Relatório No 40 674
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RELATÓRIO NO 40 674 Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos e Natureza do Trabalho estabelecimento de diretrizes técnicas para a elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré – Relatório Final Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré - CBH-TJ Interessado Fundo Estadual de Recursos Hídricos – FEHIDRO 1 INTRODUÇÃO Atendendo ao disposto no ANEXO I do “Instrumento Particular de Financiamento no Âmbito da Política Estadual de Recursos Hídricos” - CONTRATO FEHIDRO NO 025/99, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A – IPT apresenta este Relatório, decorrente da Proposta Digeo 21.586/98 “Diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos e estabelecimento de diretrizes técnicas para a elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré”, para o Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré - CBH-TJ. 1.1 Objetivos Os objetivos principais dos trabalhos realizados foram: a) execução do diagnóstico da Unidade Hidrográfica de Gerenciamento de Recursos Hídricos – UGRHI do Tietê-Jacaré (n0 13), no que diz respeito ao levantamento e atualização de informações disponíveis sobre a Bacia (Relatório Zero); b) formulação de diretrizes preliminares para a elaboração do Plano da Bacia Hidrográfica. 2 MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS Os trabalhos foram desenvolvidos em consonância com as diretrizes constantes da proposta metodológica para elaboração do "Relatório Zero", apresentada pelo Grupo Técnico de Planejamento do CORHI (Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos), na qual foi baseada a Proposta Digeo 21.586/98. Tendo-se em conta a orientação geral estabelecida nestas diretrizes propostas pelo CORHI, foram desenvolvidas as seguintes atividades principais: a) elaboração da base cartográfica digital da UGRHI na escala 1:250.000; b) compilação de dados do meio físico, biológico e sócio-econômico dos municípios componentes da UGRHI; 2 Relatório no 40.674 c) realização de visitas técnicas nas prefeituras destes municípios (34 no total), a fim de complementar a compilação de dados; d) tratamento e apresentação dos dados, envolvendo a elaboração de mapas temáticos (geologia, geomorfologia, MDE, declividade, pedologia, processos erosivos etc.); e) análise dos dados e diagnóstico da situação atual da Bacia; f) elaboração do Relatório Zero. A itemização do presente Relatório procura seguir a estrutura indicada na proposta metodológica do CORHI. Os tópicos relativos ao Bloco I - Conteúdo, tratamento e apresentação dos dados – apresentam correspondência com aquela proposta a partir do item 3 deste Relatório (caracterização geral da UGRHI, caracterização física, caracterização sócio-econômica e assim sucessivamente), com exceção do item 5, o qual corresponde, aqui, à caracterização da biodiversidade, que consta como sub-item (do item caracterização física) na proposta do CORHI. Os tópicos relativos ao Bloco II - Análise dos dados - situação atual da Bacia, que envolvem a apresentação dos diagramas unifilares e do mapa síntese, do perfil sanitário, quadro resumo e gráfico de vazão ao longo dos rios, a análise das áreas degradadas e o acompanhamento dos PDC, são apresentados no item 11 deste Relatório. A síntese e as recomendações, que fazem parte do Bloco III do roteiro metodológico do CORHI, são apresentadas no item 12. 2.1 Coleta de dados Pela grande diversidade dos assuntos que foram abordados, optou-se por indicar os métodos e as técnicas, bem como o material utilizado e as principais fontes de dados adotadas, nos itens relativos a cada um dos diversos temas. Desta forma, este item restringe-se à indicação do tipo de abordagem adotada na coleta de dados nas prefeituras, nas regionais da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental – Cetesb, do interior do Estado, e na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp, e à interação com as instâncias no âmbito do Comitê da Bacia Hidrográfica do Tietê- Jacaré – CBH-TJ. O trabalho de coleta de dados incluiu o envio de um questionário específico (modelo no ANEXO A), na segunda quinzena de fevereiro/99, a todas as 34 prefeituras municipais com sede na UGRHI, solicitando uma série de dados destes municípios, envolvendo desde questões de política urbana, meio físico, disposição de resíduos e sócio-economia, a dados de abastecimento de água e sistema de coleta e tratamento de esgotos. Em meados de março/99, técnicos do IPT visitaram as regionais da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp em Botucatu e São Manuel, para coleta de dados sobre os sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento de esgotos nos municípios da UGRHI-TJ atendidos por esta companhia. 