grandes ideias impossíveis de provar

Coordenação de John Brockman Introdução de Ian McEwan

l i s b o a : tinta‑da‑china MMVIII Para a minha insuperável editora de há muito tempo, Sara Lippincott

© 2008, Edições tinta‑da‑china, Lda. Rua João de Freitas Branco, 35A 1500‑627 Lisboa Tels.: 21 726 90 28/9 | Fax: 21 726 90 30 E‑mail: [email protected]

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© Edge Foundation, Inc., 2005. Todos os direitos reservados. Título original: What We Believe But Cannot Prove Autores: John Brockman (coord.) e outros Revisão: Tinta‑da‑china Capa e composição: Vera Tavares

1.ª edição: Fevereiro de 2008 isbn: 978‑972‑8955‑49‑6 Depósito Legal n.º 269826/08 ÍNDICE

Prefácio: A Pergunta do Site Edge 11 Introdução, Ian McEwan 15

Textos de: Martin Rees 23 87 Ray Kurzweil 25 Timothy Taylor 90 Douglas Rushkoff 30 93 32 John H. McWhorter 97 Chris Anderson 33 Elizabeth Spelke 101 Stephen Petranek 35 Stephen H. Schneider 104 Carolyn Porco 39 Bruce Sterling 106 Paul C.W. Davies 42 107 Kenneth W. Ford 44 Verena Huber‑Dyson 108 Karl Sabbagh 46 Keith Devlin 110 J. Craig Venter 48 Freeman Dyson 114 Leon Lederman 50 Rebecca Goldstein 116 Maria Spiropulu 52 Stuart A. Kauffman 118 Philip W. Anderson 54 Leonard Susskind 120 Robert M. Sapolsky 55 Donald D. Hoffman 123 Jesse Bering 57 Terrence Sejnowski 127 Ian McEwan 61 130 Michael Shermer 62 Arnold Trehub 132 Susan Blackmore 66 Ned Block 134 Randolph M. Nesse 68 Janna Levin 135 Tor Nørretranders 71 Daniel Gilbert 137 Scott Atran 73 Todd E. Feinberg 139 David G. Myers 74 Clifford Pickover 141 76 Nicholas Humphrey 143 Sam Harris 78 Pamela McCorduck 145 81 Charles Simonyi 146 Seth Lloyd 83 Alan Kay 150 Denis Dutton 84 152 Christine Finn 155 Jean Paul Schmetz 234 Daniel C. Dennett 156 Nassim Nicholas Taleb 236 prefácio Alun Anderson 160 Simon Baron‑Cohen 238 A pergunta do site Edge Joseph LeDoux 164 Kevin Kelly 240 George Dyson 168 Martin Nowak 244 Alison Gopnik 169 Tom Standage 245 Paul Bloom 173 Steven Giddings 247 William H. Calvin 175 Alexander Vilenkin 250 Robert R. Provine 178 Lawrence M. Krauss 252 Stanislas Dehaene 181 John D. Barrow 254 Stephen Kosslyn 185 Paul J. Steinhardt 255 Alex Pentland 187 Lee Smolin 258 Irene Pepperberg 191 Anton Zeilinger 261 Howard Gardner 194 Gregory Benford 263 David Gelernter 197 Rudy Rucker 266 m 1991, propus a ideia de uma terceira cultura, que «consiste Marc D. Hauser 200 Carlo Rovelli 268 nos cientistas e outros pensadores no mundo empírico que, Gary Marcus 202 Jeffrey Epstein 270 E Brian Goodwin 204 Howard Rheingold 271 através do seu trabalho e dos seus ensaios, estão a tomar o lugar do Leo M. Chalupa 208 Jaron Lanier 274 intelectual tradicional na tarefa de tornar visíveis os significados Margaret Wertheim 210 Marti Hearst 278 mais profundos das nossas vidas, redefinindo quem e o que somos». Gino Segrè 214 Kai Krause 281 Em 1997, o crescimento da Internet permitiu a implementação Haim Harari 216 Oliver Morton 284 Donald I. Williamson 219 W. Daniel Hillis 286 de um lar para a terceira cultura na Web, num site chamado Edge Ian Wilmut 222 Martin E. P. Seligman 287 (www.edge.org). Daniel Goleman 224 Neil Gershenfeld 289 O site Edge é uma celebração das ideias da terceira cultura, Esther Dyson 228 Mihalyi Csikszentmihalyi 290 uma exposição desta nova comunidade de intelectuais em acção. James J. O’Donnell 231 Eles apresentam o seu trabalho, as suas ideias, e comentam o trabalho e as ideias dos pensadores da terceira cultura. Fazem‑no Índice Remissivo 293 partindo do princípio de que vão ser interpelados. Daí emerge um debate rigoroso, que aborda questões cruciais da era digital, numa atmosfera rica em tensão, na qual «pensar com esperteza» prevalece sobre a anestesiologia da sabedoria. As ideias apresentadas no site Edge são especulativas — representam as fronteiras nas áreas da biologia evolutiva, genética, ciência de computadores, neurofisiologia, psicologia e

