pirapora fica à margem direita do rio, local onde os primeiros habitantes se instalaram usufruindo dos recursos naturais como a água e os peixes. O rio São Francisco ocupou um lugar de destaque na história do município de Pirapora, pois oportunizou não somente a migração de pessoas, mas propiciou o desenvolvimento de atividades econômicas na cidade e região.

Fonte: https://www.flickr.com/photos. Acesso em 25/05/2018.

Destaca-se, também, a importância da localização geográfica de Pirapora perante as atrações de investimentos, que a tornaram durante certo tempo um local de referência na região. Primeiro pela utilização do rio São Francisco para a navegação e logo, pela passagem do trem de ferro, tendo como origem o Rio de Janeiro e destino final Belém do Pará, num projeto de interligação nacional.

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INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PIRAPORA

Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br Acesso em 23/05/2018.

Pirapora inserida num contexto de desenvolvimento tornou-se um importante entroncamento hidroferroviário, expondo uma divisão entre a hidrovia e ferrovia, sendo um importante fator econômico na vida das comunidades.

A expansão ferroviária teve continuidade em direção ao Norte de Minas Gerais, através do rio das Velhas e do rio São Francisco, chegando a em 1896, em 1903, em 1904, Corinto em 1906 e finalmente em Pirapora, no ano de 1910, conforme aponta Fonseca (2010).

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Em 1922, com o término da construção da ponte de ferro Marechal Hermes, o ramal ferroviário chega à atual cidade de , mas o plano inicial de ligar o Rio de Janeiro a Belém do Pará é abortado, por questões políticas e econômicas. A Ponte, com 694 metros de extensão, foi inaugurada no dia 7 de outubro de 1922, com a presença do então Presidente da República Epitácio Pessoa e desde aquele dia passou a ser utilizada para ligar as cidades de Pirapora e Buritizeiro.

PROPOSTA DE PROLONGAMENTO DA ESTRADA DE FERRO CENTRAL DO BRASIL

Fonte: www.transportes.gov.br .Acesso em 24/05/2018

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CONSTRUÇÃO DA PONTE MARECHAL HERMES EM Pirapora

Fonte: www.ihgmc.art.br. Acesso em 22/05/2018.

Com a chegada da ferrovia à Pirapora, com transporte de cargas e passageiros, o desenvolvimento por indústrias de ferro-silício, silício metálico, ferro - ligas, ligas de alumínio e tecidos, bem como o comércio trouxe diversos investimentos para a região. Visto a dinâmica nos meios de transportes interligando toda a microrregião de Pirapora.

QUADRO - ACONTECIMENTOS EM PIRAPORA NO TEMPO DOS VAPORES E DOS TRILHOS

ANO ACONTECIMETO 1908 - Abertura da 1ª farmácia em Pirapora. 1909 - Inauguração do Posto de Fiscalização do Estado. 1910 - Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil. - Inauguração da Escola de Aprendizes Marinheiros. 1911 - Instalação do Posto de Meteorologia do Ministério da Agricultura. - Circulação do primeiro jornal (semanário: O Pirapora). 1912 - Emancipação do município de Pirapora. - Inauguração da Coletoria Estadual. - Inauguração do cine-teatro Avenida. 1913 - Primeira rede de abastecimento de água. - Primeira rede de telefones urbanos da cidade. - Inauguração do cinema “Cine Progresso”.

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1914 - Primeira usina de lenha para fornecimento de energia elétrica. 1915 - Inauguração da Coletoria Federal. 1917 - Fundada a CIVP – Companhia Indústria e Viação de Pirapora. - Criado o Tiro de Guerra n.º 428. 1918 - Pirapora passa a constituir uma divisão jurídico- administrativa da Comarca de Curvelo. 1º Juiz municipal. 1919 - Primeira Igreja Batista. 1921 - Primeiro Grupo Escolar (hoje, Escola Estadual Fernão Dias). - Chegada do primeiro automóvel em Pirapora. - Inauguração da Ponte Marechal Hermes. 1922 - Inauguração do Hospital Carlos Chagas no distrito de São Francisco de Pirapora (Buritizeiro). - Primeira visita de um Presidente da República – Epitácio Pessoa 1924 - Inauguração do matadouro municipal. 1925 - Fundação da Companhia Navegação Mineira do Rio São Francisco ou “a Mineira”. 1926 - Inauguração do Cine Teatro Pirapora 1929 - Instalação da Capitania Fluvial dos Portos do São Francisco. 1932 - Instalação do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais S.A. 1933 - Inaugurado o campo de aviação de Pirapora. 1934 - Inaugurado o posto médico do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos – IAPM. 1935 - Funcionamento da Delegacia do Trabalho Marítimo. - Criada a Associação Comercial de Pirapora. 1936 - Instalação da Comarca de Pirapora. 1938 - Inauguração do Banco de Minas Gerais S.A. 1940 - Inauguração da agência do Banco do Brasil S.A. 1941 - Instalação da Agência Municipal de Estatística 1942 - Criação do Ginásio São João Batista

