Hoehnea 40(3): 521-536, 2 tab., 2013 Poaceae do Rodoanel Mario Covas, Trecho Sul, , SP, Brasil: florística e potencial de uso na restauração de áreas degradadas

Regina Tomoko Shirasuna1,2, Tarciso de Sousa Filgueiras1 e Luiz Mauro Barbosa1

Recebido: 16.05.2013; aceito: 16.09.2013

ABSTRACT - (Poaceae of the environs of the Mario Covas ring road, São Paulo, São Paulo State, : floristics and potential use in land restoration). A floristic survey of the grasses was undertaken in the areas directly and indirectly affected by the Mario Covas ring road, located in the municipalities of Mauá, São Bernardo do Campo and São Paulo, plus 15 other municipalities around São Paulo city. The objectives of the survey were to increase the knowledge of the family Poaceae in these areas, to identify the different threats for the conservation of the local grass flora, and to contribute with data directed towards the restoration of degraded areas. The family is represented by 62 genera and 160 species, including 125 native species (78.1%) and 35 that were introduced (21.9%). Five species were considered threatened with extinction and three new occurrences were recorded for São Paulo State (Reimarochloa acuta, Merostachys kleinii and Sacciolepis indica). It is recommended that the pioneer species should be maintained in the area, as well as that some native species could be introduced to enrich the local biodiversity and to control the invasive species. Research projects involving direct planting of native species as an alternative to the use of Urochloa spp. and Melinis minutiflora (molasses-grass) in disturbed areas are suggested. Key words: grasses, new citations, threatened species

RESUMO - (Poaceae do Rodoanel Mario Covas, Trecho Sul, São Paulo, SP, Brasil: florística e potencial de uso na restauração de áreas degradadas). Foi realizado o levantamento florístico das gramíneas nas áreas direta e indiretamente afetadas pelo Rodoanel "Mario Covas", Trecho Sul, localizado nos municípios de Mauá, São Bernardo do Campo e São Paulo, além das áreas dos plantios compensatórios em 15 municípios nos arredores da capital. Os objetivos deste trabalho foram ampliar o conhecimento sobre as Poaceae nessas regiões, identificar as espécies ameaçadas e contribuir com dados para auxiliar a restauração de áreas degradadas. A família Poaceae está representada por 62 gêneros e 160 espécies, entre nativas (125 espécies, 78,1%) e introduzidas (35, 21,9%). Cinco espécies foram consideradas ameaçadas de extinção e foram constatadas três novas ocorrências (Reimarochloa acuta, Merostachys kleinii e Sacciolepis indica) para o Estado de São Paulo. Recomenda‑se que as espécies nativas pioneiras sejam mantidas na área, e também que seja feita a introdução de certas espécies nativas para o enriquecimento da biodiversidade local e controle de invasoras, de acordo com a vocação ecológica de cada espécie (espécies encontradas em áreas úmidas, paludosas, margens de matas, etc.). Sugere‑se pesquisar técnicas de semeadura de espécies nativas, como uma alternativa ao uso de braquiárias e capim‑gordura em taludes às margens de rodovias, cuja agressividade pode prejudicar os ambientes naturais. Palavras-chave: espécies ameaçadas, gramíneas, novas citações

Introdução o trânsito nas principais avenidas da capital. O primeiro trecho concluído foi o oeste, com 32 km de O "Rodoanel Mario Covas" é uma das maiores extensão, entregue em outubro de 2002, interligando obras viárias do Governo do Estado de São Paulo. cinco rodovias: Anhanguera, , Castelo O plano original previu a construção de 177 km Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt. Com de extensão, interligando dez rodovias: Anchieta, a conclusão do trecho sul, em abril de 2010, com Anhanguera, , Bandeirantes, Castelo 61,4 km de extensão, obteve‑se a interligação de mais Branco, Dutra, Fernão Dias, Imigrantes, Raposo duas rodovias: Anchieta e Imigrantes. Tavares e Régis Bittencourt, que dão acesso ao Em todos os projetos de construção de rodovias, interior e litoral do Estado, na tentativa de desafogar o impacto ambiental é inevitável, pois ocorre a

1. Instituto de Botânica, Caixa Postal 68041, 04045-972 São Paulo, SP, Brasil 2. Autor para correspondência: [email protected] 522 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 supressão da vegetação nativa e a consequente em áreas de plantios compensatórios do projeto diminuição da biodiversidade. Para tentar mitigar os Rodoanel "Mario Covas", trecho sul, até setembro de impactos da obra, foi criada a parceria entre o Instituto 2012, abrangendo os municípios de Biritiba Mirim, de Botânica (IBt) e a Desenvolvimento Rodoviário , Mairiporã, , Nazaré Paulista, S.A. (DERSA) (contrato PT.CPRN/DAIA/044/2006). Piracaia, Ribeirão Pires, Salesópolis, Santo André e Essa parceria ocorreu no período compreendido entre Taiaçupeba. Observações de populações naturais e maio de 2007 e setembro de 2012 para o trecho sul, avaliação do grau de antropização das áreas estudadas sendo renovado, posteriormente, para o trecho norte em campanhas foram realizadas em todos esses locais. (Contrato n˚ 4261/12 e SMA n˚ 01/2012). Os objetivos As técnicas de coleta de material botânico deste último contrato, no que se refere ao Instituto seguiram Soderstrom & Young (1983) e Mori et al. de Botânica, são: concluir o levantamento florístico, (1985); as amostras foram incorporadas ao acervo do monitorar a vegetação nas áreas indiretamente Herbário do Instituto de Botânica (SP); duplicatas afetadas, e orientar o resgate da flora e a restauração foram doadas a diversos herbários do Brasil e do em áreas degradadas (RAD). exterior, priorizando o Herbário da Prefeitura do Barbosa & Catharino (2007) desenvolveram Município de São Paulo (PMSP). metodologia para a restauração ecológica de Para classificação adotaram‑se os trabalhos de matas ciliares no