Porto e clube náutico A ILLA DE A Ilha de Arousa RIBEIRA Porto PADRÓN Casa-museu de Rosalía de Castro Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Norte Itinerário de Padrón a Santiago O QUE VER AROUSA O QUE VER O QUE VER O QUE VER As ilhas de Ons, às quais se pode chegar a partir de Itinerário Arousa Sur O Parque Natural de Carreirón. Praias de areia branca e O Parque Natural do complexo dunar de Corrubedo e O antigo porto de Padrón, originário do séc. XII: segundo O itinerário marítimo e fluvial começa à entrada da ria de Sanxenxo: praias, percursos pedestres e gastronomia — é fina e águas tranquilas como as de Conserrado, Xastelas, lagoas de Carregal e Vixán, um complexo dunar do mais a tradição, chegou até aqui vindo de Jaffa (Palestina) o Arousa. Deixamos a nosso estibordo as ilhas de Ons — que famosa a confeção do polvo. As magníficas praias: Areas, Situada a meio do mar de Arousa, é — com os seus 7 km de Camaxe ou Lavanqueira, entre outras. Os “cons”, peculia- Pelo norte da ria, Ribeira e a sua ilha de Sálvora são a porta de digno de nota da Europa, com 5 km de praias, e um rico Padrón, berço da tradição jacobeia, vila bela e monumen- corpo do Apóstolo. O passeio fluvial do Espolón (séc. integram o Parque Nacional das Ilhas Atlânticas —, situadas Silgar, Canelas, Montalvo, Paxariñas, Major, Foxos... O comprimento por 2,5 de largura e 36 km de costa — a maior res rochas graníticas que foram adotando formas invero- entrada da rota marítimo-fluvial até Compostela. Aos encantos O legado pré-histórico também nos oferece valiosos teste- ecossistema com espécies únicas. O farol de Corrubedo tal, está assente numa vasta veiga entre os rios Ulla e Sar. do Santiaguiño do Monte através de uma Via Sacra de 125 XIX). A igreja de Santiago, que guarda o Pedrón. A fonte em frente à ria de e ao litoral de Sanxenxo. turismo náutico, com capacidade para a acostagem de das ilhas da ria. O seu litoral é rochoso e baixo, desenhado Carreirón, no extremo sul, uma península unida à ilha pelo símeis: a rota dos Cons percorre toda a ilha. A subida ao naturais e monumentais, Ribeira soma um potente porto pes- munhos em forma de monumentos megalíticos — presididos (1853). A ilha de Sálvora, um paraíso natural de 15 km2 O seu nome parece provir do “Pedrón”, uma ara romana degraus. E também desfrutar do jardim botânico (séc. XIX). do Carme (séc. XVIII). A Casa-Museu de Rosalía de Castro. A uma praia emblemática de 2,8 km de extensão cuja maior mais de 400 barcos no seu porto desportivo. A gastro- com pequenas angras e praias resguardadas, perfeitas para o monte das Salinas. Está catalogado como zona de especial “Santo”, a parte mais alta da ilha, onde se ergue a escul- queiro, líder na pesca de superfície em Espanha. Da sua lota pelo impressionante dólmen de Axeitos —, ou castros como o pertencente ao Parque Nacional das Ilhas Atlânticas. O dól- dedicada a Neptuno que a tradição relaciona com o local igreja de Santa María de Herbón, românica. Em Iria Flavia, Sanxenxo é o município emblemático na Galiza no que O Padrón “extramuros” ou rural termina, por sua vez, rumo parte pertence ao município vizinho do Grove. nomia do mar, os delicados vinhos alvarinhos (D. O. Rias banho sobretudo com a maré alta. Está ligada ao continente proteção para as aves devido às populações de garça-real, en- tura do Corazón de Xesús (instalada em 1962). O porto sai diariamente mercadoria para toda a Europa. da Cidá. E até mesmo os restos, em Aguiño, de um provável men de Axeitos, excecional monumento megalítico com de onde atracou a barca apostólica — a Barca de Pedra — que a Fundação Camilo José Cela. À sua frente, a colegiada de diz respeito a turismo de sol e praia. Nos seus 36 km de a Iria Flavia — que foi cidade romana, sede episcopal até ao Baixas) como os de Padriñán. E as noites de verão de Sil- através de uma longa ponte de quase dois quilómetros, in- tre outras. A vegetação dunar e as matas de pinheiros dão as do Xufre. A igreja paroquial de S. Xulián, neoclássica porto de origem fenícia. mais de 4000 anos de antiguidade. O castro da Cidá, na hoje está custodiada na igreja de Santiago. Santa María de Iria. Contíguo à colegiada, o cemitério costa conta com uma vintena de areais, metade deles com No começo deste areal, na zona de Sanxenxo, A Lanzada O litoral oferece magníficas praias como as de Río Azor, Coroso, séc. XI e onde hoje está instalada a Fundação Camilo José gar e Portonovo. O conjunto histórico romano tardio e augurada em 1985. Até essa data, a entrada na ilha fazia-se mãos criando uma paisagem realmente valiosa. (séc. XIX), construída com os restos de uma antiga torre freguesia de Carreira (o mato não impede a valorização da de Adina, onde está enterrado Cela e que conserva uma Bandeira Azul, pelo que este concelho se situa à cabeça de possui um valioso conjunto histórico romano tardio e me- O Castro ou A Furna. Espetáculos naturais como os arredores No verão, Ribeira celebra as festas dos seus padroeiros (a 12 de O Padrón monumental oferece-nos múltiplas mostras da Cela —, ao esbelto santuário da Escravitude. Também rumo medieval da Lanzada. Aqui celebra-se, no último domin- em barcas que partiam do porto de . Esta defensiva. A Festa do Mexilhão, no primeiro domingo de importância deste assentamento). Na Covasa (Aguiño), os necrópole sueva (séc. VI). O santuário da Escravitude (séc. Espanha neste tipo de distinções. A praia de Silgar é a mais dieval formado por uma necrópole romana — escavada em A ilha de Arousa tem também fama de confecionar um dos de Corrubedo e respetivo complexo dunar. E miradores que setembro), ainda a Festa da Dorna (24 de julho) ou a Festa do sua beleza. Mas o Padrón paisagístico também seduz, con- a Herbón — onde crescem os famosos pimentos — ou à Ma- go de agosto, a romaria da Virxe da Lanzada, que inclui circunstância de isolamento secular permitiu aqui a conser- agosto, e a Festa do Polvo, o cefalópode que se exalta no restos de um provável porto fenício (séc. XII ao VIII a.C.). XVI-XVII). Em Carcacía elaboram todos os anos uma tortilha frequentada, o centro de veraneio de milhares de galegos 2010 —, uma torre de vigilância — conhecida por “torre vi- melhores polvos á feira da Galiza. Os seus habitantes pescam nos oferecem a vista panorâmica da grande ria: S. Roque, Pe- Percebe, em Aguiño. Os restaurantes do lugar confecionam com vidando-nos, por exemplo, a caminhar pelo curso do rio Sar tanza — a casa de Rosalía de Castro, ou a Carcacía — pátria “o banho das nove ondas”, um ancestral rito de fertilidade. vação de uma natureza única. É o caso do parque natural de primeiro domingo de setembro. de batata gigante com milhares de ovos. e forasteiros. No outro extremo de Sanxenxo, A Lanzada, kinga” — e uma capela românica do século XIII. este cefalópode há séculos. dra da Ra ou Monte Facho, entre outros. esmero e refinado resultado os excelentes produtos do mar. até à sua desembocadura no Ulla. Ou subir até ao santuário do poeta medieval Macias, o Namorado.