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1944 - Instalação da Cia. Siderúrgica Belo Mineira (Várzea da Palma).

Fonte: Adaptado de (SILVA; MOTA, 2012, p. 49-57).

A cidade Pirapora entra na rota do progresso e do crescimento. Passa a ser uma cidade pólo na região e carrega consigo o símbolo de uma cidade desenvolvida.

ETIMOLOGIA

Seu nome tem origem tupi e significa "Salto do peixe", através da junção dos termos pirá ("peixe") e pora ("Salto"). Segundo o professor Christóvão Joaquim Fernandes Ramos, o nome Pirapora tem sua origem em Pirá-Poré, com o sentido de lugar onde o peixe salta. É também defensável a opinião de que o termo teria vindo direto da expressão Pirá-Pora, significando então morada do peixe. Poderia ainda derivar- se de Pirá-Por, significando pulo do peixe. O fato é que a pesca abundante e a imponência da corredeira foram a causa primeira da fixação dos índios cariris no local que viria a ser o coração da cidade de Pirapora. O nome é uma referência ao fato de, no período da desova dos peixes, eles saltarem sobre a água para vencer as corredeiras do rio e, desse modo, poderem alcançar a cabeceira dos rios, que são locais mais propícios à desova.

HISTÓRIA

Segundo o livro, “Pirapora, 100 anos de história”, os índios Cariris, possuíam segmentos em todo o nordeste brasileiro e em época remota, a tribo dos Cariris teriam subido o rio São Francisco, a procura de regiões menos inóspitas, de caça e pesca abundantes. Além da fama de guerreiros, os Cariris trouxeram consigo seus costumes, seus utensílios, suas armas e objetos de arte. Aportaram-se na área hoje compreendida pelo município de Pirapora, permanecendo defronte à corredeira, estabelecendo sua aldeia justamente onde atualmente situa-se a praça dos Cariris. Informações históricas, afirmam que o idioma falado pelos índios fosse o Tupi, impregnado de modificações normais, provenientes do meio e dos contatos com tribos diversas e com os brancos. A língua Tupi foi a mais difundida pelos bandeirantes e missionários no interior do Brasil, particularidade que, aliás, explica a existência de topônimos de origem Tupi em regiões onde os Tupis nunca estiveram. Segundo a lenda de Salmeron e Soeiros, em 1678 o homem “civilizado” avistou as águas cristalinas, matas verdejantes que margeavam o rio e as praias de areias soltas. Tal fato levou os bandeirantes Salmeron e Rodrigo Soeiros, foram os pioneiros nessa empreitada. Salmeron, brasileiro, filho de espanhóis, Página 14 de 29

