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ANO XV Nº 69 JULHO 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE 8 LUGAR A UNIÃO FAZ A FORÇA

ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE A FESTA QUE AQUI FIZEMOS pág. 8 FERNANDO MEDINA VISITA À FREGUESIA pág. 20

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia 228.408 246.010Kg de 455.028 unidades de de Campolide DOSES FRUTA/VEGETAIS COMPLEMENTOS (sobremesas, facultou até ao fim de Junho de 2016 pão, iogurtes, leite, etc.) ÍNDICE EXECUTIVO

EDITORIAL 3 André Nunes de Almeida Couto Presidente [email protected] MARCHA DA BELA FLOR- https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, CAMPOLIDE 4 Pelouros: Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, ASSEMBLEIA DE FREGUESIA Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Homenagem a Mestre Kiyoshi Técnicas de Informação.

Kobayashi 7 Maria Teresa Cruz de Almeida Secretária [email protected] ARRAIAL SANTOS À Horário de atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00 Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do CAMPOLIDE Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades.

A Festa que aqui fizemos 8 Duarte Miguel Rafael Sapeira CUIDAR DO QUE É NOSSO 14 Tesoureiro [email protected] EXPOSIÇÃO DE PINTURA 15 Horário de atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres.

ACÇÃO SOCIAL Maria Cândida Cavaleiro Madeira Cultura e Lazer para os séniores da Vogal [email protected] Freguesia 16 Horário de atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde.

Acção Voluntariado Montepio 17

Antónia Maria Baptista ESPAÇOS VERDES Vogal [email protected] Cuidar de Campolide 18

FOTO-REPORTAGEM

Fernando Medina em Campolide 20 Assembleia de Freguesia Presidente Joaquim Couto Rodrigues da Silva 1º Secretário Carlos José Reis Lopes Ramos GENTE NOSSA 2º Secretário Maria Cristina Santos Costa Gomes Restantes Membros Pintor 21 Miguel Belo Marques, José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, Tiago Rodrigues Pereira da Silva (Ind.), António Jorge Saraiva Marcelo LAZER João Manuel Costa Magalhães Pereira, Coligação Sentir Lisboa Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Quiosque Verde 22 Carlos Artur Ferreira de Moura

2 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 EDITORIAL

Uma Freguesia, uma grande Marcha!

Caros Vizinhos e Vizinhas,

Nos últimos vinte anos Campolide dividiu-se em O meu aplauso de pé ao Hugo Barros, ensaiador, o duas Marchas, a Marcha da Bela Flor e a Marcha de cérebro do que surge nos palcos, ao Bruno Louro, o Campolide. Com o tempo, nem o inestimável esfor- inexcedível Presidente da Associação Viver Campoli- ço dos muitos dirigentes associativos impediu que os de, que tem liderado este percurso e, em especial, a resultados se degradassem, ao sabor da diminuição e todos os Marchantes, pelo sacrifício, suor e lágrimas envelhecimento dos moradores e à negra sombra de que testemunhei desde o primeiro dia. Aplauso, tam- uma rivalidade que chegou a ser de conflito físico. bém, para todos aqueles que ao longo das décadas as- Este ano, depois de muito diálogo e de uma soma cada seguraram as Marchas de Campolide e da Bela Flor, vez maior de vontades, estas Marchas juntaram-se que agora se uniram, representados pelos históricos debaixo do nome Bela Flor-Campolide. Nasceram “Os Nuno da Conceição (Campolide) e José Manuel Rodri- Prisioneiros de amor por Lisboa”, o tema escolhido. Se gues (Bela Flor) que se juntaram a nós na Avenida da nas primeiras semanas nem tudo foi fácil, foi lindo Liberdade para acompanhar e apadrinhar a Marcha. vê-los depois, dirigentes, marchantes dos vários can- Isto prova que a soma de gentes e vontades, ainda que tos da Freguesia, ensaiador, pessoal de apoio e adep- pareça impossível de alcançar, é o caminho para que tos, a unirem esforços na construção de um projecto os resultados melhorem e se gerem acções mais for- que se sentia ser uma aposta vencedora. E na madru- tes, com mais eficiência, menos gastos e melhor im- gada da divulgação dos resultados foi a alegria de os pacto nas pessoas. ver em delírio, não raros em lágrimas, a festejar o me- lhor resultado dos últimos nove anos, embora ainda Uma Freguesia, uma grande Marcha! longe de ombrear com o terceiro lugar de 2007, esse Seguimos unidos! sim, o seu lugar natural. Um abraço Vejo uma Marcha jovem e unida, com uma fantásti- André Nunes de Almeida Couto ca, e também jovem, estrutura de apoio, que recon- [email protected] quistou o orgulho para os seus Vizinhos. Para o ano será ainda melhor. facebook.com/jfcampolide

Direcção: André Couto Coordenação: Sandra Bernardo Redacção: Carolina Pelicano, JFC JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Propriedade: Junta de Freguesia de Campolide Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 Paginação: Leandro Oliveira Fotografia: João Barata, Sandra e-mail: [email protected] Bernardo Depósito Legal: 121904/98 www.jf-campolide.pt Tiragem: 10 000 exemplares Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 3 MARCHA DA BELA FLOR - CAMPOLIDE