Rodoanel, trecho sul. As técnicas Clark & Judziewicz (1996) e Longhi‑Wagner et al. empregadas vão de encontro às exigências legais (2001). Seguiu‑se o "Livro Vermelho das Espécies constantes nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) Vegetais Ameaçadas do Estado de São Paulo" e à necessidade de realização de obras de interesse (Mamede et al. 2007), para classificar as espécies social, porém com grande impacto ecológico. segundo as diversas categorias de ameaças a que estão Barbosa et al. (2009, 2011) consideraram sujeitas. A nomenclatura dos binômios seguiu a Lista algumas premissas envolvendo a restauração de Espécies da Flora do Brasil (Filgueiras et al. 2013). ecológica em áreas degradadas, relacionando uma série de informações e ferramentas para auxiliar Resultados e Discussão essas atividades. As gramíneas estão inseridas nesse contexto de informações ecológicas essenciais para a Foram coletadas aproximadamente 525 espécimes compreensão da dinâmica da RAD. de Poaceae classificados em 160 espécies pertencentes Os representantes da família Poaceae habitam a 62 gêneros, sendo 125 nativas (78,1%) e 35 exóticas principalmente locais abertos, como campos naturais (21,9%) (tabela 1). e antrópicos, mas também estão presentes nos As 125 espécies nativas estão distribuídas em dez sub‑bosques das florestas, onde desempenham papel subfamílias e 50 gêneros; deste total, 114 (91,2%) são ecológico importante no revestimento do solo e na perenes e 11 (8,8%) anuais, ocorrendo nas seguintes reciclagem de nutrientes. fitofisionomias: campo (64 espécies), campo antrópico O estudo das gramíneas nativas é fundamental (24), campo úmido (sete), mata (24), mata ciliar na compreensão dos processos ecológicos nos (quatro) e borda de mata (duas). Reimarochloa é ambientes naturais, pois elas são capazes de substituir, citado pela primeira vez para o Estado de São Paulo com sucesso, espécies exóticas e invasoras, as (R. acuta), duas espécies (Merostachys kleinii e quais comprometem o equilíbrio ecológico dos Sacciolepis indica) constituem novos registros para ecossistemas. o Estado, e uma (Panicum trichidiachne Doll) é considerada rara. Material e métodos A tabela 2 apresenta 37 espécies nas categorias Os estudos florísticos foram realizados nos cultivadas (8 espécies), forrageiras e invasoras (10), trechos direta e indiretamente afetados pela obra invasoras (17) e subespontâneas (duas). do Rodoanel Norte, nos municípios de Embu das Cinco espécies são consideradas ameaçadas de Artes e da Serra (lote 5), Mauá (lote 1), extinção no Estado de São Paulo (Mamede et al. 2007), São Bernardo do Campo (lotes 2 e 3) e São Paulo sendo duas classificadas na categoria vulnerável (VU) (bairro de Parelheiros, lote 4). O levantamento e três na categoria "quase ameaçada". Com base nesse florístico iniciou‑se em julho de 2007 e foi concluído mesmo levantamento, Filgueiras & Shirasuna (2009) em setembro de 2011. Simultaneamente a esse registraram a presença de duas espécies que, à época, levantamento, foram feitas coletas complementares eram consideradas presumivelmente extintas (EX). Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 523 forest; C C C C C C C C M M CA CA CA CA CU CA CA CA CA continua mata ciliar; mata Fitofisionomia mata; MC: mata; wet grassland; M: grassland; wet

NA NA NA NA NA QA NA NA NA NA NA NA NA QA NA NA NA VU ameaça Grau de campo úmido; M: úmido; campo anthropogenic field; CU: field; anthropogenic field; CA: field; campo antrópico; CU: antrópico; campo campo; CA: campo; Lote 5, Lote 5, Embu das Lotes 2, 4, São Paulo e Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Embu das Artes Lotes 1, 2, 5, Mauá, , Artes e São Bernardo do Campo Embu das Lotes 4, 5, São Paulo e Embu das Artes Lotes 4, 5, São Paulo e Embu das Lotes 2, 4, 5, São Bernardo do Campo, Paulo e Embu das Artes Lote 2, São Bernardo do Campo Cotia Lote 4, São Paulo Lotes 4, 5, São Paulo e Embu das Artes Lotes 4, 5, São Paulo e Embu das Lote 4, São Paulo Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lotes 3, 5, São Bernardo do Campo e Embu das Artes Lote 4, São Paulo Lote 4, São Paulo Lote 4, São Paulo Lote 4, São Paulo Lotes 3, 4, São Bernardo do Campo, Paulo Lote 2, São Bernardo do Campo Ocorrência , São Paulo State, Brazil. C: Brazil. State, Paulo São ring road , R.T. Shirasuna 1968 R.T. R.T. Shirasuna 2400 R.T. R.T. Shirasuna 2152 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1916 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1825 R.T. R.T. Shirasuna 2093 R.T. R.T. Shirasuna & V. R.T. Batista 2761 R.T. Shirasuna 2844 R.T. R.T. Shirasuna 1675 R.T. R.T. Shirasuna 225 R.T. R.T. Shirasuna 2076 R.T. R.T. Shirasuna 2424 R.T. R.T. Shirasuna 1974 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2019 R.T. R.T. Shirasuna 2096 R.T. R.T. Shirasuna 2096 R.T. R.T. Shirasuna 159A R.T. R.T. Shirasuna 2605 R.T. R.T. Shirasuna 2838 R.T. Voucher * (Lour.) (Döll) (Lam.) (Willd.) (Londoño & L. (Nees) Pilger L. (Arechav.) Herter (Arechav.) Dandy Kunth. Kuntze G. Clark) P.L. Viana & Filg. Viana G. Clark) P.L. McClure Chase Kuhlm. Parodi Raeusch. J.C.Wendl. Acroceras zizanioides (Kunth.) Acroceras Agenium villosum Andropogon bicornis L. Andropogon Andropogon leucostachyus Andropogon Aristida jubata Arundinella hispida Arundo donax L. *** Aulonemia setosa sativa ***Avena Aulonemia aristulata P. Beauv. P. Axonopus aureus Axonopus capillaris Axonopus fissifolius (Raddi) (Steud.) Axonopus pressus Axonopus purpusii (Mez) Chase Axonopus sp. 1 ***Bambusa multiplex ***Bambusa tuldoides Munro ***Bambusa vulgaris Schrad. ex Espécie Tabela 1. Lista das espécies da família Poaceae do Rodoanel "Mario Covas", SP, Brasil. C: Brasil. SP, Covas", "Mario Rodoanel do Poaceae família da espécies das Lista 1. Tabela margin of forest; NA: not threatened; * first record for the capital; ** state; *** exotic. MC: riparian