MEAÑO Vistas de Meaño VILANOVA Vilanova de Arousa A POBRA DO Torre de Xunqueiras ROIS Paço do Faramello Itinerário Arousa Sur Itinerário de Padrón a Santiago O QUE VER O QUE VER O QUE VER DE AROUSA O QUE VER CARAMIÑAL Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Norte A torre de Xunqueiras, um paço-castelo baixo--medieval Se Sanxenxo representa o potencial e a beleza do litoral A igreja de Simes, de origem românica. O templo de A Casa-Museu Valle-Inclán, instalada na Casa do Cua- Rois pertence à zona do rio Sar e conta com pouco mais O paço do Faramello (Ribasar), construído em 1727, foi (séc. XV). A torre Bermúdez, edifício renascentista (séc. atlântico, Meaño oferece--nos — como uma prolongação S. Xoán, também românico — destacam-se os cachorros drante, onde nasceu aquele que foi considerado o inven- de 5000 habitantes. É um município de interior, mas com sede da primeira fábrica de papel da Galiza, hoje desa- XVI), que hoje acolhe a biblioteca pública e o Museu Va- relaxada terra adentro — a sua paisagem rural, de férteis A juntar a toda esta demonstração de arte, os vinhedos zooan-tropomórficos do seu beirado. O paço dos Zárate, Vilanova é o município natal do escritor Ramón María del Va- irmãos Camba, que nos permitem descobrir a origem do tor do “esperpento” (género literário), no casco histórico A Pobra do Caramiñal é uma das vilas mais bem conser- Entre os paços de maior destaque figura a torre Bermúdez, grande ligação à costa devido à sua proximidade a duas parecida. O paço de Antequeira (Oín), do séc. XVIII, com lle-Inclán. A Casa Grande de Aguiar (séc. XVIII). O paço culturas (entre as quais se destaca a uva do vinho Alvarin- desdobrados pelas ladeiras chegam a ser também verda- em Padrenda (séc. XVI e XVII), e o paço de Lis, barroco — al- lle-Inclán. Aqui nasceu, na casa do Cuadrante —hoje Casa-Mu- seu universo criativo. da vila. A Casa-Museu Irmáns Camba, situada no bairro vadas da ria de Arousa. Possui um grande tesouro históri- que acolhe o museu Valle-Inclán. Nele mostram-se diferen- rias: a de Arousa e a de Muros-Noia. A variedade da sua interessante capela em honra de S. João Nepomuceno de Cotón (1717). As igrejas de Santa María a Antiga ho) e a sua riqueza em pedra granítica. deiras criações artísticas: são os famosos alvarinhos — da berga o Museu da Mulher Labrega. A rota dos moinhos, de seu— a 28 de outubro de 1866. Este foi o inspirador lugar histórico de Vilamaior. Praias como as das Sinas ou a do co-artístico constituído por igrejas e solares de grande in- tes objetos relacionados com a vida do ilustre escritor, que paisa-gem leva-a a atingir — nos seus quase cem quilóme- de muros e muralhas. Aqui viveu, segundo a tradição, a (popular santo checo do séc. XIV) e jardins. A igreja de Le- O município estende-se pela beira marítima da ria, o conhe- do Caramiñal (séc. XVI) e Santiago da Pobra do Deán Denominação de Origem Rías Baixas — que personalizam pedestrianismo pelos moinhos de água. Em julho, Meaño onde o célebre dramaturgo afirmou escutar “las historias de Terrón. A igreja de Santa María de Caleiro, de origem teresse. O atual escudo mostra também a marca jacobeia: afirmou ter nascido num barco em plena ria de Arousa, entre tros quadrados — os 600 metros de altitude do monte do rainha Lupa, a que os discípulos de Santiago teriam solici- roño, com nave românica (séc. XII). A igreja de S. Miguel Com uma população de cerca de 6000 habitantes, Meaño cido por “Mar de Arousa”. Conta com um extenso litoral de (gótica do séc. XV). O mirador da Curota (498 m). As pis- toda esta região do Salnés: vinhos brancos aromáticos, exalta os seus vinhos alvarinhos no Encontro de vinhos santos, almas en pena, duendes y ladrones” que lhe contava românica. O paço da rua Nova. A torre de Cálogo, restos uma embarcação que navega sob duas conchas de vieira. Vilanova e A Pobra. Fosse como fosse, viveu vários anos nesta Pedregal e, em contraste, oferece-nos o fértil vale do Sar e tado um lugar para enterrar o apóstolo. de Costa (origem românica). Cruzeiros como o de Vilari- exibe a sua bela etnografia e arquitetura civil em cruzei- 20 km enriquecido por praias com enorme encanto, de areias cinas naturais do rio Pedras. Praias como a de Cabío. frutados e jovens que obtiveram prestígio mundial. de autor. Em toda a região do Salnés foram traçadas “una doncella muy vieja que se llamaba Micaela la Galana”. de um antigo mosteiro documentado já no século IX. O vila e imortalizou--a na sua obra como “Viana del Prior”. seus afluentes, os rios Liñares e Rois. ño, que representa o momento da descida de Jesus da ros, espigueiros — como o de Simes, em forma de “L” —, finas e rochas desenhadas pelo tempo, pelos ventos e pelo O município é o resultado da fusão, no século XIX, de A procissão do Nazareno ou das “Mortallas”, que se Rois, para além de uma variada riqueza etnográfica e várias rotas do vinho. As vistas da ria de Arousa dalguns monte Lobeira (292 m), cujo mirador está construído cruz. A jazida arqueológica de Castro Lupario (Ribasar), moinhos de água — mais de 70 em todo o território —, ou Meaño é um município tranquilo. A sua seleta oferta de Vilanova é também o berço dos irmãos — escritores e jorna- mar. Duas das mais conhecidas são As Sinas e O Terrón, muito duas localidades: A Pobra do Deán e a vila do Caramiñal. A Pobra é hoje também um município atrativo com animadas celebra no terceiro domingo de setembro: aqueles que Na freguesia de Ribasar encontra-se uma importante monumental, conta com paços, espigueiros, inúmeros dos miradores como S. Cibrán de Covas, Chan de Lores ou sobre una antiga fortaleza, e onde também foram desco- aldeia pré-romana fortificada. A Via Sacra de Sorribas solares como o dos Zárate ou Lis, para além dos seus tem- turismo rural complementa o bulício multicolor que vem listas — Julio e Francisco Camba. Pela vila fora foram traça- concorridas por altura do verão. É também nesta estação que Nessa altura, a indústria conserveira local — em mãos de praias em julho e agosto, rotas naturais pela Serra do Barban- estiveram à beira da morte oferecem a Jesus círios e ur- jazida arqueológica, o Castro Lupario, numa colina que cruzeiros, ou interessantes igrejas barrocas, algumas com Monte Castrove. bertas edificações pré-históricas. (séc. XVII), junto à igreja. plos românicos, entre os quais figura a igreja de Simes. da costa ali tão perto. dos os itinerários literários e pessoais de Valle-Inclán e dos se concentram as festas e romarias mais populares. industriais catalães — vivia o seu máximo esplendor. za, ou literárias seguindo os passos do imortal dramaturgo. nas, que levam na procissão. partilha com o município de Brión. Aí podem ver-se restos elementos românicos.