A UNIÃO FAZ A FORÇA MARCHA DA BELA FLOR-CAMPOLIDE ARRECADA 8ºLUGAR

Pela primeira vez, formalmente, as mar- da. Mas para isso acontecer é preciso que chas da Freguesia juntaram-se, dando ori- mesmo quem avalia já espere, quando gem a uma única e mais forte Marcha da descemos a Avenida, que aí venha uma Bela Flor-Campolide. Consequência? Con- marcha que dá gosto ver. É preciso entrar quistámos um resultado há muito espera- no mapa”, conclui Bruno Louro. do, um glorioso oitavo lugar! O Meo Are- E, este ano, a Marcha da Bela Flor – na e a renderam-se Campolide começou sem dúvida a colocar aos encantos dos nossos marchantes. a sua luz no mapa das marchas populares Depois de meses de ensaios e prepara- de Lisboa. Mas para vingar e marcar um ção, Bruno Louro, Presidente da Associa- lugar definitivo, é preciso continuar a tra- ção Viver Campolide (VC), responsável balhar. pela Marcha, partilhou com o Notícias de “De ano para ano, as coisas vão me- Campolide uma importante retrospecti- lhorando. Isto tem sido para mim uma va sobre este período de dedicação e tra- aprendizagem. E para o ano certamente balho: “Este oitavo lugar representa uma que algumas coisas sairão melhores. A vitória. Tanto a Marcha da Bela Flor como marcha deste ano chegou ao fim mas, a de Campolide dificilmente mantinham, neste momento, já estamos a falar sobre nos últimos anos, boas classificações, aca- quem vai escrever as letras para o próxi- bando por ficar nos últimos lugares. Este mo ano, quem vai ser o compositor, como ano, o nosso objectivo era ficar nos 10 pri- vamos escolher os marchantes, enfim. meiros lugares. E conseguimos o oitavo! Tudo isto é organização. E se queremos ter Mas, para mim, isso não abala a convicção uma marcha grande, é essencial ir corri- de continuar a trabalhar e a solidificar a gindo erros. Este ano, quando chegarmos marcha”. a Novembro, já só vai faltar começar a en- “Quando, no ano passado, planeá- saiar”, determina Bruno Louro, contente mos um projecto de consolidação a três com a engrenagem que o projecto das anos para a nossa Marcha com o nosso marchas vai, de ano para ano, ganhando. ensaiador, Hugo Barros, a ideia era de E é também de ano para ano, e aos pou- questão de ir partilhar o nosso trabalho conseguirmos, para começar, colocar cos, que as mudanças se fazem. É com este com Campolide. Somos de Campolide, e se a marcha sempre nos 10 primeiros lu- sentimento que Bruno Louro espera que, Campolide vai até à Serafina, nós vamos gares. Ou seja, mesmo com este bom agora com as marchas unidas numa só, até lá mostrar a nossa marcha; se vai até resultado, o trabalho continua a ter de o nome ideal para a mesma se encontre: ao Bairro da Liberdade e, mesmo se só esti- ser feito”, adianta o Presidente da VC. “Achávamos que tínhamos encontrado verem três ou quatro pessoas à janela para A boa classificação deste ano foi apenas um nome que, ao fazer menção a ambas as nos ver, vamos lá marchar na mesma. Tra- o culminar da importância da união das marchas da Freguesia, honraria a história ta-se de semear para colher. Nós levámos marchas da Bela For e de Campolide, que de cada uma delas. Contudo verificámos, a marcha aos vários bairros da Freguesia em anos anteriores ficaram várias vezes ao longo deste ano, que o nome escolhido e a Freguesia foi apoiar-nos, tanto no Meo no “saco”, gíria utilizada no mundo das acabou por ser muito extenso e isso não Arena, como na Avenida. Para o ano, va- marchas para explicar o processo de sor- nada na hora de fazer versos, por mos tentar ir ainda a mais locais da Fre- teio pelo qual têm de passar as duas últi- exemplo. Mas, a seu tempo, como procu- guesia. A envolvência das “claques”, dos mas marchas classificadas de cada ano ramos fazer com tudo o resto, encontra- bairros, das freguesias, é também uma (num total de 20 marchas), e aquelas que remos um consenso. Todas as barreiras se parte importante do espectáculo que aju- nesse ano já tinham ficado de fora. Des- ultrapassam com diálogo”. da a que as marchas marquem a sua posi- te sorteio, o chamado “saco”, saem mais Para além das ambições e desejos para ção e que tenham visibilidade. Uma mar- duas marchas para integrar a competição o futuro, as conquistas já ganhas são para cha será tanto mais forte, quanto mais no ano seguinte. Como tudo isto se trata Bruno Louro grande motivo de orgulho. apoio tiver da população que representa. de sorte, o “saco” é coisa a evitar. “Um dos “Uma das expectativas que tinha desde Não só para o exterior, mas também para motivos para unir as marchas era que o o início e que não saiu defraudada foi a os marchantes e restante equipa. A força 'saco' deixasse de ser o nosso campeonato do apoio que tivemos da população. Para que nos deram das bancadas foi excepcio- e que a presença da Freguesia nas Mar- nós foi um ponto de honra unir a Fregue- nal. Marchámos com outra garra, sentin- chas Populares estivesse sempre garanti- sia em torno da Marcha por isso fizemos do que honrámos a nossa Freguesia com

4 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 A UNIÃO FAZ A FORÇA MARCHA DA BELA FLOR-CAMPOLIDE ARRECADA 8ºLUGAR

uma boa prestação e, depois, com uma boa classificação. Mas claro, mais uma vez, faz-nos querer retribuir todo o cari- nho e apoio com ainda melhores resulta- dos, ganhando também outra visibilidade e interesse. Já várias pessoas nos disseram que para o ano também gostariam de po- der vir marchar. A união não cai do céu, constrói-se todos os dias e é o que estamos a fazer”. Pouco a pouco, a Marcha da Bela Flor – Campolide vai traçando o seu caminho para se tornar uma grande marcha. E para isso, Bruno Louro quer fazer o trabalho dentro da Freguesia, com todos os riscos mas, acima de tudo, com todo o orgulho que isso envolve. “Prefiro ficar em nono lugar com a nossa gente, com ligações for- tes a Campolide, que veste a camisola, a fi- car em terceiro porque o dinheiro é usado para contratar bailarinos e cantores. Uma marcha é das suas gentes e, portanto, fa- zer isso, para mim, é desvirtuar aquilo que são as marchas populares”. nc MARCHA DA BELA FLOR - CAMPOLIDE

O que dizem os Marchantes todos os bairros mostrarmo-nos fez sentido.” marchante desde 2003, primeiro na Bela Tiago Ribeiro, 30 anos, da Bela Flor, é Para Débora Lopes, 18 anos, que há dois Flor, depois em Campolide: “Este ano, com marchante há 14 anos: “Este ano estive anos veio viver para Campolide e que a fusão, houve muita gente que não gostou. mesmo para não marchar, mas não consigo pela primeira vez marchou, não restam Acho que, em certa parte, esta fusão foi boa. ficar de fora. Sei que para muitos Campolide dúvidas: “Acho que as duas marchas juntas Noutras nem tanto, porque há muita gente é um bairro, mas é uma Freguesia. E as têm melhor desempenho. Não faz sentido que julga que as marchas são suas. Mas marchas são dos bairros. Para ser sincero, investir em duas marchas quando podemos penso que com o tempo isso se vai esbater. nunca marcharia por uma marcha que se ter só uma. Sei que no início havia gente a Houve um bom trabalho do Bruno Louro e chamasse só Campolide. Bela Flor é o meu lutar só pelo seu bairro. Mas fizemos um da Catarina Telinhos, e penso que eles são bairro, o sentimento é diferente. Mas a fusão bom trabalho e ficámos em 8º lugar. É como capazes de fazer com que isto se construa. Na teve coisas boas: a organização foi boa e eu dizia o slogan da nossa camisola, 'unidos hora de desfilar, os conflitos ficaram todos gostei muito de trabalhar com este ensaiador. somos mais fortes.'” de parte e a união venceu. Espero que este E também sei que tivemos mais apoio por as Marcelo Coelho tem 37 anos, mas as marchas projecto se mantenha e que para o próximo marchas se terem juntado. A iniciativa de ir a estão na família há várias gerações, e já é ano fiquemos nos cinco primeiros”.

6 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 ASSEMBLEIA DE FREGUESIA

Homenagem a Mestre Kiyoshi Kobayashi

a 2ª Sessão Ordinária da Sashico Kobayashi, visivelmente mudou-se para a Rua Dom Carlos de Assembleia de Freguesia, emocionada, dedicou algumas pala- Mascarenhas, em Campolide, onde realizada em 29 de Junho vras a todos quantos se lembram e fo- ainda hoje se mantém. Por ali passa- de 2016, foi aprovada por ram marcados pela figura do seu pai, ram milhares de crianças, jovens e Nunanimidade a entrega da Medalha de dizendo que “todos fazem parte da adultos, sempre na esteira do mestre Honra da Freguesia ao Mestre Kiyoshi enorme família do judo. E da enorme KK, como era conhecido pelos seus Kobayashi, a título póstumo, sob uma família do seu pai, que tinha coração alunos. Ainda nos dias de hoje é raro salva de palmas de todo o executivo e português”. encontrar alguém em Campolide, que dos representantes de todos os parti- Agraciado com inúmeras condecora- não tenha tido contacto, directa ou in- dos, bem como da assistência. ções do Estado Português e de institui- directamente, com o “pai do judo por- Foi Carlos Ramos, Presidente da ções desportivas portuguesas, como é tuguês”. direcção do Judo Clube de , o caso do Comité Olímpico de Portu- A acção de Mestre KK foi decisiva que, simbolicamente, depositou nas gal, Mestre Kiyoshi Kobayashi fixou- para o Judo em Portugal, que desde mãos da filha do Mestre a medalha de -se em Portugal nos anos 50 do século há mais de 50 anos tem em Campoli- mérito que este executivo da JFC pro- passado, começando a colaborar desde de as principais referências, a maior moveu. A recebê-la esteve a filha do o seu início, em 1958, com o Judo Clu- das quais é sem dúvida Kiyoshi Ko- fundador da Federação Portuguesa de be de Portugal, colectividade que fun- bayashi. Mais de uma dezena de atle- Judo, Sashico Kobayashi, que reside no cionava nessa altura ainda em Campo tas do Judo Clube participaram nos Japão mas estava de passagem por Por- de Ourique. Jogos Olímpicos e o Mestre KK foi tugal e por Campolide. Em 1961, o Judo Clube de Portugal sempre o professor que os treinava.

