Projeto Lupa Na Região De Itapetininga E No Estado De São Paulo
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Material preliminar somente para correções e comentários ANÁLISE COMPARATIVA PRELIMINAR DE UM CENSO AGROPECUÁRIO: PROJETO LUPA NA REGIÃO DE ITAPETININGA E NO ESTADO DE SÃO PAULO José Antonio Piedade Fábio Francisco Fiusa Luiz Carlos Carvalho Leitão Ana Paula Roque Aline Regina Piedade Sérgio Majewski 1 Material preliminar somente para correções e comentários ANÁLISE COMPARATIVA PRELIMINAR DE UM CENSO AGROPECUÁRIO: PROJETO LUPA NA REGIÃO DE ITAPETININGA1 E NO ESTADO DE SÃO PAULO José Antonio Piedade2 Fábio Francisco Fiusa3 Luiz Carlos Carvalho Leitão4 Ana Paula Roque5 Aline Regina Piedade6 Sérgio Majewski7 RESUMO – Este trabalho analisa, de forma resumida e comparativa, os resultados de dois censos agropecuários realizados nos municípios do Estado de São Paulo, em 1995/1996 e 2007/2008 e faz correlações com os dados estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e de outras fontes oficiais. Usa como referência básica o artigo “Análise preliminar de um censo agropecuário: Projeto LUPA no Estado de São Paulo”, de autoria de Francisco Alberto Pino8 e segue a metodologia utilizada nesse trabalho. Conclui-se que as tendências dos resultados são consistentes na maioria dos casos, embora os valores numéricos possam ser discordantes. No Estado de São Paulo, as áreas de cana-de-açúcar, eucalipto, pinus e seringueira têm aumentado, enquanto que as áreas de milho, citros (laranja, limão, tangerina), soja, café e feijão têm diminuído. A área de pastagem e o rebanho bovino diminuíram, enquanto que o bubalino aumentou. A área de vegetação natural dentro das unidades de produção cresceu nos últimos onze anos. Na região de Itapetininga os aumentos de área têm ocorrido com as culturas de eucalipto, milho, cana-de-açúcar, pinus, laranja, soja, trigo e grama (grama em placas ou tapete de grama), enquanto têm diminuído as áreas de batata, tangerina, tomate e aveia. A área de pastagem diminuiu, enquanto os rebanhos bovino e bubalino aumentaram. A produção de aves para corte (frangos) teve um crescimento significativo, porém a suinocultura decresceu. A área de vegetação natural dentro das unidades de produção também cresceu nos últimos anos. Palavras chave: censo agropecuário; uso do solo; eucalipto; vegetação natural; cana-de-açúcar; laranja; grama em placas; tapete de grama; frango de corte; Itapetininga PRELIMINARY AND COMPARATIVE ANALISYS OF AN AGRICULTURAL CENSUS: LUPA PROJECT IN THE REGION OF ITAPETININGA AND IN THE STATE OF SAO PAULO, BRAZIL ABSTRACT – This paper briefly compares the results of two agricultural censuses performed in the counties of the State of Sao Paulo, Brazil, in 1995/1996 and 2007/2008, as well as with statistical data from other sources. Used as a basic reference the article "Preliminary analysis of an agricultural census: LUPA Project in the State of São Paulo", by Francisco Alberto Pino and follows the methodology used in this work. It is concluded that the trends are consistent, 1 Região composta pelos municípios de Alambari, Angatuba, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cesário Lange, Guarei, Itapetininga, Porangaba, Quadra, Ribeirão Grande, São Miguel Arcanjo, Sarapui, Tatui e Torre de Pedra. 2 Engenheiro Agrônomo, Assistente de Planejamento, EDR Itapetininga, CATI (e-mail: [email protected]) 3 Engenheiro Agrônomo, Assistente de Planejamento, EDR Itapetininga, CATI (e-mail: [email protected]) 4 Engenheiro Agrônomo, Assistente Agropecuário EDR Itapetininga, CATI (e-mail: [email protected]) 5 Zootecnista, Doutora, Assistente Agropecuário, EDR Itapetininga, CATI (e-mail: [email protected]) 6 Engenheira Agrônoma, Doutora, FATEC Itapetininga (e-mail: [email protected]) 7 Advogado, IBGE Itapetininga (e-mail: [email protected]) 8 Os autores agradecem ao Engenheiro Agrônomo, Doutor, Francisco Antonio Pino, Pesquisador Científico do Instituto de Economia Agrícola, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, pela autorização para utilização como referência e transcrição de seu trabalho “Análise preliminar de um censo agropecuário: Projeto LUPA no Estado de São Paulo” 2 Material preliminar somente para correções e comentários although some numerical values may disagree. In the State of Sao Paulo, the areas of sugar cane, eucalyptus, pine and rubber tree have increased, while the areas of corn, citrus (orange, lemon, and tangerine), soybean, coffee and bean have decreased. Pasture area and bovine herd (cattle) decreased, but bubaline increased. The natural vegetation area inside the farms increased in the last eleven years. In the region of Itapetininga, the areas of eucalyptus, corn, sugar cane, pine, orange, soybean, wheat and lawn grass (sod grass) have increased, while the areas of potato, tangerine, tomato and oats have decreased. Pasture area decreased, but bovine and bubaline herds increased. The production of broiler chickens have increased significantly, but the swines decreased. The area of natural vegetation inside