O GROVE Praia da Lanzada Torres de Oeste BOIRO Ponta do Chazo TEO Ponte em Rúa de Francos Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Norte Itinerário de Padrón a Santiago O QUE VER O QUE VER O QUE VER O QUE VER

O concelho do Grove começa na ponta de S. Vicente, à en- A praia da Lanzada, cerca de 3 km de areal a mar aberto e A ria de Arousa vai ficando para trás. Penetramos no últi- As Torres de Oeste (séc. IX-XII), restos da grande fortaleza A origem do topónimo “Boiro” perde-se no nevoeiro do tem- O castro de Neixón (séc. I), uma das principais jazidas ar- Concelho situado a cerca de 15 quilómetros da capital da A ponte de Pontevea (séc. XV), sobre o rio Ulla, de seis trada da ria por estibordo. O seu outro extremo situa-se na com um magnífico passeio de madeira. Os percursos pe- mo curso do rio Ulla. As fronteiras entre o mar e o leito flu- medieval, junto ao rio Ulla, declaradas Monumento Nacio- po. Talvez “bruma” ou “névoa” sejam a origem etimológica queológicas pré-romanas da ria. As igrejas românicas de Galiza e muito influenciado por essa proximidade a Com- arcos. Marca o limite entre as províncias de Pontevedra e ilha da Toxa, recolhida a este, no interior desse oceano em destres: ida até ao monte Siradella — mirador e Aula da vial são difíceis de precisar. Rio acima chegamos às terras nal. Ao pé, a capela do castelo, de origem românica (séc. de “Boiro”. Mas também “bo-ouro”, “bom ouro”, em alusão Cespón e Abanqueiro. As torres e paço de Goiáns. O paço postela. Teo foi um histórico cruzamento desde o tempo da Corunha. Muito perto está a burga ou fonte termal miniatura que a grande ria de Arousa constitui. das Peregrinacións — mostra no seu verso o corpo jacente Natureza —, ao Con Negro — com espetaculares formações de Catoira, que foram defendidas com fervor nos tempos As Torres de Oeste cobraram relevância na época do arce- XII), dedicada ao apóstolo Santiago. A romaria vikinga, àquela Gallaecia rica nesse apreciado metal. Ou quiçá derive tempo e pensar que o tráfego marítimo de barcos romanos de Fonteneixe e o de Agüeiros. Praias como as de Barraña, dos romanos. Pela ponte de Rúa de Francos, por exemplo, No escudo de Teo aparecem dois sabres cruzados sobre de Pontevea (de águas sulfuradas que jorram a 15º). O do apóstolo, acompanhado pelos seus dois discípulos e rochosas à beira-mar — ou à lagoa A Bodeira — interes- medievais pelas célebres Torres de Oeste, o grande monu- bispo de Santiago Diego Gelmírez, pois era o lugar onde que se celebra desde 1960 junto às torres no primeiro da tribo sueva dos Burios. Seja como for, o concelho conserva foi habitual para estes habitantes. Um daqueles barcos bem Carragueiros, A Retorta, A Ladeira do Chazo ou Mañóns. passava a antiga calçada medieval de Padrón até Santiago. uma ponte. Recordam a célebre batalha de Cacheiras, que cruzeiro de Francos (séc. XIV) na freguesia de S. Xoán A península de S. Vicente ofereceu-nos a representação descansando no interior de uma embarcação. sante reserva ornitológica. As escavações arqueológicas mento deste concelho. se refugiava a mitra compostelana. Estas fortificações eram domingo de agosto. Foi declarada de Interesse Turístico hoje importantes jazidas pré-históricas — megálitos e petró- pode ter sido a “Barca de Pedra” que transportou os restos As rotas naturais até à Charca de Abanqueiro, as lagoas de teve lugar nesta freguesia a 23 de abril de 1846, símbolo de Calo. A ponte medieval de Rúa de Francos. A área iconográfica mais antiga da transladação do corpo do O rio Ulla deixa à sua passagem por estas terras paisagens de Adro Vello, na praia do Carreiro (S. Vicente), restos de consideradas “chave e selo da Galiza”. Na zona estavam os es- Internacional. Atrai milhares de pessoas para presenciar glifos — e pré-romanos como o castro de Neixón, e uma ri- do apóstolo. Em redor deste castro celebra-se — no domingo Carragueiros, o estuário do rio Coroño, os moinhos de Ponte da luta dos liberais — o comandante Solís em aliança com recreativa do Xirimbao (Reis) ao pé do rio Ulla, com coto apóstolo Santiago. Trata-se de uma moeda de cunho com- Entre a ponta S. Vicente e a ilha da Toxa, oferece um A sua origem remonta a um pequeno povoado castrejo (séc. memoráveis e zonas propícias à pesca. Tal como muitos uma vila romana, uma igreja do século VII e uma necrópo- taleiros e a pequena frota de guerra — a primeira da Espanha o desembarque dos “Vikingos”. Em meados de julho ce- queza natural comum a toda a Serra do Barbanza para a qual anterior a 15 de agosto — a popular romaria de Neixón. Goiáns, a cascata de Cadarnoxo ou o percurso até Castelo de os recém-nascidos galeguistas — contra a ditadura do ge- de pesca, ponte suspensa e carvalheira. A igreja de Santa postelano correspondente ao reinado de Fernando II de litoral com magníficas praias de areia branca ou dourada, I-II a.C.) transformado em porto comercial durante a época ro- outros municípios da zona, Teo destaca-se também pela le. A ilha da Toxa, uma das zonas turísticas mais conheci- cristã — que Gelmírez armou contra os piratas almorávidas. lebra--se a Festa da Solha, com este peixe como protago- se estende Boiro nos seus mais de 60 km de costa. Vitres. A necrópole megalítica de Amañecida (Cespón). Os neral Narváez. Este teve de se demitir, mas Solís e onze dos María de Lampai, na aldeia de Moseiro, de origem româ- León (1157-1188) que foi encontrada nas escavações ar- genuínos espaços naturais com matas de pinheiro-bravo e mana (séc. I-II d.C.). A primeira fortaleza foi levantada no século Boiro atrai ainda pelas suas praias resguardadas, as suas ca- riqueza etnográfica, como as alminhas disseminadas por das da Galiza. O aquário do Grove. A Festa do Marisco, nista gastronómico. petróglifos de Pedra da Craba e de Pedra da Bouza (Idade seus oficiais seriam fuzilados três dias depois em Carral. nica. O petrógrifo do monte Angueira (entre as aldeias queológicas de Adro Vello, na praia do Carreiro. A moeda, atrativos percursos pedestres, e ainda uma rica oferta gas- IX para a defesa de Iria Flavia e de Santiago. Restos dessa época Precisamente o castro de Neixón, debruçado sobre o mar sas solarengas e pelas apelativas rotas em plena natureza. todo o território, ou os cruzeiros — entre os quais se desta- em outubro desde 1963. de Bronze), entre outros. de Cornide e Regoufe). de prata e cobre — exposta hoje em Santiago, no Museu tronómica com o marisco como grande chamariz. são os dois torreões que permanecem atualmente de pé. na enseada de Rianxo, permite-nos viajar 2000 anos no ca o de Francos, um dos mais antigos da Galiza.