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 7 ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE

A FESTA QUE AQUI FIZEMOS

Fazer dos Santos à Campolide a maior fes- ta popular dos bairros de Lisboa foi o desafio assumido este ano pela Junta de Freguesia que, com a Associação Viver Campolide, pôs de pé a versão renovada do arraial, este ano instalado no espaço amplo da Quinta do Zé Pinto. Após muitos anos sem arraial, resultado de uma opção do antigo Executivo, a nossa Fre- guesia voltou a erguer a festa popular mais tradicional dos bairros de Lisboa após a pos- se de André Couto como Presidente da Junta. Mas, de certa forma, os Santos à Campolide que acabámos de viver assinalam um “ano zero”, já que conseguimos fazer a festa me- recida, num espaço novo, mais bem cuida- do, organizado e convidativo, tanto para os nossos Vizinhos e Vizinhas, como para todas e todos os Lisboetas que a nós se quiseram juntar, como foi aliás sempre a intenção do Presidente da JFC ao organizar a festa. Durante todo o mês de Junho, a Quinta do Zé Pinto, parque verde no final da Rua de Campolide, foi uma “casa de família” de mui- ta alegria, entre danças, humor, brincadeiras e, claro, os imprescindíveis comes e bebes. O arraial aconteceu todos os dias entre 3 e 26 de Junho, coroando os finais de semana sempre com concertos especialíssimos, atra- vés de um cartaz musical condizente com um verdadeiro arraial popular. Pela Quinta do Zé Pinto passaram a banda de baile Pack 7, Gabriell e as suas bailarinas e coristas, Quim Barreiros, Fernando Alvim, Ruizinho de Penacova, Susana Vinagre, Hél- der Nunes, Nova Banda, João Paulo, Toy Cas- cão, Marco Marujo, Sérgio Rossi e Quinzinho de Portugal. Um conjunto de espectáculos diversificado, mas sempre com a marca da boa disposição que é característica das festas juninas.

8 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 A FESTA QUE AQUI FIZEMOS

Texto: Carolina Pelicano Fotografia: Sandra Bernardo JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 9 ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE

O arranque: Pack 7 e Gabriell a render Campolide à festa

A noite inaugural, em 3 de Junho, deu o “tom” para a animação que mar- cou todo o arraial: enquanto os mais pequenos corriam para lá e para cá pelo relvado, de algodão doce na mão ou atrás de bolinhas de sabão, pais e avós bailaram com kizombas, mar- chas, rocks, fados e outras músicas po- pulares, dançando todos juntos, num A alegria contagiante de Quim baile onde não se notavam as diferen- Barreiros ças de idades, comandados pela banda músicas de sempre, aproveitando tam- de baile Pack 7. Se o clima de animação popular foi bém a visita para apresentar alguns Na noite seguinte, um sábado, a ani- uma constante nos vários dias desta temas do seu novo álbum, “Eu Faço mação continuou, com Gabriell e as edição dos Santos à Campolide, no dia 69”, publicado por ocasião do seu 69º suas bailarinas e coristas. O artista 10 de Junho a festa viveu um dos mo- aniversário. fez uma festa memorável, em clima de mentos mais altos, com o espectáculo Toda a gente que passou pelo arraial grande interacção com o público, que de Quim Barreiros. Milhares de pes- neste dia cantou e dançou como um também teve lugar no palco, ora para soas quiseram assistir à festa animada corpo só, um público ecléctico, unido disputar um cd do artista, ora para pelo popular artista, que em Campoli- pelo mesmo sentimento: a admira- simplesmente dançar ao lado de Ga- de foi apresentado por duas igualmen- ção e o carinho por Quim Barreiros. briell e das suas bailarinas. te populares vozes da rádio, Fernando Foi uma noite de alegria contagiante, No final do espectáculo, o artista Alvim e António Macedo. que terminou com o artista a oferecer desceu do palco e, no meio da multi- Recebido com muito entusiasmo, beijos e abraços ao público, a dar autó- dão, pôs todos a dançar ao som da con- Quim Barreiros entregou-se de corpo grafos e a tirar as famosas 'selfies' com certina. e alma, cantando e encantando com as toda a gente que assim o quis.

10 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 Mas esta energia não foi apenas sen- A noite mágica de Fernando Al- entusiasmada a cada música com que tida pelo público. No final do concer- vim o radialista nos surpreendia: quando to, Quim Barreiros contou ao Notícias já ninguém esperava que a próxima de Campolide sobre a magia que aqui A noitada da véspera de Santo An- música provocasse ainda mais êxtase, sentiu: tónio foi também digna de registo. Se lá vinha Alvim com um algum hit es- já todos suspeitávamos que Fernando quecido do passado, e nova rodada de “Correu muito bem! Toda a gente Alvim ia dar-nos uma noite de anima- gritos festivos, braços no ar, gargalha- dançou, toda a gente cantou. Foi ção sem igual, talvez não esperásse- das e pulos dançantes. Houve espaço um verdadeiro arraial à portugue- mos que fosse tão arrebatadora. Cam- para tudo: do hino nacional a música sa. O que eu gosto é de tocar para o polide esteve ao rubro! russa, Carlos Paião e António Varia- povo. Sinto sempre uma ligação ao Alvim conseguiu pôr toda a gente ções, Macarena e Ana Malhoa, Neti- público. E nunca me canso. Gosto a dançar e a fazer ‘comboinhos’ inter- nho e Beyoncé, Los Hermanos e tantos do que faço, sou um homem feliz, e mináveis. A dividir com ele o palco, mais que ajudaram a fazer a grande enquanto tiver 'saudinha', contem esteve Peter de Cuyper, músico, pro- festa que ali se viveu. E, para coroar a comigo! E quero dar os parabéns dutor e actor que se encarregou de fa- noite, ainda tivemos a nossa Marcha à JFC e pedir que todas as Juntas zer coreografias com o público. E toda da Bela Flor-Campolide, que depois da organizem festas como esta onde o a gente, de sorriso aberto no rosto, passagem pela Avenida se uniu ao pú- povo se divirta. É disto que o povo entrou na brincadeira sem nenhum blico da Quinta do Zé Pinto para mos- precisa.” constrangimento, sempre mais e mais trar um pouco da sua performance.