3 Relatório no 40.674 2.1.1 Visita às Prefeituras Técnicos do IPT visitaram os 34 municípios integrantes da UGRHI do Tietê-Jacaré no período de 15/04/99 a 15/05/99, para entrevistas com técnicos municipais e complementação dos dados dos questionários anteriormente enviados. Embora os mesmos tenham sido respondidos previamente por apenas algumas prefeituras, foram muito úteis, sendo utilizados como guia para coleta complementar em cada um dos municípios. Quando necessário, os dados obtidos nestes questionários e visitas técnicas foram complementados, posteriormente, por contatos adicionais com os técnicos dos municípios, principalmente através de telefone e fax. 2.2 Reuniões com o CBH-TJ Além da entrega formal dos Relatórios de Andamento previstos na Proposta Digeo 21.586/98 e no Contrato Fehidro NO 025/99, técnicos do IPT participaram de assembléias do CBH-TJ, onde foram apresentados os resultados parciais dos trabalhos relativos ao Relatório Zero. No dias 2 de julho, 5 de outubro e 10 de dezembro de 1999, técnicos do IPT participaram de plenária do CBH-TJ em Araraquara, onde foi apresentado o estágio de desenvolvimento dos trabalhos naquelas oportunidades, tendo sido mostrados as minutas do texto e os produtos cartográficos até então elaborados. 2.2.1 Reuniões com equipe técnica do CORHI Os técnicos do IPT participaram de três reuniões com a equipe do CORHI. A primeira delas foi realizada em Novo Horizonte e contou com a presença de componentes de todos os Comitês de Bacia e de representantes dos órgãos executores dos Relatórios Zero, quando um representante de cada um destes órgãos apresentou o tipo de abordagem que estava sendo utilizado e as dificuldades que estavam sendo encontradas. Nesta oportunidade, foram marcadas reuniões mais específicas, que deveriam ser realizadas entre os órgãos executores e a equipe do CORHI, numa tentativa de uniformização dos dados a serem apresentados. A primeira destas reuniões foi realizada nas dependências da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica - FCTH, em São Paulo, e contou com a presença, além dos executores e do pessoal técnico do CORHI, de técnicos da PROTRAN Engenharia, empresa contratada para a uniformização dos produtos. A segunda reunião foi realizada no IPT, com a presença dos técnicos do CORHI, da PROTRAN e do IPT, quando se discutiu aspectos que abrangem desde a coleta de dados até a padronização da apresentação e os aspectos específicos quanto à qualidade gráfica a ser procurada. 4 Relatório no 40.674 2.2.2 Coleta de dados para avaliação dos PDC Técnicos do IPT estiveram na sede do Departamento de Águas e Energia Elétrica -DAEE em Araraquara, onde coletaram dados sobre todos os projetos já realizados no âmbito do CBH- TJ, relacionados aos Programas de Duração Continuada - PDC, e não somente os relativos ao ano de 1997, como consta da Proposta Metodológica do CORHI. Também foram objeto da coleta de dados, os projetos aprovados relacionados aos recursos do ano de 1.999. 3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UGRHI 3.1 Aspectos Gerais A Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré, definida como a Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 13 (UGRHI-13) pela Lei no 9.034/94, teve o Comitê de Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré – CBH-TJ instalado em 10/11/1995. Possui uma área total de 15.808 km2, segundo o CONSELHO ESTADUAL DE RECURSOS HÍDRICOS - CERH (1999), sendo a sétima UGRHI em área de drenagem no Estado, abrangendo área inferior às UGRHI do Alto Paranapanema (20.663 km2), do Baixo Tietê (18.621 km2), do Aguapeí e Peixe (18.110 km2), do Médio Paranapanema (16.763 km2), do Ribeira do Iguape e Litoral Sul (17.264 km2), e do Turvo Grande (17.173 km2). Salienta-se que estes valores de área apresentados pelo CERH (op. cit.), referem-se às extensões territoriais dos municípios com sede dentro das respectivas UGRHI. Como alguns municípios fazem parte de mais de uma UGRHI, e outros possuem sua sede fora da UGRHI, estes valores de área não estão corretos. No caso da Bacia Hidrográfica do Tietê/Jacaré, a área calculada através da base cartográfica na escala 1:250.000 (DESENHO 1), com o software MapInfo Professional, versão 5.01, totaliza 11.784,6 km2, ou seja, valor em torno de 25,5% inferior ao apresentado pelo CERH (op. cit.). Entretanto, considerando-se a área indicada pela SMA (1997a), de 11.537 km2, a área obtida a partir da base cartográfica (11.784,6 km2) é 2,1% maior, ocupando a 14a posição em área de drenagem entre as demais UGRHI do Estado, em ordem decrescente. O perímetro da Bacia perfaz 570 km, aproximadamente. Esta UGRHI é definida pelas bacias dos rios Jacaré-Guaçu e Jacaré-Pepira e seus tributários, além de porções de áreas drenadas diretamente para o Rio Tietê, no trecho situado entre a Usina Hidrelétrica de Ibitinga, a jusante, e a Usina de Barra Bonita a montante. 3.2 Localização da UGRHI-TJ, Limites e Acessos A UGRHI Tietê/Jacaré, número 13, localiza-se na porção central do Estado, e faz parte da Diretoria Regional do DAEE da Bacia do Baixo Tietê, na divisa com a Bacia do Médio Tietê (FIGURA 3.1). Ela faz limite a norte e oeste com UGRHI-16 (Tietê/Batalha), a leste e sudeste 5 Relatório no 40.674 limita-se com a UGRHI-5 (Piracicaba/Capivari/Jundiaí), a sul com as UGRHI-10 e 17 (Tietê/Sorocaba e Médio Paranapanema, respectivamente) e a nordeste com a UGRHI-9 (Mogi- Guaçu).