CAMBADOS Paço de Fefiñáns VALGA Moinho de vento RIANXO Porto AMES A Ponte Maceira Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Norte Itinerário de Padrón a Santiago O QUE VER O QUE VER O QUE VER O QUE VER Na praça de Rafael Dieste, o paço de Martelo (séc. XIV), oferece um dos melhores pores do sol de toda a Valga engloba cinco freguesias e conta com pouco mais A vila de Rianxo reúne alguns dos mais fortes sinais de No vale da Maía, regado pelos rios Tambre e Sar, e confinante Os paços de Leboráns (Trasmonte), Lens (S. Paio), ro- A praça de Fefiñáns (séc. XVII), conjunto formado por um A igreja românica de Santa María de Xanza (reforma- o cruzeiro barroco e a igreja de Santa Comba (séc. XV ria de Arousa e um rico património histórico-artístico. O mu- de 6000 habitantes. Situado na margem esquerda do identidade da Galiza. com Santiago, Ames vive sob a forte influência da capital gale- deado por um magnífico espaço natural; Quintáns grande paço urbano, um casario de vivendas e o templo da nos séc. XVII-XVIII). Nas proximidades da capela dos e XVIII). O santuário da Nosa Señora de Guadalupe (séc. nicípio é constituído por três núcleos históricos: Fefiñáns — curso baixo do rio Ulla, os primeiros vestígios de ocu- ga, pois são muitos os trabalhadores de Compostela recensea- (muito bem conservado), o paço da Peregrina (Bertami- paroquial de S. Bieito. A vila marinheira de S. Tomé do Martores (possível derivação popular de “mártires”) exis- Por um lado, batizou uma das canções mais populares e XVI). A igreja de Santa María de Leiro (séc. XVII). Neste com a bela praça homónima como emblema —, Cambados pação humana neste município remontam à Idade de dos neste território. A sua população supera os 25 000 habitan- ráns) e a Casa de Sandar (Agrón). O núcleo da Ponte Mar. Nela se encontra o paço barroco de Montesacro. te uma necrópole (lugar de enterro) romana tardia ou internacionais desta terra, “A rianxeira”, escrita nos anos Rianxo combina campo e mar. No litoral desdobram-se as lugar foi encontrado o célebre capacete de Leiro, peça de — centro administrativo e onde se encontra o paço de Bazán, Bronze (1800-600 a.C.), época a que pertence o petrógli- Em Valga nasceu, em 1868, Carolina Otero, La bella tes e é o município com maior índice de natalidade da Galiza. Rosalía de Castro viveu os seus primeiros anos na aldeia Maceira, ponte de cinco olhos construída sobre o rio Tam- Cambados é também a pátria de muitos galegos ilustres, As ruínas românicas do templo de Santa Mariña Dozo alto--medieval onde se especulou que poderiam estar se- 1940, por dois emigrantes em Buenos Aires, (começa as- “bateas” onde se cultiva o mexilhão e, no porto, a lota leiloa a ouro do séc. VI a.C. (hoje no Museu do Castelo de Santo que atualmente alberga o Parador Nacional de Turismo —, e fo de Camporredondo. Otero, uma das bailarinas mais famosas de La Belle Époque Por Ames passam outros dois caminhos jacobeus: o Portu- de Ortoño. Em 1923 um grupo de galeguistas fundaria na bre (séc. XIV). As igrejas de S. Cristovo (séc. XVIII), em Ta- como o poeta Ramón Cabanillas, que versejou “¡! (1530) com a sua nave de quatro arcos. A Casa-Museu pultados o bispo Prisciliano e os seus discípulos, corpos sim: “Ondiñas veñen, ondiñas veñen e van...”). Por outro, riqueza capturada pela frota da vila. Terra adentro, as culturas Antón, na Corunha). Na rua de Abaixo, a casa natal de S. Tomé do Mar — a vila marinheira por excelência. parisiense. No centro urbano do concelho, um frondoso e guês — que percorre O Milladoiro, o “humilhadoiro”, quer conhecida por Casa de Rosalía, o Seminário de Estudos Ga- pia — com interessante retábulo da Virgem do Carmo — ou Nai e Señora, sempre garimosa e forte!”, os escultores Fran- do poeta Ramón Cabanillas. O Museu Etnográfico e Hoje, todo o território nos presenteia com ilustres mostras que foram transladados para a Galiza desde Tréveris (Ale- viu nascer na sua rua de Abaixo três dos mais ilustres inte- agrícolas completam esse duplo atrativo natural do município. Daniel R. Castelao (1886-1950), a de Manuel Antonio acolhedor parque tem o seu nome. Também Xesús Ferro dizer, onde os peregrinos se “humilhavam” ou ajoelhavam legos, uma instituição em defesa da cultura galega. S. Lourenzo (séc. XVIII), em Agrón, entre outras. Os cruzei- Os paços ou casas senhoriais princi-palmente dos séculos cisco Asorey, Francisco Leiro, ou o político e escritor do séc. do Vinho. Cambados organiza, em agosto desde 1952, a de arquitetura popular — cruzeiros, alminhas, casas senho- manha) no século IV. O petróglifo de Camporredondo lectuais e artistas galegos do século XX: o político, escritor (1900-1930) e a de Rafael Dieste (1899-1981). Os po- Couselo (1906-1975) — investigador e ensaísta a quem em A Virgem de Guadalupe preside as festas mais importan- ao ver pela primeira vez a catedral, algo que sucedia junto Ames surpreende pela sua riqueza etnográfica e natural e ros, alminhas, fontes, pombais, lavadouros ou moin- XVII e XVIII também aqui deixaram exemplos admiráveis, XIX Pedro Pablo Bazán de Mendoza. Para além destes, tive- Festa do Alvarinho. Declarada de Interesse Turístico Na- riais —, igrejas românicas como a de Xanza e paragens de (freguesia de S. Miguel de Valga). A praia fluvial de Vila- e desenhador Daniel Rodríguez Castelao, o poeta Manuel voados castrejos do Castriño e das Cercas. O Museu do 1996 foi dedicado o Dia das Letras Galegas — é oriundo de tes de Rianxo, celebradas em setembro, em que se des- à capela da Madalena — e ao Caminho de Fisterra e Muxía, pelo dinamismo socioeconómico que contagia a sua proxi- hos. Os percursos pedestres, como o dos moinhos de como é o caso do citado paço de Bazán, do de Ulloa ou do ram aqui residência escritores como Emilia Pardo Bazán, cional, é a segunda mais antiga de Espanha depois da de grande beleza como os esplêndidos miradores naturais rello (Cordeiro). As fervenzas (cascatas ou quedas-d’água) Antonio e o narrador e editor Rafael Dieste. Mar e a Aula do Mar. O passeio de Tanxil. O espigueiro Valga, tal como Manuel Magariños Castaños, fundador em taca uma devota e colorida procissão marítima pela ria. conhecido aqui como Caminho Real, e que tem na Ponte midade a Santiago. Riamonte. A praia fluvial de Tapia, no rio Tambre. de Montesacro. Valle-Inclán ou o teórico do Regionalismo Alfredo Brañas. Jerez (1948). de Chao do Monte, Camporredondo ou Xesteiras. do rio Valga. de Araño, o mais comprido da Galiza (36 metros). 1906 de El diario español do Uruguai. Maceira o seu lugar de maior destaque.