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 11 ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE

E se estou aqui é por ele. Gostei muito recebeu Sérgio Rossi literalmente aos Ruizinho de Penacova, o fiel de aqui estar hoje, é mais um ‘carim- pulos. Muitos foram os fãs que não afilhado bo’ que vou meter quando chegar a quiseram perder a oportunidade de casa», diz, em tom de reverência. ver o artista, que apresentou um es- O terceiro fim-de-semana de festa co- E, para despedida, deixou-nos «uma pectáculo cheio de cor e luzes, para meçou pouco primaveril, com o fres- quadrinha para escrever: “Campolide deleite de todos os que apreciam o seu quinho que se abateu na sexta-feira, terra de encanto/ Santo António no trabalho. No final do espectáculo, Sér- 17, mas o arraial Santos à Campolide coração/ Para todos em Campolide/ gio Rossi abriu o camarim aos fãs para contrariou a tendência meteorológica, Canto para manter a tradição.”» Foi autógrafos e fotografias com os fãs. enchendo todos de muito calor! uma noite de grande alegria e grandes «Adoro o Sérgio Rossi, gosto muito Foram os Pack 7 que voltaram para emoções, que terminou com o espec- das músicas dele, assim latinas, sei as engrenar em danças e boa disposição táculo de Toy Cascão, que, depois de letras todas», dizia-nos como a campo- toda a gente, seguindo-se a actuação Ruizinho, voltou a subir ao palco para lidense Vânia Fonseca, que não quis de Susana Vinagre e o seu “órgão ma- fazer a festa madrugada fora. perder esta oportunidade. «Ele puxa ravilha”. Nessa mesma noite, até uma bonita muito pelo público. A JFC tem de con- No sábado, várias figuras públicas história de amor encontrámos no ar- vidá-lo mais vezes. E se isto aparecer passaram pelo nosso arraial para ce- raial. o casal Ilda Freitas e Vítor Delga- escrito, por favor mande-lhe um gran- lebrar as festas de Santo António em do, casados há 33 anos pelo registo ci- de beijinho meu.» Campolide, como Eládio Clímaco, Ví- vil, celebraram naquele mesmo dia os A noite seguinte foi igualmente tor de Sousa ou Flávio Furtado, padri- votos religiosos. “O meu marido não memorável. Começou com o jogo de era se- Portugal, que também aqui foi segui- quer bap- do com emoção. Mas, depois do golo t i z a d o . contra a Croácia, o arraial deixou-se E n t ã o , contagiar pelo entusiasmo e transfor-

nho da Marcha Bela Flor-Campolide. hoje fomos casar!”, conta alegremen- mou-se numa grande celebração. A coroação da noite chegaria com te Ilda. O marido continua: “Casámos A Nova Banda, conjunto de músicas Ruizinho de Penacova, o “discípulo” com disparidade de culto, e logo de- de baile, não deixou escapar a euforia mais fiel de Quim Barreiros, de quem pois do casamento fui baptizado, fiz a da vitória futebolística para a conver- é “afilhado musical”. Trazendo consi- primeira comunhão e o crisma. Tudo ter em bailarico. Depois, foi a vez do go os sons e tradições do Alto Minho, hoje!” Residentes em Massamá, quan- tão aguardado Quinzinho de Portugal, Ruizinho de Penacova pôs toda a gente do, por coincidência, passaram pela que não desiludiu no seu uniforme de a dançar e a rir, com as suas histórias Quinta do Zé Pinto, decidiram parar e sempre: barrete verde, fato de treino de boa malandrice e empatia com o pú- celebrar a boda no nosso arraial. da selecção portuguesa e os caracterís- blico. «Eu não sou bem a pessoa certa ticos fios de ouro. para actuar num pavilhão, gosto mais Sérgio Rossi e Quinzinho de Com a boa disposição e agudeza disto», dizia-nos, após o espectáculo. Portugal – Um Glorioso Descer humorística de sempre, não parou de «Venho do povo da aldeia, e já toquei do Pano interagir com o público: foram vários por esse mundo fora. Onde há comu- os vizinhos que subiram ao palco para nidades portuguesas, nós lá estamos. » O último fim-de-semana dos Santos dançar com Quinzinho e as suas bai- «Aquilo que viram aqui hoje, não foi à Campolide chegou quase sem nos larinas. um artista, foi um herdeiro. Vou daqui apercebermos dele, tal a intensidade A noite foi ainda cortejada pelo lan- muito contente. Agradeço muito esta destas festas. Mas a despedida não po- çamento de fogo-de-artifício. Sob o oportunidade. O Quim Barreiros ain- deria ter sido mais animada. céu de Campolide, cheio de pontinhos da hoje é a minha grande admiração. No dia 24, sexta-feira, Campolide brilhantes e coloridos, muitas vozes

12 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE se ouviram gritando em júbilo, “Viva Campolide!” No dia de encerramento dos San- tos à Campolide, um workshop de 'beatmaking', realizado pelo artista local Myslo, que incluiu uma breve de- monstração de construção de instru- mentais de hip-hop, usando técnicas de ‘sampling’, fez as delícias dos mais novos, que subiram ao palco para ex- perimentar. À noite, o Coro dos Reformados e Pensionistas de Campolide subiu ao palco da Quinta do Zé Pinto para apre- sentar alguns temas do cancioneiro português. E como não poderia deixar de ser, a noite acabou em beleza e bai- larico, ao som do grupo musical PJ. cos estiveram disponíveis em vários ca das farturas, logo no arranque do Luzes e barraquinhas pontos do recinto, e também no res- arraial, fez questão que destacar um taurante que, durante todos os dias da local que foi escolhido a pensar nas fa- Mas nem só de música se faz um festa, esteve aberto. mílias: “O espaço deste ano está muito arraial, e também a esse nível os San- Mas, para que tudo isto brilhe, há melhor, está pensado para as crianças tos à Campolide estiveram à altura. A que não esquecer um outro trabalho, e isso vai fazer com que o arraial não Quinta do Zé Pinto ofereceu, durante porventura invisível, que assegura viva só de noite, mas também durante os Santos Populares, barraquinhas que tudo esteja na sua mais perfeita as tardes.” A mudança era merecida, de bebidas e petiscos a quem por ali ordem. Falamos do trabalho de segu- não só pelos mais pequenos mas tam- passou. A variedade foi o conceito rança, tanto de corpo presente como bém para quem tem tanta ligação com presente: do Brasil, os deliciosos pães do planeamento que foi traçado para a nossa Freguesia, como é o caso deste de queijo, cocktails como o cremoso que nada falhasse: a areia espalhada feirante. pelo relvado estava lá para Mas, se a ligação ao nosso retirar os desníveis do arraial ultrapassa as chão, para evitar fronteiras da Fre- quedas; a plan- guesia, é tam- ta de emer- bém dentro gência, os dela que extinto- encon- res, as tra os baias e cora- cercas, ç õ e s t u d o m a i s pen- bair- s a d o ristas, p a r a c o m o que a o de segu- N u n o rança do Ferreira, arraial não n a s c i d o tivesse fa- e criado no leite de onça e autênticas caipirinhas; lhas. Bairro da Bela Também houve lugar para os gelados A Quinta do Zé Flor, hoje com 39 artesanais, os hambúrgueres casei- Pinto é também um es- anos. “As minhas raízes ros, o pão com chouriço, a ginginha, paço privilegiado para crianças, estão todas aqui. Nunca deixei de os caracóis, as bifanas, entremeadas, pelo seu relvado e pelo parque infan- vir ao arraial. Ser na Quinta do Zé Pin- cachorros, o caldo verde, as farturas til, e, nessa medida, a segurança foi to é muito melhor. Não troco a minha e, claro, as sardinhas, imprescindíveis sempre uma prioridade. Campolide por outros bairros que se em qualquer arraial. Todos estes petis- Pedro Bento, proprietário da barra- dizem mais característicos”. nc

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 13 CUIDAR DO QUE É NOSSO

Espaço Público Higiene Urbana Talude da Calçada da Quintinha A nossa equipa de Higiene Urbana Durante os meses de Maio e Junho, está a fazer a lavagem das ruas da Fre- decorreram as obras de estabilização guesia, que vão continuar sem para- do talude em frente ao número 73 da gens durante todo o Verão. Calçada da Quintinha. O objectivo desta obra foi o de re- qualificar aquele espaço, de forma a torná-lo mais agradável e seguro. O material escolhido é natural, à base de pedra local e hidro-sementeira, evi- tando a descaracterização que o betão implica e o efeito de muralha.