residia no Maranhão, onde sua família dispunha de terras e de regular fortuna, organizou com agregados e amigos de seu pai a bandeira que o tinha como chefe, sendo seu lugar-tenente o espanhol Soeiros. Atraído pela miragem do ouro e da prata das Minas, Salmeron veio ter a Sabarabuçu – denominação indígena da região da serra da Piedade, próximo à nascente do rio das Velhas. Aí, armando-se de duas embarcações fluviais, toscas, mas sólidas, desceu o rio das Velhas – ao qual os indígenas davam o nome de Guaicuí – até a sua foz do São Francisco, na Barra do Guaicuí. Jogando sorte, optou pela subida do São Francisco, ao invés de tomar a direção norte. Assim, veio a ter com seus companheiros à corredeira do Pirá-Poré. Não chegaram a sequer desembarcar, os índios defenderam com ardor seus domínios, expulsando os bandeirantes. Salvaram-se poucos componentes da bandeira, Salmeron e seu lugar-tenente Soeiros, este último com ferimentos graves, falecendo e sepultado em Guaicuí. Com a chegada de novas bandeiras e de aventureiros à cata de ouro e cativos indígenas, os Cariris abandonaram seus domínios, cedendo aos brancos a exploração do território. Porém, segundo a tradição, um componente da tribo teria aqui sobrevivido, chegando a constituir um núcleo familiar nas redondezas. Um descendente seu, Ezequiel Indio da Missão Jacob Tupinambá – que residiu em Pirapora, onde veio a falecer, já centenário, por volta de 1950 – terá sido o ultimo remanescente dos Cariris em nosso município. Da bandeira Salmeron-Soeiros não resultou povoamento, uma vez que a derrota para os indígenas não permitiu a entrada no território, até então dominada pelos Cariris. Todavia, de acordo com relatos, constituiu-se a mesma de um marco de real valia para o conhecimento da região, difundindo, na medida de suas possibilidades, as riquezas e as belezas naturais do lugar, ainda inexplorado. Assim os primeiros habitantes, garimpeiros, pescadores, pequenos criadores de gado e aventureiros, foram chegando a Pirapora e morando em casinhas de enchimento, cobertas de palha de buriti, construídas segundo a influência indígena. Estes moradores pioneiros foram radicando-se à localidade, exercendo desenvolvendo suas funções, constituindo suas famílias e, por fim, fixando suas residências, em definitivo, na região. Ainda na primeira metade do século XIX, havia uma população estimada de 70 pessoas, vivendo em 15 casinhas. Em meados da segunda metade, a estimativa era de 150 pessoas, vivendo em 30 ou 35 casinhas.

NAVEGAÇÃO

O rio São Francisco e Pirapora tem forte traço ligado ao desenvolvimento, sendo a navegação elemento fundamental para a chegada de novos moradores, bem como novos artefatos comerciais. As mercadorias saíam da Bahia subindo o rio e, quando terminava o trecho navegável, até Pirapora, seguiam por terra até o destino final. Inicialmente, a navegação era desbravada pelos índios em pequenos barcos e canoas. A navegação a vapor pelo São Francisco começa em

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1871, mas a partir de 1902 que as embarcações a vapor iniciaram o tráfego regular.

FIGURA - BACIA DO SÃO FRANCISCO

Fonte: http://www.sfrancisco.bio.br/html/ mapbacia.htm Acesso em 15/05/2018.

A figura mostra a bacia do São Francisco, com distancia de 639.217 m², sendo sua nascente na Serra da Canastra. Nota-se que o rio São Francisco banha cinco estados brasileiros (Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas), atingindo cerca de 520 municípios. No final do século XVIII, já havia muitos barcos transportando pessoas e cargas, sendo o sal o principal produto comercializado e muitos baianos migrando para o interior mineiro na intenção de explorar novos pontos trabalhistas. Percebe-se que o transporte fluvial passa a se consolidar cada vez mais no país, e em 1871 a navegação é concretizada quando o vapor Saldanha Marinho navega pela primeira vez as águas do São Francisco, comandado pelo primeiro Tenente da Armada, Francisco Manoel Álvares de Araújo. Em 1879 chega pela primeira vez em Pirapora e sua capacidade de carga era de 20 toneladas e possuía 30 metros de comprimento.

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Foto: Vapor Saldanha Marinho

Fonte: http://www.ihgmc.art.br/revista_volume4.htm Acesso em 25/06/2018

A cidade de Pirapora foi incluída regularmente na rota de navegação com a construção do depósito da Companhia Cedro e Cachoeira e de Curvelo. O objetivo era utilizar o vapor Saldanha Marinho no transporte de tecidos até a Bahia e na viagem de volta trazia algodão comprado junto aos ribeirinhos. Diante disso Pirapora torna-se a fazer parte do cenário econômico regional com a construção do depósito das Fábricas de Tecido Cedro e Cachoeira na cidade, com o objetivo de estocar o algodão adquirido na região. Pirapora ganha destaque na região não somente pela navegação, mas por todo o desenvolvimento comercial tendo a cidade como ponto de apoio. A obra Rio São Francisco: vapores & vapozeiros (2009), o autores afirmam que quarenta e cinco vapores navegaram no alto São Francisco a partir de 1871, são eles:

QUADRO: VAPORES QUE NAVEGARAM NO MÉDIO E SUBMÉDIO SÃO FRANCISCO

ANO DE NOME DO VAPOR ORIGEM CONSTRUÇÃO Saldanha Marinho Antes 1869 Europa Presidente Dantas Antes 1872 Rio de Janeiro Delsuc Moscoso (ex-Cadete 1.889 Inglaterra Xavier Leal) Jansen Melo (ex-Alves Linhares) 1.895 Inglaterra Djalma Dutra (ex-Prudente de 1.900 Inglaterra

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Morais, ex-Pirapora, ex-Costa Pereira) Cordeiro de Miranda (ex-Rio 1.907 Inglaterra Branco, ex-João Pessoa) Iguassu 1.907 Alemanha Siqueira Campos (ex-Carinhanha) 1.907 Inglaterra Comendador Peixoto 1.909 Inglaterra Franscisco Bispo 1.911 Rio de Janeiro Governador Valadares (ex-Pires 1.912 - do Rio) Paracatu (ex-União) 1.913 Inglaterra São Francisco (vapo mineiro) 1.913 EUA Barão de Cotegipe (ex-Severino 1.913 EUA Vieira) Benjamin Guimarães 1.913 EUA Wenceslau Braz Antes 1920 EUA Engenheiro Halfed (vapor 1.926 Alemanha mineiro) Fernandes da Cunha (ex- 1.926 França Cargueiro) (ex-Melo Viana) 1.926 Alemanha Bahia (ex-São Paulo) 1.928 Pirapora-MG Fernão Dias 1.928 Glasgow – Escócia Affonso 1.929 Glasgow – Escócia Curvello 1.929 Inglaterra Antônio Nascimento 1.930 Pirapora-MG Júlio Vio 1.930 Niterói-RJ Otávio Carneiro (ex-Santa Clara) 1.931 França Juracy Magalhães 1.934 Inglaterra São Salvador (ex-Alfredo Viana) 1.937 Juazeiro-BA Sertanejo 1.938 Inglaterra Coronel Ramos (ex-Barbados) 1.939 Espírito Santo

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Baependi 1.943 Minas Gerais Matta Machado - Glasgow – Escócia Amaro Cavalcanti - - Antônio Olinto - - Conselheiro Luiz Viana - - Engenheiro Halfed (vapor baiano) - - Joaquim Távora (ex-Antônio - - Moniz) Luiz Vianna (ex-Juazeiro) - - Mauá - - Monsenhor Augusto - - Nélson - - Newton Prado - - Rodrigo Silva - - Santa Cruz - - São Francisco (vapor baiano) - -

Fonte: Adaptado de DINIZ; MOTA; DINIZ (2009).

Ressalta-se que vários nomes dos vapores teve como homenagem os proprietários e outras pessoas consideradas importantes naquela época. Isso comprova a relevância de Pirapora junto à navegação para o desenvolvimento local, e como fator preponderante para o transporte ferroviário que começava na região. Ficou evidente o uso constante do porto de Pirapora que economicamente fez crescer outras fontes de renda. Com a chegada dos trilhos no inicio do século XX, algumas empresas se instalaram na cidade, sendo que duas ocuparam lugar de destaque: a Companhia Indústria e Viação de Pirapora (CIVP) e a Companhia Navegação Mineira do São Francisco. Além do crescimento econômico vivido na época, o fator demográfico ficou notório, sobretudo, por causa dos movimentos migratórios. Assim tanto o crescimento econômico quanto o demográfico teve relação com os vapores, navegação e também os trilhos. Com todos esses acontecimentos ocorridos no período, vários investimentos foram acertados pelos empresários e o poder público, tais como hospitais, bancos, escolas, postos de fiscalização e a Capitania dos Portos. Página 19 de 29

Neste sentido, dois projetos marcaram história na cidade, foi a inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil, em 1910 e da Ponte Marechal Hermes, em 1922; na continuação do caminho do desenvolvimento econômico regional. Em nota, o vapor Benjamin Guimarães, construído em 1913, nos EUA, navegou pelo rio Mississipi e na década de 20, a embarcação foi montada no porto de Pirapora. Hoje, é o único exemplar movido a lenha no mundo em funcionamento e faz passeios turísticos de no máximo quatro horas.