[11] grandes ideias impossíveis de provar correctas, acompanhada por um ingénuo sentido de convicção. introdução No futuro, seremos capazes de responder às perguntas — mas se‑ remos suficientemente inteligentes para colocar essas perguntas? Este livro propõe um caminho alternativo. Talvez não faça mal não ter a certeza, mas sim um palpite através do qual se possa chegar à compreensão. Como fez notar Richard Dawkins, biólogo evolucionista inglês e grande divulgador científico, numa entrevista que se seguiu à publicação da Pergunta Mundial de 2005: «Seria inteiramente errado sugerir que a ciência é algo que já sabe tudo. A ciência avança por intermédio de palpites, adivinhando, lançando hipóteses, às vezes sob a inspiração de pensamentos poéticos, até de pensamentos estéticos, e depois a produção de prova, seja na ciência, na filosofia, nos tribu- ciência tenta demonstrar tudo isso experimentalmente ou através A nais ou na vida diária, é um conceito elástico, interessan‑ da observação. E essa é a beleza da ciência — que tem essa fase temente cercado por todo o género de fraquezas humanas, bem imaginativa, mas depois prossegue para a fase de produção da como pelo engenho humano. Quando o ciumento Otelo exige prova, a fase demonstrativa.» provas de que a sua jovem esposa o engana (quando, evidentemen‑ Este livro serve também para demonstrar que os cientistas e te, ela é pura), não é difícil para Iago fornecer ao seu senhor exac‑ os seus aliados intelectuais estão a olhar para lá dos seus campos tamente aquilo que este, masoquisticamente, deseja. Durante sé‑ individuais — envolvidos nas suas próprias áreas de interesse, culos, brilhantes eruditos cristãos demonstraram por argumentos mas, mais importante, pensando profundamente acerca de novos racionais a existência de um deus celeste, sabendo à partida que entendimentos dos limites do conhecimento humano. Estão a não podiam permitir‑se nenhuma outra conclusão. A mãe injus‑ encarar a ciência e a tecnologia não apenas como uma acumulação de tamente encarcerada pelo assassínio dos seus filhos, com base no coisas sabidas, mas como um meio de apurar as interrogações mais testemunho de um perito em pediatria, levanta, legitimamente, profundas sobre quem somos e sobre como sabemos o que sabemos. a questão da fé do tribunal nas provas científicas respeitantes à Acredito que os homens e as mulheres da terceira cultura síndrome da morte súbita nas crianças. Quando não tem a certeza são os mais proeminentes intelectuais do nosso tempo. Mas não se o esfarrapado estranho que surge em Ítaca é, na verdade, o seu posso prová‑lo. esposo Ulisses, Penélope inventa um método de prova, invocan‑ do a construção do seu leito nupcial, que chegaria para satisfazer John Brockman a maior parte das pessoas, mas não muitas das que sejam versa‑ Editor e coordenador das em lógica. O precoce matemático de dez anos de idade que