the farms also increased in recent years. Key words: agricultural census; land use; eucalyptus; natural vegetation; sugar cane; orange; lawn grass; sod grass ; broiler chickens; Itapetininga I – INTRODUÇÃO Projeto LUPA9 é o nome dado a um censo agropecuário realizado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), no Estado de São Paulo. Todo o trabalho de campo foi realizado pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), através das Casas de Agricultura, existentes na grande maioria dos 645 municípios paulistas, enquanto o controle de qualidade dos dados e a análise estatística estiveram a cargo do IEA (Instituto de Economia Agrícola), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), em conjunto com o Grupo LUPA10, responsável pela coordenação do Projeto LUPA. A primeira edição do projeto ocorreu em 1995/1996 (Pino et al., 1997) e a segunda, em 2007/2008 (Torres et al., 2009), respectivamente o último do século XX e o primeiro do século XXI11. A unidade amostral levantada foi a “unidade de produção agropecuária” (UPA), que na maioria dos casos coincide com o conceito de “imóvel rural”, entendido como conjunto de propriedades rurais contíguas, pertencente ao mesmo proprietário (ou proprietários). Além disso, cada UPA está localizada dentro do espaço territorial de um único município. Para uma discussão sobre os diferentes conceitos, de propriedade rural, produtor rural, estabelecimento rural, imóvel rural e UPA, ver Pino et al. (1997). O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados gerais do projeto mais recente, em nível estadual, regional (EDR12 de Itapetininga) e municipal (municípios de Alambari, Angatuba, Campina do Monte Alegre, Capão Bonito, Cesário Lange, Guarei, Itapetininga, Porangaba, Quadra, Ribeirão Grande, São Miguel Arcanjo, Sarapui, Tatuí e Torre de Pedra), comparando-os com os resultados obtidos na versão anterior e relacionando-os com os obtidos pelo IBGE e com outras fontes oficiais13. 9 Sigla para Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agropecuária 10 Grupo de Trabalho nomeado pela Resolução SAA-25, de 25 de maio de 2007 e alterado pela Resolução SAA-18, de 17 de abril de 2008, publicadas no Diário Oficial do Estado em 26 de maio de 2007 (Seção I, pág. 21) e em 18 de abril de 2008 (Seção I, pág. 61), respectivamente. 11 Informações detalhadas podem ser obtidas no site www.cati.sp.gov.br .A rigor, a notação deveria ser 1995-1996 (porque aquele levantamento foi realizado durante duas safras) e 2007/2008 (porque este levantamento foi realizado durante o tempo aproximado de um ano), mas a notação foi uniformizada para evitar considerações adicionais, uma vez que o presente trabalho trata de comparações preliminares, deixando análises mais profundas para futuros estudos. 12 Sigla para Escritório de Desenvolvimento Rural, da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), da Se- cretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. 13 A principal fonte para comparação constitui-se dos censos agropecuários do IBGE. No caso de cana-de-açucar uti- lizaram-se dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), pela União da Indústria de Cana de-Açucar (UNICA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). No caso de vegetação natural utilizaram-se os dados divulgados pelo Instituto Florestal. 3 Material preliminar somente para correções e comentários II – COBERTURA DE ÁREA O principal problema de um censo agropecuário costuma ser a falha de cobertura, ou seja, o fato de algumas unidades existentes não serem levantadas por algum motivo. Quanto maior for essa falha, menos completo será o censo. II.1 – ESTADO DE SÃO PAULO A área agrícola paulista cresceu até 1970, devido à incorporação de novas áreas. Esgotada a fronteira agrícola, ela estabilizou-se por um período e em seguida passou a diminuir lenta- mente, já que não pôde mais se expandir à custa de matas naturais, porém o crescimento das áreas urbanas e as obras de infra-estrutura fazem-se à custa dela. Assim, espera-se que a diferen- ça de área total entre os dois projetos LUPA não seja grande. O fato de haver aumentado 2,5% de um para outro (Tabela I) indica que, provavelmente, houve falha de cobertura no primeiro, equivalente a pelo menos 504.623ha, pois em 1995/96 foram detectados 19.999.484ha e em 2007/08, 20.504.107ha. Note-se que, em ambos os casos, a falha de cobertura foi menor do que nos censos do IBGE14, pois nestes houve um aumento de área de 10,8%, equivalente a 1.872.968ha, pois no censo anterior foi detectada a área de 19.242.172ha e no censo recente, 19.242.172ha. Porém, há que se notar, que os dois censos (LUPA e IBGE) aproximaram-se um do outro no último levantamento, pois anteriormente a área detectada pelo LUPA era 15,1% maior (2.630.280ha) que a do IBGE, e no LUPA recente essa diferença a maior do LUPA baixou para 6,6% (1.261.935ha). De qualquer forma, alguma diferença entre as duas fontes seria perfeitamente esperável, já que em ambos, as áreas não foram efetivamente medidas, mas decla- radas pelo proprietário ou responsável.