Da sua animada zona portuária decorre um passeio ma- nal das Ilhas Atlânticas. Aqui cresce um bosque de loureiros VILAGARCÍA Ponte romana Paço de Lestrove SANTIAGO DE Fachada das Praterías rítimo de um pouco mais de dois quilómetros que liga o único em toda a Europa, com exemplares de mais de 10 DODRO DE AROUSA centro à vila de Carril, paralelo às praias da Concha e de metros de altura e uma extensão de dois hectares e meio. Itinerário Arousa Sur Itinerário Arousa Norte COMPOSTELA Compostela. Carril é famosa pela qualidade e preparação Itinerário Arousa Sur do mais famoso dos seus mariscos: as amêijoas. Em frente O QUE VER O QUE VER O QUE VER Itinerário de Padrón a Santiago O QUE VER a esta localidade marinheira, a apenas 200 metros da costa, A igreja de S. Martiño de Sobrán (Vilaxoán), românica do A estratégica situação de Pontecesures, próxima da cidade A igreja de San Xulián de Requeixo, fundada por Diego Dodro é um pequeno município situado no estuário do rio A igreja paroquial de Santa María, barroca, construída em As ruínas do castelo da Rocha Forte (sés. XIII-XV). A igreja de ergue-se a ilha de Cortegada, pertencente ao Parque Nacio- Como já comentámos, o itinerário do mar de Arousa e rio Vilagarcía, a “Pérola de Arousa”, foi fundada em meados séc. XII, de nave única e com uma bela fachada. A igreja romana de Iria Flavia, determinou a construção de uma Gelmírez em 1116. Cruzeiros como o de S. Xulián (séc. Ulla (zona natural de marismas que partilha com Padrón e 1719 pelo arquiteto compostelano Simón Rodríguez; vinte Santa María de Conxo (séc. XVIII), com o seu Cristo de Grego- Ulla segue, desde Pontecesures e até Santiago, o percurso do século XV numa pequena enseada dominada pelos de Santiago de Carril (séc. XVI-XVII), situada em frente grande ponte de pedra no século I, reconstruída depois no XIV) — que pertenceu ao conjunto de capela e hospital de Rianxo). Com pouco mais de 3000 habitantes distribuídos anos depois faria o seu magnífico retábulo-mor. O paço de rio Fernández. A alameda de Santiago, com o seu magnífico do Caminho Português. Vamos deter-nos, pois, na des- com o Campus Sur da histórica Universidade de Santia- montes Xiabre e Lobeira. Neste último existiu uma fortale- século XII e muito reformada na época moderna. Infraes- entre os séculos XV e XVIII este porto era o único com con- por três freguesias — Santa María de Dodro, S. Xulián de Laí- espalhados por todo o território municipal, erguem-se be- à ilha de Cortegada. O paço-convento de Vista Alegre, leprosos de S. Lázaro —, Carreiras (séc. XVIII) ou Porto. O Lestrove (séc. XVIII), mansão de descanso dos arcebispos crição da entrada na capital galega pelo lado sul. go à nossa esquerda — ou então escolhemos o bairro de bosque de carvalhos e a igreja de Santa Susana (primeiro za medieval que teve grande protagonismo na época do barroco (séc. XVII) e a igreja de Santa Baia de Area- trutura que, não obstante, há dois milénios que cumpre dições para a descarga de sal. Em 1795 Carlos IV mandou paço e o cruzeiro da Coba (séc. XVIII). O edifício do alfolín ño e S. Xoán de Laíño —, Dodro foi elevado a concelho em las amostras de arquitetura popular em forma de cruzeiros compostelanos desde o séc. XVI, e o paço de Hermida (séc. Conxo. Ambas as alternativas confluem na praça de , chamou-se igreja do Santo Sepulcro). A compostelana rua do As ruínas do castelo-fortaleza da Rocha Forte recebem-nos pou- arcebispo de Santiago Diego Gelmírez ao servir-se dela, longa, também barroca. O parque fluvial do rio Con. a sua função. Parece ser que o topónimo Pontecesures construir um grande armazém para sal, tabaco e enxofre, da renda de tabacos (séc. XVIII), de planta quadrada e 1836 fruto de uma separação de Padrón. — alguns com pequena capela integrada no seu fuste —, XVI-XVIII), onde a escritora Rosalía de Castro viveu várias tem- onde nasceu Rosalía de Castro. Franco, a mais animada da cidade. A praça das Praterías, que co antes de chegarmos ao casco urbano de Compostela. Trata-se em várias ocasiões, a rainha D. Urraca. Hoje, Vilagarcía Três magníficos miradores: o monte Meda — de onde provém de censuris, quer dizer, onde se faziam os recen- conhecido por o Alfolín, edifício que hoje é possível visitar. dois pisos, com enorme escudo borbónico. O conjunto do pombais, moinhos ou fontes. poradas. Este paço foi também cenário, em 1930, do “Pacto somou em 2012 dois atrativos à sua histórica beleza: o Mu- Estas terras detêm um rico passado senhorial — os paços de de uma jazida (em processo de escavação) do castelo medieval Os últimos metros do Caminho irão levar-nos pela alame- conta com uma população de cerca de 35 000 habitantes, se contempla o troço final do rio Ulla e até as Torres de seamentos romanos. Caldeirón, no bairro marinheiro do Porto. A romaria de S. de Lestrove” de onde surgiria a Federação Republicana Ga- seu das Peregrinacións e de Santiago e o edifício de expo- Em Pontecesures termina a rota marítimo--fluvial do mar Lestrove ou Hermida são singulares testemunhos disso —. Rosalía de Castro imortalizou as paisagens de Dodro em mais emblemático da mitra compostelana, ocupado entre os da — com a sua frondosa carvalheira de Santa Susana — até é uma cidade dinâmica, turística e centro nevrálgico da Oeste (Catoira) —, o monte Xiabre (413 m) — com vasta Lázaro (Domingo de Paixão) data do séc. XIV e é das mais lega. Os espigueiros de Lestrove e Imo. Cruzeiros como A sições Casa dos Cónegos. Nela, para além da fachada sul da O porto de Pontecesures teve grande relevância histórica. de Arousa. A partir daqui, o peregrino deve seguir camin- E uma história literária e cultural que provém da sua íntima versos como os seguintes: “Como chove miudiño, / como séculos XIII e XV, quando foi destruído pelos irmandiños. Entra- entrar na zona histórica pela rua do Franco e chegar à cate- região do Salnés. vista panorâmica da ria de Arousa — e o monte Lobeira antigas da Galiza. Entre março e abril celebra-se a Festa Cruz do Abelán, Bustelo, Revixós, Imo, etc. O estuário do rio catedral (românica), temos a Torre do Reloxo ou Berenguela No séc. XII Gelmírez criaria um estaleiro jacobeu para cons- ho por terra até Padrón, Iria Flavia, Teo e Compostela, utili- ligação a Rosalía de Castro e ao seu marido Manuel Mur- miudiño chove; / como chove miudiño / pola banda de Laí- mos em Santiago através do bairro da Choupana — junto dral pela praça das Praterías. (292 m) — cujo mirador pertence ao concelho de Vilanova . gastronómica da Lampreia. Ulla, especialmente interessante no inverno pela sua fauna. (séc. XVI) e, à sua direita, escadas acima, a praça da Quintana. Convento de Santa Rita truir barcos de combate contra os piratas. Para além disso, zando para tal o último troço do Caminho Português. guía, que aqui viveriam várias temporadas. Além do mais, ño, / pola banda de Lestrove”. ao hospital clínico, numa florescente zona residencial e PT