[14] [15] grandes ideias impossíveis de provar i n t r o d u ç ã o exulta ao provar que os ângulos de um triângulo somam sempre crever e classificar com precisão; algumas ideias vingam não por‑ 180 graus irá descobrir, antes de fazer a barba pela primeira vez, que são provadas, mas porque se ajustam ao que já se conhece em que noutros sistemas matemáticos isso nem sempre é assim. Mui‑ diferentes áreas de estudo, ou porque conseguem, com eficiência, to poucos de nós sabem como demonstrar que dois mais dois é predizer ou fazer uma descrição retroactiva de certos fenómenos, igual a quatro em todas as circunstâncias. Mas defendemos que ou porque são sustentadas por pessoas persuasivas com mecenas isso é verdade, a menos que tenhamos a infelicidade de viver sob poderosos — naturalmente, as fragilidades humanas estão bem uma ordem política que nos exija que acreditemos no impossível: representadas na ciência. Mas as ambições dos mais jovens e os George Orwell na ficção, tal como Estaline, Mao, Pol Pot e diver‑ métodos conflituais, bem como a própria mortalidade, impõem sos outros na realidade, mostraram‑nos de que maneira a resposta a sua lei. Como notou um comentador, a ciência avança ao ritmo pode ser cinco. dos funerais. Tem sido surpreendentemente difícil estabelecer, em definiti‑ E, de facto, alguma ciência parece verdadeira por ser elegan‑ vo, qual é a verdade sobre seja que assunto for, independentemen‑ te — é formulada com economia, ao mesmo tempo que parece te do seu grau de simplicidade. É sempre complicado dominar‑ explicar muita coisa. Apesar de ter sido fulminada a partir do mos as nossas próprias ideias preconcebidas, e outrora era mesmo púlpito, a teoria da evolução das espécies de Darwin foi rapida‑ perigoso desafiar a sabedoria dos mais velhos ou as tradições que mente aceite, pelo menos segundo os padrões da vida intelectual haviam sobrevivido aos séculos, sob pena de incorrer na ira dos vitoriana. As provas de Darwin eram, na realidade, um esmaga‑ deuses ou, quanto mais não fosse, na dos seus representantes ter‑ dor conjunto de exemplos, apresentado com cuidada exactidão. renos. Talvez a lenta elaboração de um sistema de pensamento, Uma ideia relativamente simples fazia sentido ao ser aplicada a a ciência, que tem a refutação no seu âmago e a autocorrecção uma ampla variedade de casos e circunstâncias, facto que não se como procedimento fundamental, tenha sido a maior invenção de perdeu entre a hoste de vigários anglicanos que viviam no cam‑ todas, maior do que a invenção da roda ou da agricultura. Só re‑ po e devotavam os seus abundantes tempos livres à história na‑ centemente, no decorrer do último meio milénio, uma parte signi‑ tural. A inovadora descrição que Einstein apresentou, na teoria ficativa da humanidade começou a pôr de lado o género de ideias geral da relatividade, da gravitação enquanto consequência não preconcebidas supostamente reveladas por entidades sobrena‑ da atracção entre os corpos, de acordo com a sua massa, mas da turais e a preferir, em vez disso, uma vasta e variada maquinaria curvatura do espaço‑tempo gerada pela matéria e pela energia, mental que funciona por adição, debate, refinação e, de vez em seria consagrada nos manuais poucos anos após a sua formula‑ quando, desafios radicais. Não há textos sagrados — na realidade, ção. Steven Weinberg conta que, de 1919 em diante, várias equi‑ há determinadas formas de blasfémia que já revelaram a sua utili‑ pas de astrónomos procuraram testar a teoria através da medi‑ dade. A observação empírica e a prova são, é claro, crucialmente ção da deflexão da luz das estrelas pelo Sol durante um eclipse. importantes, mas uma parte da ciência é pouco mais do que des‑ Foi só quando surgiram os radiotelescópios, no início da década