O departamento adquiriu, ainda, do executivo da Junta de Freguesia de um novo equipamento, essencial para Campolide (JFC), e também responsá- a manutenção da nossa Freguesia. vel pela Higiene Urbana, “já está mui- Trata-se de um Goupil, um pequeno to velho e dá-nos muitos problemas”. Ao mesmo tempo, tratámos de re- veículo eléctrico que se destina a fazer E acrescenta: “O território de Campo- pavimentar os lugares de estaciona- a recolha diária do lixo depositado nas lide é muito extenso e todo ele é limpo mento no mesmo local, sendo, assim, papeleiras e nos contentores. diariamente, de segunda a sábado”. requalificada uma bolsa de estaciona- Desde que, em Março de 2014, a Câ- A JFC fica, assim, a contar com dois mento”, como explica Sónia Martins, mara Municipal de Lisboa (CML) pro- destes veículos, que, deste modo, pode- engenheira responsável pelo Espaço cedeu à transferência de competên- rão fazer um trabalho mais eficaz. Público da Junta de Freguesia de Cam- cias para as Juntas de Freguesia, que À semelhança do Goupil que já exis- polide, que acrescenta“É uma obra o departamento de Higiene Urbana tia, também este é um veículo eléctri- consistente e duradoura, com a quebra recebeu, da parte da própria CML, um co, com uma autonomia de 100 quiló- do talude e a criação de um segundo Goupil para desempenhar as descri- metros, capaz de cobrir as sete horas muro de gavião para estabilizar. tas funções. No entanto, como expli- de trabalho diário, o que vai ao encon- A hidro-sementeira só será feita de- ca Maria Teresa Almeida, Secretária tro da política ecológica da JFC. nc pois do Verão por questões de seguran- ça e porque o Outono é a melhor altu- ra”, conta Sónia Martins. O aspecto da Calçada da Quintinha, bem como da sua envolvente, é hoje melhor. Começou com o seu alcatroa- mento e, depois desta intervenção, seguir-se-á a colocação de pavimento seguro no passeio do lado direito do sentido ascendente. A criação de um parque de estacionamento nas gara- gens que estão situadas no cruzamen- to entre a Calçada da Quintinha e a Rua D. António Luís de Sousa també- nm está prevista. Para a edição deste ano do Orçamen- to Participativo está em marcha uma proposta para o arranjo do terreno bal- dio que se situa na entrada da Rua D. António Luís de Sousa.

14 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 ACÇÃO SOCIAL

EXPOSIÇÃO DE PINTURA Encerramento de ano lectivo da Universidade Sénior

epois de mais um ano lec- agora estão a transpor para o papel”, Alfredo Luz conta que desde que as tivo, a nossa Universidade diz. aulas de pintura começaram, em 2013, Sénior encerra as suas acti- E foi precisamente isso que encon- houve uma paragem de um ano que a vidades. trámos quando falámos com a aluna turma não aceitou bem: “As próprias DOs alunos do curso de pintura, lide- Maria Alice Fernandes: “Comecei a alunas foram dizer que a falta de aulas rados pelo professor e também pintor pintar em 2000, quando me refor- lhes causou stress”, ri-se o professor. Alfredo Luz, celebraram o encerra- mei, ainda noutro lugar que não na Mas para a aluna Dina Patrício as mento da melhor maneira, com uma JFC. Desde o liceu que tinha tendên- aulas de pintura são importantes a vá- exposição dos seus quadros. cia para a pintura. Havia até um pro- rios níveis: “Reformei-me sem desejo Realizados ao longo do ano, foi nas fessor que queria que eu fosse para disso. Reduziram o pessoal na empre- paredes do Auditório da Junta de Fre- as Belas Artes, mas a vida encami- sa onde trabalhava e tive de me vir em- guesia de Campolide (JFC) que esti- nhou-me para outro lado. Trabalhei bora. Pensei que não valia a pena re- veram expostos, coroando-se assim o numa empresa de engenharia de mar contra a maré. Mas a coisa boa foi trabalho, a criatividade e a entrega dos silos e barragens, mas nunca me es- que vim aqui parar.” Uma porta que se alunos. queci do gosto pela pintura. E aqui fechou e uma janela que se abriu para Aqui, há espaço para que cada um aprende-se sempre. Há sempre um esta aluna. “Para mim foi a salvação pinte a tela com as suas cores. E basta 'pormenorzinho' que não estamos a de uma depressão. Gosto muito deste olharmos para o rol de quadros para ver e aprendemos a concentrar-nos grupo. E estou muito contente com os percebermos as diferentes inclinações nele”, explica a aluna, destacando o meus quadros. Não tenho intenções e gostos artísticos de cada um. papel fundamental do professor. E de ser artista, mas o que faço, gosto, e é Alfredo Luz, o professor, trata de acrescenta, “Agora para o ano já vamos isso que me interessa”, conta, feliz por ensinar técnica aos seus alunos. Mas evoluir. Temos que pensar em novas pintar. depois, a ideia é que cada um poder temáticas, para não repetirmos ideias. Para o ano, a turma promete voltar. expressar-se livremente. “O mais sur- Mas nem sei se vou ter tempo, que ago- E André Couto, Presidente da JFC, que preendente dos alunos é que eles não ra nas férias vou cuidar dos meus ne- esteve presente nesta exposição, fez partem do zero quando aqui chegam. tos”, graceja. questão de reforçar esta ideia. “Para o Têm dentro deles coisas eventualmen- Há três anos que Maria Alice, assim ano, venho cá ver as vossas obras, que te guardadas e que só agora estão a como o resto da turma, se tem manti- serão ainda melhores, se é que isso é revelar, têm muitas memórias que só do fiel às aulas de pintura. Tanto que possível!” nc