PONTE MARECHAL HERMES

Em 1920, a ponte começou a ser construída alcançando 694 metros de extensão. Todo o material é importado, sendo as partes metálicas da Bélgica e o cimento, em tambores, dos Estados Unidos. A idéia inicial da construção da ponte estava vinculada ao projeto ferroviário de ligar o Rio de Janeiro a Belém do Pará. Porém, os planos do governo foram mudando tornando-se a ponte dispensável. A inauguração, com o nome de Marechal Hermes, se deu em 07 de outubro de 1922, com a presença do Presidente da República Epitácio Pessoa. Contudo só foi liberada para o tráfego no dia 28 do mesmo mês, após a liberação da direção da Central do Brasil. Tombada pelos patrimônios municipal e estadual em 1995.

FOTO: PONTE MARECHAL HERMES

Fonte:http://www.belgianclub.com.br/pt-br/heritage/ponte-marechal-hermes-pirapora, acesso em 27/06/2018

PIRAPORA E SUAS ENCHENTES

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A foto que ilustra está postagem mostra exatamente a Avenida Mascarenhas, esquina com a rua Alagoas.

Fonte: http://piraporacentenaria.blogspot.com/2014/01/enchente-em-pirapora.html, acesso em 05/07/2018

Desde 1913 aconteceu diversas enchentes no trecho do rio São Francisco sendo a maior delas em 1979. A cidade de Pirapora ficou parcialmente inundada e deixou cerca de quatro mil pessoas sem abrigo. As repartições públicas ficaram sem condições de funcionamento. A igreja Católica obteve ajuda da Alemanha e construiu, ou reconstruiu, 105 casas para os desabrigados. Nos relatos do livro “Pirapora, 100 anos de História”, algumas testemunhas comentaram que houveram enchentes maiores, como em 1926 e 1906. Mas que em 1979 foi a pior enchente pelos danos causados principalmente pelas famílias mais pobres.

MAIS ENCHENTES

Levantamentos históricos conotam que os anos de 1913, 1919, 1929, 1938, 1939, 1949, 1954, 1959, 1964 e a pior de todas, em 1979. Após a enchente de 1949, a segunda maior enchente, o governo federal providenciou obras que barrassem as “grandes águas”. Com isso, foram construído cais em todas as cidades ribeirinhas. Essa obra solucionou vários aspectos decorrentes das enchentes do rio evitando que a água corresse para dentro da cidade. Página 21 de 29

PIRAPORA E SUA ADMINISTRAÇÃO

O Coronel Ramos chegou a Pirapora em 1902, para assumir a gerência do depósito da Companhia Cedro e Cachoeira, mas sua trajetória foi muito além da administração de um empreendimento. Acreditou no arraial de São Gonçalo de Pirapora (assim chama na época), e usou todos os seus contatos, à sua visão progressista, à liderança pessoal, tomou frente na luta pela transformação administrativa municipal. Em 30 de agosto de 1911 a lei estadual de nº 556 foi sancionada, elevando o arraial de São Gonçalo de Pirapora à condição de vila de território. Para que o distrito pudesse ser elevado a município, havia a necessidade de se constituir previamente o patrimônio municipal. Exigência atendida na época ao estado de Minas Gerais. A primeira Câmara de Vereadores foi nomeada em 31 de março de 1912, com mandato até 1915, constituída por: coronel José Joaquim Fernandes Ramos (presidente), coronel Antônio do Nascimento (vice-presidente), major Joaquim Rodrigues Santiago (secretário), capitão Washington Bernardes Barreto, coronel Felipe Alves Sampaio, major Theófilo de Salles Barbosa (com o seu falecimento em 1914, sua vaga foi preenchida pelo suplente Celso Gonzaga Pereira da Fonseca) e Henrique Dias Coelho. O presidente da câmara municipal exercia a função de agente executivo municipal, cargo correspondente à função de prefeito. E na 1ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal da Villa de Pirapora, no dia 1º de junho de 1912 foi decretada a “Certidão de Nascimento” e feriado municipal, sendo desmembrada do municipio de Curvelo, tornando-se cidade. Atualmente o Poder Legislativo é constituído por 15 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos. Eles são os responsáveis pela elaboração e votação das leis fundamentais à administração. Com o poder de veto assegurado ao prefeito municipal. O Poder Executivo é representado pelo prefeito, vice e demais secretários compondo: O Governo, Planejamento, Saúde, Administração e Finanças, Infraestrutura e Urbanismo, Educação, Emprego, Renda e Agropecuária.