[16] [17] grandes ideias impossíveis de provar i n t r o d u ç ã o de 1950, que as medições se tornaram suficientemente precisas escrita sobretudo por cientistas em actividade, não representa a para fornecer essa verificação. Durante 40 anos, apesar da escas‑ antítese da ciência. Não se trata de meras divagações de profissio‑ sez de provas, a teoria foi globalmente aceite porque, para usar a nais a relaxar no seu dia de folga. As contribuições, que atraves‑ frase de Weinberg, era «irresistivelmente bela». sam muitas áreas díspares, exprimem o espírito de uma consciên‑ Muito se tem escrito sobre a imaginação na ciência, sobre cia científica no seu melhor — trabalho especulativo esclarecido, palpites arrojados, repentinas deduções intuitivas e benéficas re‑ feito sem peias, com uma mente aberta, intelectualmente jovial. velações de acontecimentos mundanos (não nos esqueçamos da Muitas respostas trazem versões do futuro em variados campos estrutura do benzeno e do sonho tido por Kekulé, em que uma de estudo. Os leitores versados em humanidades, habituados ao cobra comia a sua própria cauda), e o triunfo ocasional da beleza pessimismo que é geralmente tido como a imagem de marca de sobre a verdade. Segundo o relato de James Watson, quando se um verdadeiro intelectual, serão surpreendidos pelo tom opti‑ encontrou perante o modelo final da molécula deADN, Rosalind mista destas páginas. Alguns, como o psicólogo Martin Seligman, Franklin «aceitou o facto de a estrutura ser demasiado bonita para acreditam que não estamos totalmente corrompidos. Outros pa‑ não ser verdadeira». No entanto, entre nós, leigos, ainda predomi‑ recem mesmo acreditar que o destino dos homens pode melho‑ na a convicção de que os cientistas não acreditam naquilo que não rar. Evidente nestas páginas, de uma maneira geral, é o simples podem provar. No mínimo, exigimos que eles tenham padrões prazer na curiosidade. Existe vida, ou vida inteligente, para lá de prova mais rigorosos do que os que esperamos de críticos li‑ desta Terra? Existe o tempo? Será a língua uma pré‑condição para terários, jornalistas ou padres. Foi por esta razão que a pergunta a consciência? Serão as baratas seres conscientes? Existe uma teo‑ Edge — «No que é que acredita mas não pode provar?» — gerou ria para lá da mecânica quântica? Ou, já agora, será que ganhamos tanto interesse público, pois parece conter um paradoxo: aqueles uma vantagem selectiva por acreditarmos em coisas que não po‑ que apostam a sua credibilidade intelectual em provas rigorosas demos provar? O leitor encontrará aqui uma expressão colectiva fazem fila para declararem as suas próprias crenças, cuja falsidade de êxtase perante o mundo vivo e inanimado que não tem equiva‑ é impossível de verificar. Não deveria o cepticismo ser um parente lente óbvio em, por exemplo, estudos culturais. Nas artes, talvez próximo da ciência? Os mesmos homens e mulheres que nos cen‑ a poesia lírica pudesse constituir uma espécie de paralelo feliz. suravam pela insistência numa qualquer noção vaga, não sujeita à Outra característica interessante que aqui surge é a preva‑ santíssima trindade do teste cego, controlado e aleatório, estão, lência daquilo a que E.O. Wilson chama consiliência. As fronteiras por fim, a pôr joelho em terra para declararem a sua fé. entre diferentes temas especializados começam a dissipar‑se a O paradoxo, no entanto, é falso. Como escreve Leon Leder‑ partir do momento em que os cientistas se vêem na necessi- man, laureado com o Prémio Nobel, na sua resposta: «Acreditar dade de recorrer a palpites ou a procedimentos de áreas de estu‑ numa coisa ao mesmo tempo que se sabe que não pode ser pro‑ do adjacentes ou úteis às suas. O velho sonho do Renascimento vada (por enquanto) é a essência da física.» A presente recolha, de um corpo de conhecimento unificado torna‑se um pouco mais

[18] [19] grandes ideias impossíveis de provar próximo quando biólogos e economistas vão buscar os conceitos uns dos outros — os neurocientistas precisam dos matemáticos, os biólogos moleculares extraviam‑se e entram nos territórios mal defendidos de químicos e físicos. Até os cosmólogos se serviram da teoria da evolução. E toda a gente, é claro, precisa de compu‑ tação sofisticada. Para comunicarem uns com os outros, de uma disciplina para outra, os cientistas tiveram de abandonar os seus Por vezes, grandes mentes podem adivinhar a verdade vocabulários especializados e adoptar uma língua franca — o in‑ antes de terem as provas ou os argumentos para sustentá‑la. glês comum. O beneficiário acidental foi, como é evidente, o lei‑ (Diderot chamava a isso possuir o «esprit de divination».) tor vulgar, que não necessita de conhecer linguagens técnicas para O que é que acredita ser verdade, mesmo sem poder prová‑lo? acompanhar estas trocas. Uma consequência — e talvez o símbolo — desta síntese emergente na comunidade científica foi o website Edge e a sua cultura intelectual peculiarmente inebriante. As pá‑ ginas deste livro representam apenas uma pequena parte de um colóquio contínuo e estimulante que está aberto a todos.