forest; MM: margin BM: borda de mata; NA: não ameaçada; * 1˚ registro na capital; ** no Estado; *** exótica. Covas" "Mario alongside Poaceae family the of species of List 1. Table 524 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 C C C C C C M M M M M M M M CA CA CA CA CA continua Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de Mauá Lote 4, São Paulo Lote 4, São Paulo Lotes 1, 5, Mauá, Itapecerica da Serra e Embu das Artes Lotes 1, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes e Itapecerica da Serra São Paulo, Embu das São Paulo, Cotia Lote 1, Lotes 2, 3, São Bernardo do Campo e São Bernardo do Campo Lote 4, São Paulo Lotes 1, 2, 4, Mauá, São Bernardo do Campo e São Paulo Lotes 2, 4, 5, São Bernardo do Campo, Artes São Paulo e Embu das Lote 1, Mauá Lotes 1, 2, São Bernardo do Campo e Mauá Lotes 2, 5, São Bernardo do Campo e Embu das Artes Lote 1, Mauá Lotes 1, 4, 5, Mauá, São Paulo, Itapecerica Artes da Serra e Embu das Lote 1, Mauá Lotes 1, 2, São Bernardo do Campo e Mauá Lotes 2, 5, São Bernardo do Campo, Itapecerica da Serra Lote 3, São Bernardo do Campo Ocorrência Morse 2193 R.T. Shirasuna 2589 R.T. R.T. Shirasuna 2425 R.T. R.T. Shirasuna et al. 226 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1261 R.T. R.T. Shirasuna 2911 R.T. Shirasuna & F. R.T. Shirasuna 1508 R.T. R.T. Shirasuna & S. R.T. 1289 Kanashiro R.T. Shirasuna & O. Yano 661 Shirasuna & O. Yano R.T. R.T. Shirasuna 1852 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2733 R.T. R.T. Shirasuna & V.Batista 2762 Shirasuna & V.Batista R.T. R.T. Shirasuna 2337 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2056 R.T. R.T. Shirasuna et al. 257 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2534 R.T. R.T. Shirasuna 1085 R.T. R.T. Shirasuna 1562 R.T. R.T. Shirasuna 2103 R.T. Voucher L.G. Clark (Trin.) Essi, (Trin.) Rupr. L. (Nees) Kumpf. (Schult.) Ascherson & (Schult.) L. (Hack.) Ekman (Wedd.) Hack. ex Sodiro (Wedd.) Steud. var. viridiflavescens Steud. var. var. montevidensis var. Longhi-Wagner & Souza-Chies Longhi-Wagner & L.B. Sm. Graebn. Bromus catharticus Vahl. Bromus Calamagrostis longiaristata Calamagrostis Calamagrostis viridiflavescens Calamagrostis Calamagrostis viridiflavescens Calamagrostis Chascolytrum calotheca (Schumach.) Morrone ***Cenchrus purpureus Cenchrus echinatus Chloris orthonoton Döll Chusquea bambusoides Hack. var. pubescens McClure capituliflora var. Chusquea Chusquea ibiramae McClure & L.B. Sm. Chusquea longispiculata Rupr. ex Döll Chusquea meyeriana Rupr. Chusquea oligophylla Chusquea oxylepis Hack. Chusquea urelytra ***Coix lacryma-jobi Cortaderia sp. 1 Cortaderia selloana Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 525 C C C C C C C CA CA CA CA CA CA CA CA CA CA CA MC continua Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de - Embu das Artes Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes e Itapecerica da Serra Embu das Lote 5, Lote 4, São Paulo nardo do Campo, São Paulo e Embu das Artes nardo do Campo, São Paulo e Embu das Lotes 2, 3, 4, 5, São Bernardo do Campo, Ber Lotes 1, 4, 5, Mauá, Itapecerica da Serra e São Paulo Lote 5, Embu das Artes Lote 5, Embu das Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes e Itapecerica da Serra Embu das Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 2, 5, São Bernardo do Campo, Embu das Artes e Itapecerica da Serra Lote 1, Mauá Lotes 1, 2, Mauá e São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Itapecerica da Serra Lote 1, Mauá. Lotes 3, 4, São Bernardo do Campo e Paulo Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, Mauá e São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Embu das Artes Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Itapecerica da Serra Ocorrência R.T. Shirasuna 2167 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1909 R.T. Shirasuna et al. 883 R.T. R.T. Shirasuna 2808 R.T. R.T. Shirasuna 1977 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1823 R.T. R.T. Shirasuna 2628 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1176 R.T. R.T. Shirasuna et al. 606 R.T. R.T. Shirasuna 2176 R.T. R.T. Shirasuna & B. R.T. Lopes 1227 Shirasuna et al. 837 R.T. R.T. Shirasuna 2444 R.T. R.T. Shirasuna & F. R.T. Morse 2194 R.T. Shirasuna et al. 626 R.T. Shirasuna & S. R.T. 2209 Kanashiro Shirasuna 1987 R.T. R.T. Shirasuna 2161 R.T. R.T. Shirasuna 1970 R.T. Voucher (Kunth) (L.) P.Beauv. (L.) P.Beauv. Vand. (Kunth) Hitchc. (L.) Link (Trin.) Zuloaga (Trin.) (Retz.) Koeler ex K. Heyne (Trin.) Henrard. (Trin.) (Lam.) Lam. (L.) Gartn. (L.) Pers. var. dactylon (L.) Pers. var. (Hack.) Henrard. Schult. f.) Backer & C.A.Clark Zuloaga & Morrone) var. crusgalli var. Schult. var. cruspavonis Schult. var. Danthonia montana Döll Cynodon dactylon ***Dendrocalamus asper (Schult. & ***Dendrocalamus ***Cynodon nlemfuensis Dichanthelium hebotes Dichanthelium sabulorum (Lam.) Gould (Chase ex Dichanthelium surrectum ***Digitaria ciliaris Digitaria connivens ***Digitaria insularis (L.) Fedde Digitaria sejuncta ***Echinochloa colona ***Echinochloa crusgalli ***Echinochloa cruspavonis Eleusine tristachya Nees airoides Eragrostis Echinochloa polystachya ***Eleusine indica Eragrostis bahiensis Schult. Eragrostis Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela 526 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 C C C C C C C C C C C M M M M CA CU CA CA CU CU continua Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de - São Bernardo do Campo Lote 1, Mauá Lote 3, São Bernardo do Campo Lote 5, Embu das Artes Lote 5, Embu das Lotes 3, 5, São Bernardo do Campo e Itapecerica da Serra Lote 5, Itapecerica da Serra Lotes 1, 5, Mauá e Embu das Artes Lotes 1, 5, Mauá e Embu das Lote 4, São Paulo Lotes 1, 2, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes São Bernardo do Campo e Embu das Lote 1, Mauá Lotes 1, 2, 3, 4, Mauá, São Bernardo do Campo e São