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 15 ACÇÃO SOCIAL

Cultura e Lazer para seniores da Freguesia

transporte . Ainda por cima para even- No passado dia 15 de Junho, a tos à noite, porque andar a essa hora Associação de Reformados de Cam- agora já nos dá receio, e assim não há polide viajou até ao concelho de Ar- problema”. A JFC disponibiliza três raiolos, num passeio promovido pela técnicas que acompanham os seniores Junta de Freguesia de Campolide. Se- desde que saem até que regressam a guros, autocarro, almoços e técnicos Campoolide. disponibilizados para acompanhar As vizinhas Ana Maria Fernandes esta viagem foram comparticipados e Sara Ferreira partilham da opinião pela JFC. de Lúcia Frado. Para a primeira, de 62 O dia contou com uma visita ao anos, “A organização da JFC é muito Centro Interpretativo Mundo Rural, boa, mas isso é sempre. Eu tenho apro- situado na vila do Vimieiro. veitado todas as idas ao teatro e gosto Depois de um almoço no restau- de tudo o que o La Féria faz, mas este rante regional “O Alpendre”, hou- musical foi especialmente interessante ve ainda tempo para uma visita ao por contar a vida dele”. Centro Interpretativo do Tapete de Sara Ferreira, 59 anos, já no auto- Arraiolos e à Aldeia da Terra – um carro de regresso, satisfeita com o projecto do artesão e artista plástico programa nocturno, também deixa a Tiago Cabeça. Este mês voltámos a ir ao teatro sua opinião: “Adorei o espectáculo. Foi com os nossos seniores. Mais uma a primeira vez que vim ao do vez, a Junta de Freguesia de Campoli- , mas tenho visto praticamente de (JFC) disponibilizou um autocarro todos os que vão ao Politeama, muitos para levar todos aqueles que se inscre- através da JFC. Adoro aqueles bailados veram para ver a mais recente obra de todos, adoro ver os bailarinos”. E con- Filipe La Féria, “O Musical da Minha clui: “Foi um serão mesmo maravi- Vida”, ao Casino do Estoril. lhoso na companhia do La Féria e de Se a animação que se fazia sentir no todas as pessoas. Gosto muito destas autocarro no caminho para o Estoril iniciativas da Junta de Freguesia de era grande, com a expectativa de ver Campolide e tenho pena de não poder mais um êxito do mestre dos musi- ir a todos os passeios.” cais, ela não saiu defraudada na hora do retorno à nossa Freguesia. “Ado- rei!”, com verdadeira exclamação, foi a palavra que mais se ouviu para carac- terizar a experiência da noite de 30 de Junho. Ainda no Casino Estoril, Lúcia Fra- do saiu jubilante da sala de espectá- culo: “Adorei este musical. Foi um espectáculo para reviver a vida e os musicais do La Féria. O La Féria é A última aula da Unidade Curricu- sempre espectacular pela sua sump- lar de Inglês, da Universidade Sénior tuosidade”, conta esta vizinha, com da Junta de Freguesia de Campolide, toda a alegria dos seus 69 anos. E é com teve lugar num hotel nosso vizinho, a mesma boa disposição que elogia que, para o efeito, preparou um lanche esta programação da JFC. “Estas ini- muito britânico, com chá, scones, boli- ciativas da Junta são óptimas, sobretu- nhos, muito carinho, simpatia e enor- do para nós que já temos mais idade e mes sorrisos. mais dificuldade em deslocarmo-nos e Obrigada aos nossos alunos e alu- em andar de noite. É fantástico termos nas! Obrigada, Hotel Dom Pedro!

16 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 ACÇÃO SOCIAL

Cultura e Lazer Acção de Voluntariado Montepio para seniores da Freguesia

oram mais de cinquenta, os co- comunidade como o Liberdade Atléti- vimento Comunitário K'Cidade Dra. laboradores do Montepio que co Clube, ADM e Externato de Sandra Almeida, a Coordenadora do celebraram no passado dia 13 Educação Popular. Decorreram ainda Programa K’Cidade Vale de Alcântara de Maio a 4ª edição do Dia do acções de formação em empreendedo- Dra. Mónica Azevedo, a Coordenadora FVoluntário Montepio com um conjun- rismo, gestão de orçamento familiar da Acção Social da Junta de Freguesia to de intervenções sociais e comunitá- e uma oficina em literacia financei- de Campolide, Dra. Ana Paula Brito e rias nos bairros da Liberdade e Serafi- ra para os mais novos. Os trabalhos o Coordenador do Departamento Fi- na. Esta iniciativa, que nasceu de um desenvolveram-se com participação nanceiro e de contabilidade Dr. Bruno desafio lançado pela Fundação Mon- activa da comunidade, o envolvimen- Louro, que não quiseram deixar de su- tepio ao grupo comunitário da Liber- to das instituições locais e o empenho blinhar a importância de acções desta dade e Serafina, contou com o apoio e dos voluntários, permitindo-se assim natureza, onde os diferentes sectores organização da Junta de Freguesia de acrescentar valor a esta iniciativa e da sociedade congregam esforços em Campolide e do Programa K’Cidade criar relações potenciadoras de parce- beneficio da população. nc da Fundação Aga Khan, tendo sido o rias para o futuro. trabalho de dinamização comunitária O dia terminou com uma visita aos A iniciativa nasceu de realizado pelas técnicas Sara Loubser trabalhos realizados e uma entrega um desa o lançado pela e Rita Magalhães. de certificados aos voluntários. Esti- Fundação Montepio ao grupo Durante o dia, os voluntários puse- veram presentes a responsável pelo comunitário da Liberdade e ram mãos à obra num conjunto diver- Gabinete de Responsabilidade Social Sera na, e contou com o apoio sificado de intervenções, incluindo a do Montepio, Dra. Paula Guimarães, e organização da Junta de reabilitação de espaços de referência da a Directora do Programa de Desenvol- Freguesia de Campolide

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 17 ESPAÇOS VERDES

CUIDAR DE CAMPOLIDE

Aquisição de novos equipamentos

Junta de Freguesia de Cam- a deservagem, foram adquiridas ainda Juntas de Freguesias ficaram com as polide investiu em novos duas roçadoras. E em regime de alu- podas das árvores, e só fazem remoção equipamentos para os espa- guer ocasional estará o destroçador de de cepos nas áreas ajardinadas», expli- ços verdes, de modo a que cepos. ca Filipa Nazaré. «Tudo o que sejam ár- Aa nossa Freguesia seja cada vez mais A JFC considerou que investir nes- vores em caldeira é da competência da agradável para moradores e visitantes. ta máquina não se justificaria: «Com Câmara, e por isso não nos compensa De entre a nova maquinaria destaca- a transferência de competências, as comprar a máquina.» -se um biotriturador, máquina que dis- pensa a utilização de sacos de recolha, uma vez que tritura toda a matéria. «Actualmente, compramos 1000 sacos de três em três meses, antes compráva- mos uma vez por mês», afirma Filipa Nazaré. «Mas ainda queremos reduzir mais, para fazer trituração do máxi- mo de material. Se der para usar como compostagem nas hortas, melhor. Se não der, há pelo menos uma redução de volume significativa». Esta preocupação ecológica da JFC explica outra das escolhas do novo equipamento que também dispensa- rá a utilização de sacos: o novo corta- -relva, que tritura automaticamente a relva e a deixa no relvado. Para apoiar