Ian McEwan

[20] Índice Remissivo

Achenbach, Thomas: 224 Baron‑Cohen, Simon: 238 acreção dos planetas: 40 Barrow, John D.: 254 ADN: 18, 48­‑9, 81, 154, 205, 211, bebés, crianças e consciência: 169, 240­‑3 171­‑2, 184, 189, 203 africânder: 99­‑100 Beethoven, Ludwig van: 84 aldeído, moléculas de: 36 Benford, Gregory: 263 alfa: 26 Bering, Jesse: 57 alma: 55, 58­‑60, 121 Bernoulli, Princípio de: 27 Anderson, Alun: 160 Big Bang: 28, 56, 136, 214­‑5, 250, Anderson, Chris: 33 252­‑3, 260, 263, 290 Anderson, Philip W.: 54 Big Crunch: 251, 253 antegosto (Vorfreude): 281‑2 biossemiótica: 161 antipartículas: 51 Bjorklund, David: 60 antrópico, princípio: 253, 255­‑6 Blackmore, Susan: 66 aquecimento global: 104­‑5 Block, Ned: 134 Arrhenius, Svante: 48 Bloom, Paul: 173 arte: 12, 84­‑6, 96, 200, 269, 282 Bohr, Nils: 52­‑3 Atran, Scott: 73 bombardeamento pesado: 40 autismo: 238­‑9 Brockman, John: 5, 12, 14 aves: 191­‑2 BSE: 246 budismo: 67 buracos de verme: 27­‑9