Paulo Lote 5, Embu das Artes Lote 5, Embu das Lotes 1, 3, Mauá e São Bernardo do Campo Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 3, 4, Mauá, São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo e Paulo Lotes 2, 3, 4, 5, São Bernardo do Campo, Ber Artes nardo do Campo, São Paulo e Embu das Lote 4, São Paulo Lotes 1, 2, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Itapecerica da Serra Lote 4, São Paulo Lote 3, São Bernardo do Campo Lote 1, Mauá Lote 3, Ocorrência R.T. Shirasuna & Lopes, R.T. B. 1219 R.T. Shirasuna et al. 630 R.T. R.T. Shirasuna & L. R. R.T. Lima 145 Shirasuna & S. R.T. 2325 Kanashiro R.T. Shirasuna et al. 1824 R.T. R.T. Shirasuna et al. 212 R.T. R.T. Shirasuna 2081 R.T. R.T. Shirasuna & R.T. R.T. 550 Queiroz R.T. Shirasuna & F. Morse Shirasuna & F. R.T. 2047 R.T. Shirasuna 2109 R.T. R.T. Shirasuna & O. Yano R.T. 794 R.T. Shirasuna 1452 R.T. R.T. Shirasuna 2427 R.T. R.T. Shirasuna et al. 834 R.T. Shirasuna 2743 R.T. Shirasuna et al. 1556 R.T. R.T. Shirasuna 1988 R.T. Shirausna, R.T. et al. Shirausna, R.T. 2837 R.T. Shirasuna 2413 R.T. Shirasuna 2243 R.T. R.T. Shirasuna 1507 R.T. Voucher (Rudge) Nees (Lag.) Nees (A. Rich.) Hochst. P. Beauv. P. (Spreng.) Kunth Döll Nicora Nees (Hoenem) Link (Kunth) Hitchc. (Sw.) Benth. var. pallens Benth. var. (Sw.) majus (Nees) Stieber var. (J. Presl & C. Presl) & Poggenb. ex Steud. Zuloaga Hitchc. & Chase Eragrostis cataclasta Eragrostis Eragrostis hypnoides (Lam.) Britton, Stern Eragrostis Eragrostis lugens Nees Eragrostis Eragrostis mexicana Eragrostis polytricha Eragrostis Eragrostis rufescens Schrad. ex Schult. Eragrostis Eragrostis seminuda Trin. Eragrostis ***Eragrostis tenuifolia ***Eragrostis Eriochrysis cayennensis Gynerium sagittatum (Aubl.) P.Beauv. Eustachys distichophylla (Sw.) Zuloaga & Soderstr. & Zuloaga (Sw.) Homolepis glutinosa Hymenachne amplexicaulis Hymenachne pernambucensis (Spreng.) Ichnanthus leiocarpus Ichnanthus pallens Ichnanthus pallens Ichnanthus ruprechtii ***Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf ***Hyparrhenia Imperata contracta Ichnanthus tenuis Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 527 C C C C C M M M M M M M M CA CA CA CA CA CA CU CU MM continua Fitofisionomia EX NA EX NA NA NA NA NA NA NA QA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de São Bernardo do Campo Itapecerica da Serra Lotes 4, 5, São Paulo, Embu das Artes, Itapecerica Lotes 4, 5, São Paulo, Embu das da Serra Lote 5, Itapecerica da Serra e Embu das Artes Lote 5, Itapecerica da Serra e Embu das Lotes 2, 4, São Bernardo do Campo e Paulo Lotes 1, 5, Mauá e Embu das Artes Lotes 1, 5, Mauá e Embu das Lote 5, Itapecerica da Serra Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 5, Mauá e Itapecerica da Serra Lotes 1, 2, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, São Paulo e Itapecerica da Serra Lotes 1, 2, 4, Mauá, São Bernardo do Campo e São Paulo Lote 5, Lote 2, Lote 5, Embu das Artes, Itapecerica da Serra Lote 5, Embu das Lote 2, São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 3, 4, Mauá, São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo e Paulo Lotes 1, 5, Mauá e Itapecerica da Serra Lotes 3, 4 , São Bernardo do Campo e Paulo Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 3, Mauá e São Bernardo do Campo Lote 1, Mauá Lote 4, São Paulo Lotes 1, 5, Mauá e Itapecerica da Serra Lotes 2, 3, 4, 5, São Bernardo do Campo, Artes Bernardo do Campo, São Paulo e Embu das Ocorrência R.T. Shirasuna 201 R.T. R.T. Shirasuna 2445 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2781 R.T. R.T. Shirasuna 2428 R.T. R.T. Shirasuna 2364 R.T. R.T. Shirasuna 2616 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse Shirasuna & F. R.T. 1924 R.T. Shirasuna 1803 R.T. R.T. Shirasuna 2710 R.T. R.T. Shirasuna & M.V. R.T. Cachenco 1532 R.T. Shirasuna 1447 R.T. R.T. Shirasuna 2630 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1683 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1177 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2779 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1259 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1240 R.T. R.T. Shirasuna 2467 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse Shirasuna & F. R.T. 2207 R.T. Shirasuna 2110 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse Shirasuna & F. R.T. 2048 R.T. Shirasuna et al. 742 R.T. Voucher Michx. Rupr. ex Döll Rupr. (Poir.) Zuloaga & (Poir.) L. P.Beauv. Sendulsky Poir. (L.) Hitchc. Rupr. Hitchc. & Chase Simon & S.W.L.Jacobs Morrone Hirtellus Mez ex Ekman Imperata tenuis Hack. Lasiacis divaricata Lasiacis ligulata Leersia ligularis Trin. ***Lolium multiflorum Lam. ***Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K. Merostachys riedeliana Merostachys Merostachys neesii Merostachys (Willd.) C.E.Rubb. (Willd.) ***Melinis repens kleinii *Merostachys ***Melinis minutiflora (Nees) Zuloaga & Morrone rudis (Nees) Zuloaga Ocellochloa Ocellochloa stolonifera Olyra glaberrima Raddi (L.) P.Beauv. ssp. Oplismenus hirtellus (L.) P.Beauv. Oplismenus hirtellus ssp. setarius ( Lam.) ***Oryza sativa L. Panicum aquaticum Nees ex Trin. Panicum campestre ***Panicum miliaceum Panicum dichotomiflorum Panicum pilosum Sw. Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela 528 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 C C C C C C C C C C CA CA CA CA CA CA MC MC MM continua Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de Lote 4, São Paulo Lotes 1, 2, 3, Mauá, São Bernardo do Campo Lote 4, São Paulo Lote 4, São Paulo Artes Lote 5, Embu das Lotes 1, 5, Mauá, Embu das Artes e Lotes 1, 5, Mauá, Embu das Itapecerica da Serra Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes Itapecerica da Serra e Embu das Lotes 1, 2, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, do São Bernardo Mauá, 4, 5, 3, 2, 1, Lotes São Paulo e Itapecerica da Serra Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lotes 1, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Artes Campo, São Paulo e Embu das Lote 5, Itapecerica da Serra Lote 1, Mauá Lote 1, 5, Mauá e Embu das Artes Lote 1, 5, Mauá e Embu das Parque do Pedroso Lotes 2, 3, 5, São Bernardo do Campo, Artes do Campo e Embu das Lotes 1, 2, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, São Campo, do Bernardo São Mauá, 5, 4, 2, 1, Lotes Artes Paulo, e Embu das Lote 1, Mauá Lotes 2, 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 5, Mauá, São Bernardo do Artes Campo e Embu das Ocorrência R.T. Shirasuna 1966 R.T. R.T. Shirasuna & B. R.T. Lopes 1226 R.T. Shirasuna 2146 R.T. R.T. Shirasuna & R. R.T. Suzuki 2828 R.T. Shirasuna & Barbosa, R.T. 2776 T. R.T. Shirasuna et al. 2533 R.T. R.T. Shirasuna 2124 R.T. R.T. Shirasuna 1506 R.T. R.T. Shirasuna 897 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2717 R.T. R.T. Shirasuna et al. 925 R.T. R.T. Shirasuna 2187 R.T. R.T. Shirasuna 2077 R.T. Shirasuna 2631 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse Shirasuna & F. R.T. 2199 R.T. Shirasuna & T.S. R.T. Filgueiras 1695 R.T. Shirasuna 2443 R.T. R.T. Shirasuna 2186 R.T. R.T. Shirasuna 2348 R.T. Voucher (Trin.) Zuloaga (Trin.) Mez Döll Raddi (Kunth) Davidse & Schrad. Poir . Nees Zuloaga Zuloaga & Morrone & Morrone & Morrone & Britton I.L.Barreto Panicum polygonatum L. ***Panicum repens Panicum schwackeanum Panicum sellowii Panicum trichidiachne Parodiolyra micrantha Parodiolyra (E.Fourn.) cordovensis Parodiophyllochloa Parodiophyllochloa ovulifera Parodiophyllochloa (Hack.) Zuloaga (Hack.) pantricha Parodiophyllochloa Paspalum conjugatum Bergius Kunth Paspalum lenticulare Paspalum dilatatum Paspalum hyalinum Nees ex Trin. Paspalum inaequivalve Paspalum intermedium Munro ex Morong Trin. var. Paspalum mandiocanum Trin. mandiocanum var. subaequiglume Paspalum mandiocanum var. Paspalum notatum Flügge Paspalum nutans Lam. Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 529 C C C C C C C C C M M CA CA CA CA CA CA CA CA CA CU MC continua Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA ameaça Grau de Embu das Artes Lotes 3, 4, 5, São Bernardo do Campo, Paulo e Embu das Artes Lote 1, Mauá Lote 1, Mauá Lote 2, São Bernardo do Campo Lote 1, 5, Mauá e Embu das Artes Lote 1, 5, Mauá e Embu das Lotes 2, 4, São Bernardo do Campo e Paulo Lote 4, São Paulo Lotes 1,2, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Lotes 1,2, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, Artes Itapecerica da Serra e Embu das Lotes 3, 4, 5, São Bernardo do Campo, São Paulo, do Campo, 3, 4, 5, São Bernardo Lotes Artes Itapecerica da Serra e Embu das Lote 5, Lote 3, São Bernardo do Campo Lote 4, São Paulo Lotes 1, 2, Mauá, São Paulo e São Bernardo do Lotes 1, 2, Mauá, São Paulo e Bernardo do Campo Lotes 1, 2, 3, Mauá, São Bernardo do Campo Lote 1, Mauá Lotes 2, 3, 5, São Bernardo do Campo Itapecerica da Lotes 2, 3, 5, São Bernardo do Campo Itapecerica Artes Serra e Embu das Lote 4, São Paulo Lotes 4, 5, São Paulo, Itapecerica da Serra e Embu 4, 5, São Paulo, Itapecerica Lotes das Artes Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e Ita - pecerica da Serra da Lotes 3, 5, São Bernardo do Campo, Itapecerica Serra Lotes 1, 2, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, do Bernardo São Mauá, 5, 4, 3, 2, 1, Lotes Artes São Paulo, Embu das São Bernardo do Campo, e Itapecerica da Serra Lotes 1, 2, 3, 4, 5, Mauá, São Bernardo do Campo, do Bernardo São Mauá, 5, 4, 3, 2, 1, Lotes Artes São Paulo e Embu das Ocorrência R.T. Shirasuna et al. 425 R.T. R.T. Shirasuna 2159 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2024 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2780 R.T. R.T. Shirasuna 2122 R.T. R.T. Shirasuna 2188 R.T. R.T. Shirasuna & K. Barbosa 2821 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1896 R.T. R.T. Shirasuna 1342 R.T. R.T. Shirasuna & O. Yano 800 Shirasuna & O. Yano R.T. R.T. Shirasuna 2826 R.T. R.T. Shirasuna 2593 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse 2192 Shirasuna & F. R.T. R.T. Shirasuna 2242 R.T. Shirasuna et al. 838 R.T. R.T. Shirasuna 1568 R.T. R.T. Shirasuna 2075 R.T. R.T. Shirasuna & F. Morse 2035 Shirasuna & F. R.T. R.T. Shirasuna 2489 R.T. R.T. Shirasuna 1963 R.T. R.T. Shirasuna & R.T. Queiroz 549 Queiroz Shirasuna & R.T. R.T. R.T. Shirasuna et al. 632 R.T. Voucher ex (Kunth) Stapf. (Parodi) Herter L. (Flügge) Hitchc. Michx . Kunth (Phil.) Johow (L.) Chase*** Mez Steud. Rivière & C.Rivière Paspalum paniculatum Paspalum pauciciliatum Paspalum pilosum Lam. Paspalum plicatulum Paspalum pumilum Nees Paspalum regnellii Paspalum umbrosum Trin. Paspalum umbrosum Paspalum urvillei Pharus lappulaceus Aubl. ***Phalaris cannariensis L. ***Phyllostachys aurea Carrière ***Phyllostachys aurea (Carrière) J. Houzeau (Carrière) edulis ***Phyllostachys ***Poa annua L. Polypogon elongatus Pseudechinolaena polystachya Pseudechinolaena Polypogon imberbis **Reimarochloa acuta **Reimarochloa Saccharum asperum (Nees) Steud . Saccharum villosum Steud. Schizachyrium condensatum (Kunth.) Nees **Sacciolepis indica (Poir.) Kerguelén Setaria parviflora (Poir.) Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela 530 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 C C C C C C C C M CA CA CA CA CA CA CA CA CA CA Fitofisionomia NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA NA VU ameaça Grau de Lotes 1, 3, 5, Mauá, São Bernardo do Campo e e Campo do Bernardo São Mauá, 5, 3, 1, Lotes Itapecerica da Serra Lote 5, Itapecerica da Serra Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lote 3, São Bernardo do Campo Lote 4, São Paulo Lote 5, Itapecerica da Serra, Embu das Artes Lote 5, Itapecerica da Serra, Embu das Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lote 1, Mauá Lotes 1, 2, 4, Mauá, São Bernardo do Campo e São Paulo Lotes 1, 3, 5, Mauá, S.B.Campo e Embu das Artes Lotes 1, 3, 5, Mauá, S.B.Campo e Embu das Lote 3, São Bernardo do Campo Lote 1, Mauá Lote 4, São Paulo Lotes 2, 3, São Bernardo do Campo, Bernardo do Campo Lotes 3, 5, São Bernardo do Campo e Itapecerica da Serra Lotes 1, 4, 5, Mauá, São Paulo, Itapecerica da Artes Serra e Embu das Lote 3, São Bernardo do Campo Lotes 1, 4, Mauá e São Paulo Lote 3, São Bernardo do Campo Ocorrência R.T. Shirasuna 983 R.T. R.T. Shirasuna 1026 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1944 R.T. R.T. Shirasuna et al. 2136 R.T. R.T. Shirasuna 2094 R.T. R.T. Shirasuna 812 R.T. R.T. Shirasuna 2388 R.T. R.T. Shirasuna 2352 R.T. R.T. Shirasuna & M.V. Shirasuna & M.V. R.T. Cachenco 1340 R.T. Shirasuna & R.T. Queiroz Queiroz Shirasuna & R.T. R.T. 551 R.T. Shirasuna et al. 625 R.T. R.T. Shirasuna & L.r. Lima 278 Shirasuna & L.r. R.T. Shirasuna 2111 R.T. R.T. Shirasuna et al. 1237 R.T. 1302 Bolta P.M. Shirasuna & R.T. R.T. Shirasuna 2629 R.T. Shirasuna et al. 1231 R.T. R.T. Shirasuna & M.V. Shirasuna & M.V. R.T. Cachenco 1279 R.T. Shirasuna et al. 1235 R.T. Voucher (Nees) Herter (Link) Webster (Link) (Schum.) Stapf. & Trin.) W.V.Br. Trin.) (Nees ex Schrad. ex Nees T.Durand (Hack. ex T.Durand (Forssk.) T.Q.Nguyen (Forssk.) (Nees) Kunth var . pyramidalis (P.Beauv.) (Sw.) Zuloaga (Sw.) (Lam.) Roem. & Schult. Spreng. Raddi CE.Hubb ex M.B.Moss. Vedkamp. & Schinz) Morrone Zuloaga Morrone & Zuloaga Setaria scabrifolia Setaria scandens Schrad. ex Schult. ***Setaria sphacelata Setaria sulcata Setaria vaginata Setaria vulpiseta Sorghastrum scaberrimum Sorghastrum Hack. acuminatus (Trin.) Sporobolus (L.) R. Br.var. indicus indicus (L.) R. Br.var. Sporobolus Sporobolus indicus Sporobolus Parodi pseudairoides Sporobolus ***Urochloa arrecta ***Urochloa R.D.Webster (A.Rich.) brizantha ***Urochloa Steinchisma decipiens Steinchisma Steinchisma laxa ***Urochloa mutica ***Urochloa plantaginea ***Urochloa Streptochaeta spicata Streptochaeta ***Urochloa ruziziensis (R.Germ. & Evrard) ***Urochloa Espécie Tabela 1 (continuação) Tabela Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 531

As duas espécies da categoria vulnerável de grande porte, habita somente o sub‑bosque das (VU) são: Streptochaeta spicata Schrad. ex Nees e florestas, portanto, recomenda‑se a sua introdução Aulonemia aristulata (Döll) McClure. A primeira em plantios mais estabelecidos como forma de espécie, pertencente à subfamília Anomochlooideae enriquecimento da diversidade. Por se tratar de bambu (Judziewicz et al. 1999), é bastante rara com apenas que apresenta rizomas paquimorfos com pescoço três coletas no Estado. Uma pequena população foi curto, forma touceiras, não sendo considerada espécie encontrada às margens da Represa Billings, no entorno agressiva ou invasora. A segunda espécie apresenta de clareira e margem de trilhas na mata, sempre em hábito herbáceo e decumbente, e cresce em ambientes locais úmidos e sombreados. Pelo seu hábito herbáceo úmidos e sombreados, sendo indicada para áreas e perene, com lâminas pseudopecioladas, largas úmidas a serem restauradas. e brilhantes, possui grande potencial ornamental. Uma espécie rara foi encontrada no Parque Até o presente momento, é a única população fora do Pedroso no município de Mauá, Panicum de Unidade de Conservação (UC), localizada na trichidiachne Döll, de hábito herbáceo e decumbente. capital paulista, merecendo especial atenção para Trata-se de espécie que cresce nas bordas de matas, sua conservação. Esta espécie pode ser utilizada no portanto, indicada na recuperação desses ambientes. enriquecimento do estrato herbáceo do sub‑bosque Registrou‑se também a ocorrência de um novo das áreas reflorestadas. gênero para o Estado de São Paulo, Reimarochloa Aulonemia aristulata (Döll) McClure, pertence à Hitchc., com a espécie R. acuta (Flügge) Hitchc., que subfamília Bambusoideae, foi encontrada em matas apresenta hábito herbáceo e cresce em locais úmidos, do bairro de Parelheiros e no município de Embu das coletada às margens da Represa Guarapiranga. A Artes. A espécie teve também sua ocorrência registrada espécie é recomendada para recuperar as margens de nas seguintes UCs: Parque Estadual das Fontes do mananciais, lagos, rios e brejos. Ipiranga (PEFI), Parque Natural do Pedroso e Parque A ocorrência de Merostachys kleinii Send. Estadual do Rio Turvo. Portanto, sugere‑se a revisão constitui novo registro para a flora do Estado de São da categoria de conservação na qual a espécie está Paulo. Iniciou a floração em setembro/2009, em São atualmente inserida (Mamede et al. 2007), de modo a Bernardo do Campo, em pequeno fragmento de mata refletir o atual nível de conhecimento. Por apresentar às margens da Represa Billings. Trata‑se de bambu de hábito pendente a escandente, não é recomendada grande porte, crescendo em touceiras, inflorescências para introdução em plantios que ainda não estejam castanho‑esverdeadas e espiguetas densamente bem estabelecidos, pois cresce sobre a vegetação arbóreo‑arbustiva, prejudicando o desenvolvimento aglomeradas em fileira dupla. Como Merostachys das plântulas, porém pode ser utilizada em locais que neesii, habita o sub‑bosque das florestas, não se apresentam estágios de vegetação mais avançados. comportando como espécie invasora e podendo ser Três espécies são consideradas "quase ameaçadas" introduzida em ambientes florestais em recuperação, (QA): Imperata tenuis Hack., herbácea pertencente à como forma de enriquecimento da diversidade. subfamília Panicoideae, coletada em área de campo O primeiro registro da ocorrência de Sacciolepis antrópico no município de Embu das Artes e no bairro indica (L.) Chase e Polypogon imberbis (Phil.) Johow, de Parelheiros, em São Paulo; Axonopus aureus para o Estado de São Paulo, foi documentada em 2011, P.Beauv. e Axonopus capillaris (Lam.) Chase, ambas