18 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 ESPAÇOS VERDES

Alterações nos sistemas de rega

Os sistemas de regra que servem os es- paços verdes da nossa Freguesia vão ser sujeitos a algumas alterações, tendo em vista a optimização dos recursos mate- riais e naturais. Assim, haverá dois pon- tos de rega que serão fechados, no campo de jogos da Serafina, junto à Rua Carlos Conde., em em frente à JFC. «Não é vantajoso manter sistemas de rega, que são muito caros, na área do campo de jogos da Serafina quando são sistematicamente vandalizados e até roubados», explica a coordenadora do De- partamento dos Espaços Verdes da JFC, engenheira Filipa Nazaré. «Outro ponto que será fechado, numa rua mais abaixo da rua Carlos Conde, é porque os canteiros Forte aposta na deservagem Neste momento, há duas equipas no ter- que ali existem podem perfeitamente ser reno, cada uma delas com dois trabalha- regados com o depósito de mil litros que A JFC está a fazer uma forte aposta na dores: um com roçadora e outro com so- temos». deservagem das ruas de Campolide. prador, vassoura e protector de viaturas. A poupança de água e a redução de pe- Com vista a agilizar os trabalhos de de- “Infelizmente, as ruas deservadas há sadas facturas de consumo deste bem es- servagem, a Freguesia foi dividida em oito aproximadamente duas semanas, neste sencial são também das preocupações do zonas de actuação, com prioridade para as momento já estão novamente com ervas, Departamento: «No Verão, vai ser inevi- habitacionais. «Exactamente porque as explica Filipa Nazaré, acrescentando: «É tável regar os relvados todos os dias, uma ervas voltam a crescer com tanta rapidez, impossível fazer a deservagem e estar vez no período da madrugada, outra no o objectivo é que as zonas habitacionais fi- sempre tudo impecável, já que quando se período da noite. Aqui, a solução será ou quem cuidadas ao máximo», explica Fili- chega ao fim, a erva nas ruas deservadas eliminar um destes períodos e aumentar pa Nazaré, a engenheira responsável pelos no inicio dos trabalhos já cresceu outra o outro, ou, como alternativa, manter os Espaços Verdes. vez». dois períodos mas com um tempo de rega mais curto». As zonas afectadas por esta Esta tem sido uma preocupação do Presidente, André Couto, que tem procurado medida serão o relvado da Rua Conselhei- com a equipa de Espaços Verdes encontrar soluções definitivas para o problema. ro Fernando de Sousa, Av. Miguel Torga e Neste momento, para além da divisão da Freguesia em oito cantões e a disponibi- Rua Marquês de Fronteira. lização de duas equipas para a deservagem, está decidida a aquisição de uma má- quina que faça mondas térmicas, uma técnica recente: aquecem-se as ervas e plan- tas invasivas, destruindo-as sem a necessidade de recorrer a produtos químicos.

Para além das nossas a Junta de Freguesia de Campolide decidiu assim satisfazer as necessidades das pessoas competências assegurar: «Na Rua do Arco do Carvalhão, e também prevenir situações, como a e apesar de ser um terreno camarário, ocorrência de incêndios, que terrenos mal Para além das áreas que são competência assumimos um compromisso trimestral cuidados podem provocar. da Junta de Freguesia de Campolide, e que de manutenção. Toda a área do Tarujo foi Manter estes compromissos faz, no entanto, obrigam à manutenção dos Espaços Verdes agora desmatada, apesar de também não ser com que a agenda da organização dos Espaços (EV), existem outras áreas de que a JFC nossa. Tentamos abrir alguns precedentes à Verdes fique cada vez mais preenchida, como se dispõe também a cuidar, tais como o Câmara para que tratassem destas situações, explica a engenheira responsável: «Todos Externato de Educação Popular e a Escola do mas como não o fizeram, nós avançámos.» estes são pedidos que ocupam muito tempo, Primeiro Ciclo da Serafina, com que assumiu Para além destas iniciativas, a Junta dispõe- não estamos lá apenas um dia, mas uma um compromisso mensal. se ainda cuidar de terrenos de Vizinhos e semana. E é uma semana em que as pessoas Para além destes, a engenheira Filipa Nazaré Vizinhas que já não têm condições físicas que estão a trabalhar com máquinas não fala-nos de outras áreas cuja manutenção para o fazer. A Junta de Freguesia procura podem estar noutros locais».

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 19 FOTO-REPORTAGEM FERNANDO MEDINA EM CAMPOLIDE

Fernando Medina, Presidente da Câmara Munici- pal de Lisboa, esteve, no passado dia 15 de Junho, em Campolide, numa visita às várias obras que estão em marcha na Freguesia:

Praça de Campolide Av. Miguel Torga Parque Vila Maria Prédios Gebalis, Rua C, do Bairro da Liberdade

Rotunda das Twins Towers Cascalheira Rua Eduardo Malta Bairro da Calçada dos Mestres

André Couto, Presidente da Junta de Freguesia de Cam- polide, aproveitou a visita do Presidente da CML para dis- cutir as necessidades e preocupações mais prementes da Freguesia. O dia terminou com um jantar no Arraial Santos à Cam- polide, em que ao Presidente da CML, e respectiva comi- tiva, e ao Presidente da JFC, e equipa do executivo, se jun- taram os vários representantes de todas as associações e colectividades de Campolide, o que muito nos honrou.

20 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 GENTE NOSSA FERNANDO MEDINA EM CAMPOLIDE

ÓSCAR ALVES O Pintor em busca da luz

“Confesso que vivi”, o título escolhido nho, pintura e escultura,, ao mesmo tem- Frequentou o Bric à Bar, o Insólito, os por Pablo Neruda para a sua própria bio- po que ingressava na Escola Superior de primeiros bares gay de Lisboa, abertos ain- grafia, poderia ser o mote para um texto Belas-Artes, Óscar Alves foi colaborador da durante o Estado Novo. Foi realizador sobre Óscar Alves. assíduo de uma das mais importantes re- de filmes queer, como “Bye Bye Chicago”, Marcámos encontro no seu atelier, no vistas intelectuais da época, “Bandarra”, protagonizado por Guida Scarllaty, “um Palácio de Laguares, em Campolide. dirigida por António Navarro. Com pou- personagem incontornável para muitos Autêntico, de uma sinceridade absolu- co mais de 20 anos, mudou-se para Lisboa portugueses e representativo de uma épo- ta, o artista plástico falou de como pla- à procura da luz e do cosmopolitismo da ca por si tornada inesquecível” como lhe nou sobre várias artes: pintura (a eleita), capital. Viveu também em Madrid, onde chamou Mário Alberto, artista plástico e escultura, representação, cinema, poesia. expôs ao lado de doze dos mais importan- cenógrafo, e também um dos fundadores Com a poetisa Natália Correia realizou, tes pintores espanhóis. de A Barraca. na Sociedade Nacional de Belas-Artes, “Andei todo a minha vida aos saltos, a Óscar Alves detesta “o show off e o va- um polémico espectáculo de poesia sur- fazer as coisas de que gostasse. Gostava zio” e diz ser uma pessoa difícil e intuiti- realista. Representou com Laura Alves, muito, e ainda gosto, de cerâmica; gosto va: “Tenho dois defeitos: ou gosto muito dirigido por Sttau Monteiro, em “A Fera muito de pintar, e pinto. O cinema ficava das pessoas ou não gosto nada. Ou me Amansada”. Enquanto pintor, viu as suas muito caro. Mas sempre gostei muito de caem logo bem, ou não. E se não caírem, obras serem exibidas em variadíssimas fazer cinema. Fui aplaudido em Turim não há solução nenhuma para as recupe- exposições individuais e colectivas. Teve por um teatro com 2000 pessoas de pé e rar”. o aplauso de Almada Negreiros e de Jorge isso valeu a pena, sabe?” Na sua pintura tudo isso se sente, atra- Barradas. Alguns dos seus quadros foram Provocador, irreverente, sem medo de vés do jogo da luz e das sombras que tudo vendidos na Christie´ s de Londres e na de juízos, pois que toda a vida conviveu com revela e da geometria dos espaços. Das Nova Iorque. Para a RTP escreveu o baila- eles, fez parte dos grupos de intelectuais cores que escolhe para os seus exercícios do “O Prisioneiro”, dançado por Vera Va- libertários, como o dos surrealistas, em estéticos. A alegria e o medo, os sonhos, a rela Cid e Michel Lazrah. Foi director da que pontificava Cesariny. Conviveu com coragem e a falta dela. O amor. revista “Crónica Feminina”, pelas mãos Eugénio de Andrade e Ary dos Santos. “Eu acho que tive uma vida fantástica”, de Maria Carlota Álvares da Guerra. “É uma memória de gente morta que te- diz Óscar Aves, rematando: Fiz tudo o que E poderíamos continuar a traçar-lhe nho muita pena que tenham morrido. Co- quis, tive tudo quanto me passou pela ca- um percurso de mais de seis décadas ao nheci o maior de todos, e até à morte dele beça, tive os melhores amigos do mundo . serviço da arte e do entretenimento. fomos como irmãos, o Daniel Filipe, autor Os mais inteligentes e mais célebres. Nascido no Porto, onde estudou dese- d´ "A Invenção do Amor". Tenho muita honra nisso”. nc