PARA ALÉM DO CAMINHO... dedicação de José Luis Sánchez-Agustino (1930-2010) e à criação da Fundação Ruta PLANO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA ROTA DO MAR DE Xacobea do mar de Arousa e Ulla. ROTA DO MAR DE AROUSA ROTA DO MAR DE E o oceano aguarda, perfilado em dezenas de praias que culminam na penínsu- AROUSA E RIO ULLA Nas ribeiras e ilhotas da ria tinha início também, naquela altura, a colocação de LUGARES JACOBEUS -> E RIO ULLA la de O Grove, rodeada de sedutores areais. Unida ao continente pela praia de A vários cruzeiros em lugares estratégicos. Hoje, 17 obras de arte em pedra demar- AROUSA E RIO ULLA -> Lanzada, trata-se de um vasto areal com vestígios romanos e suevos, para além de cam a rota e constituem a única Via Sacra marítima do mundo. uma bela ermida do século XII. Uma belíssima ponte de inspiração modernista une Ao todo, 22 municípios pertencentes às províncias de Pontevedra e da Corunha in- a península à sua ilha mais famosa, A Toxa, situada em plena ria de Arousa. Aqui 1 Catedral de Santiago de Compostela 8 San Domingos de Bonaval 15 Igreja de Santa Susana A rota do mar de Arousa e rio Ulla é um singular tegram o patronato da Fundação Ruta Xacobea do mar de Arousa e Ulla. Todos eles Centro Internacional de é-nos oferecida a exclusividade dos hotéis, termas, balneários e spas, sem esquecer 2 Hospital Real (hoje em dia, Hostal 9 Porta do Caminho 16 Igreja do Pilar Acolhimento do Peregrino: itinerário marítimo e fluvial que comemora a che- vivem sob o íman protetor desse oceano em miniatura que chamamos ria de Arou- dos Reis Católicos) Chegou a Santiago de Compostela. Agora, um pôr-do-sol inigualável. Podemos contemplar as mariscadoras e, no porto de O 10 Igreja de Santa María do Camiño 17 Praza das Praterías e Museu das Centro de Documentação e gada à Galiza, por mar, do corpo do apóstolo San- sa. Um território de grandes paisagens e praias, de rica história e etnografia, que foi 3 San Martiño Pinario guarde as botas que usou na peregrinação e Grove, saborear deliciosos mariscos. Quem visite esta região nos primeiros dias de 11 Praza do Campo (hoje em dia, de Peregrinacións e de Santiago Informação do Caminho tiago, após o seu martírio em Jerusalém por volta berço ou residência de Valle-Inclán, Camilo José Cela, Rosalía de Castro, Daniel Ro- 4 Reitoria da USC Cervantes) e igreja de San Bieito 18 Santa María a Real do Sar

transforme-se num viajante, curioso, sensível e outubro, poderá desfrutar da animada e histórica Festa do Marisco de O Grove, que do Campo

Os Caminhos de Santiago na Galiza na Santiago de Caminhos Os do ano 44. Antigas tradições cristãs e vários textos dríguez Castelao, Manuel Antonio ou dos irmãos Camba. Com suaves ladeiras onde 5 de Raxoi 19 Santa María de Conxo i Informação ativo. Volte atrás nos seus passos; tudo aquilo se celebra desde 1963. 12 Igreja de Santa María Salomé medievais — o mais importante deles, o Livro III o cultivo da videira criou vinhos internacionais como o alvarinho. E, por fim, uma ria 6 Convento de San Francisco e monu- 20 Monte do Gozo E RIO ULLA RIO E que não pôde ver ou desfrutar durante o trajeto do Códice Calixtino — asseguram que Santiago foi povoada de genuínas ilhas — Ons, Sálvora, Cortegada, A Toxa — que emergem entre mento de San Francisco, do escultor 13 Porta de Mazarelos espera ainda por si. Abrem-se à sua frente Asorey 21 Capela de San Paio do Monte Gabinete do Peregrino:

transladado do porto de Jaffa (na Palestina) atra- as vistosas bateas (plataformas) onde cresce o mexilhão, a ostra ou a vieira. 14 Fonte de Santiago, Rúa do (O Pedroso) outros caminhos igualmente sedutores. 7 Igreja de San Fructuoso e lugar do Franco 981 568 846

vés de todo o Mediterrâneo e da costa atlântica antigo cemitério de peregrinos Veja as sugestões que preparámos para si. AROUSA ibérica, até aos confins do Ocidente, onde tinha

Translatio CAMPO DAS

pregado o evangelho. É a conhecida por . HORTAS 21 700 m GALIZA MAR DE DE MAR AVENIDA DE COMPOSTELA COSTA DE SAN FRANCISCO 6

RÚA DAS HORTAS i

O corpo de Santiago — acompanhado pelos seus discípulos Teodoro e Atanásio — ROTA DO ROTA penetrou pela ria de Arousa e subiu o rio Ulla até chegar a Padrón, o porto fluvial RÚA DE CARRETAS COSTA VELLA Santiago de da cidade romana de Iria Flavia. Chegou sobre uma Barca de Pedra, em provável 7 RÚA DE SAN FRANCISCO RÚA DO VAL DE DEUS Compostela PASEO DA FERRADURA 2 referência a um dos barcos que, naquela época, transportavam minerais da Galiza RÚA LOUREIROS PASEO DAS LETRAS GALEGAS PASEO DE BÓVEDA para outros lugares do Império romano. 15 RÚA DO POMBAL 5 PRAZA DO 3 PRAZA DE RÚA DE SAN OBRADOIRO SAN MARTIÑO Ames