com dados obtidos no presente trabalho (Wanderley herbáceas pertencentes à subfamília Panicoideae, et al. 2011). Uma pequena população de S. indica encontradas somente no bairro de Parelheiros na capital foi localizada no município de Itapecerica da Serra, paulista. Indica‑se o uso dessas três espécies de campo em campo aberto, úmido, antropizado, utilizado para aberto, para constituir o estrato herbáceo natural das pastagem, e outra população às margens da Represa áreas a serem restauradas. O estabelecimento destas Billings em São Bernardo do Campo. Sendo a espécie espécies nativas pode contribuir para o controle das subespontânea, não é indicada para recompor a flora plantas invasoras. nativa. Polypogon imberbis foi coletada em campo Com base nesse mesmo levantamento, Filgueiras antrópico, em aterro sanitário. Comporta‑se como & Shirasuna (2009) registraram a presença de planta ruderal, crescendo nas calçadas no município de duas espécies que, à época, eram consideradas Mauá. Tratando‑se de espécie nativa, é recomendada presumivelmente extintas (EX), Merostachys neesii sua utilização no enriquecimento do estrato herbáceo Rupr. e Leersia ligularis Trin.. A primeira, bambu de campos naturais, ou em plantios recentes, como 532 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 continua Invasora, nativa Invasora, subespontânea Forrageira, subespontânea Forrageira, invasora, subespontânea Invasora Invasora e subespontânea Invasora e subespontânea Invasora, subespontânea Invasora, subespontânea Invasora e subespontânea Forrageira, invasora Cultivada Invasora e subespontânea Invasora e subespontânea Invasora, nativa Invasora, subespontânea Invasora Cultivada Cultivada Comportamento efluentes de tratamento Cultivada, salinos (Gonçalves 2012) Forrageira Cultivada azevém, azevém-anual capim-de-feixe, canarana-verdadeira pé- capim-de-burro, capim-de-pomar, capim-pé-de-galinha, de-papagaio. capim-colonião, capim-milhã, capim-de-cavalo capim-gordura, capim-melado, catingueiro, capim-roxo, capim-cabelo-de-negro. capim-arroz, capim-pavão, capituva, rabo-de-burro capim-arroz, capim-pavão, capituva, rabo-de-burro capim-jaraguá capim-da-colônia estrela-branca, estrela-roxa, estrela-africana-roxa bambu-balde, bambu-gigante milhã, capim-colchão, pé-de-galinha, capim-da-roça capim-flexa, vassourinha, capim-amargoso. lágrima-de-nossa-senhora, capim-rosário carrapicho, carrapicho-amoroso, bosta-de-baiano capim-elefante, capim-napier, elefantinho capim-elefante, capim-napier, bambu-vulgar, bambu-crioulo, bambu-verde bambu-vulgar, bambu-açu, bambu-crioulo Nome popular cana-do-reino, cana-comum aveia-branca bambu-folha-de-samambaia, bambu-imperial Ásia Ásia Ásia Ásia África África África África África Origem Cosmopolita Cosmopolita Cosmopolita Cosmopolita Cosmopolita Ásia, Europa África e Ásia Novo Mundo Velho Mundo Velho Velho Mundo Velho Malásia, Indonésia Europa Meridional América Norte e Sul (Kunth) Hitchc. (L.) P.Beauv. var. (L.) P.Beauv. Vand. (A.Rich.) Hochst. ex L. (L.) Link (Lour.) Raeusch. (Lour.) P.Beauv. L. (Retz.) Koeler (L.) Gartn. L. Steud. & S.W.L.Jacobs crusgalli f.) Backer ex K. Heyne Tabela 2. Lista das espécies cultivadas, forrageiras invasoras, invasoras e subespontâneas da família Poaceae. Tabela 2. List of the cultivated, invasive forage, invasive, and sub-spontaneous species family Poaceae. Table Eleusine indica tenuifolia Eragrostis Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon Melinis minutiflora Echinochloa crus-pavonis (Kunth) Schult. Echinochloa Echinochoa polystachya rufa (Nees) Stapf. Hyparrhenia Lolium multiflorum Lam. Echinochloa crusgalli Dendrocalamus asper (Schult. & Schult. Dendrocalamus Digitaria ciliaris Digitaria insularis (L.) Fedde Echinochloa colona (Schumach.) Morrone(Schumach.) purpureus Cenchrus Coix lacryma-jobi Cynodon nlemfuensis Cenchrus echinatus Bambusa vulgaris Schrad. ex J.C.Wendl. Espécie Arundo donax L. sativa Avena Bambusa multiplex Bambusa tuldoides Munro Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 533 Forrageira, invasora Forrageira, invasora Forrageira, invasora Forrageira, invasora Forrageira, invasora Invasora Subspontânea Subspontânea Forrageira, subespontânea Cultivada, subespontânea Cultivada, subespontânea Invasora, subespontânea Cultivada, subespontânea Invasora Comportamento Invasora, subespontânea braquiária, capim-angola, capim-bengo, capim-branco braquiária braquiária-peluda braquiária braquiarão, brizantão, marandu glenwood grass bambu-mossô, mossô pastinho-de-inverno capim-setária, setária alpiste, capim-rabo-de-raposa. arroz milho-miúdo, painço grama-portuguesa, canarana-rasteira, membreca, grama-de-castela cana-da-índia, bambu-mirim, vara-de-pescar Nome popular adeus-brasil, capim-mimoso, capim-favorito, capim-gafanhoto capim-favorito, capim-mimoso, adeus-brasil, Ásia Ásia Ásia África África África África África África África Europa Origem Cosmopolita Mediterrâneo Velho Mundo Velho Velho Mundo Velho Rivière & ex Rivière (Link) Webster (Link) L. (Schum.) Stapf. & (L.) Chase T.Durand & (Hack. ex T.Durand (Forssk.) T.Q.Nguyen (Forssk.) Schinz) Morrone & Zuloaga CE.Hubb ex M.B. Moss. C. Rivière Urochloa plantaginea Urochloa ruziziensis (R. Germ. & Evrard) Urochloa Morrone & Zuloaga (A.Rich.) R.D.Webster (A.Rich.) brizantha Urochloa mutica Urochloa Poa annua L. Sacciolepis indica Setaria sphacelata arrecta Urochloa Panicum miliaceum L. Panicum repens Phalaris cannariensis L. Carrière aurea Phyllostachys J. Houzeau edulis (Carrière) Phyllostachys Tabela 2 (continuação) Tabela Espécie (Willd.) C.E. Rubb. (Willd.) Melinis repens Oryza sativa L. 534 Hoehnea 40(3): 521-536, 2013 forma de estabelecimento de espécies nativas Filho 1991, Piña‑Rodrigues et al. 1997, Vieira & contribuindo para o controle das invasoras. Pessoa 2001). A técnica de roçada que vem sendo Aulonemia setosa, pertencente à subfamília