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 21 LAZER

Chegou o primeiro quiosque verde de Campolide

m dos lugares mais saudáveis No coração do projecto está também o seu curso de comunicação. Aos 28 anos, de Lisboa fica em Campolide, João Fonseca, que, com apenas 23 anos, é esta viseense trabalha lado a lado com bem no centro do Jardim da nada menos que o gerente do quiosque. O Luís, Diogo e João. As saladas, tostas e su- Amnistia Internacional, um resultado? Três empreendedores com von- mos são delícias concebidas por ela. Udos ex-libris da nossa Freguesia, e um tade de fazer deste lugar um espaço único O Verde Lima tem ainda outras propos- tesouro ainda bem escondido tas, como nos conta Luís: «Va- da nossa capital. É o quiosque mos aproveitar este espaço para Verde Lima, desde Abril a in- fazer parcerias com ginásios e terceptar o voo dos pássaros e o termos aqui aulas gratuitas de passeio dos cães e seus compa- fitness ao fim-de-semana. Já ti- nheiros bem no centro daquele vemos uma e vieram cerca de espaço. 150 pessoas. Para além disso, O quiosque é composto por também aos fins-de-semana, uma esplanada convidativa a instalamos na zona do anfitea- momentos de lazer e rodeada tro a nossa área 'lounge', com pelo verde das árvores, onde relva sintética e um bar só para pode desfrutar de saudáveis *gins* e *cocktails*, onde tam- sumos, saladas, tostas e de algo bém há música ao vivo. verdadeiramente único chama- Este quiosque, que apenas en- do *açaí*, uma fruta originária cerra às segundas-feiras, oferece do Brasil, aqui triturada como refeições frescas e variadas to- uma pasta e usada juntamente dos os dias, assim como sumos com outras frutas. naturais, sempre diferentes, fei- O Verde Lima tem outros tos exclusivamente com fruta, três nomes identitários: Luís sem adição de água ou açúcar. Jeremias, Diogo Figueiredo e «Todos os dias os sumos são João Fonseca. Luís e Diogo, am- diferentes, sendo um deles um bos com 27 anos, hoje sócios e detox. Já temos clientes fiéis, mentores deste projecto, conhe- tanto da Freguesia como de ou- ceram-se em Lisboa quando se tras partes da cidade, e desta cruzaram no mesmo espaço de maneira garantimos que estas trabalho. Mas nenhum dos dois pessoas tenham uma experiên- é da capital. Foi um encontro a cia nova todos os dias. Até os meio do caminho. Diogo vem marchantes da marcha da Bela de Viseu e Luís, de Évora. A pro- Flor–Campolide, que ensaia- cedência académica de ambos vam nos pavilhão aqui ao lado, é igualmente diferente, e também aqui e de tornar o seu *açaí*, que vem directa- já nos vieram visitar», conta-nos Luís. A houve um harmonioso encontro a meio mente do Brasil, o melhor de Lisboa. «Este sobremesa não foi esquecida, e aqui en- do caminho: se a publicidade é a área de é um espaço privilegiado, central, no meio contrará gelados artesanais, livres de lac- Diogo Figueiredo (aliás, CEO da agência de Lisboa», diz Luís Jeremias. «Se fosse ao tose e sem glutén. de comunicação e publicidade Savvy) a pé do rio, seria só mais um. Nem parece O quiosque Verde Lima instituiu tam- Educação Física é o mundo de Luís, que que estamos no meio da cidade, não se ou- bém um sistema de cartões de refeição entretanto deixou de leccionar. vem carros e há imenso estacionamento.» para as empresas, onde a décima refeição Poderia haver melhor junção? A criati- Também Joana Sanches dá alma e corpo é oferecida. vidade de um alia-se à filosofia da alimen- a este projecto. A autora da carta do quios- «Cada vez mais é precisa uma boa ali- tação saudável de outro. O Verde Lima é que, ou melhor, a criativa da cozinha, per- mentação e temos notado que as pessoas assim uma ideia que se come com os olhos mitiu que o gosto pela culinária tomasse aderem. Esta alimentação pode satisfazer e se devora com a boca. conta do seu dia-a-dia e deixou para trás os gostos de toda a gente», remata Luís.

22 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016 CONTACTOS ÚTEIS POSTO MÉDICO Junta de Freguesia de Campolide 213 884 607

HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML) ESPECIALIDADES 808 203 232

ACUPUNTURA 4ª Feiras 09H00/17H00 HIGIENE URBANA ENFERMAGEM 2ª e 6ª Feiras 09H00/12H00 4ª Feiras 16H00/18H00 Entrega Contentores (CML) MASSAGISTA 5ª Feiras 09H00/17h00 DENTISTA 2ª Feiras 14H00/16H30 808 203 232 3ª Feiras 09H00/16H30 5ª Feiras 14H00/16H30 ANÁLISES CLÍNICAS 2ª/6ª Feiras 09H00/10H00 Polícia Municipal de Lisboa MÉDICO DE FAMÍLIA 2ª Feiras 09H00/12H00 217 225 200 TERAPIA DA FALA 6ª Feiras 09H30/12H00 OSTEOPATIA 3ª e 6ª Feiras 10H00/19H00 PSICOLOGIA 2ª Feiras 14H00/18H00 Bombeiros Voluntários de PREÇÁRIO I TAXAS* 213 841 880/9 ESPECIALIDADE ENFERMAGEM Médico de Família 2€ Injecção 1€ 3ª Divisão da PSP de Dentista 30€ Tensão Arterial 0,50€ 217 142 526 Acupuntura 15€ Pensos 2€ Massagens 25€ Teste de Diabetes 0,50€ Psicologia 25€ 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública Terapia da Fala 25€ Osteopatia 30€ (Palácio da Justiça) 213 858 817 Preços válidos para recenseados (as)

CONTACTO I 211 955 667 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina) 213 858 346

Centro de Saúde de Sete Rios 217 211 800

Hospital de Santa Maria O NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE ERROU 217 805 000

Na última edição do boletim Notícias de Campolide, Comissão Protecção de Crianças e Jovens em Junho de 2016, foi cometido um lapso que agora repa- 217 102 600 ramos: Na página 19, na notícia que diz respeito ao CRP Campolide, onde está escrito "Judo Clube de Portugal - Balneário Público da Serafina Atletas de Campolide no campeonato nacional", deveria 210 889 190 ler-se "CRP Campolide - atletas da Freguesia no Campeo- Posto de Limpeza de Campolide nato Nacional". Pelo erro, as nossas mais profundas des- 211 328 237 culpas. Posto de Limpeza da Serafina 211 328 929 BALNEÁRIO PÚBLICO HORÁRIO

Terça a sexta-feira: 10h às 13H e das 16.30h às 19.30h Sábado: 9.30h às 13h e das 14.30h às 17.30 Domingo: 9h às 12h Rua Miguel Ângelo de Blasco, no Bairro da Liberdade, ao lado da PSP

JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 23 MAPA AFECTIVO