O trajeto marítimo-fluvial do mar de Arousa e do rio Ulla comemora todos os anos CLEMENTE 24,9 PRAZA DA PRAZA DE RÚA DE SAN ROQUE este facto. E fá-lo seguindo os últimos troços daquela iniciática — e, ao mesmo 4 INMACULADA MOEDA VELLA RÚA DE RAXOI SAN MIGUEL Illas Cíes. Parque Nacional das Illas Atlánticas tempo, derradeira — viagem apostólica. Todos os verões é organizada uma visto- 1 RÚA DA TROIA Vinhas da Denominação de Origem Rías Baixas sa procissão marítimo-fluvial com várias embarcações engalanadas e com grande 16 PRAZA DA Teo participação de público oriundo de diversos portos da ria de Arousa e com destino AVENIDA DE XOÁN CARLOS I AVENIDA DE FONSECA PRAZA DA No horizonte atlântico emergem as ilhas que formam o Parque Nacional das Illas QUINTANA Na Galiza, o vinho une cultura e arte. A Denominação de Origem Rías Baixas, onde se a Pontecesures e a Padrón. A primeira celebrou-se em 1965, graças ao impulso e RODRIGO DE PADRÓN Atlánticas. De sul a norte: Cíes, Ons, Sálvora e Cortegada. Todas são visitáveis, ofere- PRAZA 14 17 11 Rois encontram as raízes do Alvarinho, espalha-se por toda a comarca de O Salnés (província ROXA A PORTA RÚA DA RAÍÑA PRAZA DE FAXEIRA cendo uma natureza ímpar e fantásticas praias e florestas. A floresta Laurissilva de CERVANTES CASAS REAIS

RÚA DAS RODAS Padrón de Pontevedra). A localidade de Cambados, ao entardecer, convida ao sossego, a desco- RÚA DO FRANCO RÚA DO VILAR Cortegada (perto de Carril) é a maior da Europa e a praia de Rodas, nas ilhas Cíes, Entrada do SAN PAIO DE brir os seus caldos e percorrer paços e casas senhoriais, como o (transfor- 19 ANTEALTARES Dodro paço de Bazán Caminho PREGUNTOIRO 9 é considerada como uma das melhores do mundo. Em Sálvora encontramos veados 10 mado em Parador Nacional de Turismo), ou o paço de Fefiñáns, com a adega mais an- 1,7 km PORTA DO Pontecesures CAMIÑO e cavalos em estado selvagem (devido ao uso histórico da ilha como reserva privada RÚA NOVA PRAZA DO tiga da região. Estamos numa comarca que nos permite visitar pausadamente adegas, RÚA DA SENRA de caça); e em Ons poderemos saborear polvo cozinhado de forma inimitável. 12 CINCO RÚAS SANTO AGOSTIÑOIRMÁN GÓMEZ 8 Rianxo monumentos, praias e bosques, porque aqui todos estes elementos são protagonistas. RÚA DAS ORFAS RÚA DE SAN PEDRO Valga RÚA DA CALDEIRERÍA PRAZA DA SAN FIZ Boiro Catoira FONTE DE SANTO ANTONIO UNIVERSIDADE Muito pero de Cambados encontra-se o mosteiro de Santa Maria de Armenteira, PRAZA DE PRAZA DA GALICIA MAZARELOS RÚA DA VIRXE DA CERCA A Pobra do Vilagarcía do século XII, considerado a catedral de O Salnés. É pelo rio Armenteira que se Caramiñal de Arousa TRÁNSITO13 DA MERCÉ encontra uma magnífica rota de montanhismo de 14 km (ida e volta), chamada RÚA PATIO RÚA DA ENSINANZA DE MADRES 20 3,5 km Vilanova “Rota da pedra e da auga”: paisagens fluviais, moinhos genuínos, floresta ri- Ribeira de Arousa pária… um ambiente que cativa. Outras rotas, como as dos moinhos do rio Chanca, 18 A Illa RÚA DO HÓRREO de Arousa também nos transportam para a natureza mais fluvial e típica da Galiza. Cambados

O Grove Meaño Antes de iniciar a peregrinação OS CAMINHOS NA CONSELHOS ÚTEIS Sanxenxo PARA PEREGRINOS · Efetuar uma preparação física prévia, · Os acampamentos devem ser fei- GALIZA -> tendo em conta que deve planear as eta- tos em lugares estabelecidos para Pazo de Rubiáns, Illa de Sálvora. Parque Nacional das Illas Atlánticas pas em função das suas possibilidades tal efeito. Tenha cuidado se fizer Vilagarcía de Arousa físicas, doseando o esforço e efetuando fogueiras; ao iniciar o andamento CREDENCIAL DO PEREGRINO CAMINHOS DELIMITADOS descansos mais ou menos frequentes ou certifique-se de que ficam apagadas; É um documento que é carimbado os locais por onde se passa e que Telefones de Emergências Avançamos agora para uma rota que é simultaneamente monumental e botânica: O turismo ativo ou os desportos de aventura encontram um lugar propício nes- OFICIALMENTE longos, dependendo das características CUIDE DO MEIO AMBIENTE. Sinalização executada servirão para obter a “Compostela” (documento da Prefeitura que a “Rota da Camélia”, uma flor de inverno originária da China e do Japão, mas que te ambiente. Nos últimos anos, a Galiza converteu-se numa referência neste Barreiros físicas de cada um. Narón Ribadeo certifica a realização de peregrinação por motivos religiosos ou espi- · Nunca se afaste dos caminhos as- 061 na Galiza encontrou um espaço ideal nos aristocráticos jardins dos paços galegos: campo a nível nacional. Impressionantes rotas de montanhismo que bordejam Ferrol Neda Lourenzá (Galicia) Fene Mondoñedo rituais). Deve-se comprovar que pelo menos os últimos 100 quilôme- · Uma vez iniciado o andamento, não ca- sinalados, evite caminhar quando o , em Vilagarcía de Arousa; o já mencionado , em o mar, rotas a cavalo, bicicleta todo-o-terreno (BTT), tiro com arco e zarabatana, Cabanas paço de Rubiáns paço de Bazán Trabada Caminho Francês Pontedeume Abadín tros foram percorridos a pé ou a cavalo; 200 km se for de bicicleta; ou minhe muito rapidamente nos primeiros escurecer e respeite as normas de 112 (Nacional) Cambados; o paço de Oca, em A Estrada (conhecido como “Versalhes galego”); ou o caiaque, parapente… O mais prático e seguro é contactar uma das empresas es- A Coruña Miño 100 milhas náuticas percorridas e realizar a pé os últimos quilômetros dias e mantenha o mesmo ritmo. circulação. Se o fizer de bicicleta, lem- paço de Santa Cruz de Ribadulla (em Vedra, com exemplares gigantes de camélia, pecializadas e registadas no Turismo da Galiza, que podem dar toda a informação Vilalba Cambre Paderne Caminho Primitivo do Caminho a partir de O Monte do Gozo. bre-se de que é obrigatório o uso do 085 quatro deles magníficos, entre outras espécies). e meios necessários. Culleredo · É fundamental o cuidado dos pés para (Incêndios forestais Galícia) Betanzos capacete e do colete refletor. LUGO CARTÃO DE SAÚDE evitar bolhas; para tal, use calçado con- Carral Abegondo Guitiriz Caminho do Norte A CORUA · Os peregrinos espanhóis devem viajar sempre com o cartão de fortável e usado. É aconselhável que leve · Caminhe sempre pela margem es- Na nossa primeira visita à cidade de Santiago, certamente não tivemos tempo de en- Begonte saúde. dois pares, ou com sola de borracha gros- querda da estrada. www.caminodesantiago.gal Muxía Ordes Mesía A Fonsagrada Caminho Inglês trar no que podemos chamar “Compostela secreta”. Porque existe outra Santiago Vilasantar Sobrado Baleira sa e leve. As peúgas devem ser adaptadas para além da zona monumental única, da gastronomia genuína ou Santa Comba Friol · Se estiver cansado e com cãibras, de Compostela Dumbría Lugo · Caso venha de outro país membro da União Europeia, é recomen- Boimorto Castroverde e permitir uma boa transpiração (de linho do ambiente cultural que já apreciámos. É uma nova cidade, ligada à natureza e à Cee SANTIAGO DE Oroso Toques dável que disponha do cartão europeu de saúde. descanse num lugar fresco e beba