[295] grandes ideias impossíveis de provar índice remissivo buracos negros: 41­‑2, 211, 247­‑8, 175, 177­‑80, 182, 187­‑8, 204, 233, Dynabook: 150 fósseis: 40, 219 249, 264 266, 270, 291 Dyson, Esther: 228 francês: 99 Burda Digital: 234 Copenhaga, interpretação de: 262 Dyson, Freeman: 13, 114 Freud, Sigmund: 58, 287 busca, problema da: 278 corvos, dialectos dos: 168 Dyson, George: 168 fundamentalismo: 68 Buss, David: 81 crença religiosa: Byars, James Lee: 12, 13 ver religião economia: 71, 234, 236­‑7 Galileu: 45, 117 Byteburg: 280 Crick, Francis: 48, 166 Einstein, Albert: 12, 17, 27, 50, 122, Gardner, Howard: 194 Csikszentmihalyi, Mihalyi: 290 136, 139, 141, 150, 172, 255, 259, gases de estufa: 104 Calvin, William H.: 175 cultura‑natureza, processo 263 Gelernter, David: 197 Câmbrico, explosão do: 219­‑21 unificado:20 4 electrões: 27, 83 gelo, cristalização do: 211, 213 Campbell, Keith: 222 Engelbart, Doug: 271­‑2 genética: 93, 129, 152­‑4, 194­‑5, 199, canibalismo: 90­‑1 Damásio, António: 166 Engels, Friedrich: 91 220­‑2, 232, 240, 242, 244, 264 cérebro: 24, 58, 64, 78­‑80, 126­‑33, Darwin, Charles: 17, 31, 156, 168, Epstein, Jeffrey: 270 genoma: 48, 153­‑4, 205, 242 140­‑3, 152­‑3, 163­‑4, 166­‑7, 171, 220, 271 escravatura: 90­‑1 genoma humano: 153 181­‑6, 190­‑2, 208­‑9, 212, 224, Davies, Paul C.W.: 42 espanhol: 99 Gershenfeld, Neil: 289 226, 277 Dawkins, Richard: 14, 32 espectro cognitivo: 197­‑9 Giddings, Stephen: 247 Chalupa, Leo M.: 208 Dehaene, Stanislas: 181 ética e moralidade: 79, 186, 204, Gilbert, Daniel: 137 Changeux, Jean‑Pierre: 182 Deinococcus radiodurans: 49 206, 291 gliceraldeído: 36 chinês: 99 dendrocronologia: 232 etologia: 161 Gödel, Kurt: 108, 112, 114, 116­‑7, chips: 25, 139 Dennett, Daniel C.: 156, 171, 175 Euclides: 110­‑1 272 Chomsky, Noam: 203 Descartes, René: 110, 173 evolução: 17, 20, 24, 30­‑3, 64, 66, Goldilocks, zonas: 37 Churchland, Patricia: 127 Desígnio Inteligente: 33 73, 87, 93­‑4, 99, 153­‑4, 158, 166, Goldstein, Rebecca: 116 clã: 275 determinismo: 266‑7, 272 168, 180, 191, 206, 208, 221, 242, Goleman, Daniel: 224 código genético: 49 Deus: 51, 55­‑6, 63, 65, 71, 73­‑4, 78, 244, 255, 264, 267, 271‑2, 276‑7, Goodwin, Brian: 204 comportamento social e emo‑ 117, 121­‑2, 142, 210, 263 288‑91 Gopnik, Alison: 169 cional: 271 Devlin, Keith: 110 Grand Canyon do Colorado: 40 computação: 20, 25, 147, 150­‑1, Dewey, John: 58 Faraday, Michael: 42, 211 Güzeldere, Güven: 134 168, 200­‑2, 267, 272, 289 Diamond, Jared: 87 Feinberg, Todd E.: 139 comunicação: 25, 83, 131, 151, 159, Dirac, Paul: 50 Fermat, último teorema de: 111 habitáveis, zonas: 37, 41 182, 187, 189, 191, 193, 206, 274‑7 Dolly, ovelha: 222­‑3 Fermi, Enrico: 50, 215 Haidt, Jonathan: 76 conjugação de carga; paridade: 51 dualismo: 58 Finn, Christine: 155 haitiano: 100 consciência: 13, 19, 33, 57, 59, 61, dualismo mente‑corpo: 58 Flanagan, Owen: 134 Hales, Thomas: 111 66, 117, 123­‑6, 132­‑4, 137, 139­‑41, Dunbar, Robin: 189 Flores, ilha de: 98­‑9 Harari, Haim: 216 143­‑4, 156­‑60, 162, 163­‑7, 170­‑1, Dutton, Dennis: 84 Ford, Kenneth W.: 44 Harris, Sam: 78