PREFEITOS MUNICIPAIS

A partir de sua instalação, o município já teve os seguintes agentes executivos municipais e prefeitos:

1912 – José Joaquim Fernandes Ramos 1915 – José Joaquim Fernandes Ramos 1918 - José Joaquim Fernandes Ramos 1922 – Joaquim Rodrigues Santiago 1923 – Américo Ferreira Lima 1925 – Rodolfo Malard Página 22 de 29

1927 – Arthur Nascimento 1931 – Genaro Henriques 1931 – Raimundo Soares de Santana 1932 – Genaro Henriques 1932 – Raimundo Soares de Santana 1932 – Durval Tavares de Albuquerque 1934 – Álvaro Nascimento 1937 – Carlos Matta Machado 1937 – Arnaldo Gonzaga 1941 – Cícero Passos 1944 – Raymundo Boaventura Leite 1945 – Humberto Malard 1946 – Frederico Ozanam Ramos 1947 – José Carlos Moore 1948 – Newton Cardoso de Souza 1951 – Antônio Cândido de Oliveira 1955 – Silvano Ribas 1959 – Antônio Cândido de Oliveira 1963 – José Martinez de Santana 1967 – Eduardo José Hatem 1971 – Flaviano Pereira 1973 – José Gomes de Sá 1977 – Cristiano Azevedo 1983 – Wanderley Geraldo de Ávila 1989 – José Raimundo Gitirana 1992 – Ailton Barreto 1992 – Davi Gonçalves 1993 – Walyd Ramos Abdalla 1996 – Antônio Cândido de Oliveira 1997 - Leônidas Gregório de Almeida 2001 – Leônidas Gregório de Almeida 2003 – Bartolomeu Manhães de Souza 2005 - Warmillon Fonseca Braga 2009 – Warmillon Fonseca Braga 2013 – Heliomar Valle Da Silveira 2017 – Marcella Machado Ribas Fonseca

HOMENAGEM AO PRIMEIRO PREFEITO DA CIDADE

Em 1959 foi criada a ESCOLA ESTADUAL CORONEL RAMOS pelo Decreto 5.734, publicado no Estado de Minas Gerais de 29.12.59. O Estabelecimento recebeu o nome do cidadão ilustre, Coronel José Joaquim Fernandes Ramos, nascido em Cachoeira do Campo em 1874 e falecido em 1925.

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Bacharel em Letras, foi eleito agente executivo municipal, Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, Presidente do Diretório Municipal, Juiz de Paz, Promotor Público Adjunto, Coronel da Guarda Municipal, Diretor da Companhia Indústria e Viação Pirapora, representante da Cedro e Cachoeira, liderou a campanha que culminou com a emancipação política de Pirapora, fundou a Sociedade São Vicente de Paula, ajudou na construção da Matriz de São Sebastião, enfim: "Foi a mais legítima e expressiva liderança que Pirapora teve em todos os tempos. Digno dessa homenagem.

CULTURAS E MUITO MAIS

Alguns costumes eram notórios na década de 40, como ouvir a rádio Cultura de Pirapora, freqüentar a sorveteria Califórnia, pular o carnaval nos clubes Independentes, Recreativo, Operário e União e vários outros hábitos que havia naquela época. Em parte, os clubes festivos em Pirapora eram bem frenquentados na época e com muitas opções artísticas. Dessa forma, os clubes recebiam festivais de música, poesia, palestras, exposições de arte, companhias de teatro e principalmente os bailes carnavalescos que até hoje é lembrado com muito entusiasmo.