desenho: Desoños – D. L.: C 000-2019 ¿? desenho: Desoños – D. Melide ou algodão), sempre limpas, secas e bem descontração, que talvez tivéssemos pressentido ao descer a cidade, embalados pelos Mazaricos COMPOSTELA muitos líquidos. Fisterra Corcubión Arzúa Guntín · Se vier de um país que não seja membro da União Europeia, deve calçadas para se evitarem fricções. No fim poéticos rios Sar e Sarela, e pelos suaves montes que os protegem. Negreira O Pino Palas de Rei Ames saber que há países que têm convénios com Espanha, pelo que será do dia, lave os pés com água e sabão e · Para repor forças durante o camin- Boqueixón Monterroso Portomarín CAMINHOS RECONHECIDOS App “Camino Santiago” Teo Sarria Rois Triacastela Delimitação oficial importante que obtenha estas informações antes de iniciar a via- mude de calçado. ho, coma alimentos muito energé- Vedra (Disponível em Google Play e App Store) Os novos passeios pelo rio Sar, a leste da cidade (na zona conhecida como Padrón Paradela pendente gem, para desta forma vir com todos os documentos devidamente ticos (frutos secos, figos, chocolate, Dodro Samos Pontecesures · Utilize roupa leve e larga, de cor clara (re- As Brañas do Sar), surgem perante nós, após subidas e trilhos, seguindo pelo Rianxo Lalín Pedrafita do Cebreiro regularizados. etc.). Boiro Valga A Estrada fletora), adequada à época do ano. A Pobra do Catoira Chantada O Saviñao novo Bosque da Galiza e pelo Parque do Lago de Gaiás. Este recente espaço de Caramiñal Vilagarcía de Reis A Pobra Vía da Prata ou Caminho Mozárabe PESSOAS DEFICIENTES · Na bagagem deve levar saco-cama, 24 hectares cresce pela ladeira do monte Gaiás, que preside a Cidade da Cultura. Ribeira de Arousa Dozón do Brollón · Leve uma gabardina que não seja pesa- Vilanova Além das recomendações gerais que todos os peregrinos devem um canivete suíço, uma lanterna, um A Illa de de Arousa Barro Piñor Quiroga da e que cubra a mochila. Pazo de Oca, Arousa Pantón Monforte Vilamartín observar, também devem: telemóvel e um pequeno estojo de Cambados Vilamarín de Lemos Caminho Português A Estrada San Cristovo de Valdeorras Rubiá de Cea · Leve uma proteção para a cabeça e ócu- primeiros socorros. O Grove Meaño Pontevedra Ribas de Sil A Rúa Coles · Informar-se antes de sair sobre as dificuldades que um peregrino Sanxenxo Amoeiro O Barco Caminho Português da Costa los de sol, evite as horas de calor mais de Valdeorras com deficiência pode encontrar e sobre as condições de acessibilida- · O estojo de primeiros socorros bá- Ourense Carballeda intenso e utilize creme protetor. San Cibrao Paderne de Valdeorras de dos diferentes serviços que se encontram no Caminho de Santia- sico de emergência (álcool, gaze, de Allariz OURENSE das Viñas Caminho de Inverno go (albergues, estabelecimentos de hotelaria, etc.). · Ingira frequentemente água, mas cer- adesivo de seda, Betadine, pensos Taboadela Baños de Molgas Cidade da Cultura, Mos tifique-se de que a mesma é potável; rápidos, creme de proteção solar, Santiago de Compostela Vigo PONTEVEDRA Allariz Vilar Xunqueira de Barrio Vilariño Rota do Mar de Arousa e Rio Ulla · Intensificar os cuidados quando se tratar de atravessar as estradas de Ambía de Conso não deve consumir água de riachos, rios, agulha e linha para a cura das bol- Nigrán O Porriño Sandiás Laza A Gudiña em caso de deficiência auditiva e caminhar sempre acompanhado Baiona Sarreaus nascentes ou fontes de cuja potabilidade has, tesoura pequena, vaselina, repe- PORTUGAL Caminho de Fisterra e Muxía no caso das pessoas deficientes visuais, devido aos cruzamentos, Tui Xinzo Castrelo não esteja seguro. Para prevenir desidra- lente de mosquitos, anti- -histamíni- A oeste, na outra ponta da cidade, o monte Pedroso oferece talvez a melhor panorâ- de Limia Trasmiras do Val A Mezquita desvios e irregularidades do terreno. Oia tações recomenda-se uma ingestão diária cos (em caso de alergia) e aspirinas. Verín Riós mica da cidade milenar. Podemos aceder a este monte seguindo uma antiga via-sacra Cualedro SE VIAJAR COM ANIMAIS: mínima de 2 litros de água. Existem no que passa ao lado do grande parque conhecido como A Granxa do Xesto. Na sua Monterrei Vilardevós · Certifique-se de que tem as suas vacinas e desparasitações devidamen- mercado bebidas isotónicas cuja compo- base, o rio Sarela serpenteia entre robustos muros de pedra de antigas fábricas de Oímbra te registadas no boletim de vacinas, com que deve viajar. sição em sais de sódio e potássio podem peles e curtumes, uma indústria muito próspera na cidade até finais do século XIX. ajudar um adulto saudável. · Planear e adaptar o trajeto e as etapas à existência de alojamentos Pazo de Santa Cruz de Ribadulla, Vedra que permitam o seu acesso.