[296] [297] grandes ideias impossíveis de provar índice remissivo

Harrison, Edward: 264 keo: 97, 98, 100 lógica imprecisa: 62 Morris, Michael: 28 Hauser, Marc D.: 200 Kephart, Thomas: 28 Lorenz, Konrad: 161 morte, vida depois da: 57‑61, 71‑2, Hawking, Stephen: 247­‑9 Kepler, Johannes: 111, 211 Lowe, David: 248 141‑2 Hearst, Marti: 278 Kierkegaard, Soren: 71 luz, velocidade da: 25, 26, 27, 29, 47 Morton, Oliver: 139, 284 Heisenberg, Werner: 272 Knuth, Don: 150 Mozart, Wolfgang Amadeus: 86 Hilbert, David: 111 Koch, Christof: 166 Maldacena, Juan: 248 Murasaki Shikibu: 84 Hill, Christopher: 50 Koenig, Oliver: 185 Marcus, Gary: 202 Myers, David G.: 74 Hillis, W. Daniel: 286 Koocher, Gerald: 60 Mars Express Orbiter: 36 Hiroshige: 86 Kosslyn, Stephen: 185, 190 Mars Rover: 36 navajo: 99 Hochberg, David: 28 Krause, Kai: 280 Marte: 36, 45 Neandertal: 95­‑6 Hoffman, Donald: 123 Krauss, Lawrence M.: 252 Marx, Karl: 91 Neptuno: 37 Hokusai: 84 Kroodsma, Donald: 193 matéria negra: 41, 252 Nesse, Randolph M.: 9 holandês: 99 Kuhn, Thomas: 90 May, Robert: 244 neurociência: 66, 134 Homero: 84 !Kung: 93­‑4 McArthur, Barbara: 36­‑7 neutrinos: 50, 214­‑5 Homo erectus: 95­‑6 Kurzweil, Ray: 25 McCorduck, Pamela: 145 neutrões: 216 homogeneidade ilusória: 153 McEwan, Ian: 5, 20, 61 Newton, Isaac: 45, 117, 231 Homo sapiens: 95­‑6 Lamoreaux, Steve: 26 McGinn, Colin: 143 ngada: 97­‑8, 100 Horgan, John: 130, 212 Lanier, Jaron: 274 McLuhan, Marshall: 151 Nørretranders, Tor: 71 Horowitz, Gary: 248 Lederman, Leon: 18, 50 McNamara, John: 173 novos planetas: 37 Huber‑Dyson, Verena: 108 LeDoux, Joseph: 164 McWhorter, John H.: 97 Nowak, Martin: 244 Hume, David: 84, 86 Leibniz, Gottfried: 141 memórias: 127­‑30, 141, 159, 199, Humphrey, Nicholas: 13, 143 Levin, Janna: 135 270, 283 O’Donnell, James J.: 231 Libbrecht, Kenneth: 211, 213 memórias de longo prazo: 127­‑8 Orban, Guy: 183 Indonésia: 97 LIGO: 211­‑2 mente: 12, 19, 43, 58, 63, 70, 74­‑5, inteligência distribuída: 187 Lindesay, James: 120 84, 108, 124­‑5, 130, 134, 136, 139, «Problema Difícil» da cons- Interferómetro a laser: 211 linguagem: 12, 108, 130, 146, 148, 142­‑3, 152, 176, 185­‑7, 189­‑90, ciência: 134 Issa: 163 150, 156­‑7, 159, 165­‑8, 175, 177, 197­‑8, 211, 213, 267, 272, 276 Pankseep, Jaak: 166­‑7 181, 188­‑9, 191, 195, 200, 244, mente‑corpo, problema: 124­‑5, 134 panspermia: 48­‑9 Johnson, Samuel: 66 248, 274, 276, 278, 280 Metzinger, Thomas: 158 papiamentu: 100 Júpiter: 35, 41 linguagens: 20 migração humana: 100 paranormal: 62 linguística computacional: 278-9 Miguel Ângelo: 84 pássaros, vocalizações de: 191­‑3 Kauffman, Stuart A.: 118 Lippert, Matthew: 248 Minsky, Marvin: 152 Pauli, Wolfgang: 215 Kay, Alan: 150 livre‑arbítrio: 63, 66, 67 missão Phoenix: 36 pecado original: 287 Kelly, Kevin: 240 Lloyd, Seth: 83 Moore, lei de: 146 pecking‑order (comportamento): 276