CARNAVAL INDEPENDENTES CLUBE

Fonte: http://diarioasemana.com/especial-a-historia-e-as-transformacoes-do-carnaval-piraporense- desde-1912/, acessado em 08/07/2018 Página 24 de 29

Vale lembrar que os festejos carnavalescos predominaram em formação de blocos caricatos e carros alegóricos. Ao som das marchinhas, todos se espalhavam fantasiados e mascarados pelas ruas e avenidas da cidade, sendo o ponto de encontro os salões de festas pela cidade. O terceiro festival de Poesia em Pirapora foi realizado em 1970, sendo fundado na mesma época o Grupo Folclórico Zabelê apresentando várias danças populares regionais: dança das fitas, são Gonçalo, reizado do rei-do-boi, danças gaúchas, moçambiques, catopé, xaxado, xote, baião e muito mais. O grupo Movimento Seresteiro de Pirapora, foi oficialmente fundado em 1978 fazendo muito sucesso na época em conjunto com outros acontecimentos de grande destaque na cidade como os festivais de música e poesia estudantis, a olimpíada estudantil e grandes espetáculos teatrais. A década de 70 foi de grande movimento na cidade com várias inaugurações de grande importância, em destaque estão: o Lions Clube, o clube Piracam, o jornal A Semana, A Cooperativa Mista de Pescadores, a delegacia do Conselho Regional de Contabilidade, A Câmara dos Dirigentes Lojistas. Nessa época, havia 20.617 habitantes no município e com o despertar do interesse das pessoas pela cidade, muitos vieram morar em Pirapora, visto isso que na década seguinte (1980), a população era de 32.709.

MICRORREGIÃO

A área de influência de Pirapora é de aproximadamente 23 113 km² e uma população superior a 150 000 habitantes. A Microrregião do município é constituída por nove cidades: Buritizeiro, Várzea da Palma, Ibiaí, Jequitaí, São Romão, , , Santa Fé de Minas e Lagoa dos Patos. Pirapora encontra-se inserida na área de jurisdição da Agência de Desenvolvimento do Nordeste e é representada pela Associação dos Municípios da Bacia do Médio São Francisco.

GEOGRAFIA

O município está posicionado na interseção das coordenadas: latitude 17°21’55” ao sul da linha do Equador, e longitude 44°56’59” a oeste do Meridiano de “Greenwich”, inserido na microrregião Norte do Estado de Minas Gerais, na margem direita da zona do Alto Médio São Francisco, ocupando uma área territorial de 582 km² e se destacando como pólo microrregional.

ECONOMIA

O desenvolvimento comercial era notório com a navegação em larga escala e com a chegada da ferrovia. O transporte de cargas e passageiros Página 25 de 29

intensificou os investimentos no município com melhorias estruturais, sendo a primeira rede de abastecimento de água e de telefones urbanos grandes exemplos à época.

ACONTECIMENTOS EM PIRAPORA NO TEMPO DOS VAPORES E DOS TRILHOS

ANO ACONTECIMETO 1908 - Abertura da 1ª farmácia em Pirapora. 1909 - Inauguração do Posto de Fiscalização do Estado. - Inauguração da Estrada de Ferro Central do Brasil. 1910 - Inauguração da Escola de Aprendizes Marinheiros. - Instalação do Posto de Meteorologia do Ministério da 1911 Agricultura. - Circulação do primeiro jornal (semanário: O Pirapora). - Emancipação do município de Pirapora. 1912 - Inauguração da Coletoria Estadual. - Inauguração do cine-teatro Avenida. - Primeira rede de abastecimento de água. 1913 - Primeira rede de telefones urbanos da cidade. - Inauguração do cinema “Cine Progresso”. - Primeira usina de lenha para fornecimento de energia 1914 elétrica. 1915 - Inauguração da Coletoria Federal. - Fundada a CIVP – Companhia Indústria e Viação de 1917 Pirapora. - Criado o Tiro de Guerra n.º 428. - Pirapora passa a constituir uma divisão jurídico- 1918 administrativa da Comarca de Curvelo. 1º Juiz municipal. 1919 - Primeira Igreja Batista. - Primeiro Grupo Escolar (hoje, Escola Estadual Fernão 1921 Dias). - Chegada do primeiro automóvel em Pirapora. - Inauguração da Ponte Marechal Hermes. - Inauguração do Hospital Carlos Chagas no distrito de São