amplamente utilizada na área, não é a mais indicada Bambusoideae, é comum no litoral paulista e teve para combatê‑las, pois ao contrário causa efeito seu primeiro registro para o planalto paulista no indesejável, estimulando ainda mais a rebrota município de São Bernardo do Campo. A espécie pela interrupção do fluxo do hormônio auxina, habita o sub‑bosque das florestas, e, embora apresente produzido pela gema apical (Cechin 1987); portanto, rizomas paquimorfos com pescoço curto, tem hábito recomenda‑se a capina, desprendendo‑se os rizomas e apoiante a escandente sobre a vegetação, não sendo raízes do solo, ou então o uso de substâncias químicas recomendável a sua introdução nos plantios não recomendadas e que sejam biodegradáveis. estabelecidos, porém poderá ser utilizada em plantios Alguns bambus exóticos como o bambu‑folha‑de- de estágios mais avançados. samambaia ou bambu‑imperial (Bambusa multiplex), Diversas espécies nativas ocorrem naturalmente bambu ou bambu‑crioulo (Bambusa tuldoides), nos campos de reflorestamento como:Andropogon spp., bambu‑crioulo, bambu‑verde ou bambu‑vulgar Aristida jubata e Dichanthelium hebotes. (Bambusa vulgaris) e bambu‑balde ou bambu‑gigante Sugere‑se pesquisar técnicas de plantio de (Dendrocalamus asper) são amplamente cultivados sementes de espécies nativas em áreas de restauração tanto pelo seu aspecto ornamental, como para sem cobertura vegetal por meio de semeaduras uso no artesanato, alimentação, dentre outros diretas, em solo que sofreu prévia incorporação de usos. Entretanto, essas espécies não oferecem matéria orgânica. O plantio de espécies nativas é uma riscos de se tornarem invasoras, devido ao tipo de alternativa ao uso de braquiárias e capim‑gordura em rizoma paquimorfo com pescoço curto. Entretanto, taludes às margens de rodovias, cuja agressividade bambus como a cana‑da‑índia, bambu‑mirim ou pode prejudicar os ambientes naturais circunvizinhos. vara‑de‑pescar (Phyllostachys aurea) e o bambu‑mossô Com base no realizado, registrou‑se a ocorrência (Phyllostachys edulis) tendem a se comportar como de 35 espécies exóticas, sendo 27 invasoras. invasoras, adentrando as matas e competindo com As espécies podem apresentar elevado crescimento as espécies nativas. Vários fragmentos às margens populacional, ocupando nichos das espécies nativas, do Rodoanel "Mario Covas", trecho sul, abrigam promovendo alterações prejudiciais ao meio ambiente populações dessas espécies de bambus que se alastram e às atividades humanas. dentro dos fragmentos de mata, causando a perda da Duas espécies africanas, Urochloa arrecta e biodiversidade local. Recomenda‑se a retirada das Urochloa ruziziensis, encontradas na área, não foram moitas dessas espécies a partir dos rizomas, ou então mencionadas na publicação sobre a listagem das a utilização de substâncias químicas recomendadas e Spermatophyta do Estado de São Paulo (Wanderley que sejam biodegradáveis. Sugere‑se também procurar et al. 2011). Todas as espécies de Urochloa listadas alternativas para o uso sustentável das varas desses no presente estudo têm comportamento invasor e a bambus por comunidades carentes do entorno das espécie de braquiária mais amplamente disseminada áreas a serem restauradas. em São Paulo é Urochloa brizantha e não Urochloa Essas espécies exóticas e invasoras estão alta- decumbens (Filgueiras et al. 2012), como encontrado mente adaptadas no território brasileiro. Por não em literatura (Pivello 2011), sendo que esta última possuírem inimigos naturais como predadores, pragas não foi registrada neste estudo. Outra espécie, e doenças, e por apresentarem alta plasticidade, não africana altamente invasora, é o capim‑gordura, encontram dificuldades de sobrevivência. Além do Melinis minutiflora, amplamente disseminada em mais, esses bambus possuem rizoma tipo leptomorfo, áreas antropizadas e com ocorrência nos plantios ou seja, alastrante, emitindo os rizomas subterrâneos e compensatórios. espalhando‑se entre a vegetação nativa. A introdução As espécies de braquiárias, Urochloa spp., de espécies exóticas e invasoras é considerada a capim‑gordura, Melinis minutiflora, e capim‑colonião, segunda maior causa de extinção de espécies nativas, Megathyrsus maximus, são as principais causadoras perdendo somente para a destruição dos ecossistemas dos altos índices de mortalidade das mudas, e, pela exploração humana (Ziller 2001). consequentemente, da dificuldade de implantação Existe deficiência de trabalhos com relação às e estabelecimento dos reflorestamentos (Silva espécies de Poaceae nos arredores da capital paulista, Shirasuna et al.: Poaceae do Rodoanel Mario Covas Trecho Sul 535 somando‑se à escassez de coletas específicas do Grime, J.P. 1979. Plant strategies and vegetation processes. grupo, principalmente de espécies herbáceas anuais, John Wiley, Chichester. que passam imperceptíveis aos coletores. Ainda Judd, W., Campbell, C., Kellogg, E., Stevens & há muito a descobrir desse grupo tão fascinante e Donoghue, P. 2002. Plant Systematics. A phylogenetic importante, do ponto de vista taxonômico, ecológico approach. Sinauer Associates, Sunderland. e conservacionista. Judziewicz, E.J. & Sodestrom, T.R. 1989. Morphological, anatomical, and taxonomic studies in Anomochloa and Literatura citada Streptochaeta (Poaceae: Bambusoideae). Smithsonian Contributions to Botany 68: 1-52. APG (Angiosperm Phylogny Group) III. 2009. An update Judziewicz, E.J., Clark, L.G., Londoño, X. & Stern, of the Angiosperm Phylogeny Group classification for M. 1999. American Bamboos. Smithsonian Institution, the orders and families of flowering plants: APG III. Washington. Botanical Journal of the Linnean Society 161: 105-121. Longhi-Wagner, H.M., Bittrich, V., Wanderley, Cechin, I. 1987. Efeito de substâncias reguladoras de M.G.L. & Shepherd, G.J. 2001. Poaceae. 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