[298] [299] grandes ideias impossíveis de provar índice remissivo

Pentland, Alex: 187 religiões: 63, 65, 72, 101, 269, 290 Shikibu, Murasaki: 84 tempo, geometria do: 259 Pepperberg, Irene: 191 Rheingold, Howard: 271 Shostak, Marjorie: 93 tempo, percepção humana do: 270 Perelman, Grigori: 111 Rich Harris, Judith: 93 silicone, chips de: 24, 139 tempo geológico: 219 personalidade obsessiva‑compul‑ rongga: 97­‑8 simetria: 51 teologia: 30 siva: 69 Rose, G.J.: 192 simetria de espelho: 51 teoria de cordas: 50, 53­‑4, 247, 256­‑7 Petranek, Stephen: 35 Rosen, Nathan: 27 Simonyi, Charles: 32, 146 teoria de jogos: 69, 272 Pickover, Clifford: 141 Rovelli, Carlo: 268 sinais sociais: 187­‑90 teoria de supercordas: 255 Pinker, Stephen: 152, 190 Rucker, Rudy: 266 sistemas protésicos sociais: 186, teoria de tudo: 210­‑2 planetas extra‑solares: 37, 43 Rushkoff, Douglas: 30 190 teoria final: 210, 257­‑8 Plêiades: 47 russo: 99, 111 Smith, Adam: 271 terceira cultura: 11­‑2, 14 Poincaré, Jules Henri: 50, 111 Smith, W. John: 192 Teresi, Dick: 50 Polchinski, Joseph: 248 Sabbagh, Karl: 46 Smolin, Lee: 258, 264 termodinâmica: 118 polvo mimético: 276 Sacks, Oliver: 175­‑6 sobrenatural: 62 Thorlacius, Larus: 248 Porco, Carolyn: 39 Sagitário B2: 36 Sócrates: 269 Thorne, Kip: 28 pós‑simbólica, comunicação: Sandberg, Anders: 28 Sófocles: 84­‑5 Tinbergen, Niko: 161 275‑7 Sapolsky, Robert M.: 55 software: 26, 123, 130, 146­‑9, 202, Torgerson, Justin: 26 primatas: 96, 154, 165­‑6, 181­‑4, Sargaços, Mar dos: 48 273, 277, 286 Trehub, Arnold: 132 192­‑3, 244 Saturno: 35, 39, 41 sonhar: 142, 198 Trivers, Robert: 107 programação generativa: 149 Schlaug, Gottfried: 195 Spelke, Elizabeth: 101 Tudge, Colin: 222 protões: 216 Schmetz, Jean‑Paul: 234 Spiropulu, Maria: 52 protolinguagem: 205 Schneider, Stephen H.: 104 Standage, Tom: 245 Uexküll, Jakob von: 161 prova, natureza da: 14‑6, 40, 88, Schrödinger, gato de: 262 Steinberger, Jack: 50 Uglum, John: 248 91, 108, 110, 112‑3 Schwartz, Melvyin: 50 Steinhardt, Paul J.: 255 Unamuno, Miguel de: 57, 59­‑60 Provine, Robert R.: 178 Segrè, Gino: 214 Sterling, Bruce: 106 unificada, teoria: 255, 257 Sejnowski, Terrence: 127 Stoppard, Tom: 90 universo, criação do: 135­‑6, 214­‑5 quântica, física: 28, 261­‑2 selecção natural: 24, 32, 68, 93, supernovas: 41 universo, dobras do: 27 quântica, mecânica: 19, 28, 52, 83, 107, 143­‑4, 154, 173, 221, 242, 264 Susskind, Leonard: 120, 248 universo, natureza predetermi‑ 116, 118, 121, 217, 247, 250, 258­‑9 selecção parental: 93­‑5 nada do: 63, 65, 255­‑6 quarks: 216, 218, 290 selecção sexual: 93­‑5, 288 Taleb, Nassim Nicholas: 236 universo, número de partículas Seligman, Martin E.P.: 19, 287 talentos humanos: 194 no: 118­‑9 Rees, Sir Martin: 23 SETI: 23, 44 Taylor, Timothy: 90 universo, princípio evolucionista religião: 18, 24, 39, 55­‑6, 67, 69, Shakespeare, William: 84­‑6, 200 telemóveis: 245­‑6 do: 32, 264 71­‑2, 73­‑4, 76, 79­‑80, 90­‑1, 102, Shellard, E.P.S.: 250 tempo, distorção do: 211 universo, vida noutras partes do: 186 Shermer, Michael: 62 tempo, existência ou não do: 260 19, 23, 35‑8, 40‑6, 48‑9, 201

[300] [301] grandes ideias impossíveis de provar universos, multiplicidade de: Wheeler, John: 27 252­‑7, 263, 266 Wiles, Andrew: 111 Williams, George C.: 68 Venter, J. Craig: 48 Williamson, Donald I.: 219 Via Láctea: 35­‑6, 38 Wilmut, Ian: 222 Vilenkin, Alexander: 250 Winner, Ellen: 195 virtual, realidade: 63, 274 Yertsever, Uri: 28 Wagner, Richard: 84 Web Semântica: 278 Zeilinger, Anton: 261 Weinberg, Steven: 17­‑8, 210 Zen: 281‑2 Wertheim, Margaret: 210 Zipf, G.K.: 205 grandes ideias impossíveis deprovar

foi composto em carecteres hoefler text e impresso pela Guide, Artes Gráficas, sobre papel Besaya de 90 gramas, numa tiragem de 1500 exemplares.

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