Francisco de Pirapora (Buritizeiro). 1922 - Primeira visita de um Presidente da República – Epitácio Pessoa

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1924 - Inauguração do matadouro municipal. - Fundação da Companhia Navegação Mineira do Rio São 1925 Francisco ou “a Mineira”. 1926 - Inauguração do Cine Teatro Pirapora - Instalação da Capitania Fluvial dos Portos do São 1929 Francisco. - Instalação do Banco Comércio e Indústria de Minas Gerais 1932 S.A. 1933 - Inaugurado o campo de aviação de Pirapora. - Inaugurado o posto médico do Instituto de Aposentadoria e 1934 Pensões dos Marítimos – IAPM. - Funcionamento da Delegacia do Trabalho Marítimo. 1935 - Criada a Associação Comercial de Pirapora. 1936 - Instalação da Comarca de Pirapora. 1938 - Inauguração do Banco de Minas Gerais S.A. 1940 - Inauguração da agência do Banco do Brasil S.A. 1941 - Instalação da Agência Municipal de Estatística 1942 - Criação do Ginásio São João Batista - Instalação da Cia. Siderúrgica Belo Mineira (Várzea da 1944 Palma). Fonte: Adaptado de (SILVA; MOTA, 2012, p. 49-57).

Certamente o município já se destacava na região pelo progresso adquirido até então. Pirapora passa a ser uma cidade pólo com todos os aspectos desenvolvimentistas. Hoje, Pirapora é o segundo maior pólo de industrialização do Norte de Minas Gerais, sendo também o segundo PIB da mesma região, tendo como foco principal o pólo industrial, prestação de serviços e comércio. Situada a 340 km da capital mineira, Belo Horizonte; Pirapora marca o ponto inicial da navegação no Rio São Francisco. Segundo maior centro industrial da região mineira do Vale do São Francisco. A indústria têxtil e metalurgia são as principais empregadoras de mão de obra fabril. A pesca, turismo e a fruticultura irrigada também fazem parte da economia local, tendo como carro chefe a produção de bananas. Os principais produtos agropecuários do município são bananas, cana-de- açúcar, café arábica, laranja, mamão, melancia, milho, rebanho bovino, tangerina e uva.

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As empresas de pequeno, médio e grande porte com destaque são:

 Cedro Têxtil  Cerâmica Pirapora  Inonibrás (Ferro-ligas)  Emifor  Liasa (silício metálico)  Minasligas (Ferro-ligas e Silício Metálico)  NovaAgri (Armazenagem e Escoamento)  Real Minas Têxtil (Produtos hospitalares)  Ferrovia Centro Atlântica [FCA] / Vale (Terminal Intermodal)  WAMAG (Transportes e Terraplenagem)  Carmem Steffns (Ind. de Calçados)  EDF Energia (Usina Fotovoltaica)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DINIZ, Domingos; MOTA, Ivan Passos Bandeira da; DINIZ, Mariângela. Rio São Francisco: Vapores & Vapozeiros. Pirapora (MG): Ed. dos autores, 2009.

SANTOS, Ralph José Neves dos. A trajetória de Desenvolvimento do Município de Pirapora (MG): dos vapores ao turismo. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social. UNIMONTES. , 2017.

SEBRAE MINAS. Perfil dos pequenos negócios. Estatística dos estabelecimentos e empregados em Minas Gerais – UINE – Unidade de Inteligência Empresarial. 2015.

SILVA, Brenno Álvares da.; DINIZ, Domingos; MOTA, Ivan Passos Bandeira da. Pirapora, um Porto na História de Minas. Editora Interativa: 2000.

SILVA, Brenno Álvares da.; MOTA, Ivan Passos Bandeira da. Pirapora, 100 anos de História. [s.n] [Pirapora], 2012.

SITES http://www.belgianclub.com.br/pt-br/heritage/ponte-marechal-hermes-pirapora, acesso em 27/06/2018 http://www.estacoesferroviarias.com.br Acesso em 23/05/2018. https://www.flickr.com/photos. Acesso em 25/05/2018. http://www.ihgmc.art.br/revista_volume4.htm Acesso em 25/06/2018 http://www.sfrancisco.bio.br/html/mapbacia.htm Acesso em 15/05/2018. www.transportes.gov.br . Acesso em 24/05/2018

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